quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Acabemos com o faccionalismo e fortaleçamos a unidade e coesão das filas revolucionárias


Tese publicada em folheto em 10 de maio de 1933.

Com vista a levar a feliz término a histórica causa da libertação nacional, os comunistas coreanos devem por fim ao faccionalismo e assegurar uma firme unidade e coesão nas filas revolucionárias.

O dano que os faccionalistas causaram ao movimento comunista e à luta antijaponesa de libertação nacional de nosso país é muito grave.

Incluso nestes momentos, em que nosso povo, com as armas nas mãos, está empreendendo uma enconada luta contra o agressor e vandálico imperialismo japonês, os faccionalistas estão minando a unidade e coesão das filas revolucionárias e impedindo a todo custo o avanço da revolução, perseguindo com artifício de fama e ambição política pessoal.

Hoje nós temos à nossa frente a tarefa urgente de erradicar totalmente o faccionalismo, expulsando seus adeptos das filas revolucionárias.

Todos os camaradas revolucionários, plenamente conscientes de que a eliminação do faccionalismo é uma condição primordial para consolidar a unidade e coesão das filas revolucionárias e desdobrar com êxito a luta antijaponesa de libertação nacional, tem que intervir ativamente na luta anti-faccionalista.

1. Conheçamos com clareza a criminosa atuação dos faccionalistas.

Ao recordar a história de mais de dez anos do movimento comunista e da luta antijaponesa de libertação nacional de nosso país, passamos a detestar os faccionalistas por seu proceder criminoso.

Entre todos os amargos fracassos e sacrifícios sofridos nos tempos passados pelo movimento comunista e pela luta antijaponesa de libertação nacional, não houve um só que não estivesse relacionado com o delito dos faccionalistas.

O faccionalismo, como produto que é das ideias burguesas e pequeno-burguesas, em especial do heroísmo individual, da ambição de notoriedade e do arrivismo, não tem nada a ver com as ideias revolucionárias da classe operária.

A causa do surgimento do faccionalismo no seio do movimento comunista de nosso país reside em que a princípio este movimento não esteve dirigido por verdadeiros comunistas, homens com firme posição classista e equipados plenamente com oi marxismo-leninismo, mas por pseudo-marxistas da classe superior ou intelectuais pequeno-burgueses.

Uns e outros, infiltrados no movimento comunista seguindo a tendência da época em que se divulgava o marxismo-leninismo e crescia rapidamente o movimento operário, mencionavam de palavra a revolução, mas de fato se dedicavam a criar intrigas para lograr fama e satisfazer sua ambição política. Desde os primeiros dias de sua infiltração nas filas revolucionárias, aproveitando-se da impreparação do núcleo comunista, firme em sua posição de classe, se dividiram em grupos e manobraram para conquistar a hegemonia, atribuindo-se cada qual o título de "dirigente" do movimento comunista.

Assim foi como no seio de nosso movimento comunista apareceram grupos de todo tipo como os Hwayo, Seul, M-L e Sosang, que se dedicaram a disputas repugnantes. Alegando cada qual que seu grupo era "ortodoxo", os faccionalistas repeliram os demais e se dedicaram a fortalecer a si mesmos. Com o fim de eliminar os outros e assegurar a superioridade própria, não elaboraram nenhum método, dedicando-se a caluniar-se e difamar-se entre eles mesmos e recorrer ao terrorismo, como tampouco tiveram escrúpulos em arrastar para suas maquinações incluso politicastros e malfeitores.

Um dos maiores crimes cometidos pelos faccionalistas dentro do movimento comunista coreano foi a divisão e a destruição do Partido Comunista da Coreia.

No curso da rápida propagação do marxismo-leninismo e do crescimento e fortalecimento do movimento operário em nosso país sob a influência da Revolução Socialista de Outubro na Rússia, se fundou em 1925 o Partido Comunista da Coreia. Este acontecimento serviu de importante motivo para impulsionar o movimento comunista e a luta de libertação nacional em nosso país. Porém, desde os primeiros dias de sua fundação, o Partido Comunista da Coreia não pôde cumprir plenamente sua missão devido aos aspectos sectários dos faccionalistas que haviam penetrado na capa superior.

