terça-feira, 22 de outubro de 2019

Sobre algumas tarefas para o melhoramento e fortalecimento do Trabalho da União da Juventude Comunista


Discurso proferido na Conferência de Funcionários da União da Juventude Comunista, realizada em Wangqing, em 27 de março de 1933.

Camaradas:

Já faz quase um ano que, seguindo a orientação dada na Conferência de Mingyuegou, fundamos a Guerrilha Popular Antijaponesa, com a que iniciamos a luta armada organizada contra o imperialismo japonês.

Durante este período criamos zonas guerrilheiras com forma de zonas liberadas nas vastas regiões ribeiras do rio Tuman. Desde o momento de sua criação nossa Guerrilha chegou a contar com uma base que lhe permitiu realizar agilmente as atividades político-militares.

Apoiando-nos nas bases guerrilheiras desferimos aos agressores imperialistas japoneses demolidores golpes político-militares, infundimos um grande ânimo em nosso povo para levantar-se à luta antijaponesa e fortalecemos nossas próprias forças político-militares, ampliando e desenvolvendo sem cessar a luta antijaponesa de libertação nacional em geral, que tem a Luta Armada Antijaponesa como seu centro.

No transcurso deste tempo nossa União da Juventude Comunista e seus membros realizaram um trabalho verdadeiramente grande. Realizando atividades organizativo-políticas entre os amplos setores da juventude, suas organizações incorporam um bom número de jovens em suas filas e lograram que estes contribuam ativamente ao desenvolvimento da Luta Armada Antijaponesa. Os membros da UJC e outros jovens integrados na Guerrilha mostraram plenamente nos combates incomparável valor, audácia e espírito de sacrifício. Os das zonas guerrilheiras consolidaram as bases e as defenderam com firmeza dos ataques do inimigo. Os membros da UJC e demais jovens nas zonas controladas pelo inimigo, apesar da cruel repressão, deram ativo apoio e respaldo no moral e material à Guerrilha e desenvolveram com energia diversas formas de luta antijaponesa.

Os imperialistas japoneses, alarmados pela intensificação da atividade político-militar da Guerrilha e vendo como sob sua influência toma auge a luta antijaponesa que nosso povo desenvolver em variadas formar, atualmente manobram enfurecidos para destruir a Guerrilha e suas zonas.

Esta situação nos exige urgentemente promover uma maior conscientização ideológica no maior número de massas antijaponesas e sua organização para incorporá-las à luta, para frustrar as intensas manobras dos imperialistas japoneses e estender a Luta Armada Antijaponesa. Sobretudo, incorporar extensas massas juvenis nos apresenta como uma tarefa de suma importância. E é pelo papel que desempenha a juventude na luta revolucionária. Os mais valorosos tanto nos combates da Guerrilha como no trabalho organizativo-político na zona controlada pelo inimigo, são precisamente os jovens. A juventude é a principal responsável pelo futuro de nossa revolução.

Todavia, na atualidade, o trabalho da UJC a todos os níveis não é realizado com a energia que se exige no desenvolvimento de nossa revolução. Pelo informe e intervenções podemos constatar que possui sérios defeitos. Não admite em suas filas os muitos que merecem, nem conduz bem o trabalho de educação e preparação dos jovens de distintas classes e estratos.

Gostaria de aproveitar a oportunidade desta reunião para referir-me a alguns problemas relacionados com a rápida correção dos defeitos que foram mostrados no trabalho da UJC, com o aumento e robustecimento de suas organizações, com a missão de melhorar e intensificar o trabalho de propaganda e educação entre as massas juvenis.

Em primeiro lugar, há que aumentar e fortalecer as organizações da UJC.

É a tarefa mais importante atualmente. Somente se crescem e se consolidam suas organizações, a UJC poderá elevar sua combatividade, cumprir dignamente sua missão revolucionária e fazer aportes ao fortalecimento da Guerrilha. Porém por agora dita tarefa não é devidamente levada a cabo.

