Pela liberdade e independência nacionalRecentemente, o povo peruano vem intensificando a luta para libertar o país do domínio sombrio do imperialismo estadunidense e de seus lacaios.
O Peru é um país localizado na costa do Pacífico da América Latina, com uma área de 1.249.000 quilômetros quadrados e uma população de aproximadamente 10,85 milhões de habitantes.
A produção de vanádio e prata no Peru é mundialmente conhecida, e o país também é rico em chumbo, cobre, ferro, carvão, zinco e petróleo. Suas terras são férteis.
O Peru possui alguma indústria leve, como a de tecidos, alimentos e lã, mas essas atividades ainda se mantêm em nível artesanal. A indústria de extração, que ocupa posição predominante no setor industrial, encontra-se majoritariamente nas mãos de capitais estadunidenses e de outros países estrangeiros.
No Peru, 68% da população está envolvida na agricultura e na pecuária, mas 84% das terras cultiváveis estão nas mãos de apenas 500 grandes proprietários, enquanto os camponeses possuem apenas 2% das terras.
Como resultado, a grande maioria do povo peruano vive em extrema pobreza e fome, sendo que os indígenas, que constituem metade da população, sofrem as formas mais graves de opressão e discriminação.
Ainda hoje, os povos indígenas no Peru são tratados como mercadoria, e os grandes proprietários chegam a vender indígenas como se fossem parte de seus rebanhos.
Desde o século XVI, o Peru tem sido alvo da invasão dos colonialistas espanhóis.
Atraídos pela abundância de recursos naturais e pela beleza da paisagem de Lima, os colonialistas espanhóis estabeleceram um vice-reinado no Peru e a partir daí governaram toda a América Latina.
O povo peruano, com o apoio do exército aliado argentino-chileno liderado por José de San Martín em 1820, expulsou o vice-rei de Lima e proclamou a independência em julho de 1821. No entanto, logo depois, caiu novamente sob o domínio de novos invasores — os imperialistas estadunidenses.
Atualmente, o imperialismo estadunidense e seus lacaios estão promovendo uma repressão sem precedentes, violando até mesmo os direitos mais básicos do povo.
No dia 5 de janeiro passado, o regime de Godoy declarou estado de sítio em todo o país, prendeu em massa o secretário-geral do Partido Comunista e muitos outros patriotas e figuras progressistas, e continuou praticando massacres brutais.
Essa selvagem repressão do imperialismo estadunidense e do regime de Godoy, longe de enfraquecer, intensificou ainda mais a luta do povo peruano por sua libertação nacional.
Na conferência inaugural dos representantes da Frente de Libertação Nacional, realizada no ano passado, foi lançado o lema “Chegou a hora de libertar nossa pátria com armas nas mãos”, conclamando todo o povo à luta armada.
Em resposta a esse apelo, diversos setores da população peruana sabotaram as eleições presidenciais realizadas em junho de 1962 e, liderados pelos indígenas, organizaram forças armadas populares. Esses grupos vêm enfrentando a polícia, confiscando armas e suprimentos militares, ocupando propriedades dos latifundiários e punindo os senhores de terras reacionários.
O domínio sangrento do imperialismo estadunidense e de seus lacaios está sendo abalado.
Nesse contexto, em 5 de março passado, os Estados Unidos, numa tentativa de conter o avanço do povo, instigaram mais um golpe militar, promovendo massacres e atos de terror. No entanto, essas ações têm sido enfrentadas com uma resistência ainda mais firme por parte das massas populares.
Hong Myong Sun
Publicado no diário Rodong Sinmun em 11 de março de 1963
Nenhum comentário:
Postar um comentário