Recentemente, Aquilino, comandante do Comando do Indo-Pacífico dos EUA, disse em uma audiência do Comitê de Serviços Armados do Congresso que, no caso de uma emergência, o reparo de navios dos EUA no Japão seria capaz de exercer “poder de dissuasão”. Ele disse que não seria benéfico enviar navios de volta aos Estados Unidos para reparos durante um conflito e que quanto mais opções houver de manutenção e capacidade de combate, melhor.
Os Estados Unidos já começaram a coordenar com as autoridades japonesas para permitir que as empresas japonesas se envolvam em reparações em grande escala de navios militares dos EUA.
O problema é por que os Estados Unidos escolheram o Japão como base para os seus navios de guerra.
Pode-se dizer que foi uma decisão que levou em consideração o fato de que uma chamada "emergência" ocorreria inevitavelmente em uma área próxima ao Japão.
Aquilino explicou na audiência sobre situações de emergência que se trata da postura das forças dos EUA na região do Indo-Pacífico. Ou seja, não se destina a um país específico e pretende responder a situações que possam ocorrer na região.
Atualmente, a situação na região do Indo-Pacífico intensifica-se dia após dia e aumenta a probabilidade da guerra eclodir a qualquer momento.
A raiz disto é que os Estados Unidos mudaram o núcleo da sua estratégia em relação à Ásia, de uma estratégia centrada na Ásia-Pacífico para uma estratégia do Índia-Pacífico, e estão mais frenéticos do que nunca nas manobras para suprimir e esmagar por meio da força o nosso país, a China e a Rússia.
Se os Estados Unidos estabelecerem uma base naval militar no Japão, terão a vantagem de poder mobilizar rapidamente forças militares em tempos de emergência, isto é, no caso de um confronto com o nosso país, com a China ou com a Rússia.
Atualmente, a Península Coreana encontra-se numa situação em que é impossível saber quando as chamas da guerra irromperão devido à imprudente campanha de guerra nuclear levada a cabo pelos Estados Unidos e pelos belicistas títeres sul-coreanos.
Os Estados Unidos pretendem um confronto militar conosco e estão tornando cada vez mais frenéticos seus preparativos, continuando assim a instabilidade política.
Só neste ano, os Estados Unidos têm mobilizado vários meios estratégicos nucleares e realizado uma série de exercícios de guerra visando-nos no céu, na terra e no mar da Península Coreana e seus arredores.
Em março passado, os Estados Unidos, juntamente com títeres sul-coreanos, conduziram mais uma vez provocativos exercícios militares conjuntos em grande escala que amplificaram a imprevisibilidade da situação regional em estado de armistíticio. Foi incluído o treinamento de manobras ao ar livre, que foi ampliado duas vezes em relação ao ano passado, e foram mobilizadas as forças armadas de 11 países subordinados pertencentes ao “Comando das Nações Unidas”, que não tem justificativa de existência.
Há poucos dias, a 3ª Força Expedicionária de Fuzileiros Navais, um dos primeiros reforços militares dos EUA a ser destacado em caso de emergência na Península Coreana, conduziu um treino conjunto intensivo com gângsteres do exército títere sul-coreano nas proximidades de nossa fronteira sul. Também foi realizado treinamento para ocuapar nossas instalações subterrâneas.
Os Estados Unidos estão planejando realizar exercícios operacionais nucleares visando-nos durante os exercícios militares conjuntos em grande escala em agosto.
Considerando isto, podemos ver que a declaração dos Estados Unidos de que podem exercer “dissuasão” ao serem capazes de reparar navios militares no Japão em caso de emergência, baseia-se na premissa principal de uma guerra conosco.
Os EUA, que perseguem freneticamente a implementação de sua estratégia de aliança, também estão irritando gravemente a Rússia e a China ao realizarem frequentemente exercícios conjuntos com as Forças dos EUA no Japão e as “Forças de Autodefesa” japonesas na região norte do arquipélago japonês e em Kyushu e Okinawa, perto da Ilha de Taiwan, bem como bem como exercícios militares conjuntos envolvendo forças armadas de outros países.
A razão pela qual os EUA estão buscando usar o Japão como posto avançado e base de reparação para implementar a estratégia do Indo-Pacífico é porque querem enviar forças militares para a zona de guerra o mais rapidamente possível em caso de emergência, ao mesmo tempo que deixam a ideia de que o seu aliado terá que suportar o peso da fúria que possa surgir disso.
Se olharmos para as ações de avanço das forças armadas dos países subordinados para as linhas de frente mais perigosas durante a Guerra da Coreia na década de 1950, ou o comportamento de organizar a retirada no maior sigilo, sem notificar os aliados durante a retirada das tropas dos EUA do Afeganistão em 2021, podemos observar que é uma tática dos EUA sacrificar seus seguidores para seu próprio bem e segurança.
O fato dos Estados Unidos terem escolhido o Japão como base de reparo dos navios militares deve ser considerado uma expressão das sua tática estabelecida como hegemonia da aliança.
Ri Hak Nam
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