Somente quando o partido, organização de vanguarda da classe operária, está unido e em coesão orgânica e ideológica, pode aglutinar em seu entorno as massas populares e mobilizá-las como é devido na luta revolucionária. Todavia, o Partido Comunista da Coreia não pôde assegurar a pureza e unidade orgânico-ideológica de suas filas nem preparar um sólido terreno entre as massas por conta das abjetas querelas dos faccionalistas. Esta é a causa pela qual o Partido Comunista da Coreia não pôde organizar e dirigir com acerto a luta antijaponesa de libertação nacional de nosso povo e, abatido pela cruel repressão do imperialismo japonês, teve que desaparecer como força organizada após três anos de fundado.

Os faccionalistas, ademais de desintegrá-lo e destruí-lo, cometeram o crime de dividir e destroçar as organizações de massas desde os primeiros dias de sua criação em nosso país. Cegos pela ambição de fortalecer-se e conquistar a hegemonia, se infiltraram na direção das organizações de massas e promoveram sórdidas pugnas sectárias com o sujo propósito de as por sub sua influência. Em outro tempo houve em nosso país numerosas organizações de operários, camponeses, jovens e mulheres, porém nenhum pôde cumprir devidamente sua missão, por conta dos manejos de divisão dos faccionalistas.

Ainda depois da dissolução do Partido Comunista da Coreia, os faccionalistas prosseguiram as odiosas disputas na Manchúria sob o pretexto de "restabelecer o partido", criando assim enormes dificuldades precisamente para o trabalho de sua reconstrução

Embora a dissolução do Partido Comunista da Coreia tenha constituído uma séria lição para todos os comunistas, os faccionalistas pregaram uma "imediata reconstrução do partido" sem nenhuma preparação organizativo-ideológica, e se lançaram com crescente obstinação às querelas de grupos. Empapados até o âmago de servilismo às grandes potências, cada qual formou um "comitê preparatório de reconstrução do partido" ou "comitê de trabalho" para tentar criar, com aprovação da Internacional Comunista, um novo partido cujo centro seria seu grupo. O resultado foi que o movimento comunista acabou ainda mais fragmentado, vendo o movimento de reconstrução ante à sérias dificuldades.

Outro crime dos faccionalistas foram os tremendos sacrifícios que causaram e a discórdia nacional chauvinista que semearam ao incitar as massas a lançar-se em rebeliões insensatas.

Como a campanha pela "imediata reconstrução do partido" não marchava como eles queriam, os que se encontravam na Manchúria organizaram a aventureira e esquerdista Revolta de 30 de Maio, para, segundo eles, "restabelecer" o partido através da "luta". O resultado foi um grande número de vítimas entre as massas revolucionárias e a desarticulação das organizações revolucionárias, fomentando-se também a hostilidade nacional entre os povos coreano e chinês

Os faccionalistas ainda hoje prosseguem obstinadamente as ações faciosas pondo grandes travas no desenvolvimento da luta antijaponesa de libertação nacional com suas conjuras oportunistas de direita ou de esquerda.

Difundem o sofisma de que agora nem sequer se deve plantear o problema da oposição às disputas sectárias, porque os oponentes já foram liquidados, e que voltar a plantear esta questão significaria justamente o fomento da discórdia. Com isto o que perseguem é suprimir a luta anti-sectária e continuar suas atividades facciosas.

Os faccionalistas se opõem a que os comunistas coreanos lutem pela libertação da nação coreana. Eles, que se denominam "ferventes internacionalistas proletários", insistem em que "falar na atual etapa da emancipação da nação coreana vai contra a linha da Internacional Comunista". Se é improcedente que nós comunistas coreanos lutemos pela libertação e independência de nossa nação, sendo nós os filhos e filhas do povo coreano, por quem devemos derramar sangue? O argumento dos faccionalistas é absurdo e só pode esgrimir quem fecha os olhos ante aos sofrimentos dos compatriotas, dos irmãos e irmãs que gemem sob a bárbara dominação colonialista dos imperialistas japoneses.

