sexta-feira, 21 de novembro de 2025

80 anos com o ideal e o espírito originais


Prefácio

O 80º aniversário de fundação do Partido do Trabalho da Coreia ocorre em 10 de outubro de 2025.

O povo coreano recorda as oito décadas em que o PTC o conduziu ao longo do caminho resplandecente de vitórias, compartilhando com ele todos os momentos, sejam difíceis ou favoráveis.

Os revolucionários coreanos realizaram a histórica causa da fundação do Partido em 10 de outubro de 1945, menos de dois meses após a libertação do país.

Este foi um acontecimento que trouxe uma virada dramática no destino da nação.

As oito décadas da Coreia moderna são permeadas pelo espírito de independência e criatividade, com o qual o PTC guiou o povo para alcançar a prosperidade nacional, desenvolvendo o país nos campos político, econômico e de defesa.

Então, como o PTC conseguiu manter seu caráter revolucionário e voltado para o povo, sem se degenerar ou vacilar diante das provações e tribulações da história?

"Tornem-se funcionários competentes do Partido e do Estado, que trabalham sempre junto ao povo, colocando-se à frente do povo, pela independência e soberania do país e pela liberdade e felicidade do povo.

Agosto de 1948"

Esta é uma mensagem enviada pelo grande Líder camarada Kim Il Sung, fundador do PTC, aos graduados da então Escola Central do Partido.

Concentrando o ideal e o espírito originais do PTC, esta mensagem oferece uma resposta à pergunta: “Por que o povo apoiou e confiou absolutamente no Partido do Trabalho da Coreia?”

Ao longo dos longos anos, o PTC permaneceu fiel ao seu ideal e espírito originais, desfrutando do absoluto apoio e confiança do povo e realizando grandes feitos para o país e o povo, para a época e para a história.

Este livro é dedicado ao Partido do Trabalho da Coreia em homenagem ao seu 80º aniversário de fundação.

1. “Comissário Político” do Exército Guerrilheiro

Ao meio-dia de 15 de agosto de 1945, todos os rádios e alto-falantes na Coreia transmitiram o lamentável murmúrio do rei japonês Hirohito.

“Se continuarmos esta guerra, a nação Yamato jamais evitará o destino da ruína. Então, como poderemos encarar a dinastia e seus antepassados?”

Os imperialistas japoneses, que haviam submetido a nação coreana a infortúnios e sofrimentos indescritíveis por mais de 40 anos, foram derrotados, e a realização da causa histórica da libertação nacional abriu um amplo caminho para o povo coreano construir um novo país.

Havia muitos que se diziam patriotas ou líderes, mas nenhum deles podia indicar caminhos adequados para construir um novo país e garantir ao povo uma vida livre e feliz. Suas teorias, contraditórias e enganosas, lançavam as massas na confusão.

Em setembro de 1945, o General Kim Il Sung, salvador da nação, retornou silenciosamente ao país. Naqueles dias, todo o povo coreano aguardava ansiosamente por vê-lo, pois o admirava e confiava absolutamente nele, depositando nele todas as suas esperanças.

No entanto, ele se apresentou como o Comissário Político do exército guerrilheiro de Kim Il Sung.

Dias antes de retornar à Coreia, ele discutiu com os oficiais do Exército Revolucionário Popular da Coreia como construir o Partido, o Estado e as forças armadas na pátria recém-libertada. Quando sugeriu apresentar-se como Comissário Político do exército guerrilheiro de Kim Il Sung, todos os oficiais se opuseram à ideia.

Enfatizando que deveriam sempre pensar de maneira realista, ele explicou a situação na pátria.

O estacionamento das tropas soviéticas e estadunidenses na Península Coreana criou o perigo de ela se tornar palco de um confronto feroz entre o socialismo e o capitalismo.

Para piorar a situação, quando o país foi libertado, grande número de autoproclamados patriotas e revolucionários surgiu do nada, tentando aproveitar-se da confusão política para conquistar popularidade.

Kim Il Sung disse: Diante da situação atual, temos apenas um caminho à nossa frente. Somente alcançando a unidade e coesão de todo o povo poderemos desenvolver a Coreia, outrora uma colônia fraca, e transformá-la em um grande e poderoso Estado. É urgente ir ao encontro do povo para unificá-lo e conhecer suas aspirações e demandas.

Os oficiais do ERPC presumiam que, embora fosse difícil construir um novo país, o empreendimento não seria tão desafiador quanto a luta para recuperar a independência nacional.

Kim Il Sung prosseguiu:

Na luta para reconquistar o país perdido, sempre acreditamos no povo e nele confiamos. Assim, obtivemos vitória após vitória. Da mesma forma, apoiando-nos no povo, devemos dar o primeiro passo rumo à construção de um novo país. Agindo assim, poderemos construir um país do povo que desperte a inveja do mundo.

Depois de retornar à pátria, os oficiais compreenderam mais profundamente suas intenções ao testemunharem o que acontecia ali.

Defrontaram-se com inúmeros desafios ao preparar a fundação do partido, que constituía a base da construção nacional.

A tarefa mais urgente que enfrentavam era fundar um partido, o Estado-Maior da revolução coreana, a fim de consolidar as forças internas da revolução e acelerar a construção de um novo país.

Naquele momento, o movimento comunista coreano não avançava de maneira fluida, principalmente devido às ações dos faccionalistas.

A maioria dos autoproclamados revolucionários ativos no país estava infectada pelo faccionalismo, e os pseudomarxistas e carreiristas que retornaram do exterior colocavam obstáculos à construção de um partido unificado.

Cada grupo de faccionalistas e separatistas regionais formava um partido da noite para o dia, tomando sua própria facção como centro, planejando construir sua base de massas nas regiões sob sua influência.

Kim Il Sung apresentou a política de fundar um partido tendo como núcleo os comunistas que haviam sido forjados e temperados na prolongada luta revolucionária antijaponesa, e abraçando também os demais comunistas ativos no país e no exterior.

Havia alguns que sugeriam formar um partido apenas com aqueles que tinham participado da luta revolucionária antijaponesa. Sua opinião não era injusta.

O Primeiro-Secretário do então Comitê do Partido da província de Pyongan Sul foi o primeiro revolucionário que Kim Il Sung encontrou em Pyongyang.

A seguir, trechos de uma conversa entre eles, que oferecem um vislumbre das ideias de Kim Il Sung.

Primeiro-Secretário: A meu ver, os chamados comunistas no país não são confiáveis. Cada facção proclamou seu próprio centro partidário, e os dos comitês provinciais do partido buscam apenas seus interesses egoístas.

Kim Il Sung: Acreditamos que todos eles podem se tornar nossos camaradas, e decidimos unir-nos a eles para fundar um comitê central do partido unificado.

Primeiro-Secretário: Acho que é uma boa ideia formar um novo partido com aqueles que participaram da luta guerrilheira.

Kim Il Sung: Nós nos opomos a essa ideia. Devemos acreditar neles e alcançar unidade com eles. Já enviamos nossos camaradas para trabalhar como chefes adjuntos de seus partidos.

Primeiro-Secretário: Quer dizer que os reconhece como seus camaradas?

Kim Il Sung: Você está certo.

Primeiro Secretário: Não consigo entender você.

Kim Il Sung: Se formarmos um partido separado, as atuais organizações do partido comunista acabarão fragmentadas. Por isso decidimos abraçar todo mundo.

Primeiro-Secretário: Pelo que sei, Lenin expulsou os mencheviques oportunistas para preservar a pureza do partido bolchevique revolucionário.

Kim Il Sung: Essa foi uma das decisões adotadas no Sexto Congresso de Toda a Rússia do Partido Operário Social-Democrata da Rússia. Não consideramos que os comunistas na pátria sejam comparáveis aos mencheviques. Acreditamos neles e trabalharemos com eles.

Primeiro-Secretário: Mas eles têm sede de hegemonia.

Kim Il Sung: Alcançaremos a unidade com base no reconhecimento de sua existência e direitos adquiridos.

Kim Il Sung sugeriu que o Comitê do Partido da província de Pyongan Sul se preparasse para realizar uma reunião de representantes dos comitês provinciais do partido, e deu conselhos detalhados sobre como fazê-lo.

Por outro lado, encontrou-se com muitos funcionários das organizações regionais do partido e comunistas retornados do exterior, explicando-lhes a política jucheana para a fundação do partido.

Com base nesses preparativos, uma reunião preliminar para a fundação do partido foi aberta em Pyongyang em 5 de outubro de 1945.

Kim Il Sung participou da reunião na qualidade de Comissário Político do exército guerrilheiro de Kim Il Sung.

O Primeiro-Secretário do Comitê do Partido da província de Pyongan Sul presidiu a reunião, dizendo:

“Nós, altos funcionários dos cinco comitês provinciais do partido, reunimo-nos aqui hoje na presença do camarada Comissário Político do exército guerrilheiro de Kim Il Sung para discutir a pauta a ser submetida ao Congresso Inaugural do Partido, que será convocado dentro de alguns dias, e a questão de quem deve ser encarregado de redigir os relatórios sobre os itens da pauta. Os relatórios tratarão das diretrizes políticas e organizacionais do partido e do trabalho dos órgãos de governo regionais e dos comitês provinciais do partido. Se houver alguma opinião, por favor, apresente-a.”

Assim que pediu opiniões, alguns participantes, que vinham ostentando expressões carregadas pela obsessão pelo poder, começaram a revelar sua verdadeira natureza, argumentando que os delegados de suas respectivas províncias deveriam ser encarregados de redigir os relatórios.

O presidente da reunião levantou-se e disse:

“Estávamos na clandestinidade na pátria enquanto participávamos de atividades clandestinas. Nós sabemos o suficiente sobre um partido? Em minha opinião, o relatório sobre as diretrizes políticas e organizacionais do partido deve ser feito pelo camarada Comissário Político do exército guerrilheiro de Kim Il Sung.”

Um silêncio se instalou no salão da reunião.

Quando os participantes se acalmaram, o Comissário Político sugeriu, como forma de incentivar os revolucionários na pátria a abrirem seus corações durante a reunião preliminar, que o relatório sobre o trabalho dos órgãos de governo regionais e dos comitês provinciais do partido fosse preparado pelos primeiros-secretários dos comitês provinciais de Pyongan Sul e Hamgyong Sul, e que o relatório sobre as diretrizes políticas e organizacionais do partido fosse preparado por ele próprio.

Sua proposta razoável foi aprovada por unanimidade, e a reunião preliminar prosseguiu sem dificuldades.

O histórico Congresso Inaugural do Partido foi realizado de 10 a 13 de outubro de 1945.

Compareceram mais de 70 pessoas, incluindo veteranos revolucionários antijaponeses e dirigentes e ativistas dos cinco comitês provinciais do partido.

Quando o Congresso foi declarado aberto, alguns participantes repetiram o que haviam insistido na reunião preliminar, questionando como o Comitê do Partido da província de Phyongan Sul e seu primeiro-secretário poderiam convocar uma reunião de caráter “central”.

A reunião avançou em meio a discussões, sem entrar na fase de debate sobre a pauta principal, até a hora do almoço.

Por fim, o Comissário Político fez sinal aos delegados para que ficassem em silêncio.

Ele declarou que o congresso não havia sido convocado pelo Comitê do Partido da província de Pyongan Sul nem por seu primeiro-secretário, apontando que discutir quem tinha o direito de convocar o congresso era equivalente a um insulto pessoal.

Muitos se envergonharam por perderem a compostura.

O Comissário Político prosseguiu:

A situação política é grave, mas nós, revolucionários comunistas, ainda estamos debatendo entre nós sobre ismos e alegações de todo tipo, em vez de trabalhar para alcançar a unidade de ação. A reunião de hoje não foi organizada segundo a opinião subjetiva de alguém ou com sua permissão. Ela foi convocada conforme as exigências da situação atual. Quanto à questão de quem convocou esta reunião, posso dizer que foram nada menos que todos vocês aqui presentes, conforme solicitado por nossa classe trabalhadora e por todo o povo. Devemos nos concentrar em como formar o Comitê Organizador Central do Partido.

Ao ouvir suas palavras, os delegados refletiram sobre o significado da fundação do partido.

Ele continuou:

Não devemos esquecer a amarga lição ensinada pelo nosso movimento comunista no passado. Quem realmente deseja unidade e coesão e quer construir um partido marxista-leninista digno e forte deve evitar dizer qualquer coisa que possa provocar os outros. A causa da fundação de um partido, como guia da revolução coreana, não é algo que possa ser realizado por algumas poucas pessoas. Tampouco essa causa pode ser alcançada proclamando primeiro seu “comitê central” antes de construir suas organizações de base. Isso está claramente evidenciado no que vimos hoje. Devemos unir esforços para alcançar a unidade e criar uma atmosfera saudável. Disputas em uma reunião não são conduta digna de revolucionários. Sugiro que todos os delegados parem de discutir entre si e adotem uma atitude mais séria para garantir o sucesso deste Congresso Inaugural.

O clima entre os delegados tornou-se sério e, com a aprovação unânime do primeiro item da pauta — a formação do Comitê Organizador Central do Partido —, a sessão da manhã foi encerrada.

Quando começou a sessão da tarde, o Comissário Político fez um relatório intitulado "Sobre a Fundação de um Partido Marxista-Leninista em Nosso País e Suas Tarefas Imediatas".

O relatório, que durou quase duas horas, mais do que um discurso escrito, era um programa que iluminava caminhos e métodos para avançar a revolução coreana com base em uma análise profunda de sua situação concreta.

Vários delegados subiram à tribuna, denunciando as ações dos faccionalistas e separatistas regionais e apoiando a formação do Comitê Organizador Central do Partido.

A reunião adotou uma resolução "Sobre a Linha Política e a Ampliação e Consolidação Organizacional". O segundo item da pauta foi a eleição dos membros do Comitê Executivo e da Comissão de Auditoria do Comitê Organizador Central do Partido.

O congresso adotou as linhas políticas e organizacionais do Partido.

A linha política definia o estabelecimento de uma República Popular Democrática como a principal missão política do Partido e apresentava quatro tarefas imediatas para esse fim — primeiro, reunir amplas forças patrióticas e democráticas formando uma frente nacional democrática unida que englobasse todos os partidos e grupos patrióticos e democráticos e, com base nisso, trabalhar para o estabelecimento de uma República Popular Democrática que garantisse a completa independência e soberania nacional do povo coreano; segundo, liquidar as forças remanescentes do imperialismo japonês e todos os demais reacionários, que constituíam o maior obstáculo à construção de um Estado democrático, facilitando assim o desenvolvimento da nação ao longo de linhas democráticas; terceiro, formar um comitê popular, um autêntico órgão do Poder Popular, em cada localidade, implementar reformas democráticas, reconstruir e desenvolver a economia e elevar os padrões materiais e culturais de vida do povo, estabelecendo assim as bases fundamentais para a construção de um Estado democrático e soberano; e quarto, expandir e fortalecer o Partido Comunista e promover dinamicamente o trabalho das organizações sociais a fim de realizar todas essas tarefas.

Antes do encerramento do congresso, o Comissário Político proclamou a fundação do Comitê Organizador Central do Partido e fez um discurso conclusivo sobre as tarefas urgentes a serem cumpridas pelo comitê.