O defeito em maior evidência no trabalho organizativo é a tendência esquerdista de fechar as portas, que se expressa em não permitir a entrada em suas filas de jovens preparados, por colocarem condições demasiadamente exigentes para o ingresso. Está claro que todos devem guiar-se pelo princípio de selecionar e admitir os melhores. Contudo, estão cometendo um grande erro ao negar a entrada de jovens forjados e experimentados no trabalho clandestino de vários anos, pondo como pretexto certos defeitos em sua atitude ante ao trabalho, como também negando o ingresso de operários e camponeses por falta de conhecimentos e de estudantes porque são menores de idade. Se tem defeitos em seu modo de trabalho isso pode ser sempre corrigido com a educação e, enquanto aos que falham no trabalham por falta de conhecimentos, basta dar-lhes instrução e dotar-lhes de mais capacidade.

É injusto também considerar menores de idade os que tem cerca de 20 anos. O general Nam I, um de nossos companheiros de armas da época antiga, disse que se um homem de vinte anos é incapaz de contribuir à pacificação do país, ninguém se lembrará posteriormente deste como um homem. Se na antiguidade as coisas já eram assim, hoje não há razão nenhuma para dizer que são imaturos os jovens desta idade.

Hoje alguns organizações da UJC, com o pretexto de que se admitem muitos jovens poderiam ser divulgados seus segredos, rejeitam incluso os que normalmente deveriam dar entrada. Este é outro fenômeno prejudicial. Desde logo, temos o dever de conservar ao preço da vida os segredos da organização e cuidar para que não sejam divulgados. Porém, se por isso nos mostramos indecisos no trabalho de ampliação da UJC, então não poderemos fortalecer as forças revolucionárias. Tudo se resolverá se educar-se bem os jovens na necessidade de guardar o segredo revolucionário.

Esta tendência esquerdista de fechar as portas acarreta hoje em enormes danos ao desenvolvimento e consolidação das organizações da UJC. Nos disseram que em um lugar de uma zona controlada pelo inimigo, há mais de cem jovens com mais de um ano de militância nas três agrupações, ou seja, na Associação de Camponeses, na União Antiimperialista e na Associação Revolucionária de Ajuda Mútua ou na Vanguarda Infantil, porém como consequência desta errônea tendência somente deram entrada na UJC três ou quatro. Não podemos mais tolerar este fenômeno.

Temos que acabar totalmente com a tendência esquerdista de porta fechada, e receber sem temor os jovens provados na luta contra o imperialismo japonês.

A UJC tem que dar entrada preferencial aos jovens da Guerrilha e aos que passaram pela proba da luta como integrantes do Corpo de Autodefesa Antijaponês e de outras agrupações revolucionárias nas zonas guerrilheiras. Internar-se  também profundamente nas zonas controladas pelo inimigo para incorporar os jovens avançados e dispostos. No momento atual, a juventude vive em sua absoluta maioria nestas zonas, onde as organizações da UJC acabaram muito reduzidas pela ação subversiva do inimigo. Nesta situação é preciso que a UJC a todos níveis empreenda um trabalho hábil entre esses jovens para atraí-los em grande número às suas filas.

Antes de tudo, se incorporará ativamente os jovens operários, firmes de espírito revolucionário, de espírito de organização e de coesão, e também os jovens camponeses. A imensa maioria dos jovens de nosso país são camponeses, e uma grande parte deles são de fato proletários do campo. É muito importante receber nas organizações da UJC os jovens camponeses que tem consciência de classe e prepará-los como integrantes do grosso da revolução junto com outros jovens operários.

A UJC nunca deverá descuidar a admissão dos estudantes progressistas. Os jovens estudantes de nosso país tem uma consciência nacional muito desenvolvida e alto espírito patriótico porque se encontram oprimidos e humilhados pelo imperialismo japonês. E em geral, eles, independentemente de sua origem social, são suscetíveis à tendência da época e estão desejosos de saber a verdade. Isto pode fazê-los interpretes dos avançados ideais comunistas e pioneiros do movimento de ilustração socialista. Uma prova eloquente disso é o movimento estudantil de Kwangju, em novembro de 1929.

Esforçando-nos para acabar com a tendência esquerdista de portas fechadas no trabalho de organização da UJC, devemos estar atentos para não cairmos na tendência direitista.

