Na sociedade capitalista atual, uma tendência de vida baseada em um individualismo extremo e na lei da selva está varrendo de forma assustadora toda a vida social, levando à completa extinção da ética e da moral.
Nessa sociedade capitalista, onde quem tem dinheiro prejudica quem não tem e onde os fracos só podem ser devorados pelos fortes, cada indivíduo, numa luta de vida ou morte, não poupa meios nem métodos para pisar nos outros e se elevar.
O modo de sobrevivência baseado na lei da selva — “o homem deve tornar-se lobo do homem” — nada mais pode produzir do que todo tipo de mal social.
Há pouco tempo, ocorreu no Reino Unido um ataque a faca dentro de um trem. Nove pessoas ficaram gravemente feridas. O criminoso, de 32 anos, foi indiciado por dez tentativas de homicídio.
Segundo dados divulgados pelo órgão estatístico do país, só nos 12 meses até junho de 2025, registraram-se nada menos que 51.527 crimes desse tipo na Inglaterra e no País de Gales, dos quais 196 foram homicídios.
Comentando a origem do rápido aumento desses ataques a faca, um psicólogo criminal lamentou o fato de que os atos de violência estão se espalhando socialmente. Ele afirmou que jovens criados dentro de uma “cultura que tolera a violência” tendem a praticar atos violentos quando adultos e acrescentou: “Muitos jovens estão se tornando adultos sem passar devidamente pelo processo de crescimento. Por isso, mesmo ao se tornarem adultos, não abandonam sua índole violenta. É exatamente isso que preocupa mais as pessoas.”
No Japão, não cessam os incidentes decadentes e terríveis em que, sob o mesmo teto familiar, membros da família matam uns aos outros.
Há casos em que um marido mata a esposa porque ela “não o escutava e o contrariava”, e casos em que mulheres matam seus próprios filhos sem hesitação, alegando que criá-los se tornou um fardo.
O que deixa as pessoas atônitas é que esses criminosos, mesmo após matarem pais ou filhos com as próprias mãos, não demonstram o menor sentimento de culpa e ainda dizem, sem nenhum pudor: “Fui eu que matei.”
Recentemente, na prefeitura de Yamanashi, foi detido um estudante de 16 anos que matou o próprio pai; ele declarou ter cometido o assassinato após uma discussão.
O fato de os pais amarem os filhos, os filhos respeitarem os pais e de o casal buscar harmonia é uma ética elementar.
No entanto, uma visão de valores apodrecida, que busca apenas os interesses e a ganância individuais, está destruindo de forma cruel até a ética familiar — a unidade básica da sociedade, onde convivem as pessoas mais próximas por laços de sangue.
Nesse país, até as escolas se transformaram em palcos de violência.
Segundo dados, no ano passado os atos de violência em escolas primárias e secundárias aumentaram cerca de 20% em relação ao ano anterior.
A maior parte dos casos envolveu violência entre estudantes, seguida por destruição de materiais escolares e atos de violência contra professores.
O que chama especialmente a atenção é o aumento dos casos de violência cometidos por alunos de pouca idade. Os registros de abusos também atingiram seu nível mais alto.
Até a própria imprensa burguesa lamenta o fato de que, em um espaço sagrado que deveria transmitir conhecimento e inculcar valores morais saudáveis e cultura, imperem a desordem, a destruição e a violência.
A ideia extremada do individualismo egoísta, que domina a mente das pessoas na sociedade capitalista — segundo a qual todos, exceto si mesmo, são estranhos e inúteis, e importa apenas viver bem e confortavelmente sozinho — faz com que atos de assassinato terríveis, que superam qualquer imaginação humana, ocorram sucessivamente.

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