Muitos delegados derramaram lágrimas. Era o momento em que um verdadeiro partido unificado era fundado, abraçando todos os comunistas do país e do exterior, um partido que eles não tinham conseguido organizar até a libertação do país devido à luta faccional, à pobreza teórica e à incompetência.

Quanto à composição do Comitê Organizador Central do Partido e de seu Comitê Executivo, eles eram formados por comunistas do país e do exterior, reafirmando o caráter do partido unificado.

O congresso encerrou-se no dia 13.

Cada delegado solicitou uma cópia do relatório apresentado pelo Comissário Político.

Como não havia meios suficientes para imprimir tantas cópias, Kim Il Sung decidiu organizar uma reunião e fazer um discurso perante aqueles que haviam participado do congresso. Ele disse antecipadamente a um veterano revolucionário antijaponês que seria bom permitir que os participantes soubessem quem ele realmente era.

Conforme a reunião começou, o veterano aproximou-se da mesa do orador e disse: “Agora o General Kim Il Sung, patriota sem igual e destacado líder de nossa nação, fará um discurso intitulado 'Sobre a Construção de uma Nova Coreia e a Frente Unida Nacional'.”

De repente, um silêncio caiu sobre o salão da reunião; alguns dentro se levantaram e outros do lado de fora ficaram na ponta dos pés para olhar.

Para seu assombro, foi o Comissário Político quem subiu à tribuna.

Ele disse:

“Quão difícil tem sido o tempo que vocês passaram até agora na pátria! Eu sou Kim Il Sung.”

Todos exclamaram de alegria e irromperam em entusiásticos vivas, muitos batendo os pés e outros correndo em direção à mesa.

Kim Il Sung fez repetidos gestos pedindo que se acalmassem e tomassem seus assentos. No entanto, os participantes continuaram gritando “Viva o General Kim Il Sung!” Incapazes de conter a emoção de verem em pessoa o grande homem a quem ansiavam encontrar há tanto tempo, erguiam altos vivas. Até mesmo aqueles que haviam sido tão arrogantes e insolentes aplaudiram calorosamente.

Só então os veteranos revolucionários antijaponeses perceberam profundamente por que Kim Il Sung havia trabalhado como Comissário Político do exército guerrilheiro de Kim Il Sung desde o dia de seu retorno à pátria. Ele havia deixado de lado suas realizações — as maiores da história da nação — para ir entre o povo e ouvir suas opiniões, a fim de construir um partido e um novo país desejados por eles e de implantar em todos os comunistas coreanos uma vontade firme de fundar um partido como vanguarda revolucionária unida.

Em 1º de novembro de 1945, Jongno (antecessor do Rodong Sinmun) foi lançado como órgão do Partido.

2. Unamo-nos sob a Bandeira da Democracia!

Isso ocorreu imediatamente após o histórico Congresso Inaugural do Partido.

Alguém subiu à plataforma e propôs a realização de um comício nacional em massa em saudação ao retorno triunfal do General Kim Il Sung ao país.

A partir de então, todo o país começou a transbordar de entusiasmo para dar boas-vindas ao General Kim Il Sung.

Instado repetidas vezes por seus camaradas e por outras pessoas, Kim Il Sung começou a escrever o discurso que faria no comício. O discurso estava permeado de seu apelo à unidade nacional e da verdade inflexível de que, se alguém acredita no povo e nele se apoia, conquistará o mundo e sempre sairá vitorioso.

Em 14 de outubro de 1945, Pyongyang animou-se desde cedo. Com o passar do tempo, as ruas da cidade — entre elas Yokjon, Jongno, Hwanggumjong, Somun e Chilsongmun — ficaram repletas de pessoas que se dirigiam ao Estádio Público de Pyongyang (hoje Estádio Kim Il Sung), local do comício de massas.

O comício começou às 13h.

Em meio aos aplausos e vivas trovejantes, Kim Il Sung subiu à plataforma acompanhado por mais de 30 representantes dos veteranos revolucionários antijaponeses, funcionários do Comitê Central de Organização do Partido, do Comitê do Partido da província de Pyongan Sul, do Comitê Político Popular da província de Pyongan Sul, além de operários, camponeses e outras pessoas de todas as camadas sociais.

O mestre de cerimônias anunciou que o General Kim Il Sung faria um discurso. Quando Kim Il Sung tomou a palavra, todo o povo exclamou de surpresa e assombro.

Recordando aquele dia, Kim Won Gyun — que mais tarde compôs a “Canção do General Kim Il Sung” e o “Hino Nacional da República Popular Democrática da Coreia” — disse:

“Foi porque o General diante de nós era tão jovem. Até então, o povo pensara que ele pudesse ser um velho de longa barba branca, como diziam as lendas sobre ele. Foi uma grande surpresa para nós que o General estivesse em seus trinta e poucos anos.”

O povo continuou aclamando fervorosamente.

Depois de muito tempo, quando as aclamações diminuíram, Kim Il Sung proferiu um discurso intitulado "Todos os Esforços para a Construção de uma Nova Coreia Democrática".

Ele disse:

“Queridos compatriotas, gostaria de expressar meus calorosos agradecimentos por nos oferecerem hoje uma recepção tão entusiástica.”

O entusiasmo diminuído da multidão explodiu novamente em aplausos.

Kim Il Sung continuou:

Chegou o momento em que nossa nação coreana deve unir seus esforços para construir uma nova Coreia democrática. Todo o povo de todos os setores da sociedade deve participar da construção de uma nova Coreia, dando pleno desenvolvimento ao seu entusiasmo patriótico. Aqueles com força dedicando força, aqueles com conhecimento dedicando conhecimento e aqueles com dinheiro oferecendo dinheiro, todos vocês devem contribuir positivamente para a construção da nação, e todas as pessoas que verdadeiramente amam seu país, sua nação e a democracia devem unir-se estreitamente para construir um Estado independente e democrático.

Kim Il Sung concluiu seu discurso com um apelo ardente:

Que todo o povo coreano lute corajosamente em uníssono pela construção de uma nova Coreia democrática, com grandes esperanças para um futuro brilhante e uma fé firme na vitória.

Viva a independência da Coreia!

Viva a unidade e a coesão do povo coreano!

Mais tarde, Kim Il Sung recordou os sentimentos que teve naquele momento da seguinte maneira:

Pode-se dizer que as aclamações do povo que ressoaram no Estádio Público de Pyongyang em 14 de outubro de 1945 foram o reconhecimento e a recompensa pela árdua luta que travamos durante a primeira metade de nossas vidas por nosso país e compatriotas. Aceitei essa recompensa como o amor e a confiança do povo em mim.

O critério absoluto para ele medir a maior felicidade e prazer da vida era justamente o amor, o apoio e a confiança do povo. Por isso, desde os primeiros dias de sua fundação, o Partido do Trabalho da Coreia, fundado por ele, considerou como ideais e clima político dedicar esforços abnegados e devotados para o bem do povo.

Mesmo após a fundação do Partido, houve manobras persistentes contra sua linha política.

Contrariamente à linha do Partido de construir um Poder Popular, os elementos direitistas e “esquerdistas” defendiam iniciar imediatamente a revolução socialista e fundar uma “República Popular”.

Kim Il Sung apresentou uma linha de construção de um novo país democrático ao estilo coreano, não ao estilo estadunidense nem soviético.

Essa linha refletia a situação específica do país após a libertação. Na verdade, na construção de um novo país, era irracional estabelecer exigências abaixo ou acima do nível de seu desenvolvimento histórico. Além disso, era um desejo acalentado do povo coreano que, tendo sido privado de liberdade e direitos, havia sido por muito tempo explorado e maltratado sob o sistema feudal e depois nos dias da ocupação militar dos imperialistas japoneses.

Para conduzir as massas pelo caminho da democracia progressista, que faria de todo o povo verdadeiro dono do país e lhe proporcionaria liberdade e felicidade, não apenas em palavras, mas na prática, era necessário organizar organizações de massas que pudessem abraçar todas as classes e camadas da sociedade e representar seus interesses. O Partido concentrou-se em unir pessoas de diferentes estratos sociais. Imediatamente após a libertação, muitas organizações de massas de diferentes estratos sociais, juntamente com vários partidos políticos, formaram-se espontaneamente no país, o que causou duplicação e conflito desnecessários, rivalidade e competição sem sentido. Isso tornou a situação política ainda mais complexa.

A mais complicada era o movimento juvenil. Sem um centro unificado, organizações foram formadas em províncias ou regiões, com nomes como União da Juventude Comunista, União da Juventude para a Construção Nacional, União da Juventude Camponesa e Associação Cristã de Jovens. Em particular, as organizações da União da Juventude Comunista, formadas de maneira dispersa em Pyongyang e outras partes do país e atuando à sua própria maneira, abraçavam apenas um punhado de elementos avançados. A UJC mostrou-se pequena demais para unir todos os jovens progressistas da Coreia libertada.

Para pôr em ordem essa situação política e fazer com que os jovens tomassem a dianteira na construção de um país democrático, o Partido apresentou a linha de fundação de uma União da Juventude Democrática. Para isso, tomou medidas para reorganizar a UJC em uma organização juvenil de massas, a UJD, que abraçaria não apenas operários e camponeses, mas também estudantes, intelectuais e outros jovens das amplas camadas.

A conferência de jovens democráticos ativos, realizada em 29 de outubro de 1945, esclareceu a necessidade de fundar a UJD e discutiu o que precisava ser feito para cumprir a linha de sua organização.

A UJD era um grande “recipiente” que não podia ser comparado com a UJC. O Partido pretendia abraçar toda a juventude coreana nesse “recipiente”.

No entanto, esse trabalho não foi tranquilo.

Não poucos membros da UJC até o impediram, formando organizações separadas em seu próprio benefício.

Para piorar a situação, os elementos “esquerdistas” no Partido se opuseram à linha de fundação da UJD, clamando sobre “retrocesso do movimento juvenil” e “desvio para a direita”. Ao adotar a decisão de reorganizar a UJC em UJC, levantaram a mão, mas nos bastidores persistiram em obstruir a implementação da linha. Seu argumento estava enraizado na visão equivocada das massas de que a revolução deveria ser travada por elementos de elite e o restante deveria servi-los.

Foi Kim Il Sung quem corrigiu tudo isso e uniu os jovens sob a bandeira da democracia.

Na conferência de jovens democráticos ativos, ele apresentou tarefas e caminhos concretos para preparar a fundação da UJD. E na reunião para formar a organização juvenil democrática da província de Pyongan Sul, realizada no final de novembro daquele ano, ele definiu a direção para organizar a UJDC e destacou a necessidade de generalizar a experiência por todo o país.

Sua nobre vontade patriótica de reunir toda a juventude coreana pela grande causa de construir um novo país sob a bandeira erguida da unidade foi plenamente apoiada pelos jovens, incluindo estudantes, sensíveis ao novo e ao empreendedorismo.

Em janeiro de 1946, uma conferência de representantes das organizações da UJD foi realizada em Pyongyang, na qual foi declarada a formação da União da Juventude Democrática da Coreia. Esta era uma organização juvenil que abraçava amplos setores de jovens em um grande “recipiente”. Após sua formação, o movimento juvenil coreano saudou uma nova época áurea.

Nos dias de construção de um país democrático, os membros da organização juvenil demonstraram plenamente o vigor da juventude coreana, e durante a Guerra de Libertação da Pátria muitos deles, incluindo Ri Su Bok e Jang Thae Hwa, lutaram heroicamente em defesa de seu país.

Essas gloriosas tradições estão agora sendo levadas adiante graças à ideia e à linha do Partido do Trabalho da Coreia de atribuir grande importância à juventude.

Em 18 de novembro de 1945, antes da formação da organização juvenil, foi formada a União das Mulheres Democráticas da Coreia.

Era bastante surpreendente que, antes de qualquer outra organização social, a organização feminina fosse formada pouco mais de um mês depois de o Partido ter sido fundado como o Estado-Maior da revolução.

No país, as mulheres representavam metade da população. Por milhares de anos, haviam sido submetidas a todo tipo de opressão política, legal e feudal. Não lhes tinham sido concedidos liberdade de casamento e direito de aprender; vítimas de casamento precoce e concubinato, consideravam a obediência incondicional como seu destino.

No entanto, após a libertação do país, essas mulheres se lançaram à construção de um Estado democrático, desafiando todas as amarras sociais que as haviam prendido de mãos e pés.

O que serviu como ponto de virada na correção da visão pública equivocada sobre as mulheres foi a Primeira Conferência da União das Mulheres Democráticas da Coreia, realizada em maio de 1946. O Partido realizou um curso especial de duas semanas para as participantes da conferência.

Naquele tempo, o projeto de melhoria do rio Pothong estava em andamento em Pyongyang para evitar que a cidade fosse inundada na estação chuvosa. Quando as fileiras de mulheres chegaram ao local do projeto, cantando canções e batendo tambores e gongos, os milhares de homens que trabalhavam ali se perguntaram quem eram elas. Ficaram surpresos ao saber que, como participantes da conferência da organização feminina, eram mulheres de diferentes partes do país e tinham vindo ao local por iniciativa da heroína da guerra antijaponesa Kim Jong Suk.

O povo uniu esforços e concluiu o projeto em pouco mais de 40 dias, um projeto que tinha permanecido inacabado por dez anos sob o domínio imperialista japonês.

A força da unidade era tamanha. O povo coreano percebeu, pela experiência direta, que a força das massas, que acreditavam em si mesmas e se lançavam à luta com a consciência de serem mestres, era inesgotável.

Nos dias pós-libertação, com o Partido Comunista tornando-se um partido governante e partidos políticos democráticos e organizações sociais tendo sido formados, o Partido trabalhou para organizar a frente unida nacional na forma de uma coalizão de partidos políticos e organizações sociais, diferente dos tempos da luta revolucionária antijaponesa.

Também prestou grande atenção ao trabalho com os nacionalistas e religiosos.

Em uma conversa com nacionalistas em novembro de 1945, Kim Il Sung disse que, para construir um Estado democrático, independente e soberano, todo o povo deveria unir-se firmemente sob a bandeira da democracia, e que os nacionalistas não deveriam rejeitar os comunistas, mas cooperar com eles, com uma compreensão correta.

Quando encontrou crentes religiosos, aconselhou que deveriam acreditar em um Deus coreano, se acreditassem em algum, enfatizando que isso significava acreditar na Coreia. Isso despertou a consciência de muitos crentes; posteriormente, a Federação Cristã da Coreia foi formada e uniu-se ao movimento da frente unida.

Além das organizações da juventude e das mulheres, outras organizações de vários estratos sociais — entre elas, a Federação dos Sindicatos, a Federação das Associações de Camponeses e a Federação Geral de Arte — e vários partidos políticos democráticos foram formados um após o outro.

Ao estabelecer o governo popular e realizar reformas democráticas, o Partido tomou a iniciativa de cooperar estreitamente com os partidos políticos democráticos e organizações sociais.

Com base nesses avanços, a Frente Nacional Democrática Unida, uma organização de frente unida, foi formada em julho de 1946.

