quarta-feira, 9 de outubro de 2019
Revolta Militar de Imo
Em junho de 1882 (ano Imo) os militares e os habitantes pobres de Seul se rebelaram contra os invasores japoneses e os governantes feudais.
Naquele tempo, os soldados na capital procediam em sua maioria de famílias pobres que viviam nas cercanias de Seul e serviam ao exército recebendo um mísero salário e quantidade de cereais que o governo feudal lhes dava.
Porém seu fornecimento demorava e a ração mensual fornecida a cabo de 13 meses de intervalo não alcançavam nem a metade da quantidade estabelecida e, para piorar, continham grãos decompostos, areia, pequenas pedras, etc.
Indignados, os militares se rebelaram e Min Kyom Ho, funcionário encarregado do abastecimento de cereais, em vez de desculpar-se, ordenou arrestar e executar os promotores da rebelião.
Ao escutar a notícia, os militares se enfureceram ainda mais.
Em 9 de junho de 1882, os rebeldes, a mando de Ryu Chun Man e Kim Jang Son, assaltaram e destruíram a casa de Min Kyom Ho, se apoderaram das armas e libertaram os militares encarcerados.
Ademais, assaltaram as casas dos acólitos da imperatriz Min e mataram o instrutor militar Horimoto e outros japoneses. Gritando "Assaltemos a legação do Japão! e "Expulsemos os agressores japoneses!, se dirigiram à legação japonesa, a sitiaram e atacaram infundindo a manifestação antijaponesa.
Se juntaram a eles muitos habitantes pobres.
Atemorizado, o ministro diplomático japonês, junto com seus subalternos, incendiou a legação e, aproveitando a escuridão da noite, fugiu para Inchon.
Em 10 de junho, milhares de rebeldes se dirigiram ao Palácio Changdok para acertar as contas com a imperatriz Min, liderança da dominação autoritária da família de Min. Ali os rebeldes executaram Min Kyom Ho e o governador da província de Kyonggi e percorreram o Palácio em busca imperatriz, porém esta conseguiu escapar vestida de cortesã.
Por outra parte, para aniquilar os fugitivos da legação japonesa, um grupo dos rebeldes foi a Inchon, onde se juntaram a eles os militares e civis patrióticos da região.
Eles assaltaram a sede administrativa de Inchon, eliminando vários japoneses.
O ministro diplomático japonês conseguiu sorrateiramente escapar de volta à seu país a bordo de um navio da Inglaterra.
O governo dos Min se viram acuados e os japoneses que estavam na Coreia foram expulsos ou executados.
No mesmo dia, por uma ordem do imperador, o regente Taewongun voltou a assumir o poder.
Os japoneses, duramente golpeados na rebelião, regressaram novamente à Coreia a bordo dos navios no mar da frente de Inchon, sob o pretexto de “proteção de seus cidadãos residentes na Coreia”. Anteriormente, desembarcaram no porto homônimo cerca de 3 000 efetivos de Qing a bordo de 4 navios e 13 barcos de transporte com a escusa de conter a invasão japonesa.
Os soldados de Qing capturaram Taewongun em visita de cortesia a seu quartel e o levaram a Tianjin, assim como reprimiram cruelmente os rebeldes.
Depois de retirado Taewongun e fracassada a rebelião, se restabeleceu o poder autoritário da família de Min e continuou sua política vende-pátria e entreguista.
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