Todos os anos, as organizações internacionais lideradas pelo Ocidente compilam e anunciam diligentemente vários dados estatísticos próprios. Olhando para os dados, os Estados Unidos estão de longe na vanguarda em termos de produto interno bruto e produção de bens de consumo.
Sempre que há uma oportunidade, os políticos estadunidenses gabam-se de que os Estados Unidos são um “país rico” que alcançou crescimento econômico e prosperidade, dizendo que “foram criados inúmeros empregos” ou “garantido o crescimento econômico mais rápido em décadas”.
No entanto, essa imagem brilhante não se sustenta quando olha-se de dentro.
Um repórter investigativo francês escreveu isso em “América triste”, um livro que escreveu depois de fazer visitas frequentes aos Estados Unidos.
"Ao mesmo tempo que os EUA são o país mais rico do mundo, também são o mais desigual. 'Miséria para os pobres', este é o verdadeiro lema dos EUA."
Os EUA são um país estranho. Embora afirmem que são um "país rico" com vasta riqueza, na realidade, são um país pobre, com passoas extremamente pobres. Os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres ficam cada vez mais pobres.
O termo “país rico” é pouco familiar para os pobres e só é adequado para os ricos.
Os Estados Unidos são verdadeiramente um paraíso para os muito ricos. Seus bolsos enchem como rios durante a estação chuvosa.
Para aparecer na lista da revista estadunidense “Forbes”, que anuncia anualmente a lista das 400 pessoas mais ricas dos EUA, é necessário ter uma fortuna considerável. Em 2014, o patrimônio líquido mínimo era de 15 bilhões de dólares, e em 2015, esse valor subiu para 17 bilhões de dólares. Isso significa que os ricos estão acumulando uma quantidade de dinheiro inimaginável.
Mesmo quando a recessão econômica continuou devido à propagação da COVID-19, os activos dos ricos continuaram aumentando.
Em dezembro de 2020, o Kyodo News do Japão relatou: “Foi revelado através de uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Política dos EUA que os ativos totais das pessoas mais ricas dos EUA, chamados de bilionários, aumentaram. Tornou-se claro que os benefícios estão concentrados nos ricos, apesar do desemprego permanecer num nível elevado devido ao impacto da recessão econômica. Os ativos totais dos ricos aumentaram 36% em 7 de dezembro de 2020 em comparação com 18 de março. Isso é quase o dobro dos ativos combinados de 165 milhões de pessoas, ou quase metade da população dos EUA."
Estes são dados vívidos que mostram que o fosso entre ricos e pobres está piorando dia após dia nos Estados Unidos.
Mesmo agora, nos Estados Unidos, uma pequena elite privilegiada está desfrutando de riqueza e prosperidade, com seu dinheiro crescendo como uma bola de neve. Por outro lado, muitas pessoas estão se tornando sem-teto porque não têm dinheiro para pagar o aluguel.
Os ricos nuncam mostram simpatia pelos pobres. Pelo contrário, tentam justificar a pobreza. Em outras palavras, não podem nem fazer “trabalho de caridade” por causa dos impostos. A sua lógica é que, se forem cortados os impostos, eles terão algo para dar aos outros e, no final, as pessoas pobres poderão se tornar felizes. Este é o chamado credo dos ricos.
As organizações nacionais estadunidenses dizem que são a favor dos pobres, mas não fazem uma única contribuição em dinheiro. Apenas dizem que as organizações de caridade devem fazer tudo. As empresas de serviço estão, à sua maneira, tirando dinheiro dos funcionários sob o pretexto de que devem doar para crianças pobres, doentes e sem-teto.
O comportamento dos políticos e dos capitalistas é ainda mais surpreendente para as pessoas. Eles defendem unanimemente o “Sonho Americano”, dizendo que os EUA são uma terra de oportunidades onde qualquer pessoa pode ter sucesso. Segundo eles, de cada pessoa trabalhar arduamente, poderá ter uma casa e um carro, educar os filhos e viver melhor do que as gerações anteriores.
No entanto, os EUA são um lugar onde muitos que desejam trabalhar não podem fazê-lo e onde quanto mais se trabalha, mais pobre se torna. Não é coincidência o fato de que o númeto de "trabalhadores pobres", que são forçados a envolser-se no "trabalho pesado" sem garantias de direitos básicos para a sobrevivência, esteja aumentando neste país. A situação deles é de viver com uma angústia no peito pelo medo de ser demitido a qualquer momento.
Como pessoas assim podem comprar uma casa, um carro e educar os filhos?
Tudo o que podem fazer é preocupar-se constantemente com o emprego, a casa e o sustento.
Vejamos apenas Washington. Diz-se que esta cidade está na vanguarda do país em termos de rendimento médio per capita, mas há muitas pessoas mal vestidas, sem-abrigo e vagando por aqui e por ali. Algumas pessoas acabaram nas ruas por causa do alto custo do tratamento e outras porque não conseguiam pagar o aluguel. No inverno, quando sopra o vento frio, se aquecem na tampa do bueiro da rua. As pessoas que passam por eles são funcionários vestindo ternos e sapatos de couro.
Os sem-teto desta cidade tornaram-se “porta-vozes” do fosso cada vez maior entre ricos e pobres na sociedade estadunidense.
Os EUA são reconhecidos como o país mais desigual do mundo. Enquanto muitas pessoas vivem na pobreza, apenas 1% da classe rica privilegiada ocupa a maior parte da riqueza social.
Os bilionários estadunidenses, sem saber onde gastar sua crescente fortuna, estão naturalmente se entregando a diversões estranhas, como dar a seus cães de estimação colares de diamantes no valor de dezenas de milhares de dólares e gastar muito dinheiro para organizar festas de aniversário para eles. Por outro lado, as pessoas pobres são forçadas a viver uma vida desumana, onde têm de vender a sua dignidade humana e a sua consciência para ganharem a vida.
A sociedade estadunidense não é de forma alguma uma sociedade rica e próspera. É literalmente uma sociedade onde os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres. É bastante óbvio que um país assim não pode ser um país rico.
Ri Hak Nam
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