Ela incluía quatro partidos políticos — o Partido Comunista, o Partido Democrático, o Partido Neodemocrático e o Partido Chongu Chondoísta — e 13 organizações sociais — a Federação dos Sindicatos, a União dos Camponeses, a União das Mulheres Democráticas, a União da Juventude Democrática, a Federação Cristã, a Federação Geral de Arte, a Federação Budista, etc.

Essa frente unida desempenhou um papel importante na construção de um novo país, abrangendo mais de seis milhões de pessoas de todos os setores, que representavam a maioria da população do país na época.

3. Pela Construção de uma Nova Coreia Democrática

A libertação da Coreia trouxe grande alegria ao seu povo, mas todos estavam preocupados com seu futuro.

A grande preocupação dos operários era quem administraria suas fábricas e lhes pagaria salários, e dos camponeses, se deveriam continuar trabalhando como arrendatários dos proprietários de terra. Os intelectuais estavam perdidos sobre o que fazer, e os empresários temiam que pudessem ser liquidados.

Para lidar com a situação, o Partido decidiu aplicar primeiro a reforma agrária e depois outras reformas democráticas.

Imediatamente após a libertação, os camponeses constituíam quase 80% da população do país.

Os proprietários de terras, que representavam apenas 4% do total de famílias rurais, possuíam 58,2% da área total cultivada, enquanto os camponeses pobres, que constituíam 56,7%, possuíam apenas 5,4% da área cultivável total.

Era um desejo de todos os camponeses cultivar suas próprias terras, mas isso ainda era apenas um desejo. Era necessário elevar sua consciência política para que percebessem quão irracional era a exploração feudal de longa data.

Em 16 de outubro de 1945, alguns dias após sua fundação, o Partido adotou uma decisão sobre o problema da terra na Primeira Reunião Ampliada do Comitê Executivo de seu Comitê Organizador Central e, na Segunda Reunião Ampliada do Comitê Executivo, organizou uma comissão pertinente como órgão permanente para a reforma agrária.

De acordo com essa decisão, os camponeses travaram uma luta pelo sistema de arrendamento 3:7, e os meios de comunicação lançaram uma campanha de divulgação com esse propósito.

Os camponeses foram despertados e tornaram-se conscientes da natureza exploradora dos proprietários.

Como resultado, o sistema de arrendamento 3:7 foi basicamente implementado, elevando notavelmente a consciência política dos camponeses; a partir de fevereiro de 1946, o movimento de petição dos camponeses pela terra foi travado por todo o campo.

Esse movimento de petição em grande escala encorajou os camponeses a se engajarem na luta contra os proprietários, com uma compreensão correta de sua posição de classe, desanimando as forças reacionárias.

Os proprietários, aterrorizados, abriram mão, um após outro, da posse de suas terras. Por exemplo, 24 proprietários em Sinuiju renunciaram à posse de um total combinado de 19 hectares. Coisas semelhantes aconteceram em muitas partes do país, incluindo os condados de Kaechon, Sunchon e Phyongwon.

Uma das questões mais críticas na implementação da reforma agrária era observar o princípio da confiscação gratuita e da distribuição gratuita. Isso deveria ser acompanhado por uma feroz luta de classes. Até mesmo aqueles que defendiam o “socialismo imediato” estavam tão preocupados a ponto de dizer que os proprietários de terra tentariam retaliar caso suas terras fossem confiscadas sem compensação.

Após se referir à experiência adquirida por um país estrangeiro em sua reforma agrária e considerando as condições reais na Coreia, o Partido decidiu aderir ao princípio da confiscação gratuita e distribuição gratuita na implementação da reforma agrária, para fazer dos lavradores verdadeiros donos da terra; também garantiu que as terras confiscadas fossem propriedade dos camponeses, e não do Estado.

O sistema feudal de propriedade da terra existira por muito tempo na Coreia. Os camponeses estavam bem cientes de que haviam sido submetidos a dura exploração pelos proprietários porque não possuíam terras próprias; portanto, era seu desejo de toda a vida cultivar sua própria terra. Se esse desejo fosse ignorado e as terras confiscadas fossem nacionalizadas, como havia ocorrido em um país estrangeiro, seria impossível elevar o entusiasmo revolucionário dos camponeses e alcançar a vitória na reforma agrária.

Outra questão importante na aplicação da reforma agrária era definir corretamente a terra a ser confiscada e o principal alvo da luta.

Se aqueles que arrendavam uma pequena parte de suas terras ou aqueles que possuíam grandes áreas e as arrendavam fossem todos definidos como proprietários sem considerar cuidadosamente as relações de propriedade, pessoas que poderiam ser conquistadas durante a reforma poderiam acabar sendo definidas como alvos da luta, complicando a luta de classes.

O único critério para definir corretamente a terra a ser confiscada, os métodos de confisco e distribuição e a maneira de liquidar o sistema de arrendamento de uma vez por todas, em conformidade com a situação do campo, tinha de ser encontrado entre as massas camponesas, que haviam sido submetidas à exploração e opressão.

De dezembro de 1945 até fevereiro do ano seguinte, Kim Il Sung visitou comunidades rurais no condado de Taedong e outros lugares para se inteirar da situação específica no campo e ouvir o que os camponeses tinham a dizer. Sua intenção era formular os princípios e métodos para aplicar a reforma agrária em conformidade com as condições reais do país.

As opiniões dos camponeses foram refletidas na política de reforma agrária; aqueles que possuíam mais de cinco hectares de terra cada um e a arrendavam a camponeses sem terra foram definidos como proprietários, pois eram exploradores no verdadeiro sentido da palavra.

O número de proprietários assim definidos era de 44 mil, e o número de lares camponeses sem terra ou com pouca terra ultrapassava 720 mil.

Além disso, os bens dos proprietários, assim como suas terras, seriam confiscados, mas não os bens das pessoas que tinham mais de cinco hectares, mas não os arrendavam aos camponeses.

A histórica lei de reforma agrária foi promulgada em 5 de março de 1946.

Para garantir que os camponeses desempenhassem seu papel de mestres nessa luta, o Partido organizou mais de 11.500 comitês rurais envolvendo assalariados agrícolas e camponeses pobres, e enviou ao campo uma equipe de apoio com mais de 10 mil trabalhadores progressistas.

A reforma agrária foi realizada de maneira relativamente tranquila e completa em pouco mais de 20 dias.

Graças à reforma agrária, mais de um milhão de hectares de terra, anteriormente pertencentes a japoneses, pró-japoneses, traidores da nação e proprietários com mais de cinco hectares, foram confiscados gratuitamente e distribuídos sem compensação a 724.522 lares camponeses sem terra ou com pouca terra.

De fato, a reforma agrária foi um marco histórico que rompeu a corrente da exploração ancestral no campo.

Em 11 de outubro de 1969, em sua palestra aos funcionários dos órgãos do Partido e do Estado, Kim Il Sung disse:

A grande vitalidade da reforma agrária foi plenamente demonstrada durante a Guerra de Libertação da Pátria. Nossos camponeses lutaram heroicamente tanto na frente quanto na retaguarda, com devoção patriótica e espírito de sacrifício, para defender o Partido e o Governo do povo, que lhes deu a terra e garantiu uma vida livre e feliz, e para salvaguardar as conquistas das reformas democráticas.

Assim que a guerra estourou em junho de 1950, camponeses jovens e de meia-idade se voluntariaram para a frente e lutaram devotadamente para proteger suas terras.

Com a conclusão da reforma agrária, o Partido assumiu a tarefa de nacionalizar as principais indústrias do país.

A nacionalização das principais indústrias era uma tarefa da revolução democrática anti-imperialista e antifeudal para fazer de todo o povo, incluindo os operários, donos dos principais meios de produção e lançar bases econômicas para a prosperidade do país e da nação e para a construção do socialismo.

Não era apenas uma questão econômica, mas uma questão política sensível, decisiva para defender a soberania e os interesses nacionais.

Antes da libertação, a indústria da Coreia era monopolizada pelos japoneses e pró-japoneses, e o desenvolvimento da economia nacional estava seriamente prejudicado; segundo estatísticas dos imperialistas japoneses, 93% do capital total na Coreia pertenciam a capitalistas japoneses, 2% a outros capitalistas estrangeiros e 5% a capitalistas coreanos.

Imediatamente após a libertação, a Coreia teve de desenvolver sua economia literalmente a partir do zero. Diante de sua derrota iminente, os imperialistas japoneses destruíram todas as instalações industriais que haviam trazido para saquear as matérias-primas e recursos do país.

Em setembro de 1945, Kim Il Sung enviou veteranos da luta antijaponesa para diferentes regiões a fim de lançar as bases da construção do Partido, do Estado e do exército.

Sob a orientação desses veteranos, os trabalhadores realizaram assembleias nas fábricas, nas quais comitês foram organizados principalmente com operários de vanguarda, e foi declarado que os trabalhadores eram os donos das fábricas.

Os comitês de fábrica da província de Hamgyong Sul incentivaram os trabalhadores a assumir o controle de 24 fábricas importantes e 224 estabelecimentos industriais médios e pequenos.

O Comitê Popular da província de Phyongan Norte assumiu o controle de 69 fábricas e 13 minas de carvão, e os comitês ferroviários em Chongjin, Rajin e outras áreas assumiram o controle das principais estações ferroviárias da costa leste e colocaram o serviço ferroviário em funcionamento normal três meses após sua criação.

O Comitê Popular da província de Hamgyong Norte colocou 160 estabelecimentos industriais sob os departamentos competentes dos órgãos do Poder Popular.

Como resultado, 80 a 90% das fábricas e empresas do país estavam sob controle dos comitês populares antes da promulgação da lei de nacionalização das principais indústrias.

A realidade exigia que o fato de que as principais indústrias pertenciam ao povo fosse consagrado em lei.

Na época, os reacionários, em seus planos para caluniar as políticas do Partido e do Governo popular e dividir as forças democráticas, espalharam vários rumores, afirmando que o comitê popular provisório estava tentando nacionalizar até mesmo os pequenos negócios que empregavam poucos trabalhadores e que planejava construir imediatamente o socialismo na Coreia por meio da nacionalização das indústrias.

Assustados por tais rumores, alguns donos de pequenos negócios mantiveram dinheiro, equipamentos e matérias-primas parados e hesitaram em operar seus negócios.

Alguns trabalhadores diziam que preferiam voltar para suas aldeias natais e trabalhar na agricultura, observando que o socialismo era bom, mas não podia ser construído com fábricas destruídas.

Ao tomar conhecimento dessa situação, Kim Il Sung escreveu cada artigo da Plataforma de 20 Pontos para que o povo pudesse compreender e simpatizar com a política do Partido.

"9. Nacionalizar grandes empresas, serviços de transporte, bancos, minas e florestas;

10. Permitir e encorajar a atividade livre no artesanato e comércio privados;"

Em março de 1946, Kim Il Sung tornou pública essa plataforma por meio de um discurso de rádio, no qual especificou toda uma gama de tarefas que o governo democrático deveria enfrentar nos campos político, econômico, cultural e outros.

Medidas estatais foram tomadas para emprestar dinheiro aos que careciam de recursos e ajudar aqueles que não tinham matérias-primas a obtê-las. Essas medidas encorajaram empresários patrióticos a trabalhar com devoção pela construção de um novo país. Somente as fábricas de alguns poucos capitalistas pró-japoneses foram confiscadas, o que significava que não havia muitos capitalistas na Coreia na época.

As fábricas dos capitalistas nativos e os pequenos negócios não foram confiscados.

Os artesãos privados e pequenos empresários, por exemplo, aqueles que faziam sapatos de borracha ou beneficiavam arroz, foram encorajados a continuar seus negócios para fornecer ao povo os bens necessários para sua vida cotidiana.

Em 10 de agosto de 1946, foi promulgada a Lei de Nacionalização das Indústrias, Transportes, Telecomunicações, Bancos, etc.

Segundo a lei, todas as fábricas, minas, usinas elétricas, ferrovias, telecomunicações, bancos e órgãos comerciais e culturais, que haviam sido construídos pelo povo coreano ao custo de seu sangue e suor durante o domínio imperialista japonês, foram transferidos ao povo coreano, seu único proprietário legítimo. E todas as fábricas e empresas anteriormente pertencentes aos que fugiram com os japoneses, pró-japoneses e traidores da nação foram confiscadas gratuitamente e tornaram-se propriedade do povo.

Com a promulgação dessa lei, mais de 1.000 fábricas e empresas, que representavam 90% da indústria da Coreia na época, tornaram-se propriedade nacional de todo o povo, e a economia estatal passou a ocupar a posição dominante na indústria, o principal setor da economia nacional.

Antes da promulgação da lei, o Partido garantiu que a jornada de trabalho de oito horas para trabalhadores e funcionários fosse aplicada.

Era doloroso para os trabalhadores ver a economia destruída; o que mais os afligia era a jornada excessiva, um resquício de exploração e opressão.

Para o Partido, a implementação da jornada de oito horas não era uma expressão de simpatia pelos trabalhadores nem um slogan político para conquistar popularidade após a libertação; era uma missão baseada no espírito de serviço absoluto ao povo e em sua responsabilidade pela construção de um novo país para o povo.

Em 24 de junho de 1946, a Lei Trabalhista para Trabalhadores e Funcionários foi promulgada na Nona Reunião do Comitê Popular Provisório.

A promulgação da lei trabalhista foi um evento histórico que elevou o status social dos trabalhadores, que haviam vivido uma vida miserável, ao de mestres de uma nova era e história, de modo que pudessem desfrutar plenamente de sua liberdade e direitos democráticos.

A seguir, um trecho de um artigo publicado no Rodong Sinmun, datado de 24 de junho de 1950, no quarto aniversário da promulgação da lei trabalhista.

“Os padrões de vida material e cultural dos trabalhadores da República cresceram enormemente quatro anos após a promulgação da lei trabalhista sob o constante cuidado do governo, e continuam melhorando. A renda dos trabalhadores aumentou 63,5% em média, em comparação com a anterior. Eles também receberam vários bônus, bens e gratificações, todos no valor de centenas de milhões de won, de acordo com a quantidade e qualidade do trabalho realizado, e foram fornecidos com roupas de trabalho e outras necessidades gratuitamente. Plenamente conscientes de que os interesses do Estado estão essencialmente ligados aos seus próprios, os trabalhadores aumentaram a produtividade do trabalho para 283,4% e a produção industrial para 377% em 1949, em comparação com 1946. Fizeram isso observando voluntariamente a disciplina trabalhista e conduzindo uma ampla campanha patriótica por maior produção.”

Com a implementação bem-sucedida das reformas democráticas, a relação social colonial e feudal do país foi substituída por uma nova relação democrática.

O Partido prestou grande atenção ao trabalho com os intelectuais, pois isso era fundamental para garantir o sucesso da revolução e da construção. Na Coreia, logo após sua libertação, havia literalmente um punhado de intelectuais, a maioria com origens de classe problemáticas e registros passados complicados.

Apesar de seus antecedentes conturbados, o Partido, confiando em seu patriotismo, acolheu-os e os colocou como pilares para a construção de uma nova Coreia. Infinita era sua confiança nos intelectuais que haviam passado por tantas dificuldades.

