Ri Tong Hwi

Nascido em 20 de junho de 1873, em Tanchon, província de Hamgyong, Ri Tong Hwi emergiu na esteira da “anexação da Coreia pelo Japão” como um protagonista do vigoroso movimento de educação patriótica, concebido como elo da cadeia do movimento de salvação nacional. Partindo da convicção de que a perda da soberania se devia ao atraso do país, ele e outros pioneiros tomaram a educação como fundamento do autodesenvolvimento e condição para a independência e a modernização. Assim, impulsionaram a criação de escolas privadas por todo o país. Esse esforço foi conduzido por combatentes patriotas como An Chang Ho, Ri Tong Hwi, Ri Sung Hun, Ri Sang Jae, Yu Kil Jun, Nam Kung Ok e outros.

Na frente da luta antijaponesa em Jiandao, Wangqing foi desde cedo um reduto de resistência mais acesa do que os condados vizinhos. Ali o veterano Hong Pom Do infligira golpes contundentes às “forças punitivas” japonesas, e o Exército da Independência, sob a administração político-militar do norte dirigida por So Il, Kim Jwa Jin e Ri Pom Sok, fixara base. Foi nesse mesmo condado que Ri Tong Hwi empreendeu a formação de quadros para o Exército da Independência. Nos anos 1920, Luozigou transformou-se em importante base do movimento sob sua direção e a de seus companheiros; amparado pelos veteranos que haviam se alistado no Exército da Independência, o trabalho de educar e organizar os moradores em linhas revolucionárias avançou. Muitos quadros foram enviados para consolidar a localidade como zona semiguerrilheira; alguns tombaram no processo. Entre os que deram a vida por essa obra esteve Choe Jong Hwa, cuja contribuição à revolução de Luozigou foi notável.

Na frente político-organizativa, Ri Tong Hwi destacou-se como o primeiro Primeiro-Ministro do Governo Provisório coreano em Xangai e participou ativamente do movimento comunista. É sabido que foi enviado a Moscou como representante para informar ao Comintern sobre os resultados de uma conferência conjunta do Partido Comunista de Coryo. O próprio campo reformista do Chondoísmo buscava, então, um alinhamento com o Comintern, sinal da gravidade dos tempos e da amplitude das alianças que se procuravam forjar. Nesse cruzamento de correntes, a autoridade de Ri cresceu, conjugando a experiência da luta armada com a articulação política internacional.

Com a intensificação da migração e do exílio de compatriotas coreanos para a Rússia, as Províncias Marítimas e o Extremo Oriente tornaram-se novos palcos da ação. Em Khabarovsk, enquanto dirigia assuntos externos no Departamento do Extremo Oriente do Partido Bolchevique, a combatente Kim Stankevich incentivou Ri Tong Hwi, Kim Rip e outros lutadores a organizarem o Partido Socialista Coreano, ampliando o raio de ação da causa independentista e socialista. A trajetória de Ri, assim, percorreu escolas e bases guerrilheiras, gabinetes provisórios e tribunas internacionais, sempre em função da libertação nacional e da transformação social. Ri Tong Hwi faleceu em 31 de janeiro de 1935.