Sempre que a administração dos EUA ou políticos de alto escalão falam de “ameaça”, os alvos que apontam são sempre inimigos dos Estados Unidos.
Recentemente, numa conferência de imprensa regular, um porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China apontou que o Secretário da Força Aérea dos EUA enfatizou firmemente que os mísseis de longo alcance e armas antisatélite da China são uma "ameaça" à "posição predominante" dos EUA em esferas como combate aéreo e informação especial.
Nos Estados Unidos, há movimentos visíveis para bloquear a “ameaça crescente da China” em vários domínios, incluindo o militar e a economia.
Em fevereiro passado, o Presidente dos EUA, Biden, nomeou Kurt Campbell, que era o Coordenador para o Indo-Pacífico do Conselho de Segurança Nacional, ao cargo de Secretário de Estado Adjunto, cargo anteriormente ocupado por Nuland. Campbell é amplamente conhecido como linha dura anti-China.
A este respeito, um professor universitário estadunidense comentou que Biden substituiu a “primeira falcão na questão russa” pelo “primeiro falcão na questão da China”. Ele também argumentou que essa medida conforma o fato de que Biden assumiu o poder com base em 18 altos funcionários do Novo Centro de Segurança dos EUA, que é o “ninho de falcões encarregado do problema da China”.
As forças anti-China estão fortalecendo-se dentro da administração dos EUA e as políticas em relação à China também estão se tornando mais duras.
Os Estados Unidos não se esquecem de falar sobre a "ameaça nuclear" da RPDC e estão constantemente fazendo acusações, esforçando-se para denunciar os esforços do nosso país para fortalecer as suas capacidades de autodefesa como uma "provocação". Os EUA e os títeres sul-coreanos realizam frequentemente vários exercícios e simulações de guerra sob o letreiro de “cooperação” e “melhoria das capacidades de execução”, com o objetivo de completar o sistema de “dissuasão estendida integrada EUA-RC” até a primeira metade de este ano.
A julgar por estes fatos, os Estados Unidos consideram os países que buscam a independência e a justiça e os países que não querem obedecer à sua ordem hegemõnica como inimigos perigosos, ou seja, alvos de chantagem e pressão.
Há também casos em que países que não o fazem tornam-se inimigos.
O fato histórico de que o Iraque, que era “amigo” dos Estados Unidos durante a Guerra Fria, ter se tornado vítima dos Estados Unidos após o fim da Guerra Fria, diz muito sobre isto.
Os Estados Unidos restauraram as relações diplomáticas com o Iraque em 1984, quando a Guerra Irã-Iraque estava em pleno andamento, e reforçaram o seu poder fornecendo supercomputadores militares, informações de reconhecimento por satélite e uma quantidade considerável de “ajuda”. Em 1990, quando o Iraque tentou invadir o Kuwait, os Estados Unidos, representados por seu embaixador no país, sutilmente incentivaram o Iraque, afirmando que “os Estados Unidos são indiferentes aos conflitos entre os países árabes”. Contudo, quando o Iraque invadiu o Kuwait, os Estados Unidos deram uma guinada e definiram o Iraque, até então “amado”, como seu inimigo, e iniciaram uma guerra em 1991. Em 2003, invadiram este país, provocaram uma guerra e, por fim, derrubaram o regime.
O que se pode ver disto é que os Estados Unidos deliberadamente criam inimigos e que não há limites para os seus critérios.
Nenhum país no mundo tem tantos inimigos quanto os Estados Unidos. Os inimigos dos EUA não estão apenas na Ásia Oriental e na Europa, mas também no Oriente Médio e na América Latina.
O objetivo dos Estados Unidos em fazer de países que não querem confronto seus inimigos é direcionar uma grande parte do orçamento nacional para despesas militares.
De acordo com os dados, as empresas militares estadunidenses gastaram um total de 110 milhões de dólares até o terceiro trimestre de 2022 para "convencer" os políticos, a fim de obter uma maior parcela do crescente orçamento militar. Os altos funcionários estadunidenses que dembolsaram essa enorme soma de dinheiro estão aumentando o maior orçamento militar do mundo a cada ano, falando de várias "ameaças" para satisfazer a ganância ilimitada das empresas militares. Este fato mostra claramente como se estabelece a cadeia de interesses entre a administração dos EUA e os monopólios militares.
A administração dos EUA está causando e intensificando várias disputas e conflitos armados em todo o mundo em benefício dos monopólios militares. As crises da Ucrânia e de Gaza ocorreram como uma extensão disso.
O problema é que quanto mais satisfazem a ganância cada vez maior dos monopólios militares, mais profunda se torna a crise nos Estados Unidos.
Após a eclosão da crise na Ucrânia, enormes despesas militares nos Estados Unidos fluiram sem impedimentos para os monopólios militares dos EUA. Por outro lado, devido às sanções impostas pela administração, os preços internos dos alimentos e da energia dispararam e a inflação monetária piorou rapidamente. Atualmente, a administração dos EUA está tentando superar a crise econômica através da adoção e implementação da Lei de Redução da Inflação Monetária e o aumento das taxas de juro, mas esta é uma medida temporária e está se tornando um fator de criação de nova instabilidade no setor financeiro.
Hoje, os Estados Unidos estão sofrendo com uma dívida de 34 trilhões de dólares, gastando enormes quantias em despesas militares todos os anos, e o valor do dólar continua caindo.
De acordo com os dados publicados em 2021, os fundos suficientes para cobrir o seguro de saúde até a idade adulta e a educação pré-escolar de dois anos para 13 milhões de crianças estadunidenses vivendo abaixo da linha da pobreza fluíram para os bolsos dos monopólios militares estadunidenses nos últimos 20 anos. Isto prova que a fonte do fosso cada vez maior entre ricos e pobres nos Estados Unidos reside na ganância ilimitada de um punhado dos monopólios militares.
As administrações anteriores dos EUA criaram muitos inimigos externos em prol dos monopólios militares e levaram a sociedade à sua queda ao a corromperem extremamente.
Então, quem é o verdadeiro inimigo dos EUA?
Uma figura anti-guerra nos Estados Unidos afirmou que o inimigo dos Estados Unidos é “o complexo militar que está saqueando bilhões de dólares do país”.
Tal como o rápido crescimento de um tumor maligno dentro de um organismo tira a vida, os Estados Unidos morrerão por si próprios devido à expansão irrestrita dos seus monopólios militares, e não a partir do exterior.
Ri Kyong Su
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