A seguir, um exemplo de como um intelectual, antes rotulado como “pró-japonês”, tornou-se diretor de um hospital sob a autoridade direta do recém-estabelecido Batalhão de Treinamento de Oficiais de Segurança e foi designado ao posto militar de tenente-coronel.

Sua esposa era japonesa, e naqueles dias o ódio dos coreanos pelos japoneses estava crescendo, já que haviam sofrido indescritíveis tormentos sob o domínio dos imperialistas por dezenas de anos.

Durante conversas com Kim Il Sung, ele disse que havia decidido se divorciar da esposa, acrescentando:

Reconheço que estive sob o domínio da simpatia nos últimos anos. Não considerei a fúria reprimida do nosso povo contra os japoneses. Quando os residentes japoneses retornarem à sua pátria, farei com que minha esposa os acompanhe. Esta é a decisão dela e também a minha.

Atônito, Kim Il Sung não conseguiu dizer nada por um minuto. Seu coração parecia se partir ao pensar no quanto ele havia sofrido como intelectual colonial. Com uma voz tingida de agonia, Kim Il Sung perguntou se ele não havia pensado em nenhuma outra opção além do divórcio.

Kim Il Sung disse ao intelectual que ele deveria refletir melhor sobre isso. "Eu confiarei em sua esposa como confio em você", disse ele.

Dominado pela gratidão, este último desabou no chão e começou a chorar.

Kim Il Sung retomou:

A partir de hoje, você e eu devemos acreditar um no outro e trabalhar juntos. Devemos nos tornar companheiros eternos, não temporários. Você deve sempre confiar em nosso Partido e no governo popular, vivendo alegremente e trabalhando duro, cheio de esperança e otimismo.

Companheiros eternos – esta denominação representava a confiança invariável do Partido nos intelectuais, uma fonte de força que os inspirou a unir as mãos com operários e camponeses nos esforços para construir uma nova Coreia e estabelecer um sistema socialista centrado no povo.

Desde o fim de outubro de 1945, o ano da libertação da Coreia, um número crescente de intelectuais chegou a Pyongyang, alguns caminhando por trilhas nas montanhas e outros navegando de barco. A maioria deles não tinha parentes ou velhos conhecidos em Pyongyang.

Todos se distinguiram nos esforços para construir uma nova sociedade e alcançar a prosperidade do país socialista, fiéis às políticas do Partido.

O que segue aconteceu no fim de julho de 1946, o ano após a libertação da Coreia, quando o desenho da bandeira do Partido estava sendo discutido.

Algumas pessoas argumentaram que nenhum partido político tinha um pincel em seu emblema.

Kim Il Sung refutou esse argumento, dizendo:

Nossos intelectuais não são o objeto da revolução, mas a força motriz da revolução. Marx, Lenin e Mao Zedong foram um dia intelectuais. Muitos intelectuais participaram da revolução, então por que eles não podem ser a força motriz da revolução?

Foi assim que o emblema e a bandeira do Partido foram concebidos.

O martelo, a foice e o pincel inscritos na bandeira do Partido do Trabalho da Coreia ressaltam de forma marcante o excelente programa político do PTC, que mostra de maneira eloquente como a Coreia, antes um fraco país colonial, desenvolveu-se em um país socialista independente ao longo dos últimos 80 anos.

4. Origem do Nome do Partido do Trabalho da Coreia

A causa da fundação de um partido revolucionário foi alcançada após a libertação do país, mas a realidade social exigia que o Partido Comunista fosse desenvolvido como um partido de massas do povo trabalhador.

Primeiro, comunistas qualificados não eram numerosos.

A classe trabalhadora ainda era jovem diante das relações sociais da época, e o povo carecia de uma compreensão correta do comunismo devido à propaganda enganosa dos imperialistas japoneses e às manobras dos faccionalistas. Para que o Partido Comunista criasse raízes profundas entre amplas camadas do povo trabalhador, ele precisava admitir não apenas comunistas preparados e operários progressistas, mas também camponeses e intelectuais.

E, naquele tempo, existia o Partido Neodemocrático, que envolvia muitos trabalhadores na Coreia. Como partido democrático formado em fevereiro de 1946 para representar os interesses dos intelectuais e da pequena burguesia, ele estava ampliando gradualmente suas fileiras entre operários e camponeses.

Para evitar a divisão das massas trabalhadoras e uni-las em uma única força política, o Partido Comunista e o Partido Neodemocrático deveriam ser fundidos para formar um partido de massas.

Após a libertação, um governo popular havia sido formado e reformas democráticas haviam sido realizadas, no curso das quais o papel dirigente da classe operária aumentou a um nível superior e a aliança entre operários, camponeses e intelectuais se consolidou, fazendo com que compartilhassem interesses na luta para construir uma nova Coreia democrática.

Diante das relações socioeconômicas alteradas e de seus programas imediatos semelhantes, era natural que os dois partidos se fundissem em um só.

Desenvolver o Partido Comunista em um partido unificado de todo o povo trabalhador era uma exigência legítima da revolução coreana e do próprio desenvolvimento do Partido Comunista.

Na reunião consultiva de altos funcionários do Partido Comunista, realizada em 26 de junho de 1946, Kim Il Sung apresentou uma política de desenvolver o Partido Comunista em um partido de massas do povo trabalhador.

Alguns faccionalistas do Partido Neodemocrático instigaram seus membros a nutrirem animosidade contra o Partido Comunista e a se oporem à fusão, espalhando rumores de que “a fusão é um complô dos comunistas” e que “o Partido Comunista não confia nos quadros do Partido Neodemocrático”.

No entanto, a maioria dos membros do Partido Neodemocrático, que experimentavam os benefícios das reformas democráticas realizadas sob a liderança do Partido Comunista, respeitava e confiava no Partido Comunista.

Em 21 de julho de 1946, o Partido Neodemocrático declarou oficialmente seu apoio à fusão e, dois dias depois, enviou a seguinte carta ao Partido Comunista expressando seu desejo de se fundir com este:

Reconhecendo que, para manifestar com mais força sua capacidade na construção de uma Coreia democrática e acelerar a implementação da causa da construção nacional, camadas mais amplas das massas, incluindo operários, camponeses e intelectuais, devem ser reunidas sob um organismo organizado, adequado à situação prevalecente na Coreia, unindo as forças de nossos dois partidos por qualquer método, e que isso contribuirá para completar a causa da construção de um Estado democrático e soberano, e após cuidadosa consideração da experiência organizacional de nosso Partido, dos desejos da maioria de seus membros, de suas relações com o vosso Partido, das opiniões do povo e da situação do país, o Comitê Permanente de nosso Partido ousa propor a fusão com o vosso Partido. Esta é uma expressão da sinceridade de nosso Partido para construir uma Coreia democrática. Esperamos sinceramente que aceitem nossa proposta e, após estudá-la, nos enviem sua resposta sincera.

Em 24 de julho, o Comitê Executivo Permanente do Comitê Central do Partido discutiu a proposta e adotou uma resposta ao Partido Neodemocrático.

Uma vez que a fusão se tornou a política do Partido Comunista, os faccionalistas apresentaram o argumento direitista de que a ideologia revolucionária da classe operária não poderia mais ser a ideologia dirigente do Partido, já que seu caráter mudaria após a fusão, e tentaram admitir até mesmo elementos indesejáveis no Partido para transformá-lo em algo semelhante a um organismo de frente unida.

A Oitava Reunião Ampliada do Comitê Executivo do Partido, convocada em 27 de julho de 1946, ocorreu em uma atmosfera solenemente inédita.

A reunião discutiu, como pontos de agenda, o relatório a uma reunião conjunta ampliada dos Comitês Centrais do Partido Comunista e do Partido Neodemocrático, intitulado "A Situação Política Atual e Nossas Novas Tarefas", o nome do partido fundido, sua declaração, programa, projeto de Estatutos e os regulamentos para a eleição de seu órgão dirigente central.

Colocando a questão da fusão, Kim Il Sung pediu aos participantes que expressassem suas opiniões, caso tivessem.

Alguns se levantaram e perguntaram por que o Partido Comunista deveria se fundir apenas com o Partido Neodemocrático quando havia outros partidos como o Chondoísta Chongu e o Partido Democrático. Era uma expressão de sua falta de compreensão da linha do Partido Comunista de construir um partido de massas.

Kim Il Sung explicou: Vocês não compreendem corretamente o caráter de classe desses partidos. Em geral, um partido é a vanguarda das classes que representa. O Partido do Trabalho que vamos fundar será uma unidade de vanguarda do povo trabalhador que representa e defende os interesses dos operários, camponeses e intelectuais. O que são os partidos Democrático e Chondoísta Chongu? O primeiro é um partido da classe proprietária e o segundo é um partido religioso. Se nosso Partido Comunista se fundir com esses partidos, o Partido do Trabalho se tornará algo como um sindicato, em vez de uma vanguarda das massas trabalhadoras. Por isso devemos nos unir a eles por meio do organismo de frente nacional democrática unida. Nossa fusão não tem como objetivo fundar algo parecido com um sindicato. Mesmo após a fusão, o caráter do Partido não mudará, nem sua ideologia dirigente será substituída por outra. A visão de que a fusão tornaria o Partido um partido pequeno-burguês e direitista é produto do heroísmo pequeno-burguês e do chauvinismo. Essa visão “esquerdista”, autojustificada, é uma visão direitista disfarçada. A tentativa de admitir vários elementos no Partido é algo semelhante a tentar transformá-lo em uma espécie de cooperativa, não na vanguarda do povo trabalhador.

Após uma pausa, Kim Il Sung retomou:

É mais apropriado chamar o partido fundido de Partido do Trabalho. As pessoas frequentemente associam a palavra "trabalho" apenas a operários de fábricas ou minas, mas isso é uma visão restrita. Não apenas os operários, mas também os camponeses trabalham, e os funcionários de escritório realizam trabalho intelectual. Como o Partido que vamos formar pela fusão dos dois partidos é uma organização dos elementos progressistas da classe operária, do campesinato e da intelectualidade que participam do trabalho, pretendemos chamá-lo de Partido do Trabalho.

Agora todos os participantes assentiram em concordância e aplaudiram entusiasticamente.

Alguns levantaram questões cujas respostas pareciam bastante óbvias para outros, mas Kim Il Sung dedicou tempo para lhes dar uma explicação séria.

Ao responder, não citou proposições clássicas, mas sua linguagem simples e explicação profunda proporcionaram aos participantes plena compreensão da fusão.

Quando todos entenderam que, ao contrário das teorias estabelecidas, intelectuais poderiam se tornar um componente do Partido junto com operários e camponeses, Kim Il Sung apresentou seu plano para a fusão dos dois partidos.

Em 29 de julho, realizou-se uma reunião conjunta ampliada dos Comitês Centrais do Partido Comunista e do Partido Neodemocrático, na qual ele esclareceu mais uma vez o propósito e a possibilidade da fusão e apresentou as tarefas para esse fim.

A fusão começou no início de agosto de 1946, pela unificação das organizações dos dois partidos de baixo para cima, desde suas células até seus comitês provinciais, e terminou em apenas um mês.

Entre 28 e 30 de agosto de 1946, uma reunião foi convocada em Pyongyang para fundir o Partido Comunista e o Partido Neodemocrático. Participaram 801 delegados, que representavam cerca de 276 000 membros do Partido Comunista e 90 000 membros do Partido Neodemocrático e, como observadores, mais de 100 representantes de outros partidos políticos e organizações sociais.

Kim Il Sung fez um relatório intitulado "Pela Estabelecimento de um Partido Unificado das Massas Trabalhadoras".

No relatório, ele disse:

O Partido do Trabalho representa e defende os interesses das massas trabalhadoras coreanas e visa construir um Estado democrático próspero, independente e soberano. Ele deve tornar-se a força dirigente na luta pela independência, soberania e democratização da Coreia. A tarefa básica que enfrenta na etapa atual é realizar de maneira completa reformas democráticas anti-imperialistas e antifeudais em escala nacional e estabelecer uma República Popular Democrática mobilizando amplas camadas das massas do povo.

Todos os presentes à reunião entenderam que a fusão era a forma mais razoável de garantir a liberdade e a independência democrática de seu país.

Muitos membros do Comitê Central do Partido Neodemocrático foram eleitos para o órgão dirigente central do Partido do Trabalho.

Esta foi uma reunião de unidade e coesão, a primeira de seu tipo na história do movimento comunista nacional.

A reunião adotou o Programa e os Estatutos do Partido, e decidiu publicar o Rodong Sinmun como seu órgão – fundindo o Jongno, órgão do Partido Comunista, e o Jonjin, órgão do Partido Neoemocrático – e o Kulloja como sua revista político-teórica.

O emblema com um martelo, uma foice e um pincel tornou-se o símbolo do Partido do Trabalho, um partido de massas que representa os interesses de operários, camponeses e intelectuais, e sua autoridade e dignidade ao abrir caminho para a construção de um partido revolucionário.

Assim, o Partido do Trabalho tornou-se um partido de massas que representa e defende os interesses de todo o povo trabalhador. O estabelecimento do Partido do Trabalho foi um divisor de águas na construção do Partido e no desenvolvimento da revolução coreana.

Desde então, o Partido fincou raízes profundas entre as massas populares, unindo amplas camadas das forças revolucionárias ao seu redor.

5. Nos Dias da Construção das Forças Armadas Regulares

Isso aconteceu alguns meses após a fundação do Partido.

Um funcionário do Comitê Organizador Central do Partido foi ver um veterano revolucionário antijaponês, que estava envolvido na construção de um exército regular.

Ele perguntou ao veterano: “Estamos tentando organizar um exército regular?”

“Há algo de errado nisso? Devemos fundar um exército regular em breve”, respondeu o veterano.

“Sempre quis lhe perguntar isto. Por que é tão urgente construir um exército agora, quando as forças soviéticas estão estacionadas em nosso país?”

“Então deixe-me lhe perguntar isto: as forças soviéticas estão em nosso país para desarmar os soldados japoneses. O que elas têm a ver com a fundação de nosso próprio exército?”

“Claro que têm. Recentemente o Pravda publicou um artigo sobre a posição da União Soviética.”

Então o funcionário citou parte do artigo:

“Enquanto existirem as forças armadas da União Soviética, a bandeira da paz e a espada da justiça, os povos da Europa terão paz e estabilidade duradouras.”

O funcionário continuou:

“A espada da justiça da grande União Soviética está defendendo nosso país. Ainda duvida da durabilidade da paz?”

O veterano perguntou: “Então você vai pedir ao Exército Soviético que permaneça em nosso país para sempre?”

“Não, eles se retirarão de acordo com o cronograma do acordo de guerra.”

“Você quer dizer que devemos começar a construir nosso exército só naquela hora?”

“Não será tarde demais e, até lá, teremos alguns recursos econômicos.”

O veterano não pôde mais responder a esse absurdo.

Essa era uma visão predominante sobre a fundação de um exército regular.

Claro, era lógico fundar um Estado e lançar bases econômicas por um certo período antes de fundar um exército.

Mas a situação na Península coreana contrariava a lógica.

Em particular, os movimentos do exército dos EUA, que estava estacionado na metade sul da península, tornavam-se mais perigosos.