Esta tendência se mostra no fato de que com o pretexto de ampliar e fortalecer a UJC, tratam de admitir sem princípio os jovens que não conhecem e que não estão bem preparados. Há organizações da UJC nas zonas guerrilheiras e nos territórios controlados pelo inimigo que, longe de dedicar-se à educação classista e à educação no espírito patriótico antijaponês, tratam de admitir sem critério os jovens não preparados politicamente. Como poderemos receber na UJC, organização de vanguarda das massas da juventude operária e camponesa, os jovens débeis de consciência de classe e de espírito patriótico antijaponês? Se continua este fenômeno, os elementos espúrios ou gente arrivista poderão infiltrar-se em suas filas, debilitar-lhe a capacidade combativa e, com o tempo, destruí-la.

Temos que repelir resolutamente tanto a tendência esquerdista de porta fechada quanto a direitista e agrupar um maior número de jovens valentes e avançados com um bom trabalho de organização. É dessa forma que devemos ampliar e fortalecer constantemente a UJC.

Em segundo lugar, suas organizações a todos os níveis deverão melhorar e intensificar a educação ideológica entre as extensas massas da juventude.

Para dar firme coesão à UJC e integrar nela amplas massas juvenis é indispensável afiançar a educação ideológica. Somente elevando a consciência ideológica dos jovens se poderá acrescentar seu papel na luta revolucionária e antecipar o triunfo da causa histórica de recuperar a Pátria.

Assustados pelo cada dia crescente desdobramento da Luta Armada Antijaponesa, os imperialistas japoneses intensificam a ofensiva de "castigo" contra a Guerrilha e seus bases e, ao mesmo tempo, promovem desesperadamente intrigas políticas destinadas a desorganizar e destruir por dentro as filas da revolução. Dada esta situação, se não fortalecemos a educação ideológica dos jovens, não poderemos contrabalancear a ofensiva militar e ideológica dos inimigos nem ampliar e desenvolver ininterruptamente a Luta Armada Antijaponesa.

Porém no momento a UJC tropeça neste trabalho.

Sua deficiência principal consiste em que a levam a cabo sem um objetivo ou conteúdo claro, sem ter em conta as características da gente a que se educa.

Quando a educação ideológica carece de conteúdo e se realizar ignorando as características das pessoas, pode resultar pior que o sermão de um missionário cristão. Agora se fala muito de propagar o marxismo-leninismo, porém recorrem com frequência ao palavrório desprovido de conteúdo e indiferente às massas, e por esta razão não conseguem ganhar as pessoas.

Os jovens tem suas próprias características: espírito empreendedor e revolucionário, heroísmo, aspiração ardente à verdade e a uma sociedade ideal e mais sensibilidade em geral que os demais agentes. Porém as organizações da UJC atuam uniformemente no trabalho de propaganda e agitação ou na educação individualizada, em vez de desenvolvê-las imprimindo-lhes vida a estas peculiaridades dos jovens, tomando em consideração a realidade e os costumes das diferentes localidades e quais demandas urgente possuem.

Neste momento o fundamental no trabalho de educação ideológica que a UJC realiza consiste em inculcar à juventude a ideia patriótica antijaponesa, fomentar nela a consciência classista para que se incorpore com entusiasmo na sagrada luta contra os imperialista japoneses pela libertação e independência da Pátria e marcha na vanguarda desta luta.

As organizações da UJC devem realizar constantemente entre as amplas massas de jovens a propaganda que desmascare a virulenta política colonial e a astúcia do imperialismo japonês e o cruel genocídio contra nosso povo. Assim também tomarão firme consciência ideológica antijaponesa.

Devem realizar a educação que lhes faça ver claramente a natureza exploradora e a traição à nação por parte dos latifundiários e capitalistas pró-japoneses e outros lacaios do imperialismo japonês.