Os faccionalistas se opuseram sobretudo à linha de luta armada, a forma de luta mais eficaz contra os imperialistas japoneses. Propagam argumentos de que nossa luta com armas nas mãos contra estes agressões é "prematura" e uma "ação imprudente sem possibilidade de vitória". Isto prova que eles são precisamente uns covardes, atemorizados ante ao "poderio" do imperialismo japonês, e capituladores de direita que predicam ao povo que se deve submeter-se aos agressores imperialistas japoneses em vez de combate-los. E embora seus argumentos tenham sido resolutamente rejeitados, não cessam suas manobras sinistras para obstaculizar a atividade político-militar da Guerrilha Popular Antijaponesa.

Os faccionalistas temem e se opõem à consolidação das filas medulares da revolução coreana com os jovens de origem operária e camponesa. Manobram porfiadamente para colocar os intelectuais pequeno-burgueses e os pseudo-marxistas nos postos dirigentes do movimento comunista de nosso país.

Impedem também por todos os meios agrupar todas as forças antijaponesas de diferentes setores e mobilizá-las na sagrada luta antijaponesa. Argumentando que são da "classe reacionária", "hipócritas" e "vacilantes", rejeitam os capitalistas nacionais, os religiosos e os intelectuais patriotas, pessoas que se deveria ganhar para a frente unida nacional antijaponesa.

Os faccionalistas incorreram outro grave crime também na consolidação das bases guerrilheiras. Em algumas zonas guerrilheiras, em descordo com o caráter e o dever principal da revolução coreana na etapa atual, insistiram ruidosamente na necessidade de estabelecer um governo dos "soviets" e fazer realidade imediatamente o socialismo, e para tal lançaram ações imprudentes como a eliminação de toda propriedade privada, a organização de uma "vida coletiva", a "produção conjunta" e a "distribuição comum". Isto causou grande inquietude e desordem entre a população das zonas guerrilheiras e semeou entre muitos habitantes das zonas controladas pelo inimigo uma opinião desfavorável a respeito dos comunistas.

Ademais, insistindo na necessidade de criar somente regiões guerrilheiras, que são bases guerrilheiras em forma de zonas liberadas, impediram que vastas comarcas rurais dos arredores se convertessem em zonas semi-guerrilheiras. Denominando a zona guerrilheira como "zona soviética" ou "zona vermelha" e a controlada pelo inimigo como "zona branca", enfrentaram intencionalmente entre si os habitantes das duas zonas, separaram e molestaram os habitantes da zona dominada pelo inimigo alegando sem mais nem menos que despertam "desconfiança", que são "lacaios do imperialismo japonês" ou que tem "duas caras". Até chegaram a dizer que não merecem confiança tampouco as agrupações revolucionárias nas zonas controladas pelo inimigo e se propõem a renunciar ao trabalho com as organizações clandestinas. Com estas manobras querem deixar as zonas guerrilheiras totalmente isoladas, sem nenhum contado externo. Se não os desmascaramos nem impedimos a tempo estes manejos criminosos dos oportunistas de esquerda e dos faccionalistas, a luta antijaponesa de libertação nacional em geral, para não falar das bases guerrilheiras, possivelmente passará por grandes dificuldades.

Agora os faccionalistas adulam e seguem submissamente os oportunistas de esquerda e promovem vilmente ações nocivas encaminhadas a dividir e destruir as filas revolucionárias sob o eufemismo de lutar contra o "Minsaengdan". Para desmembrar as filas revolucionárias, colocam arbitrariamente a etiqueta de "Minsaengdan"em muitos comunistas fiéis à revolução e nos que simpatizam com a revolução, ps perseguem e até torturam ou assassinam, criando um ambiente de grande inquietude e confusão no seio das filas revolucionárias.

Como vemos, os faccionalistas são culpados, antes e agora, pelos imperdoáveis crimes que impedem a unidade e coesão das filas revolucionárias e o fortalecimento e desenvolvimento de nossa luta.

2. Captemos a tática dos faccionalistas.

Os faccionalistas encobrem sua verdadeira face valendo-se de toda classe de métodos astutos. Por isso, para acabar com o faccionalismo, temos que conhecer bem seus métodos.