Em 13 de novembro de 1945, Arnold, chefe do Governo Militar, tornou público o Decreto nº 28 do Governo Militar sobre o estabelecimento do Quartel-General de Defesa Nacional e, de acordo com um plano para criar o Instituto Militar de Inglês, começou a recrutar seus estudantes.

O Quartel-General de Defesa Nacional formulou seus planos de acordo com o cenário dos imperialistas estadunidenses e, sob o controle das forças dos EUA, organizou unidades militares de vários ramos e serviços e enviou terroristas e sabotadores para o norte.

Os Estados Unidos despejaram uma enorme soma de dinheiro na construção do exército da República da Coreia. Durante a Guerra da Coreia, lançada pelos Estados Unidos, o exército da RC era superior ao Exército Popular da Coreia em termos de equipamento militar. Isso porque seus equipamentos eram parte das “ajudas” dos Estados Unidos.

Isso foi resultado da política dos EUA de ocupar toda a Coreia como parte de sua estratégia de supremacia mundial.

Apesar da situação aguda, aqueles que viviam sob o guarda-chuva de países estrangeiros e aqueles que sonhavam construir um exército com a ajuda de forças estrangeiras ainda não haviam recuperado sua autoconsciência.

Embora a situação fosse difícil, Kim Il Sung impulsionou os preparativos para fundar um exército regular. Ao fazer isso, tinha firme crença no povo coreano patriótico que, antes da libertação do país, havia encorajado seus filhos e filhas a irem ao monte Paektu e se unirem à luta contra os imperialistas japoneses.

Ele dedicou atenção primordial a inspirar patriotismo no povo. Um exemplo típico é o esboço que escreveu para recrutar cadetes para o Instituto de Pyongyang.

O esboço tratava do propósito e missão do instituto, das pessoas elegíveis para admissão, do período de matrícula e do formulário de recomendação, mencionando o destino miserável enfrentado pelo povo coreano como nação arruinada, com seu país privado pelos imperialistas japoneses por não ter um exército próprio adequado, e apontando para a necessidade de construir um poderoso exército regular para defender o país, libertado ao custo de sangue, contra a agressão imperialista.

Após ler o esboço, muitos jovens se voluntariaram para ingressar no instituto.

O Instituto de Pyongyang era uma escola militar criada três meses após a libertação do país com o propósito de treinar oficiais militares e políticos que constituiriam a espinha dorsal de um exército regular.

Isso demonstra que prioridade foi dada ao treinamento de oficiais militares e políticos para a fundação de um exército regular.

Em abril de 1946, a Escola Central de Oficiais de Segurança foi criada tendo o instituto como organismo-mãe.

Kim Il Sung assegurou que fosse estabelecido o Departamento do Partido do Instituto de Pyongyang, diretamente subordinado ao Comitê Organizador Central do Partido, e que células do Partido fossem formadas sob ele, para que o Partido pudesse assumir total responsabilidade pela fundação de um exército regular.

Ele também assegurou que muitos veteranos revolucionários antijaponeses estivessem envolvidos e desempenhassem o papel central no trabalho de fundar um exército regular.

Assim, a maioria dos veteranos trabalhou no Instituto de Pyongyang e na Escola Central de Oficiais de Segurança para treinar a espinha dorsal de um exército regular.

Agora que as escolas militares haviam sido criadas, aqueles que observavam os acontecimentos de braços cruzados falavam sobre precedentes existentes e experiências de fundação de um exército regular; esses adoradores de grandes potências afirmavam que o Instituto de Pyongyang deveria ter um curso de 4 ou 5 anos.

No entanto, era impossível fixar um curso de 4 ou 5 anos para o instituto e não havia garantia financeira para isso, porque naquele momento não havia um único soldado de um exército regular e a situação era muito tensa. A única riqueza disponível era a experiência de treinamento militar e político criada nos dias da guerra antijaponesa. O problema mais difícil enfrentado pelos revolucionários coreanos após organizarem a primeira unidade armada era a falta de oficiais militares e políticos capazes de comandar uma batalha ou um teatro de operações.

Mais tarde, recordando aqueles dias, Kim Il Sung escreveu em suas memórias que jamais havia sentido tão intensamente a necessidade de uma escola militar.

Treinamento militar e político intensivo era a única opção.

Sempre que problemas difíceis e complicados surgiam no caminho da revolução, Kim Il Sung organizava cursos de treinamento militar e político, inclusive em Donggang, Matanggou e Baishitan, a fim de melhorar as qualificações dos soldados do Exército Revolucionário Popular da Coreia e treiná-los como pessoal de comando do exército.

Diante dessa experiência, das exigências da situação prevalecente e da realidade do país, o Partido definiu o período do curso da Escola Central de Oficiais de Segurança como um ano.

Muitas pessoas expressaram sua insatisfação com isso; elas eram da opinião de que o problema dos oficiais militares poderia ser resolvido com a ajuda da União Soviética, como em outros países do Leste Europeu.

O Partido não pôde aceitar essa proposta, porque era óbvio que, se oficiais militares e políticos fossem treinados com a ajuda de outros, o campo da defesa nacional como um todo ficaria dependente de terceiros e a política do Partido de construir um exército regular do tipo Juche não poderia ser implementada corretamente.

Muitos oficiais militares e políticos de origem operária e camponesa, que contribuiriam para a construção de um exército regular, foram formados nesses centros de treinamento.

Grande esforço foi dedicado à formação de unidades centrais de um exército regular revolucionário e à organização de ramos e serviços necessários para a construção do exército.

O Partido criou o Centro de Treinamento de Oficiais de Segurança com base nas tropas de segurança pública, guardas ferroviários e guardas de fronteira organizados em várias regiões do país, tendo os veteranos revolucionários antijaponeses como espinha dorsal e os graduados do Instituto de Pyongyang como núcleo.

Centros de treinamento de oficiais de segurança nºs 1, 2 e 3 foram organizados em Kaechon, Ranam e Pyongyang em agosto de 1946, e suas filiais, em várias partes do país, mais tarde.

Esses centros constituíram ativos preciosos para a construção de um exército regular.

O Quartel-General do Batalhão de Treinamento de Oficiais de Segurança foi organizado para assegurar a orientação unificada sobre esses centros de treinamento de oficiais de segurança. Após a fundação da República Popular Democrática da Coreia, o Quartel-General do Batalhão de Treinamento de Oficiais de Segurança desenvolveu-se no Ministério da Defesa Nacional, no Ministério das Forças Armadas do Povo e, depois, no atual Ministério da Defesa Nacional.

A Força Aérea e a Marinha da nova Coreia foram fundadas baseando-se em recursos internos.

Sob a orientação de Kim Il Sung, filiais da Associação de Aviação foram organizadas em lugares como Pyongyang, Sinuiju, Hamhung, Chongjin e Hoeryong, e a Associação de Aviação da Coreia foi fundada em dezembro de 1945. De acordo com o desejo unânime dos membros da associação, Kim Il Sung foi eleito presidente da associação.

Em agosto de 1947, o primeiro corpo de aviação do país foi organizado, envolvendo os graduados da classe da força aérea do Instituto de Pyongyang e técnicos de aviação. O corpo de aviação tinha cerca de 20 aeronaves na época. Em setembro de 1948, foi organizado o Grupo Aéreo Independente diretamente subordinado ao Ministério da Defesa Nacional. E, com esse grupo como organismo-mãe, a 11ª Ala Aérea do Exército Popular da Coreia foi organizada no final de outubro de 1949.

Em junho de 1946, forças de segurança marítima foram organizadas para a defesa das costas leste e oeste, o que se tornou o sustentáculo para a construção da Marinha, mas o maior problema era fundar uma frota; o país não tinha experiência nessa área e não havia técnicos capazes de executar a tarefa.

Mas a fundação de forças navais regulares não podia ser adiada.

A Coreia é um país com longas linhas costeiras. Foi por isso que o General Sherman e o Shenandoah, navios agressores dos EUA, bem como os navios dos imperialistas japoneses, tinham invadido a Coreia pelo mar.

Um político estadunidense escreveu em seu livro "Roosevelt e a Guerra Russo-Japonesa" que, nas décadas de 1860 e 1870, quando os EUA discutiam como conquistar bases navais na Ásia Oriental, a Coreia era considerada uma das futuras bases.

Não se sabia quando os Estados Unidos poderiam provocar uma guerra, já que ocupavam metade da Península Coreana.

Naqueles dias, a RC, sob instigação dos imperialistas estadunidenses, enviava espiões, elementos subversivos e sabotadores por vias marítimas que não estavam fortemente guardadas.

Kim Il Sung sustentava que a nação deveria ter forças navais e defender suas águas territoriais por conta própria. Ele mobilizou veteranos revolucionários antijaponeses na construção dessas forças.

Em janeiro de 1948, a Escola de Treinamento de Oficiais de Segurança Naval foi aberta no porto norte de Wonsan e, em novembro daquele ano, foi renomeada como Academia Naval do Exército Popular da Coreia.

Em junho de 1946, as forças de segurança naval dos mares Leste e Oeste foram organizadas. No final de novembro de 1948, essas forças foram dissolvidas e desenvolvidas na Guarda Costeira.

Em agosto de 1949, foi organizado o Quartel-General da Frota da Coreia, e sua cerimônia de inauguração foi realizada no dia 28. A frota era composta principalmente de quatro canhoneiras de pequeno porte, varredores de minas de 200 toneladas como Sungni, Minju e Haebang, e cinco barcos torpedeiros.

Durante a Guerra de Libertação da Pátria, os quatro barcos torpedeiros dessa jovem frota afundaram o cruzador pesado Baltimore, vangloriado pelos imperialistas estadunidenses como uma “ilha”, e danificaram um cruzador leve de 14 000 toneladas no mar ao largo de Jumunjin, e uma unidade de artilharia costeira travou batalhas de vida ou morte, atrasando por três dias o plano inimigo de desembarcar na Ilha Wolmi — um plano operacional envolvendo mais de 50 000 soldados, centenas de embarcações e cerca de 1 000 aeronaves.

O Partido impulsionou de modo efetivo o trabalho de estabelecer as bases materiais para a construção de um exército regular.

Em 2 de outubro de 1945, Kim Il Sung visitou a antiga fábrica de munições na então Phyongchon-ri, Pyongyang, e propôs a fundação e o desenvolvimento da indústria de munições do país.

Em junho de 1947, a primeira fábrica de munições do país foi estabelecida para produzir por conta própria diversas armas e outros equipamentos militares.

O Partido também garantiu que a estrutura militar fosse reformada em conformidade com as exigências de construção de um exército regular; um sistema regular de treinamento militar e político e de serviços de abastecimento foi estabelecido; regulamentos militares, manuais, bandeiras e juramento dos militares foram instituídos; a Marcha do Exército Popular da Coreia foi composta; e um jornal do exército foi fundado.

Com base nessas preparações, o Exército Popular da Coreia, forças armadas revolucionárias regulares, foi fundado em 8 de fevereiro de 1948.

Naquele dia, um desfile militar foi realizado em Pyongyang, no qual Kim Il Sung proferiu um discurso intitulado "Por Ocasião da Fundação do Exército Popular da Coreia".

No discurso, ele disse:

Embora nosso Exército Popular seja estabelecido hoje como o exército regular da Coreia democrática, ele é, na realidade, um exército com raízes profundas no passado. É um exército glorioso que herda as tradições revolucionárias da guerra de guerrilha antijaponesa, a valiosa experiência de combate e o indomável espírito patriótico. Nosso exército, assim equipado não apenas com armas, mas também com a experiência de combate, o ardente patriotismo e o nobre espírito revolucionário de nossos precursores revolucionários, é um exército poderoso que repelirá qualquer invasão inimiga e será sempre vitorioso.

O EPC, que herdou as tradições da luta revolucionária antijaponesa, era composto pelos filhos e filhas das massas trabalhadoras, incluindo operários, camponeses e intelectuais, tendo os veteranos revolucionários antijaponeses como sua espinha dorsal.

Nos anos subsequentes, cresceu mais forte tanto política quanto militarmente, demonstrando a dignidade e glória de uma nova Coreia durante a Guerra de Libertação da Pátria.

6. Nascimento da Coreia Popular

“Que tipo de pessoas o General Kim Il Sung aprecia? Quero saber com quem ele se dá bem.”

Essa foi uma pergunta feita pela jornalista estadunidense Anna Louis Strong aos funcionários dos órgãos do Poder Popular, depois que encontrou o General em agosto de 1947.

Ela foi a primeira jornalista ocidental a encontrar Kim Il Sung após a libertação da Coreia.

Durante o encontro, disse a Kim Il Sung que tinha certeza de que ele seria eleito presidente quando um governo unificado fosse estabelecido na Coreia, antes de expressar seu desejo de vê-lo novamente depois do estabelecimento desse governo.

A estadia da jornalista estadunidense na Coreia foi curta, mas ela encontrou várias pessoas para saber quem Kim Il Sung respeitava, prezava e amava mais.

O que chamou sua atenção foi o surgimento dos operários, camponeses e intelectuais comuns como força política dirigente no país.

Como ela mesma disse, todo país tem pessoas escolhidas para dominar a arena política.

Isso pode variar conforme os sistemas sociais dos países, mas mesmo nos países governados por comunistas, as massas trabalhadoras comuns são objeto da política e nunca constituem a força política dirigente — essa era a visão de Anna.

Talvez por isso seu caderno tratasse de muitas pessoas amadas e promovidas por Kim Il Sung.

Entre elas estavam Kim Je Won, da Planície de Jaeryong, um precursor do movimento de doação de grãos por patriotismo, e Kim Hoe Il, do Corpo de Motores de Jongju, um precursor do movimento batizado em sua homenagem por assegurar o transporte ferroviário regular unindo os esforços e técnicas de seus companheiros para reparar as locomotivas danificadas pelos imperialistas japoneses.

A questão fundamental na revolução é a questão do poder.

Em sua linha política, o Partido estabeleceu como missão principal fundar uma República Popular Democrática, conforme o desejo de todo o povo coreano, e expôs quatro tarefas imediatas para esse fim.

No entanto, grandes desafios surgiram no caminho do povo coreano.

De 16 a 26 de dezembro de 1945, os ministros das Relações Exteriores da União Soviética, dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha reuniram-se em Moscou. Ao discutir uma série de problemas a serem tratados internacionalmente após a Segunda Guerra Mundial, adotaram uma decisão sobre a questão coreana.

1. Um governo provisório deve ser estabelecido para criar condições para restaurar a Coreia como um Estado independente, garantindo seu desenvolvimento em princípios democráticos e liquidando rapidamente os efeitos nocivos da prolongada dominação japonesa, e esse governo deve tomar medidas para desenvolver a economia e a cultura da Coreia.

2. Um comitê conjunto dos exércitos soviético e estadunidense deve ser organizado para o estabelecimento de um governo provisório na Coreia; o comitê deve trabalhar em cooperação com partidos políticos e organizações sociais da Coreia, e as propostas elaboradas pelo comitê devem ser adotadas pelos dois países após deliberação por quatro países.

3. O comitê conjunto deve, mobilizando o governo provisório da Coreia e organizações democráticas, tomar medidas para auxiliar e cooperar na promoção do progresso social, no desenvolvimento da autonomia democrática e na conquista da independência nacional da Coreia.