Hoje é essencial fortalecer a educação patriótica, já que somente assim se poderá despertar em nossos jovens o orgulho e a dignidade nacionais, fomentar-lhes um profundo sentimento de ódio e de hostilidade para com os imperialistas japoneses, os ocupantes dos três mil ris de nossa bela terra-pátria, estimulá-los a levantar-se ativamente na luta contra estes. Devemos ser constantes na tarefa de educar os jovens de forma que amem infinitamente a Pátria, que compreendam bem e tenham apreço pela história da luta e pela brilhante cultura nacional de nosso povo e que tomem maior consciência de independência nacional.

Para que se incorporem em crescente número à sagrada luta antijaponesa, temos que infundir-lhes otimismo revolucionário. É dever das organizações da UJC intensificar entre a juventude a propaganda e a educação que lhe façam ver que o imperialismo japonês é vulnerável e que é inevitável sua derrota, que é justa a causa de nossa revolução e certa nossa vitória, para que lutem com afinco sobrepondo-se às dificuldades ou vicissitudes que encontre no caminho.

Temos também que fomentar vigorosamente entre a juventude o trabalho de educação ideológica para o fortalecimento da solidariedade combativa com os jovens chineses. Este vem a ser um dos elos principais para contrabalancear as intrigar de discórdia que o imperialismo japonês semeia e robustecer as forças revolucionárias antijaponesas. Intensificando a educação ideológica a UJC deverá formar uma frente unida com os jovens chineses na batalha contra o imperialismo japonês, inimigo comum dos povos coreano e chinês, e especialmente dar-lhe um forte impulso ao trabalho com as unidades antijaponesas chinesas.

A UJC deverá conduzir eficazmente o trabalho de educação ideológica em estreita relação com o dever revolucionário que corresponde aos jovens. Procedendo desta forma, a educação ideológica não se reduzirá a uma simples tagarelice, mas será realmente proveitosa para a revolução.

No momento, deverá levá-la a cabo combinadamente com a execução da orientação dada para a Luta Armada Antijaponesa, com objetivo de que os jovens, imbuídos de firme fé na vitória da revolução, defendam firmemente a zona guerrilheira, apoiem e respaldem fielmente a Guerrilha Popular Antijaponesa, tomem resolutamente um posto em diversas formas de luta antijaponesa.

A educação ideológica entre os jovens deve ser realizada sem falta com as formas e métodos que concordem com suas características.

Se, por ignorar o caráter ou as qualidades dos jovens, resulta uniforme, não se logrará o êxito desejado. As organizações da UJC deverão programar, de acordo com o temperamento e o caráter dos jovens, atividades de propaganda oral como conferências, conversações e discursos, seminários políticos e outras atividades literário-artísticas e esportivas.

A educação ideológica pode ter êxito somente quando concorde com o nível de preparação do público correspondente. E para que seja assim, é necessário primeiro conhecer bem as pessoas a quem vão dirigir. O doutor estuda a constituição física e os sintomas do enfermo antes de proceder ao tratamento. Porque ainda que seja a mesma enfermidade que já tratou anteriormente, revela diferentes sintomas segundo as características e o estado físico do enfermo, e devem ser distintos também os medicamentos e as doses. Do mesmo modo, as organizações da UJC devem conhecer com exatidão a posição classista e o nível de preparação ideológica das pessoas para, em função disto, dar-lhe a educação correspondente.

Na educação ideológica se deve empregar uma linguagem clara, compreensível para todos.

Se usamos palavras estrangeiras ou termos incompreensíveis para a maioria, sem nos importar se os jovens compreendem ou não, não darão os resultados esperados, serão contraproducente e então seria melhor não tê-los efetuado. Se reúne-se com jovens camponeses de baixo nível de conhecimento e lhes arrenga palavras pomposas, incompreensíveis, mescladas com estrangeirismos, dizendo que se a sociedade burguesa tem que ser derrotada e o proletariado tomar o poder é preciso instituir os soviets e o internacionalismo proletário, e assim, pelo estilo deles dirão: "Eles devem estar loucos. Como pretendem fazer a revolução empregando algo não-coreano, com uma linguagem estranha? Não disse durante todo discurso uma só palavra sobre a independência da Coreia". Está claro que tal propaganda não terá nenhum êxito, pelo contrário, decepcionará os jovens. Assim sendo, as organizações da UJC devem educar com uma linguagem fácil, acessível aos jovens, que deixem o altissonante.

