Recentemente, foi discutida a questão da concessão à Palestina do status de país membro da ONU. Isto é um reflexo da forte exigência da comunidade internacional pelo fim da crise em Gaza, que choca o mundo inteiro, o mais rapidamente possível.
Mas os Estados Unidos estão agindo de maneira estranha. A representante dos Estados Unidos na ONU rejeitou a ideia de que a resolução sobre a adesão da Palestina à ONU poderia ajudar a realizar a “solução de dois Estados” e acabar com o conflito entre Israel e Palestina. Foi uma indicação flagrante de que exerceria o veto à resolução. Poucos dias depois, ela pôs em prática. Foi a única que votou contra a resolução apresentada ao Conselho de Segurança da ONU.
As verdadeiras intenções dos Estados Unidos em relação à questão palestina foram claramente reveladas. Os hipócritas desavergonhados finalmente tiraram completamente a máscara de “mediador da paz no Oriente Médio".
Até agora, os Estados Unidos vieram se apresentando como “mediador justo” e um “apóstolo da paz” na questão palestina, uma das questões mais agudas do mundo. Figuras de alto escalão, como o Presidente e o Secretário de Estado, visitavam frequentemente o Oriente Médio, falando sobre a mediação de negociações de paz e a obtenção de acordos. Eles não apenas mencionaram uma ou duas vezes que apoiam a “solução de dois Estados”.
Mesmo quando Israel decidiu legalizar nove assentamentos na região da Cisjordânia no início do ano passado, o Secretário de Estado dos EUA se opôs fortemente a isso. Ele levantou a voz e disse que qualquer ação que obscureça a perspectiva da “solução de dois Estados” é contrária à intenção dos Estados Unidos.
Contudo, apesar dos esforços internacionais para acabar com a crise de Gaza e resolver fundamentalmente a questão palestina, os Estados Unidos rejeitaram sem hesitação a resolução relativa à admissão da Palestina nas Nações Unidas.
Se a Palestina se torna um membro pleno da ONU, se torna possível parar a tragédia sangrenta que resultou em cerca de 110.000 vítimas em apenas seis meses. Além disso, as condições legais internacionais para resolver o problema palestino passam a ser estabelecidas de forma estável. Os EUA se opuseram a isso. Isto significa que nunca esperam uma resolução para a crise de Gaza. Esta é a verdadeira identidade dos Estados Unidos, que falavam em “estabelecer uma paz duradoura de acordo com a solução de dois Estados e as resoluções internacionais”.
Se os Estados Unidos querem realmente acabar com a crise de Gaza, por qual razão continuam entregando uma quantidade tão vasta de armas aos seguidores com febre bélica?
Olhando historicamente, quanto mais a influência obscura dos EUA se espalha sobre a questão palestina, mais complexa esta se torna.
Os Estados Unidos têm consistentemente protegido Israel, que continua ocupando ilegalmente os territórios palestinos, lançando ataques armados incessantes e cometendo massacres brutais de civis, além de expandir os assentamentos judeus, para fins de política interna e estratégia de hegemonia mundial. Como resultado, o desejo do povo palestino de estabelecer um Estado independente ainda não foi realizado, e a injustiça histórica que eles estão sofrendo continua.
As exigências do lado palestino são reconhecer a Palestina como Estado, reconhecer Al Quds Oriental como sua capital e retirar os assentamentos judaicos na Cisjordânia.
Os israelenses desafiaram abertamente esta situação, alegando que rejeitarão qualquer plano de paz que não inclua o que eles querem. Foram os Estados Unidos que expressaram “compreensão suficiente” a este respeito.
Como se pode ver, os Estados Unidos não são um mediador de paz no Oriente Médio, mas sim um obstrucionista completo e um mentor que pressiona os seus seguidores a cometerem assassinatos em massa. Embora falem de paz no Oriente Médio, na realidade, a intenção obscura dos Estados Unidos é incitar Israel a desistabilizar o Oriente Médio e obter lucros com isso.
O comportamento imprudente de Israel, que agora está sendo levado a cabo sem hesitação, está se tornando cada vez mais tirânico sob a proteção de seu amo estadunidense. Os EUA livraram-se do pesado fardo de ser um “mediador de paz no Oriente Médio”.
Ho Yong Min
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