As propostas do comitê conjunto devem ser consultadas pelo governo provisório da Coreia e passar pela deliberação dos governos de quatro países — União Soviética, Estados Unidos, Grã-Bretanha e (China Nacionalista) — para que um acordo sobre tutela de cinco anos sobre a Coreia possa ser elaborado pelos quatro países.

4. Para tomar medidas para resolver questões urgentes envolvendo toda a Coreia e para coordenar questões administrativas e econômicas pelos comandos militares soviético e estadunidense diariamente, uma reunião de delegados dos exércitos soviético e estadunidense deve ser convocada dentro de duas semanas.

Kim Il Sung ouviu essa notícia pelo rádio em seu escritório em 29 de dezembro de 1945.

Essa decisão foi tão inesperada que Kim Il Sung ficou surpreso, e também se sentiu desagradado, como recordaria várias vezes depois.

Claro, a Coreia era um país fraco e pobre na época, sem seu próprio governo para o povo. No entanto, os três ministros estrangeiros discutiram e decidiram a questão coreana sem a participação dos coreanos, parte interessada na questão, e sem representar sua opinião. Isso foi uma violação absoluta da soberania do povo coreano.

E o povo coreano não pediu tal decisão.

Em 31 de dezembro de 1945, foi realizada uma reunião consultiva dos diretores de departamento do Comitê Central de Organização do Partido.

Nessa reunião, Kim Il Sung fez um discurso intitulado "Sobre a Decisão da Conferência dos Três Ministros das Relações Exteriores de Moscou sobre a Questão Coreana".

No discurso, ele esclareceu suas intenções sobre esse assunto, antes de continuar:

A adoção da decisão não significa que um governo provisório democrático será estabelecido por conta própria.

Mesmo que essa decisão seja razoável e a ajuda das grandes potências seja altruísta, nenhum outro povo pode construir nosso país por nossa nação. Não devemos depositar nossas esperanças inteiramente nessa decisão, nem tentar construir nosso país dependendo de países estrangeiros.

Os participantes, que estavam debatendo prós e contras sobre a decisão, ganharam confiança à medida que Kim Il Sung estava determinado a rejeitar o acordo, seja qual fosse seu caráter internacional, se ele não fosse do agrado do povo coreano, e aceitá-lo se estivesse de acordo com os interesses da revolução coreana.

Kim Il Sung enfatizou:

O estabelecimento mais rápido de um governo provisório democrático na Coreia depende amplamente de reunirmos firmemente todas as forças patrióticas e democráticas formando uma frente nacional unida democrática. No curso de apoiar e implementar a decisão da Conferência dos Três Ministros das Relações Exteriores, devemos fortalecer ainda mais a frente unida com outros partidos políticos e organizações sociais.

Ele prosseguiu dizendo que seria uma boa ideia o Partido publicar uma declaração conjunta em apoio à decisão, através de consulta com outros partidos políticos e organizações sociais, e que declarações semelhantes deveriam ser emitidas em nome de todos os comitês provinciais do Partido e organizações sociais, bem como por personalidades individuais, antes de tomar as medidas necessárias para esse fim.

Naquela época, vários partidos e grupos políticos na Coreia estavam unânimes em seu desejo de estabelecer rapidamente um governo central conforme desejado por todo o povo.

Nesse exato momento, forças estrangeiras interferiram na questão coreana invocando a decisão internacional da Conferência dos Três Ministros das Relações Exteriores. Nesse sentido, isso poderia ser chamado de divisor de águas — se as forças estrangeiras estabeleceriam um governo unificado para o povo coreano ou se o próprio povo coreano estabeleceria um governo independente.

Os Estados Unidos inventaram um argumento absurdo na tentativa de impedir os esforços do povo coreano para esse fim.

De fato, foram os Estados Unidos que convocaram a conferência às pressas e articularam a adoção da decisão sobre a questão coreana.

Considerando a Península Coreana como uma “adaga apontando para o continente asiático” e um “portal para o continente asiático”, os Estados Unidos definiram como uma de suas políticas-chave subordinar a península. Eles seriam obrigados a abrir mão de seus interesses de importância nacional se a Coreia se tornasse um Estado independente.

Quando a Conferência dos Três Ministros das Relações Exteriores foi aberta sem problemas, Byrnes, secretário de Estado dos EUA, conforme instruído pelo governo de Washington, propôs a questão coreana como principal item da agenda da conferência.

Seu discurso, desclassificado mais tarde, prejudicou a dignidade da nação coreana.

Ele disse, em resumo:

A Coreia deve ser colocada sob uma administração militar de longo prazo e, depois, pelos dez anos subsequentes, sob o controle de um órgão administrativo estabelecido pela União Soviética, Estados Unidos, Grã-Bretanha e China, durante o qual ao povo coreano deve ser negada a liberdade de construir um Estado independente e soberano. Esse órgão deve exercer poder administrativo, legislativo e judiciário e impor uma tutela na Coreia. Após o fim da administração militar e da tutela, deve-se impor uma curatela.

Essa proposta foi rejeitada imediatamente por Molotov, ministro das Relações Exteriores da União Soviética.

Devido a essa forte oposição, o lado estadunidense não pôde concretizar suas exigências. E, de acordo com a opinião do lado soviético, a conferência adotou uma decisão de transferir o poder político ao povo coreano, estabelecer um governo provisório democrático na Coreia e impor uma tutela de cinco anos para ajudar a alcançar o desenvolvimento democrático.

Na verdade, antes de essa decisão ser adotada, Kim Il Sung já havia avançado com as preparações para estabelecer um governo central na Coreia.

A revolução é uma luta pela independência, e a independência é garantida pelo poder do Estado. O direito à independência do povo se expressa plenamente no poder estatal e, portanto, se as massas trabalhadoras devem conquistar a independência completa, devem tornar-se donas do poder político antes de qualquer outra coisa.

Como estabelecer um governo era tão importante, Kim Il Sung, durante a luta armada antijaponesa, havia incluído a questão de estabelecer um verdadeiro governo do povo na Coreia libertada como o primeiro item do Programa de Dez Pontos da Associação para a Restauração da Pátria.

Assim que o país foi libertado, ele enviou veteranos revolucionários antijaponeses para diferentes partes do país para organizar órgãos de autogoverno locais ali, a fim de estabelecer, consolidando e desenvolvendo-os, um órgão de poder que representasse as demandas e interesses do povo coreano e tivesse sistema organizativo e autoridade unificados.

Em 8 de outubro de 1945, o então departamento administrativo de cinco províncias foi organizado provisoriamente para adotar medidas destinadas a resolver problemas irracionais revelados na vida socioeconômica.

A conferência conjunta de representantes dos comitês populares provinciais, realizada em 19 de novembro daquele ano, proclamou a organização de Dez Departamentos Administrativos encarregados de dez áreas — indústria, transporte, correios e telecomunicações, agrofloresta, comércio, finanças, educação, saúde pública, justiça e segurança pública.

Chistyakov, então comandante do exército soviético na Coreia, disse ao general de exército Stykov:

Como soldado, tenho pouco entendimento da vida social, política e econômica. Então pensei que o camarada Kim Il Sung, lendário herói guerrilheiro da Coreia, não prestaria grande atenção às questões relacionadas à construção do poder e da economia. Mas, para minha surpresa, ele tem um conhecimento versátil de política, economia, cultura e todos os outros campos, suficiente para eclipsar o dos especialistas. Em virtude desse conhecimento, ele lidera todos os domínios com sua destacada liderança como dirigente do país. Embora haja muitos “teóricos” renomados na Coreia, eles, em comparação com o camarada Kim Il Sung, parecem arbustos sob uma árvore imponente.

Em seu discurso proferido na reunião do Comitê Executivo Permanente do Comitê Central de Organização do Partido em 5 de fevereiro de 1946, Kim Il Sung proclamou que já haviam sido lançadas as bases para estabelecer um governo central na Coreia.

Dois dias depois, uma conferência conjunta de dirigentes de partidos políticos, comitês populares provinciais e organizações sociais adotou uma decisão sobre o estabelecimento do Comitê Popular Provisório com aprovação unânime, e elegeu Kim Il Sung presidente do comitê.

Depois disso, partindo da situação específica do país, o Partido apresentou a tarefa de desenvolver ainda mais o Comitê Popular Provisório à medida que avanços eram feitos na implementação das tarefas da revolução democrática antiimperialista e antifeudal.

Para cumprir a nova tarefa revolucionária, Kim Il Sung apresentou uma política de consolidar e desenvolver legalmente o governo provisório por meio de eleições democráticas.

Assim, a Segunda Reunião Ampliada do Comitê Popular Provisório, realizada em 5 de setembro de 1946, decidiu realizar eleições para os comitês populares das províncias, cidades e condados em todas as regiões simultaneamente em 3 de novembro e adotou os regulamentos eleitorais.

Os regulamentos estipulavam que as eleições seriam realizadas por voto secreto com base no princípio do sufrágio universal, igual e direto.

Em 3 de novembro de 1946 ocorreram as eleições para os comitês populares locais pela primeira vez na história da Coreia.

Naquele dia, Kim Il Sung foi ao Subdistrito Eleitoral nº 52 do Distrito Eleitoral nº 6, em Pyongyang, e depositou um voto para um candidato de origem operária.

Com base no sucesso das eleições democráticas, a Conferência dos Comitês Populares Locais foi convocada em Pyongyang em 17 de fevereiro de 1947. Participaram da conferência 1 159 representantes dos comitês populares locais, partidos políticos democráticos e organizações sociais.

A conferência decidiu estabelecer a Assembleia Popular, o órgão supremo do poder estatal, e elegeu 237 pessoas como deputados para a Assembleia Popular, à razão de um para cinco, por voto secreto.

A Primeira Sessão da Assembleia Popular, realizada em 21 e 22 de fevereiro, formou o Comitê Popular como o órgão supremo de execução administrativa e elegeu Kim Il Sung como presidente do comitê, refletindo o desejo e a vontade unânimes de todo o povo coreano.

Prosseguindo com a revolução democrática anti-imperialista e antifeudal, o Comitê Popular teve de desempenhar as tarefas de transição ao socialismo.

Uma reunião consultiva de líderes de partidos políticos e organizações sociais foi realizada em 29 de junho de 1948. Ela decidiu realizar eleições gerais e, com base nisso, estabelecer uma Assembleia Popular Suprema e formar um governo central, a República Popular Democrática da Coreia.

A Segunda Reunião do Comitê Central do Partido, realizada em julho de 1948, discutiu as tarefas enfrentadas pelas organizações partidistas para a implementação da Constituição da RPDC e para as eleições da Assembleia Popular Suprema.

As eleições dos deputados para a Assembleia Popular Suprema foram realizadas com sucesso em todo o país em 25 de agosto de 1948. O eleitorado, representando 99,97% dos eleitores, participou das eleições, e 212 deputados foram eleitos para a APS.

Com base nos resultados bem-sucedidos das eleições gerais, a Primeira Sessão da Assembleia Popular Suprema da República Popular Democrática da Coreia foi realizada em Pyongyang em 2 de setembro de 1948.

A sessão adotou a Constituição da RPDC e elegeu Kim Il Sung como Primeiro-Ministro do Gabinete da RPDC, chefe de Estado, de acordo com a vontade e o desejo unânimes de todo o povo coreano.

Em 9 de setembro de 1948, Kim Il Sung formou o governo da RPDC, um governo central unificado para o povo coreano, e anunciou a fundação da RPDC a todo o mundo.

No dia seguinte, ele tornou público o Programa Político do Governo da República Popular Democrática da Coreia.

A RPDC é um verdadeiro governo do povo representando os interesses do povo, incluindo operários e camponeses, e salvaguardando firmemente sua independência.

Com a fundação da RPDC, o povo coreano tornou-se um povo poderoso e digno, moldando seu destino de forma independente, e a RPDC apareceu na arena internacional em seus próprios termos como um Estado independente e soberano pleno.

Agora, a luta do Partido para construir um Estado democrático independente e soberano entrou em uma nova etapa.

7. Defendendo o país do povo

Tendo intensificado a guerra local por meio de provocações armadas contra a RPDC desde 1947, os imperialistas estadunidenses desencadearam uma guerra total contra o país às 04:00 de 25 de junho de 1950. O objetivo dessa guerra era esmagar a jovem RPDC em seu berço e transformar a Península Coreana em uma colônia estadunidense que poderia ser usada como cabeça de ponte para invadir o continente asiático e dominar o mundo.

Para o povo coreano, foi o início da Guerra de Libertação da Pátria, que duraria três anos.

A guerra foi sem precedentes na história mundial, pois a RPDC, fundada havia menos de dois anos, teve de repelir a agressão por parte das potências imperialistas lideradas pelos Estados Unidos, com uma história de agressão de mais de cem anos, que se vangloriavam de ser os “mais fortes” do mundo.

Os Estados Unidos lançaram na frente coreana enormes forças armadas, com mais de dois milhões de homens, incluindo um terço de suas forças terrestres, um quinto de sua força aérea, a maior parte de sua Frota do Pacífico e parte de sua Frota do Mediterrâneo, tropas de 15 países satélites, o exército da RC e reacionários japoneses, além de mobilizar vastas quantidades de equipamentos de combate modernos.

No entanto, o povo coreano e o Exército Popular da Coreia, liderados pelo Comandante Supremo Kim Il Sung, defenderam com mérito a liberdade e a independência de seu país contra o inimigo incomparavelmente mais forte em número e tecnologia militar.

Durante a guerra, o Partido do Trabalho da Coreia desempenhou um papel decisivo na vitória final.

Em 26 de junho, um dia após o início da guerra, o Comitê Político do Comitê Central do PTC organizou a Comissão Militar da RPDC, chefiada por Kim Il Sung, e concentrou nela toda a autoridade estatal e militar. E decidiu reorganizar todo o país em uma base de guerra e mobilizar todos os recursos humanos e materiais para a vitória na guerra.

Em 27 de junho, o Comitê Político adotou uma carta do Comitê Central do PTC dirigida a todas as suas organizações e membros, e uma conferência conjunta dos presidentes dos comitês provinciais do PTC, do Partido Democrático e do Partido Chondoísta Chongu enfatizou a necessidade de consolidar sua frente unida e mobilizar amplas seções do povo para a luta pela vitória na guerra.

De acordo com isso, as organizações do PTC, os órgãos de poder e as organizações sociais em todos os níveis foram reformados conforme as circunstâncias da guerra, o sistema de comando do EPC foi reorganizado para atender às condições da guerra, e veteranos revolucionários antijaponeses e destacados membros do Partido foram enviados ao EPC.

Pouco tempo depois do início da guerra, cerca de 800 000 jovens se voluntariaram para a frente, e grandes fábricas organizaram regimentos de trabalhadores para enviá-los à frente.

Como presidente do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, primeiro-ministro do Gabinete da RPDC, presidente da Comissão Militar da RPDC e comandante supremo do Exército Popular da Coreia, Kim Il Sung liderou o povo coreano a uma brilhante vitória, enfrentando inúmeras provações e dificuldades.