O trabalho de transformação ideológica e de organização e mobilização dos jovens para a luta revolucionária não poderá ser cumprido com uma ou duas campanhas de educação, mas unicamente com um trabalho contínuo e paciente. As organizações da UJC devem estimular todos os jovens a incorporar-se ativamente na sagrada luta contra o imperialismo japonês, persistindo na educação, ou seja, explicando e persuadindo com paciência duas vezes e, se necessário, até dez vezes.

Em terceiro lugar, a UJC deve dirigir com responsabilidade o trabalho do Corpo Infantil Comunista.

Isto constitui uma importante garantia para o fortalecimento das organizações da UJC e, mais adiante, da Guerrilha Antijaponesa. Os membros do CIC são os propagandistas do futuro. Sem fortace-lo não haverá uma organização forte dos jovens comunistas e sem contar na UJC com membros fiéis,  preparados politicamente, tampouco se poderá criar um partido revolucionário da classe operária sobre uma sólida base. Fortalecer neste momento o trabalho do CIC quer dizer fortalecer também a UJC e, mais adiante, colocar os cimentos do partido. Por isso a denominação das "uniões das três gerações", referindo-se ao CIC, à UJC e ao partido. Até foi composta uma canção que enaltece o robustecimento destas uniões.

É necessário que a UJC eduque as crianças no amor fervente à Pátria e no ódio ao inimigo. Falar-lhes claramente da beleza de nosso país, da abundante riqueza de nosso subsolo, da orgulhosa história de luta e da brilhante cultura nacional de nosso povo, porém explicando-lhes ao mesmo tempo, claramente, que os imperialistas japoneses, os latifundiários e os capitalistas são nossos inimigos, para que desde a infância tenham amor pela Pátria e povo e ódio ao inimigo.

Os orientará também a participar fielmente na vida da organização. Assim se formará neles sistematicamente o conceito da organização, para que apreciem a sua coletividade, aprendam a viver apoiando-se nela e a cumprir bem as tarefas que a organização designa.

Sumamente importante no trabalho do Corpo Infantil é o papel de seus instrutores, que são os professores e guias, encarregados diretamente de organizar e dirigir o estudo e a vida de seus membros. Elevando o papel dos instrutores das organizações da UJC a todos níveis selecionarão também e enviarão seus melhores militantes a cumprir essas funções, para que guiem o trabalho do Corpo Infantil com responsabilidade.

A UJC deve guiar com acerto também os membros do Corpo de Vanguarda Infantil.

Primeiro terá que designar-lhes missões de caráter militar, como o serviço de sentinela, enlace ou captura de espiões, divulgando entre eles os conhecimentos militares, assim como dar-lhes tarefas de estudo político e orientá-los a cumprir pontualmente com firme espírito de autoestima nacional e consciência classista seus deveres como dignos membros do Corpo de Vanguarda Infantil. Deste modo procurarão que contribuam ativamente à luta antijaponesa, ao tempo que se forjem constantemente no alvorecer da revolução.

Em quarto lugar, os funcionários da UJC devem melhorar decisivamente seu método e sua atitude ante ao trabalho.

Já falamos em várias ocasiões que os quadros juvenis deveriam ter um ponto de vista de massas justo para serem verdadeiros dirigentes dos jovens. Todavia, não poucos ostentam autoridade usando términos estrangeiros e repreendem os jovens insensatamente. Assim não é possível educar bem nem agrupar a juventude. Seno o da UJC um trabalho com jovens de diferentes setores, é possível, desde logo, que surjam múltiplos problemas complexos e difíceis. Porém se seus funcionários tratam os jovens como irmãos de sangue, com o verdadeiro espírito de camaradagem revolucionária e trabalham com firme confiança neles, apoiando-se em sua força e sua inteligência, o trabalho, ainda que seja heterogêneo e difícil poderá dar o resultado esperado. Como primeira tarefa devem formar um ponto de vista revolucionário acerca das massas.

