domingo, 10 de dezembro de 2023

Os Estados Unidos, um obstáculo à paz e à segurança internacionais, não têm o direito de permanecer no palco sagrado das Nações Unidas


O vice-ministro das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia, Kim Son Gyong, que é encarregado das organizações internacionais, publicou em 10 de dezembro uma declaração intitulada "Os Estados Unidos, um obstáculo à paz e à segurança internacionais, não têm o direito de permanecer no palco sagrado das Nações Unidas".

O texto íntegro assinala como segue:

A Faixa de Gaza da Palestina se converte em um mar de sangue e cinzas devido ao ataque militar indiscriminado de Israel.

Em tal circunstância, foi efetuada em8 de dezembro a reunião do Conselho de Segurança da ONU para votar projeto de resolução em demanda da trégua imediata, apresentado pelos Emirados Árabes Unidos.

Porém, o documento foi negado pelo voto dos EUA que apresentaram a insistência absurda na falta de respeito ao "direito à autodefesa " de Israel.

Em outubro passado, os EUA já haviam rechaçado sob o mesmo pretexto o projeto de resolução sobre o acesso humanitário à Faixa de Gaza.

Lamento muito que o unânime desejo da comunidade internacional pela paz e estabilidade no Oriente Médio tenha sido pisoteada outra vez pelo despotismo e arbitrariedades de um país membro permanente soberbo, e o condeno fortemente.

Na reunião do Conselho de Segurança da ONU, em que são tratadas as atrocidades antiéticas e antipaz de Israel, que ameaça gravemente a paz e a segurança da região, os EUA voltaram a desafiar de frente a unânime vontade da sociedade internacional. Seu "comportamento resoluto" de caráter cínico evidencia quem é o pior destruidor do fundamento da paz e estabilidade internacionais.

O império estadunidense descreveu como "ameaça" à paz e segurança internacionais o exercício do direito do Estado soberano, como o lançamento do satélite que não prejudica nenhum país, e acusou brutalmente os países membros permanentes que exerceram veto ao injusto "projeto de resolução de sanção" contra a RPDC com o objetivo de frear a coração e as arbitrariedades dos EUA.

O abuso de seu veto em defesa de seu aliado, que assassinou dezenas de milhares de civis inocentes, não é uma simples expressão de sua pauta ilícita de padrão duplo, mas o clímax do crime contra a humanidade.

Antes de expor o descontentamento com a falta da frase sobre o direito à autodefesa de Israel no projeto de resolução em demanda da trégua imediata na Faixa de Gaza, os EUA devem explicar a falta de uma frase sobre o mesmo direito da RPDC nas "resoluções de sanção" contra esta, aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU.

Ademais, terão que responder por que razão é tratado como "ilegal" no CS da ONU o exercício do direito à autodefesa da RPDC, com fins de defesa da segurança do país e do povo e da paz e estabilidade da região, se o massacre de civis por parte de Israel é o "exercício do legítimo direito à autodefesa".

Se a legitimidade dos atos dos países membros da ONU se determina segundo seu caráter independente soberano ou dependente pró-EUA, caberia ao controle do mundo ao estilo estadunidense a observância da constituição estadunidense com a operação do Conselho de Segurança Nacional (NSC em inglês) dos EUA, em vez de respeitar a Carta da ONU com o funcionamento do Conselho de Segurança da ONU.

A situação atual do Oriente Médio comprova novamente que se deve aos EUA a conversão do CS da ONU, cuja missão principal é defender a paz e a estabilidade, no cenário de injustiça onde a guerra, a instabilidade, o conflito e o enfrentamento são incitados e predomina a pauta ilegal de padrão duplo.

Os EUA, que põem obstáculos à paz e estabilidade internacionais, não têm o direito de permanecer no sagrado palco da ONU que representa a vontade unânime da sociedade internacional, tampouco de ser membro permanente do CS da ONU.

O prestígio e a confiança do CS da ONU serão recuperados sem falta não pelos EUA e seus seguidores, que exercem o despotismo unilateral infringindo brutalmente os direitos soberanos e os interesses legítimos dos países membros da ONU, mas pelos Estados soberanos independentes que lutam incansavelmente pela justiça internacional e pela igualdade de poder.

A justa sociedade internacional, incluindo a RPDC, jamais perdoará a violação atroz da soberania por parte dos EUA, que causam a instabilidade internacional e a crise humanitária com a ilegal norma de padrão duplo, e fará todos os esforços para estabelecer uma nova ordem internacional de caráter independente e pacífico com base no respeito à soberania, à não intervenção nos assuntos internos, à justiça e à igualdade.

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