Com a verborreia e as ações falaciosas e hipócritas os faccionalistas ocultam sua verdadeira face, se disfarçando de ferventes revolucionários e firmes comunistas. Desta maneira, tratam de ganhar  simpatia e popularidade entre as massas para alcançar seus objetivos faccionalistas.

Antes de tudo, recorrem à linguagem e ação ultra-esquerdistas. Denominam a si mesmos como "grandes eruditos" do marxismo-leninismo, gravando algumas frases de Marx e Lenin e lançam lemas ultra-esquerdistas como "é preciso instituir os soviets de operários e camponeses e construir de imediato o socialismo" e que se deve "implantar a ditadura do proletariado", sem ter em conta a etapa de desenvolvimento de nossa revolução e o grau de amadurecimento da situação. Também incitam as massas à insensatas rebeliões, como a Revolta de 30 de Maio, e quem se opõe às ações ultra-esquerdistas são taxados de "vacilantes" ou "covardes".

Atuando como se houvessem sido autores de grandes proezas em outro tempo em prol da revolução, se lançam a toda classe de abomináveis ações para encobrir sua atuação bochornosa do passado. Costumam mudar seu nome e origem social para logo blasonar de haver feito grande contribuição à revolução, quando na realidade, como causadores de discórdias sectárias, causaram gaves danos à unidade e coesão do partido.

Outro método para fomentar as disputas sectárias de que os faccionalistas se valem é ganhar, atuando sem princípio, as pessoas mediante todo tipo de engano, conciliábulo e intriga. Os faccionalistas vão até os elementos ressentidos e lhes estimulam mais a queixar-se, dizendo que "tem razão", e que é "natural seu descontentamento", sem importar-se se são justas ou não suas queixas, ganhando a simpatia destas pessoas com palavras melosas como se estivessem dispostos a dar-lhes o que pedem. Quando encontram pessoas que lhes parecem estar descontentes, tratam de as ganhar fingindo simpatizar com elas e prometendo-lhes apoio. Quanto mais se veem isolados nas organizações revolucionárias, mais recorrem a estes métodos.

Uma de suas táticas comuns é proceder com duplicidade, manifestando apoio publicamente, mas nas sombras estar contra.

Fingem respaldar e aprovar a decisão da organização mas por trás tramam intrigas para saboteá-la; dão uma imagem de lealdade à organização, porém, na realidade, minam sua disciplina.

Também se comportam com perfídia com os quadros firmes nos princípios revolucionários. De frente não poupam palavras de elogia e respeito para com eles, mas pelas costas costumam ultrajá-los e difamá-los.

De palavras asseguram que lutam pela revolução, porém de fato tergiversam a linha revolucionária ou obstaculizam sua aplicação. Nem sequer transmitem as decisões e os documentos da organização às unidades inferiores, o que cria gave confusão na materialização da linha revolucionária e impede a unidade orgânico-ideológica da organização revolucionária.

O jogo sujo dos faccionalistas encontra sua expressão no fato de que impedem a solidariedade dos povos coreano e chinês na luta contra o imperialismo japonês, inimigo comum. Dentro das organizações revolucionárias falam muito do "internacionalismo proletário" ou da "amizade e solidariedade entre os povos coreano e chinês". Porém ante às massas insultam e detestam os nossos amigos e soldados antijaponeses chineses.

E ainda tratam de impor sua vontade às massas, as que menosprezam e sobre as que exercem pressão.

Abusando de seu poder, impõem à base de dar ordens, suas injustas exigências e opiniões às massas. E se as massas não obedecem suas ordens, as ameaçam e chantageiam, com desplantes como "se opõem à disciplina revolucionária" e "reacionárias". Em particular, o que mais temem é a crítica das massas ou que apresentem questões construtivas. Isso eles tentam ignorar, recorrendo às ameaças e chantagem.

Os faccionalistas, que recorrem ao astuto método das pendências sectárias, não tem outro caminho que não seja o de converter-se esbirros do inimigo.