Francisco da Costa Gomes, ex-presidente de Portugal, disse certa vez: Os planos operacionais dos Estados Unidos foram concluídos por meio de várias rodadas de discussão entre dezenas de generais, incluindo chefes de Estado-Maior e especialistas militares dos países ocidentais que apoiavam os Estados Unidos. Mas o presidente Kim Il Sung frustrou tudo isso sozinho. Ao testemunhar isso com meus próprios olhos, percebi que ele era o maior estrategista e comandante militar que o mundo já havia visto.

Assim que recebeu o relatório sobre o início da guerra, Kim Il Sung apresentou tarefas detalhadas para uma estratégia de contraofensiva, dizendo:

Devemos enviar rapidamente as principais unidades do exército para a frente para formar forças de contraofensiva e desferir um golpe poderoso ao inimigo, demonstrando assim o verdadeiro espírito dos coreanos. Nossa política estratégica para a fase atual deve ser passar imediatamente à contraofensiva, aniquilar o inimigo com movimentos rápidos e golpes sucessivos antes que os imperialistas estadunidenses lancem suas enormes forças na frente coreana e implantar unidades do Exército Popular de forma móvel para impedir o desembarque dos reforços dos imperialistas estadunidenses.

Essa estratégia era científica porque se baseava em um cálculo preciso do balanço de forças entre a RPDC e o inimigo e em uma observação perspicaz dos movimentos do inimigo e de seus pontos fracos.

Os Estados Unidos levariam pelo menos um mês para transportar grandes forças a partir do próprio território e mais de uma semana para enviar quatro divisões de seu 8º Exército estacionado no Japão. Além disso, eles não entendiam a importância da superioridade política, ideológica e moral de um exército.

No período inicial da guerra, o EPC, aproveitando esses pontos fracos do inimigo e explorando plenamente sua superioridade política, ideológica, estratégica e tática, conseguiu construir uma poderosa capacidade de ataque concentrando suas forças na frente e derrotar a força principal do inimigo, passando assim à contraofensiva antes que os Estados Unidos trouxessem reforços.

Kim Il Sung apresentou tarefas específicas para implementar a estratégia de contraofensiva.

Sua política estratégica previa três operações: a primeira operação consistia em tomar Seul em três dias e avançar para Suwon dentro de dois dias após frustrar o ataque surpresa do inimigo e passar à contraofensiva; a segunda operação consistia em avançar até Taejon em oito a dez dias; e a terceira operação consistia em passar rapidamente à defesa costeira após libertar Taegu e avançar até a costa, impedindo o desembarque das enormes forças dos invasores estadunidenses.

Ele disse que um método eficaz para o sucesso dessa política eram ofensivas sucessivas.

Conforme ordenado por Kim Il Sung, o EPC passou imediatamente a uma contraofensiva decisiva ao longo de toda a frente, desorganizando a formação de ataque do inimigo na linha de 1 a 2 km. O inimigo, que havia dito que terminaria a guerra em três dias, começou a recuar.

Para o inimigo, foi um choque repentino que o EPC, após deter seu ataque surpresa, passasse a uma contraofensiva decisiva em toda a frente em apenas 90 minutos.

O ataque contundente e vigoroso das unidades do EPC convergiu sobre Seul a partir de três direções.

O inimigo estava à beira do colapso total.

Finalmente, Seul caiu às 11h30 de 28 de junho.

Aproveitando esse sucesso milagroso, o heroico EPC libertou 90% do território sob controle do inimigo e mais de 92% de sua população em pouco mais de um mês.

Durante os três dias de contraofensiva, o EPC matou ou capturou cerca de 60 000 soldados inimigos, capturou mais de 43 000 armas leves e danificou mais de 1 400 caminhões, 142 canhões de vários calibres, aviões, embarcações e muitos outros equipamentos de combate.

O inimigo lamentou que mais da metade de suas tropas havia sido morta, ferida ou capturada em três dias antes da queda de Seul, e o quartel-general do exército pôde confirmar apenas 22 000 soldados no registro militar, que continha cerca de 98 000.

O sucesso do EPC não ocorreu porque ele fosse superior ao inimigo em número de tropas e equipamentos de combate.

Como o inimigo reconheceu, o exército da RC tinha 100 000 soldados, equipado com armas estadunidenses e treinado pelo Grupo de Assessoria Militar dos Estados Unidos, e a força aérea e a marinha dos EUA estavam encarregadas das operações aérea e naval. O inimigo perdeu três quartos de suas tropas quatro dias após o início da guerra, e sua força principal não apenas foi derrotada, mas entrou em colapso.

Essa foi uma vitória brilhante para a estratégia original de contraofensiva de Kim Il Sung, operações audazes com Seul como direção principal de ataque e táticas jucheanas, combinando operações de grandes e pequenas unidades.

O EPC obteve um sucesso milagroso no mar, bem como em terra. Os quatro barcos-torpedeiros da Marinha do EPC derrotaram uma flotilha estadunidense no Mar Leste da Coreia.

No início de julho de 1950, a mídia mundial, que acompanhava os acontecimentos na frente coreana, publicou artigos e comentários de especialistas militares sobre a batalha no mar ao largo de Jumunjin.

Os Barcos-Torpedeiros da Marinha do EPC Afundaram o Cruzador Pesado da Marinha dos EUA!

Os Barcos-Torpedeiros da Marinha do EPC Afundaram o Cruzador Pesado dos EUA: Um Milagre, Não Uma Batalha.

A Marinha do EPC afundou o cruzador pesado Baltimore e danificou um cruzador leve da 7ª Frota da Marinha dos EUA com quatro barcos-torpedeiros. Isso pode ser descrito como um touro sendo picado por uma abelha e derrubado em uma briga. É um milagre nunca antes testemunhado na história mundial da guerra naval.

Essa notícia causou sensação no mundo.

Foi na noite de 29 de junho de 1950, um dia após a queda de Seul, que Kim Il Sung recebeu um relatório de que uma flotilha estadunidense que havia entrado no Mar Leste da Coreia estava bombardeando unidades do EPC em seu avanço para o sul, bem como cidades e vilas pacíficas.

Ele disse ao comandante da Marinha que essa flotilha não deveria ser deixada agir livremente, enfatizando que seu cruzador pesado e outros navios de guerra deveriam ser destruídos a qualquer custo. Em seguida, deu ordem de enviar o 2º Grupo de Barcos-Torpedeiros para destruir a flotilha.

O comandante ficou surpreso. Na verdade, ao saber que a flotilha inimiga havia se deslocado para a costa leste e estava realizando ações de combate, ele pensava em algumas contramedidas, como colocar minas e implantar artilharia costeira. As contramedidas eram orientadas apenas à defesa, longe de um ataque direto.

A razão era que, exceto o 2º Grupo de Barcos-Torpedeiros, composto por cinco embarcações, não havia mais navios de combate disponíveis.

Para piorar, uma das cinco embarcações estava em reparo, o que significava que apenas quatro estavam disponíveis.

A flotilha inimiga era composta por um cruzador pesado de 17 300 toneladas, um cruzador leve de 14 000 toneladas e um destróier de 3 500 toneladas; seu equipamento incluía 170 canhões de vários calibres, incluindo canhões de 203 mm, além de aviões, vários lançadores de torpedos, e sua tripulação total ultrapassava 3 500 homens.

Em particular, o cruzador pesado Baltimore, apelidado de “ilha flutuante”, tinha 205 metros de comprimento, transportava mais de 1 700 homens, 69 canhões de vários calibres e aviões.

Em contraste, cada barco-torpedeiro do 2º Grupo, com 21 metros de comprimento e 17 toneladas, estava equipado com dois torpedos e uma metralhadora antiaérea de 12,7 mm, e a tripulação de cada barco tinha cerca de 30 homens.

As probabilidades eram extremamente desfavoráveis ao EPC.

Kim Il Sung disse ao comandante da Marinha: Se formos atacar uma embarcação tão grande quanto um cruzador pesado com barcos-torpedeiros, precisamos aplicar táticas de combate aproximado. Como um cruzador pesado tem o convés alto, ele não pode disparar contra barcos-torpedeiros a curta distância.

Quando seus barcos-torpedeiros partiram em busca da flotilha estadunidense, os marinheiros da Marinha do EPC estavam confiantes de que venceriam se lutassem aplicando as táticas de guerrilha indicadas por seu Comandante Supremo.

A batalha naval ocorreu no mar ao largo de Jumunjin. Atingido por três torpedos, o gigantesco Baltimore começou logo a afundar envolto em chamas.

Às 09h10 de 2 de julho de 1950, quatro horas após o início da batalha, o arrogante cruzador pesado deixou de existir no Mar Leste da Coreia, o USS Baltimore, que havia reinado livremente no Pacífico e no Atlântico quase sem contestação.

Os pilotos da força aérea do EPC realizaram feitos heroicos.

Durante a Guerra do Pacífico, os pilotos kamikaze japoneses, que teriam demonstrado a bravura de seu exército, tentaram atingir os bombardeiros B-29 dos EUA, mas não conseguiram chegar perto deles e foram abatidos pelo poderoso poder de fogo desses aviões; depois disso, ficavam aterrorizados apenas ao ouvir o nome dessas aeronaves, muitas vezes chamadas de “fortaleza voadora”.

No entanto, quinze dias após o início da guerra, os corajosos pilotos coreanos derrubaram um B-29 e um F-80, frustrando a “superioridade aérea” do inimigo.

Além disso, em 4 de julho de 1950, o EPC destruiu um destacamento avançado da “invencível” 24ª Divisão dos EUA na área de Osan em apenas duas horas.

Em 20 de julho do mesmo ano, lançou uma ofensiva geral para tomar Taejon, destruindo a 24ª Divisão de Infantaria dos EUA, as 1ª e 7ª divisões do exército da RC, matando ou capturando dezenas de milhares de soldados inimigos, incluindo o comandante Dean da referida divisão estadunidense, e destruindo ou capturando grande número de tanques, caminhões, centenas de canhões de vários calibres, dezenas de milhares de armas leves e muitos outros equipamentos de combate e técnicos.

Ao conquistar uma vitória brilhante na área de Taejon, o EPC destruiu o mito da "supremacia” do imperialismo estadunidense.

Embora a guerra fosse árdua, o povo coreano demonstrou ao mundo, por meio de heroísmo coletivo, que não era mais o povo miserável de um país colonial.

Em 13 de julho de 1950, o PTC adotou medidas para admitir em suas fileiras soldados que se destacaram em combate.

Como resultado, as fileiras do Partido no EPC cresceram rapidamente, e os soldados demonstraram maior nível de bravura e espírito de sacrifício nas batalhas.

Por exemplo, um soldado abriu o caminho de avanço para sua unidade após deixar as palavras: “Chamem-me de membro do Partido do Trabalho da Coreia!”

No entanto, o caminho para a vitória era longo e cheio de dificuldades.

Ao entrar em setembro de 1950, uma situação séria surgiu na frente.

Os Estados Unidos, tendo sofrido uma derrota após outra nas batalhas, tentaram lançar uma “ofensiva geral” na linha do rio Raktong, ao mesmo tempo em que tramavam desembarcar grandes tropas em Inchon.

Essas operações envolveram mais de 280 000 soldados, 4 700 canhões, 970 tanques, 1 800 aviões e 300 navios de guerra.

Com profundo discernimento sobre a situação vigente, Kim Il Sung apresentou uma política estratégica para a segunda etapa da guerra: atrasar ao máximo o avanço do inimigo para ganhar tempo, salvando assim a força principal do EPC e organizando unidades de reserva com as quais formar forças poderosas de contraofensiva, enquanto organizava uma retirada planejada.

A primeira etapa para implementar essa política foi a batalha para defender a Ilha Wolmi como um meio de lidar com as operações de desembarque do inimigo em Inchon. Para essas operações, os imperialistas estadunidenses mobilizaram mais de 50 000 soldados, centenas de navios de guerra e cerca de 1 000 aviões.

Os defensores da Ilha Wolmi, afundando ou danificando 13 navios inimigos, incluindo três destróieres, durante três dias entre 13 e 15 de setembro, impediram o desembarque do inimigo, dando assim tempo às unidades do EPC que defendiam as áreas de Inchon e Seul e fazendo grande contribuição às operações gerais de defesa na região.

As unidades que defendiam as áreas de Inchon e Seul resistiram por 14 dias, assegurando a retirada organizada das unidades principais do EPC.

Mais tarde, a AP relatou que era um mistério como o Exército Popular da Coreia no sul da frente havia escapado das forças da ONU que os perseguiam, e que pareciam ter desaparecido no ar quase da noite para o dia.

As ofensivas frenéticas das forças estadunidenses não conseguiram impedir a retirada organizada das unidades do EPC e do povo. O EPC rapidamente formou forças de contraofensiva e passou à contraofensiva no fim de outubro de 1950, o que marcou uma nova etapa da guerra.

Desse modo, unidades combinadas do EPC nas áreas de ataque principal realizaram feitos notáveis em três ou quatro dias, cercando e destruindo o 1º e o 9º corpos do 8º Exército dos EUA, o 2º Corpo do exército da RC e a brigada turca nas partes altas dos rios Chongchon e Taedong, empurrando as forças principais do inimigo no setor oeste da frente para o colapso total. Wilton Walker, comandante do 8º Exército dos EUA, foi morto por um grupo de assalto de seis homens liderado por um jovem comandante de pelotão do EPC, e outros comandantes estadunidenses ganharam a fama notória de generais sem soldados.

Apesar da difícil situação de guerra, o PTC adotou medidas para estabilizar a vida do povo, que havia se deteriorado devido aos pesados bombardeios e saques dos imperialistas estadunidenses.

De acordo com as decisões do Comitê Político do Comitê Central do PTC, datadas de 21 de janeiro e 19 de março de 1951, comitês de auxílio às vítimas da guerra foram organizados primeiro na capital, províncias, cidades e condados, e depois nas aldeias rurais, para fornecer alimentos, roupas e outras necessidades diárias aos camponeses pobres e vítimas da guerra, bem como necessidades diárias aos trabalhadores de fábricas e escritórios.

Assistência estatal e social às famílias dos mártires patrióticos e soldados foi organizada, escolas para ex-soldados inválidos de classe especial e jardins de infância e escolas primárias para órfãos foram construídos, e decisões para a educação em tempo de guerra foram adotadas.

Essas medidas na retaguarda encorajaram os soldados a ampliar seus sucessos.

No início de novembro de 1951, a Quarta Reunião Plenária do Comitê Central do PTC apresentou a tarefa de expandir e consolidar o PTC como um partido de massas em conformidade com a situação vigente no país.

Em janeiro de 1952, como parte de uma medida para implementar as decisões da reunião plenária, o PTC revisou as normas de aumento de filiados nas novas Regras do Partido conforme as demandas reais e admitiu centenas de milhares de pessoas exemplares, que demonstraram entusiasmo patriótico e devoção na frente e na retaguarda. Mais de 140 000 excelentes soldados foram admitidos no PTC em um curto espaço de tempo.

Um ano após a reunião plenária, o PTC tornou-se um poderoso partido de massas com mais de um milhão de membros e 48 933 organizações primárias.

Em uma tentativa de recuperar-se da derrota política e militar na frente coreana, os imperialistas estadunidenses tentaram lançar uma grande ofensiva militar.

