O porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia publicou em 2 de dezembro uma declaração intitulada "Qualquer forma de agressão às propriedades espaciais da RPDC será considerada como declaração de guerra ao nosso Estado".
Seu texto completo segue:
Através do lançamento do satélite de reconhecimento da RPDC, foi observada com mais clareza a natureza bandidesca dos EUA que tomam a ilegal intervenção militar nos Estados soberanos como meio principal para satisfazer sua ambição hegemônica.
Recentemente, um funcionário do comando das forças espaciais dos EUA insinuou com um disparate o ataque militar ao nosso satélite, precisando que se pode reduzir a capacidade de utilização do espaço pelo país inimigo usando distintos "métodos reversíveis e irreversíveis".
A respeito disso, os especialistas estadunidenses em assuntos militares estimam que as forças espaciais dos EUA podem eliminar as mesmas do país inimigo ao destruir fisicamente não só o satélite da contraparte mas também sua base terrestre ou usar métodos como perturbação radioelétrica, difusão de vírus através do espaço cibernético, etc.
Não se pode ignorar a preocupante posição hostil das forças espaciais estadunidenses sobre o satélite de reconhecimento da RPDC e isso significa de fato uma ameaça à soberania de nosso Estado e, em termos mais claros, uma declaração de guerra à RPDC.
No artigo 8 do "Tratado sobre os princípios das atividades dos Estados na exploração e uso do espaço exterior, incluindo a lua e outros corpos celestes", que pode ser dita como a principal lei internacional do espaço cósmico, está estipulado que um objeto lançado ao espaço pertence ao poder judicial e à jurisdição do país lançador e seu direito de propriedade não muda ainda que permaneça no espaço ou tenha regressado à Terra.
Isso quer dizer que o satélite de reconhecimento Malligyong-1 é uma parte do território jurisdicional da RPDC.
Ademais, por seu carácter técnico que parte do objetivo de observar, o satélite de reconhecimento não é considerado uma arma espacial, em virtude do direito internacional.
Se o satélite de reconhecimento da RPDC é estimado pelos EUA como uma "ameaça militar" que deve ser eliminada, incontáveis satélites de espionagem estadunidenses, que se dedicam especialmente a vigiar os importantes pontos estratégicos de nosso Estado sobrevoando cada minuto e dia a região da Península Coreana, deveriam ser os primeiros alvos de extermínio para as forças armadas da RPDC.
Ao expor sem escrúpulos a intenção agressiva de atacar por via militar as propriedades espaciais de outro Estado soberano, que formam parte de seu território jurisdicional, os EUA comprovaram por si só sua natureza de chefe dos males que pretende tomar a hegemonia global usando como campo de guerra o espaço cósmico, patrimônio comum da humanidade.
Em virtude da Constituição e outras leis nacionais, as forças armadas da RPDC assumem a missão de pôr em operação o dissuasivo de guerra para defender a soberania nacional e a integridade territorial, caso seja julgado que foi cometido ou se torna iminente um ataque militar fatal contra os alvos estratégicos do Estado.
Se os EUA atentam contra o âmbito jurisdicional de outro Estado soberano mediante o uso ilegal do potencial técnico sofisticado com fins militares, a RPDC deliberará as contramedidas de ação ao nível de autodefesa para reduzir e eliminar a viabilidade dos satélites de espionagem estadunidenses, exercendo seu legítimo direito atribuído pela lei internacional e pelas leis nacionais.
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