Um líder destas disputas sectárias, quando desmascarado e expulso das filas revolucionárias, tomou a vil atitude de se juntar à polícia do consulado imperialismo japonês, na qual ajudou a deter, torturar e assassinar um grande número de comunistas. Outros faccionalistas que foram detidos pela polícia do imperialismo japonês firmaram voluntariamente o compromisso de abjuração e lhes facilitaram informações acerca da organização revolucionária.

Todos estes fatos mostram que precisamente os faccionalistas são despojos humanos, que não tem nem o mínimo de consciência e dever moral, e são os renegados da revolução.

3. Intensifiquemos ainda mais a luta pela liquidação do faccionalismo.

Nós devemos trabalhar com mais energia para expulsar os faccionalistas das filas revolucionárias e acabar com o faccionalismo.

Como levar a cabo exitosamente a luta anti-sectária?

Primeiro, todos os guerrilheiros, os militantes da União da Juventude Comunista e os membros das organizações revolucionárias devem ter uma firme concepção revolucionária do mundo.

Quem não tem esta concepção não poderá combater eficazmente o sectarismo nem impedir sua penetração. As ideias faccionalistas sempre se prendem naqueles que carecem de uma firme concepção revolucionária do mundo. Os que compreendem bem o objetivo e a justeza da luta revolucionária e tem uma posição ou atitude de fidelidade constante à causa revolucionárias, são invulneráveis a quaisquer ideias contrarrevolucionárias. Por isso, devemos impulsionar mais o trabalho de equipar os guerrilheiros, os membros da UJC e as massas revolucionárias com o marxismo-leninismo e a linha da revolução coreana. Deste modo devemos preparar bem os guerrilheiros, os militantes da UJC e das organizações revolucionárias, de maneira que avaliem justamente com critério revolucionário cada problema e defendam sem vacilação os interesses da revolução em qualquer situação, por mais difícil que seja.

Segundo, é essencial que todos os guerrilheiros, os membros da UJC e as amplas massas revolucionárias tomem parte ativa na luta anti-faccionalista.

A força maior que pode aplastar o faccionalismo reside nas massas revolucionárias. De sua vigilância nada pode escapar. Por mais astutamente que atuem os faccionalistas, nunca poderão se esconder se os guerrilheiros, os membros da UJC e as massas revolucionárias estão alertas ante às usas conjuras e formam um bloco para acabar com ele. Assim, para triunfar na luta contra o faccionalismo é preciso que todos os guerrilheiros e membros da UJC e de outras organizações revolucionárias conheçam a nocividade e a tática dos faccionalistas e a importância que esta luta tem, para que tomem parte ativa nela.

Dado que agora os faccionalistas se lançam furiosos a promover o sectarismo sob o eufemismo de combater o "Minsaengdan", urge por desnudo seus taimados métodos de ação e crime em relação com a questão da luta contra o "Minsaengdan". De modo que as vastas massas revolucionárias possam levar a cabo a luta contra o "Minsaengdan" e, por outra parte, desmascarem a tempo os faccionalistas.

Terceiro, a luta contra o faccionalismo deve ser organizada e levada a cabo em estreita combinação com o trabalho de fortalecimento das filas revolucionárias.

Se antes o faccionalismo não pôde ser liquidado e se manteve por longo tempo em nosso movimento comunista, isso se deve, principalmente, à debilidade das filas comunistas. Se, tirando lição deste doloroso fato consolidamos ainda mais as filas revolucionárias sob o ponto de vista classista e fortalecemos sua base, mais seguro será o triunfo na luta para exterminar o sectarismo. Por esta razão é que temos que incorporar ativamente à Guerrilha Antijaponesa e às organizações da UJC os melhores homens e mulheres, de origem operária e camponesa, sobretudo, as massas juvenis, livres de ideias sectárias, para melhorar sem cessar a composição das filas revolucionárias e preparar sólidos destacamentos que sejam a base da revolução.