Junto com os quadros da UJC devem possuir o método revolucionário de trabalho. Deve trabalhar apoiando-se na força das amplas massas; devem entrar no fundo do seio das grandes massas juvenis, viver uma mesma vida com elas, para os explicar ou ensinar concretamente como cumprir as tarefas que lhes designam, para que elas mesmas se mobilizem conscientemente para as levar a cabo.

A persuasão e a educação são métodos de trabalho próprios dos comunistas. A revolução pode triunfar somente pela luta de pessoas conscientizadas e despertadas para a ação. Despertar e conscientizar os jovens não se consegue nunca com métodos coercitivos ou dando ordens. Sobretudo, nas condições de hoje, quando estamos rodeados pelos inimigos estamos lutando em todas partes pela recuperação da Pátria, não há outro meio para mobilizar as amplas massas juvenis na luta antijaponesa que não seja o método de persuasão e educação. Porém, isto não quer dizer de nenhum modo que os quadros da UJC devem criticar os companheiros que cometam erros.

Devem conjugar o trabalho de persuasão e educação com uma crítica de princípios. Porém devemos ter em mente que a crítica pode ser eficaz somente quando exercida com verdadeiro sentido de camaradagem e de acordo com o caráter e o nível de preparação do do criticado. Mas, se por intensificar a crítica se descuidam destes aspectos e sem mais nem menos se põem a criticar determinadas atitudes com exageradas acusações, dizendo que "são graves" ou "são injustas", pode resultar contraproducente.

Para fazer uma crítica justa a uma pessoa se deve investigar com exatidão seus erros, explicar-lhe em que consistem para que os entenda bem, esclarecer o motivo pelo qual são ruins, e ensinar-lhe em detalha como saná-los. Esta é precisamente a crítica verdadeiramente baseada na camaradagem e nos princípios. Porém, se é frouxo o espírito de camaradagem, não se poderá convencer de verdade a pessoa, nem fazer com que se arrependa profundamente do erro cometido.

Os quadros da UJC deverão aconselhar e ajudar sempre os jovens a levar a feliz término suas tarefas sem cometer erros. Que se acostumem a estar sempre entre os jovens, para ensinar-lhes e ajudar-lhes.

Tem o dever, ademais, de assimilar uma correta atitude ante ao trabalho. A atitude dos comunistas ante ao trabalho consiste em amar e respeitar sempre as massas, trabalhar com toda dedicação em prol de seus interesses, compartilhar com elas a vida e o risco da morte, as alegrias e tristezas. Essa é a atitude que os quadros juvenis devem tomar.

Se requer deles que sejam sempre modestos e sensíveis, que aprendam com sinceridade com as massas, e saibam viver com humildade. Somente então podem compenetrar-se bem com as grandes massas juvenis e compartilhar com elas a vida e o risco da vida, as alegrias e as tristezas, formando uma só base. E sempre que se apresentem tarefas difíceis, as cumprirão vencendo com valor as dificuldades e obstáculos, estando à frente dos jovens e guiando-os com o próprio exemplo.

Camaradas:

Duríssima e cruenta é a batalha contra os imperialistas japoneses, que se mostram ferozes na tentativa de estrangular o espírito antijaponês de nosso povo e esmagar a luta armada. Porém o povo coreano os derrotará sem falta e conquistará a libertação e a independência da Pátria, para construir depois uma nova sociedade com uma vida feliz para todos nesta bela terra de três mil ris.

Hoje, o povo coreano, seguro da chegada do dia da vitória, marcha adiante levantando a bandeira da Luta Armada Antijaponesa. A ampliação e o desenvolvimento desta luta até lograr a vitória requer que as amplas massas de jovens participem ativamente na luta antijaponesa desempenhando um papel de vanguarda.

Tenho a firme segurança de que as organizações da UJC a todos os níveis agruparão monoliticamente as extensas massas juvenis em suas filas, melhorando e intensificando seu trabalho de acordo com as necessidades de nossa revolução em marcha, para forjá-las como jovens comunistas de vanguarda, dispostos a lutar pela revolução coreana e consagrar sua juventude e vida a esta causa.

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