quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

A história de crimes sangrentos jamais poderá ser encoberta


Recentemente foi descoberta no Japão uma lista dos que serviram na unidade 731 e outras do antigo exército japonês que levaram má fama por haver perpetrado a guerra bacteriológica e o experimento com corpos humanos durante a Segunda Guerra Mundial.

Este documento elaborado no final da Guerra do Pacífico, foi utilizado pelo Ministério da Saúde e Bem-Estar do Japão e foi conversado no arquivo nacional deste país. Nele estão registrados 50 soldados da unidade 731, incluindo Ishii Shiro, e 60 soldados de outras quatro tropas que atuaram em vários países asiáticos.

Um especialista japonês disse que a lista é o dado básico que mostra todo o processo de investigação sobre a guerra bacteriológica do antigo exército japonês, acrescentando que é necessário analisá-la detalhadamente, já que é um firme fundamento para conhecer todos os envolvidos nesta guerra.

Evidente que não é a primeira vez que foi descoberto um documento referente à guerra bacteriológica perpetrada pelo antigo exército japonês.

Em 2021, China e Rússia divulgaram os dados sobre a guerra bacteriológica e experimentos com corpos humanos realizados pela unidade 731 durante a Segunda Guerra Mundial. Com base na declaração do comandante da unidade 731, a China publicou os materiais que comprovam que o Japão acelerou a investigação e a maior produção de armas bacteriológicas e realizou indiscriminadamente experimentos com corpos humanos necessários para elas. Os documentos encontrados na Rússia revelam o fato de que o antigo exército japonês entregou à unidade 731 os coreanos e os soldados soviéticos, capturados durante os incidentes do lago Khasan e de Khalkhin-gol, como objetos de experimento.

O recente descobrimento da lista mencionada deu uma pista importante para esclarecer mais profundamente as atrocidades cometidas pelo Japão.

Mas os reacionários japoneses estão descontentes com isso.

Dizem abertamente que não podem reconhecer os crimes e não refletiriam sobre seu passado, dizendo que não se pode confirmar o dato sobre a guerra bacteriológica da unidade de fornecimento de materiais antiepidêmicos (unidade 731) do Exército Kwantung pela carência de conteúdos detalhados. Para piorar, ignoram as confissões dos criminosos de guerra.

Eis aqui o testemunho de um ex-médico da unidade 731 em um seminário internacional sobre a guerra e a ética médica que foi realizado em 8 de abril de 2007 em Osaka, Japão.

“Certa ocasião, fiz uma dissecação de uma escrava sexual do exército japonês que tinha um filho pequeno. Ela ia morrendo diante da criança. A criança foi colocada em uma mesa de experimentos de congelamento. A princípio pensei que tinha chegado a um lugar perigoso, mas com o passar do tempo, pude sentir que perdia esse sentido e não terminava meu trabalho a menos que dissecasse duas ou três pessoas todos os dias. Às vezes eu dissecava cinco pessoas por dia..”

E explicou que se ele testemunhou sobre as atrocidades experimentais em corpos humanos que a unidade 731 cometeu foi porque pensou na necessidade de divulgar ao mundo a história errônea.

No entanto, os reacionários japoneses não têm um pingo de consciência para admitir e refletir sobre o seu passado criminoso.

Nunca poderão encobrir a guerra bacteriológica e os experimentos com corpos humanos, e não poderão evitar a responsabilidade por seus crimes.

O ato das autoridades japonesas de negar e embelezar o seu passado nada mais é do que um ato que visa repetir a história passada.

Não há nada que possa encobrir sua história sangrenta.

O Japão jamais poderá eludir a responsabilidade pesada de indenizar por seus crimes, ainda que passe muito tempo.

Pak Jin Hyang

Naenara

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