segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Pretensão de hegemonia nuclear dos EUA é a causa da instabilidade estratégica que rompe a paz mundial


O investigador do Instituto de Desarme e Paz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia, Kim Kwang Myong, publicou em 17 de outubro um artigo intitulado "A pretensão de hegemonia nuclear dos EUA é a causa da instabilidade estratégica que rompe a paz mundial".

Seu texto completo segue:

Quando são vulneradas gravemente a paz e a estabilidade em toda parte do mundo, como Europa e Oriente Médio, devido ao hegemonismo e à intervenção dos EUA, se escuta outra vez no círculo político deste país a opinião de que se deve dominar o mundo com a superioridade nuclear, fato que causa inquietude e preocupação da sociedade internacional.

Recentemente, o comitê de postura estratégica do Congresso estadunidense publicou um informe de conteúdo muito aventureiro que descreve como "ameaça" o incremento do potencial de autodefesa nacional dos países independentes anti-EUA e advoga por fazer frente com o aperfeiçoamento do sistema antimísseis no território principal dos EUA e a modernização acelerada das forças armadas nucleares.

É um sofisma e o clímax da lógica de bandido o questionamento de "ameaça nuclear" de alguém por parte dos EUA, que possuem agora o maior arsenal nuclear do mundo, foi o primeiro país a usar a bomba atômica e definiram como sua política nacional o ataque nuclear preventivo contra outros países.

Embora os EUA façam todo o possível para ressaltar o caráter defensivo, o mundo reconhece que tal sistema antimísseis é, em sua essência, um meio para cumprir a guerra nuclear de tipo agressivo.

Durante a Guerra Fria, apresentaram o "projeto de defesa estratégica", chamado como "guerra das galáxias", sob o pretexto de fazer frente à ameaça nuclear da URSS.

Depois que essa guerra terminou, se retiraram unilateralmente em 2001 do tratado de limitação de mísseis interceptores, firmado com a URSS, com base no julgamento de que isso é uma trava para o incremento de suas forças armadas nucleares.

É evidente o que os EUA perseguem mediante a renovação constante do sistema de mísseis interceptores: tornar o escudo mais forte para que possam usar a lança com segurança e à sua livre vontade.

Neste sentido, o estabelecimento do sistema antimísseis no território principal, que os EUA impulsionam sob o pretexto da suposta "ameaça nuclear proveniente da Coreia do Norte", é praticamente uma parte do incremento das forças nucleares para facilitar ainda mais o ataque preventivo nuclear contra a RPDC.

A quebra do equilíbrio estratégico entre o ataque e a defesa resulta indubitavelmente em um choque.

Hoje em dia, se torna mais afiada a lança dos EUA que serve para chantagear outros países com as armas nucleares e realizar sua estratégia de tomar a hegemonia geopolítica.

Após renunciaram ao "princípio de não usar primeiro a arma nuclear", tratam de aumentar em progressão geométrica a posse de substâncias nucleares necessárias à fabricação de ogivas nucleares estratégicas e táticas e bombas atômicas e impulsionam com obsessão a modernização dos três meios de golpe nuclear capazes de carrega-las.

O Pentágono aprovou em janeiro de 2017 o desenvolvimento do submarino nuclear estratégico da classe Columbia, o de próxima geração, e impulsiona o projeto de trocar a partir de 2027 todos os submarinos da classe Ohio pelos de tipo Columbia.

Em dezembro do ano passado, estrearam o bombardeiro estratégico nuclear de sexta geração, B-21 Raider.

Ademais, em virtude de seu plano de substituir a partir de 2029 o Minuteman-3 pelo ICBM de novo tipo LGM-35A Sentinel, publicaram em em março passado foi realizada a primeira prova estática do motor de combustível sólido para a primeira etapa desse último.

Recorrem desesperadamente à militarização do espaço e gastam enormes somas também no desenvolvimento de armas sofisticadas que usam tecnologia de laser.

Para citar algumas provas disso, em abril passado, puseram em órbita 10 satélites de uso militar com o objetivo de melhorar a capacidade de perseguir os mísseis sofisticados, como os hipersônicos, na órbita baixa da Terra. E, em agosto, um funcionário da Agência de Defesa de Mísseis do Departamento de Defesa confessou que está dando frutos a investigação de armas de energia dirigida que serão usadas para interceptar os mísseis de países inimigos.

O mais grave do caso é que os EUA agravam intencionalmente a situação despachando a qualquer hora às zonas candentes, como o Nordeste Asiático, suas propriedades estratégicas nucleares e entregam aos aliados inferiores os equipamentos militares sofisticados.

Todas as circunstâncias mostram quem é a ameaça com armas nucleares e quem é ameaçado com as mesmas.

O incremento das forças de defesa nacional pela independência e autodefesa não pode ser em nenhum caso um pretexto para o aumento de forças nucleares de caráter agressivo.

O aumento dos gastos militares dos EUA contra as potências nucleares busca inevitavelmente a reação equivalente e, devido a isso, o mundo cai no turbilhão da nova corrida armamentista nuclear e da "nova Guerra Fria".

A realidade demanda que a RPDC, que enfrenta o imperialismo estadunidense, criminoso nuclear mais perigoso, que incremente no quantitativo e qualitativo e de maneira vertiginosa o potencial de autodefesa nacional para dissuadir a guerra nuclear.

Sem jamais ficar de braços cruzados, a sociedade internacional deverá tomar mais precaução diante do imprudente aumento de gastos militares nucleares dos EUA, que viola os alicerces da paz e da estabilidade mundiais.

A RPDC fará frente com a estratégia de resposta esmagadora e decisiva a qualquer tentativa das forças hostis de provocar a guerra nuclear e cumprirá bem a missão de possuidora responsável de armas nucleares para defender fidedignamente a paz e a segurança da região e do mundo inteiro.

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