Ao mesmo tempo, há que selecionar quadros para o exército revolucionário partindo de uma rigorosa análise dos antecedentes e da origem social destes, e de um estudo e verificação esmerados de suas atividades diárias. Não nos deixemos enganar por aqueles que aparentam entusiasmo ou se arrependem de suas faltas somente de palavra, como fazem os faccionalistas; devemos encarregar a responsabilidade dos postos de direção às melhores pessoas de procedência operária ou camponesa pobre que participam honestamente na revolução, educá-los e forjá-los sem cessar para promovê-los decididamente como quadros do exército revolucionário. Formando e forjando um bom número de quadros entre as pessoas desta origem, devemos orientá-los a desenvolver exitosamente a luta contra o sectarismo.

Quarto, é necessário nos resguardar dos desvios esquerdistas e direitistas na luta anti-sectária para a empreender com posições de princípios e em conformidade com os interesses da revolução.

Antes de tudo, não incorramos no erro do esquerdismo. Não é justo que pela oposição ao faccionalismo coloquemos no mesmo saco todos os homens que em outro tempo estiveram no movimento de ilustração socialista ou no movimento comunista. Entre os que estavam vinculados ao anterior movimento comunista existem numerosos que sem querer se implicaram temporalmente nas disputas sectárias por não haver percebido a tempo os manejos dos promotores que as suscitaram. Se incluímos esses homens na mesma categoria que os faccionalistas, então acabaríamos perdendo muitos com quem podemos nos unir.

Ainda no caso dos que tenham intervido diretamente nas pugnas sectárias, devemos receber com braços abertos e educar os que se arrependam sinceramente de seu erro e mostram vontade de servir com abnegação e até o fim à revolução.

Procuremos também não rejeitar sem mais nem menos os ativistas intitulando-os de sectaristas, identificando os erros que possam vir a cometer casualmente no curso do trabalho com os atos contrarrevolucionários dos faccionalistas.

Na luta contra o faccionalismo devemos nos resguardar bem do desvio direitista.

Em algumas organizações revolucionárias, incluso na UJC, ocorrem casos de abandono desta luta porque não leva-se em conta as astutas táticas dos faccionalistas se se crê que eles foram "derrotados por completo", ou mesmo por acreditar que a luta anti-faccionalista debilitaria a coesão das filas revolucionárias. Este é um intolerável erro de direita. Conscientes de que os erros direitistas desta índole que se revelam na luta contra o sectarismo tem relação também com intrigas sectárias, devemos agudizar a vigilância ante às manifestações do faccionalismo, organizar e desenvolver com energia a luta contra ele.

Devemos elevar a vigilância também em relação ao trabalho de sabotagem do inimigo, que tenta dividir e minar de dentro as filas revolucionárias. Cada vez que nelas se empreende a luta ideológica, o inimigo manobra com manha e falácia para desmembrá-las e destruí-las de dentro. Sendo assim, no curso da luta contra o faccionalismo não devemos nos deixar enganar pelos dados que o inimigo falsifica. Ao analisar um dado, devemos examiná-lo com cuidado e resolver com seriedade cada problema.

Temos que levar a cabo a luta anti-sectária em estreita ligação com a tarefa de executar a linha de nossa revolução. Devemos subordinar todo nosso trabalho à realização consequente desta linha e acabar decididamente com as tendências ideológicas e métodos de trabalho prejudiciais que a obstaculizam, como as ideias do feudalismo e do capitalismo, o egoísmo individual e o heroísmo individualista, para privar os faccionalistas de qualquer possibilidade de impor-se e para dar mais forte impulso à nossa revolução.

Acabar com o faccionalismo é uma obra que, por ser complicada e grave, não se pode conseguir em pouco tempo.

Todos os comunistas e camaradas revolucionários deverão lutar contra o faccionalismo com paciência e perseverança. até liquidá-lo por completo, para converter nossas filas revolucionárias em verdadeiros destacamentos de revolucionários unidos firmemente por um só ideia e uma mesma vontade.

Acabando com o faccionalismo e fortalecendo a unidade e coesão das filas revolucionárias levaremos a feliz término os preparativos para a fundação de um partido marxista-leninista revolucionária e a sagrada causa da restauração do país e cumpriremos fielmente a nobre missão que assumimos ante à pátria e a nação.




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