Há pouco tempo, o Presidente dos Estados Unidos, Biden, fez uma declaração sobre o 75º aniversário da fundação da OTAN. Nela, ele elogiou a OTAN como a “maior aliança militar da história mundial” e disse que “todos nós percebemos que o mundo se torna mais seguro à medida que nos tornamos mais fortes”.
É um discurso repugnante cheio de falsidades e enganos. Isto porque todos no mundo conhecem os resultados catastróficos da política externa agressiva e da estratégia de aliança dos EUA para dominar o mundo.
Apenas no período de após a Segunda Guerra Mundial até 2001, ocorreram 248 guerras e conflitos armados em 153 regiões do mundo, dos quais 201 foram causados pelos Estados Unidos. É a maioria absoluta. Isto mostra claramente que os Estados Unidos são um império do mal que não consegue sobreviver nem por um momento sem agressão e pilhagem, e que as suas políticas hegemônicas são o fator fundamental que prejudica a paz e a estabilidade mundiais.
No final do século passado, os neoconservadores estadunidenses conceberam o chamado “Plano dos EUA para o século XXI”. O conteúdo inclui a continuação da guerra sem um prazo definido, o aumento constante dos gastos militares, a conquista e posse total do espaço, o redesenho do mapa mundial de acordo com os interesses dos EUA, a rejeição de qualquer acordo internacional ou cooperação internacional que não esteja de acordo com a política dos EUA, o tratamento unilateral dos problemas levantados no cenário internacional, e o uso de vários meios para prevenir desafios e ameaças aos EUA. A essência deste plano é remodelar o mundo de acordo com as intenções dos EUA.
Este manual diabólico segue sendo executado nos dias atuais.
Um veículo de comunicação russo, em um artigo intitulado “Os Estados Unidos estão iniciando guerras em todos os lugares para se livrar de suas dívidas”, revelou que a principal causa do caos global nas últimas décadas é que os Estados Unidos ignoraram o direito internacional e iniciaram guerras onde quer que fossem. Ademais, argumentou que os Estados Unidos, que obtiveram muitos lucros ao contrário de outros países participantes durante a Segunda Guerra Mundial, buscam lucros através de guerras sem fim.
Criar um desequilíbrio de poder e um estado de confronto militar em todo o mundo, levando a conflitos físicos e, em seguida, introduzindo suas forças em áreas de conflito sob o pretexto de “defesa da paz” é uma tática comum dos Estados Unidos. Como resultado desta manobra viciosa, o caos social e político, a recessão econômica e a crise de refugiados estão ocorrendo em muitos países. A paz do planeta está seriamente ameaçada e a humanidade sofre.
Apesar da situação terrível que está se desenrolando, os belicistas estadunidenses estão proclamando que os estadunidenses devem se tornar “hegemonistas constitucionais arrogantes, intransigentes e implacáveis”, para que a alta administração possa “escolher livremente o uso unilateral da força” quando decidir. Argumentam que, porque os Estados Unidos têm uma “posição privilegiada” e “estão sempre do lado da justiça”, não devem ser legalmente vinculados ou obrigados a implementar os tratados internacionais que assinaram.
É verdadeiramente uma expressão de ambição hegemônica profundamente enraizada e de arrogância descarada. Como argumentou um historiador estadunidense no seu livro, as ações tomadas pelos Estados Unidos no cenário internacional são o "descaramento do domínio imperial”.
Desta vez, Biden defendeu fervorosamente a “unidade da OTAN”, o que é também o cúmulo da desfaçatez.
É habitual que até os aliados sofram danos devido à tirania dos Estados Unidos, que ignoram o direito internacional e atropelam e saqueiam à vontade. Os Estados Unidos estão incitando a tensão política e criando medo, forçando seus aliados a servir aos próprios interesses hegemônicos estadunidenses
Os Estados Unidos têm exigido persistentemente que os países membros da OTAN aumentem as suas despesas militares para 2% do produto interno bruto, a fim de evitar o seu declínio, e estão aumentando ainda mais a sua intensidade usando a crise da Ucrânia como um gatilho. O objetivo é fazer com que os aliados retirem mais dinheiro dos seus cidadãos para comprarem armas caras de fabricação estadunidense. Um grande número de países membros da OTAN, que entregaram armas à Ucrânia sob a pressão dos Estados Unidos, foram forçados a comprar armas estadunidenses para compensar a escassez. Além disso, os Estados Unidos adotaram a Lei de Redução da Inflação Monetária sem ter em conta a situação dos seus subordinados, lançando outra bomba contra as economias dos seus aliados, que já se encontravam numa situação difícil.
Como se pode ver, os Estados Unidos são um “amigo" como uma onça, que não conhece nenhum compromisso em relação às suas relações de lucro.
No geral, o responsável pela destruição da paz e da estabilidade mundiais e pela criação do caos não é outro senão os Estados Unidos. A obsessão dos Estados Unidos com estratégias anacrônicas de alianças, dividindo o mundo em blocos, realizando invasões e instigando conflitos sempre que possível é claramente um crime que destrói a paz mundial.
Contudo, este império do mal, que cresceu e subsiste pela guerra, enfrentará a destruição precisamente por causa da guerra.
Ho Yong Min
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