Eisenhower, eleito presidente dos EUA em dezembro de 1952, disse que ações eram uma opção melhor que negociações, impulsionando os preparativos para uma Nova Ofensiva, que visava cercar e aniquilar as forças principais do EPC, separando sua frente de sua retaguarda por meio de grandes operações de desembarque nas costas leste e oeste.

Para lidar com essa situação complicada, o PTC consolidou suas fileiras organizacional e ideologicamente e tomou medidas para adiantar a vitória final na guerra.

Na Quinta Reunião Plenária do Comitê Central do PTC, realizada no então Teatro Subterrâneo de Moranbong, em Pyongyang, em dezembro de 1952, Kim Il Sung fez um relatório intitulado "A Consolidação Organizacional e Ideológica do Partido é a Base de Nossa Vitória".

Após a reunião plenária, as organizações do Partido em todos os níveis conduziram o trabalho de discutir os documentos da reunião em uma atmosfera política e ideológica elevada, onde uma forte luta ideológica foi travada contra todos os tipos de práticas antipartido e não partidárias, como faccionalismo e liberalismo.

No curso das discussões realizadas na tensa situação da frente, o espírito partidista dos membros do PTC foi grandemente elevado e sua eficiência de combate foi ainda mais consolidada.

A carta de janeiro de 1953 do Comitê Central do PTC a todas as suas organizações e membros convocou-os, assim como o povo, a fazer preparativos completos para desferir um golpe mortal nos agressores e, caso ousassem lançar outra aventura militar, a levantar-se como um só na luta decisiva para frustrá-la e finalmente expulsar os imperialistas estadunidenses do país.

Fieis à carta, o povo e os soldados do EPC, liderados pelos membros do Partido, fizeram preparativos completos.

A batalha da Altura T no fim de janeiro de 1953 foi o prelúdio da Nova Ofensiva dos imperialistas estadunidenses. Anunciando-a como uma “batalha modelo”, eles mobilizaram três divisões e grandes quantidades de equipamentos militares.

Confiando nos túneis reforçados e apoiados pelas unidades de artilharia que haviam se movido rapidamente da retaguarda por ordem do Quartel-General Supremo do EPC, os soldados repeliram os ataques em ondas do inimigo, fazendo os imperialistas estadunidenses abandonarem a Nova Ofensiva.

Ao lançar três poderosas ofensivas entre maio e o fim de julho de 1953, as unidades do EPC aniquilaram enormes forças inimigas em várias regiões e tomaram uma área de 343 km².

Essas ofensivas provaram que o EPC era decisivamente superior ao inimigo e mostraram que o inimigo sofreria perdas ainda maiores caso insistisse na guerra agressiva por trás do véu das negociações de cessar-fogo.

Os imperialistas estadunidenses assinaram o Acordo de Armistício às 10h do dia 27 de julho de 1953, em Panmunjom.

A Guerra de Libertação da Pátria de três anos terminou em vitória para o povo coreano.

Durante todos os dias da guerra, o PTC, sob a liderança de Kim Il Sung, fortaleceu suas fileiras, aumentou sua eficiência de combate e organizou e orientou adequadamente todo o povo e os soldados. Também consolidou e desenvolveu o EPC em forças armadas revolucionárias invencíveis, aplicou habilmente estratégias e táticas militares jucheanas, reforçou a retaguarda e fortaleceu a solidariedade com os povos revolucionários do mundo.

O povo e os soldados coreanos, infinitamente leais ao PTC e ao líder, demonstraram plenamente coragem incomparável, espírito de sacrifício e heroísmo coletivo.

A mídia estrangeira prestou homenagem ao PTC, que liderou o povo coreano a derrotar os Estados Unidos, que se vangloriavam de ser os “mais fortes” do mundo, pela primeira vez na história, escrevendo no seguinte tom: A coragem incomparável, o espírito de sacrifício e o heroísmo demonstrados pelo povo e soldados coreanos produziram um milagre. Firmemente unidos, criaram um conto lendário do século 20 ao derrotar o gigantesco EUA com armas inferiores.

8. Montando o Lendário Chollima

Sua vitória na Guerra de Libertação da Pátria de três anos rendeu à RPDC e ao seu povo a reputação invejável de ser a Coreia heroica, um povo heroico que destruiu o mito da “supremacia” dos imperialistas estadunidenses pela primeira vez na história.

No entanto, tudo no país estava devastado pelos bombardeios dos imperialistas estadunidenses, as regiões urbanas e industriais haviam sido arrasadas e as terras cultiváveis estavam repletas de crateras de bombas.

Por exemplo, mais de 50 000 edifícios industriais, 2,07 milhões de casas, 28 632 escolas, 4 534 hospitais, clínicas e outras instalações médicas, 579 edifícios de institutos de pesquisa e 8 163 edifícios de instituições culturais e editoriais foram destruídos.

Com seu país literalmente reduzido a cinzas, o povo coreano teve de começar tudo do zero.

Definir a direção e as etapas da reabilitação pós-guerra e do desenvolvimento da economia nacional era uma tarefa urgente para o PTC.

Nesse contexto, realizou-se em agosto de 1953 a Sexta Reunião Plenária do Comitê Central do PTC.

Nessa reunião, Kim Il Sung fez um relatório intitulado "Tudo para a Reabilitação Pós-Guerra e o Desenvolvimento da Economia Nacional".

Dado que a economia nacional havia sido destruída a tal ponto que era impossível recuperar todos os seus setores ao mesmo tempo, a reunião adotou uma decisão de realizar a reabilitação pós-guerra em três etapas.

A primeira etapa era fazer preparações e ajustes para a reconstrução geral da economia nacional arruinada em seis meses a um ano; a segunda etapa, restaurar o nível de produção pré-guerra em todos os setores da economia nacional cumprindo o plano trienal; e a terceira etapa, lançar as bases para alcançar a industrialização socialista implementando o plano quinquenal.

Prosseguir com a revolução socialista e a construção socialista em grande escala no período pós-guerra era uma exigência urgente à luz da situação socioeconômica do país e das condições de vida de seu povo.

Após conquistar sua libertação nacional, o povo coreano realizou as tarefas da revolução democrática anti-imperialista e antifeudal por meio da nacionalização das principais indústrias, reforma agrária e outras revoluções sociais. Estavam às portas da revolução socialista quando os imperialistas estadunidenses desencadearam uma guerra contra seu país.

Como a guerra reduziu o país a ruínas e empobreceu o povo, uma transição gradual ao socialismo era uma exigência inevitável do desenvolvimento social e econômico do país e era também urgentemente necessária para fortalecer politicamente, economicamente e militarmente o país.

A reunião plenária definiu a linha básica da construção econômica pós-guerra: reabilitar e desenvolver a indústria pesada com prioridade, ao mesmo tempo em que se desenvolvem a indústria leve e a agricultura.

Essa era uma linha original de construção econômica que incorporava a posição baseada no Juche do PTC.

Era considerado um fato consumado desenvolver primeiro a indústria leve e acumular fundos antes de construir a indústria pesada, ou priorizar a indústria pesada por certo período e só depois desenvolver a indústria leve.

No entanto, partindo da realidade da situação específica do país, o PTC encontrou a solução mais razoável para o problema da correlação entre o estabelecimento das bases econômicas e a melhoria das condições de vida do povo. Ao fazer isso, não se restringiu às teorias estabelecidas e à experiência estrangeira.

Ao implementar a linha básica da construção econômica pós-guerra, enfatizou que seus membros fortalecessem seu espírito partidista e desempenhassem o papel de vanguarda na promoção do trabalho de reabilitação.

Também adotou medidas necessárias para garantir que todos os estabelecimentos industriais dessem prioridade à produção e ao fornecimento de materiais necessários ao trabalho de reabilitação, e para restaurar o quanto antes a economia rural danificada. Cuidou para que excelentes funcionários dos órgãos do Partido e do poder, organizações sociais e instituições econômicas fossem às fábricas e empresas e adotassem medidas para recuperar os danos sofridos por elas segundo um plano e para construir casas para os trabalhadores e funcionários.

Os soldados e o povo no país deram pleno uso ao seu espírito revolucionário de autoconfiança e devoção patriótica, com o resultado de que a Siderúrgica de Kangson e muitos outros estabelecimentos industriais foram parcialmente reabilitados e iniciaram operações apenas duas semanas após o fim da guerra, e as principais linhas ferroviárias de passageiros foram reabertas uma semana depois.

Desse modo, o povo concluiu as tarefas de preparação para o trabalho de reabilitação pós-guerra em cinco meses e, em 1954, começou a implementar o Plano Trienal de Economia Nacional.

Naqueles dias, os faccionalistas, adoradores das grandes potências e dogmáticos, que consideravam as teorias estabelecidas e a experiência estrangeira como absolutas, propunham teorias desconectadas da situação vigente no país e de suas condições específicas.

Eles assim criavam obstáculos ao avanço do povo.

Em abril de 1955, com o objetivo de incutir no povo confiança no socialismo e impulsionar a revolução e a construção socialistas em grande escala, Kim Il Sung tornou públicas suas teses sobre o caráter e as tarefas da revolução coreana em uma reunião plenária do Comitê Central do PTC.

Nas teses, ele fez uma análise científica do desenvolvimento da revolução coreana e da situação do país após o fim da guerra, e esclareceu o caráter da revolução e a tarefa básica para ela.

Ele enfatizou que a tarefa básica do PTC na fase atual de transição ao socialismo era lançar as bases do socialismo com base nas conquistas alcançadas na luta pela reabilitação pós-guerra e pelo desenvolvimento da economia, consolidando a aliança operário-camponesa.

A Primeira Conferência de Trabalhadores Ideológicos do PTC, realizada em dezembro de 1955, estabeleceu um marco nos esforços para estabelecer a orientação do Juche.

Nessa conferência, Kim Il Sung fez um discurso histórico intitulado "Sobre Eliminar o Dogmatismo e o Formalismo e Estabelecer a Orientação do Juche no Trabalho Ideológico".

Em seu discurso, ele esclareceu os princípios que deveriam ser observados ao estabelecer a orientação do Juche no trabalho ideológico e disse:

O que é a orientação do Juche no trabalho ideológico de nosso Partido? O que estamos fazendo? Não estamos engajados na revolução de nenhum outro país, mas unicamente na revolução coreana. Isso, a revolução coreana, determina a essência da orientação do Juche no trabalho ideológico de nosso Partido. Portanto, todo o trabalho ideológico deve ser subordinado aos interesses da revolução coreana.

Com esta conferência como impulso, o Partido do Trabalho da Coreia aplicou os princípios de independência na política, autossuficiência na economia e autodefesa na defesa nacional, ao mesmo tempo em que priorizava o esforço de estabelecer a orientação Juche no campo da ideologia. Antes de tudo, concentrou-se em superar uma tendência bajulatória de ceder à pressão dos chauvinistas das grandes potências e revisionistas, formulando suas linhas e políticas de acordo com as condições reais do país e as aspirações e exigências do povo, e encorajando o povo a implementá-las com seus próprios esforços.

À medida que o Partido do Trabalho da Coreia estabeleceu o princípio de independência na revolução e na construção, formulou suas linhas e políticas de acordo com sua convicção e as implementou sem buscar ajuda de outros países, a construção socialista ao estilo coreano avançou de maneira dinâmica.

Graças aos esforços vigorosos feitos pelo povo coreano sob a orientação do Partido do Trabalho da Coreia após o fim da guerra devastadora, o Plano Trienal da Economia Nacional foi cumprido em dois anos e oito meses.

Em 1956, o valor total da produção industrial cresceu 1,8 vez em comparação a 1949, o ano anterior ao início da guerra, e a produção de grãos ultrapassou o nível pré-guerra, removendo assim virtualmente o caráter colonial deformado da indústria, lançando as bases da economia nacional independente e consolidando a posição dominante da forma socialista de economia.

Com base nesses sucessos, o Partido do Trabalho da Coreia instigou o povo à luta pela implementação do Plano Quinquenal para o Desenvolvimento da Economia Nacional.

O povo teve de superar uma série de dificuldades em seu esforço para implementar o plano.

O plano exigia um grande investimento e técnicas avançadas, mas naquela época o país carecia de matérias-primas e fundos e estava atrasado em técnicas, e o nível de vida do povo estava abaixo do nível pré-guerra. Diante dessas dificuldades, aqueles imbuídos de adoração pelas grandes potências, conservadorismo e passivismo afirmavam que a velocidade do avanço deveria ser reduzida e propunham pedir ajuda a outros países.

Para piorar as coisas, o alarido anticomunista dos imperialistas e de outras forças reacionárias internacionais estava em fúria, e os chauvinistas das grandes potências criaram querelas com o plano, dizendo que fora formulado sem um estudo detalhado de sua viabilidade.

Para enfrentar essas dificuldades, o Partido do Trabalho da Coreia decidiu provocar um ascenso na construção socialista apoiando-se nas massas populares.

A reunião plenária do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, realizada em dezembro de 1956, discutiu o plano econômico nacional para 1957, o primeiro ano do Plano Quinquenal, e as formas de implementá-lo.

Após avançar uma política revolucionária de provocar um grande ascenso na construção socialista na reunião plenária, Kim Il Sung visitou a Siderúrgica de Kangson. Ele se reuniu com seus funcionários diretivos e trabalhadores-modelo e proferiu um discurso intitulado “Exploremos ao máximo as reservas internas e produzamos mais aço”.

No discurso, ele delineou o espírito principal da reunião plenária de dezembro do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, as enormes tarefas do Plano Quinquenal, as situações no país e no exterior e os desafios e dificuldades que surgiram na implementação do plano econômico nacional para o ano seguinte, antes de dizer:

Nosso Partido confia na classe trabalhadora, a força principal da revolução, e deposita suas esperanças em vocês. Se vocês produzirem 10 000 toneladas a mais de aço no próximo ano do que o planejado, a situação no país irá melhorar. A solução do grave problema de aço da nação depende inteiramente de como os trabalhadores desta siderúrgica irão trabalhar. Vocês devem fazer o máximo para resolver esse problema, esmagando o passivismo e o conservadorismo que impedem nosso avanço.

Concluindo seu discurso, ele conclamou os trabalhadores da siderúrgica a erguerem mais alto a tocha do movimento de inovação coletiva, em conformidade com as decisões da reunião plenária do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia.

Erguendo alto o slogan “Avancemos à velocidade de Chollima!”, o povo provocou naquele ano um grande ascenso revolucionário na construção socialista, cumprindo assim as tarefas do primeiro ano do Plano Quinquenal: a Siderúrgica de Kangson aproveitou ativamente as reservas internas, aumentou ao máximo a taxa de uso dos equipamentos de produção e superou o passivismo, o conservadorismo e a tendência de considerar a tecnologia como algo misterioso, realizando assim o milagre de produzir 120 000 toneladas de tarugos de aço com um laminador de capacidade anual de 60 000 toneladas; a Siderúrgica Kim Chaek produziu 270 000 toneladas de ferro-gusa com equipamentos cuja capacidade nominal era de 190 000 toneladas anuais; a Siderúrgica de Hwanghae construiu um grande alto-forno em menos de um ano, confiando em seus próprios esforços e tecnologia; apesar de uma seca de três meses, os camponeses colheram uma safra abundante.

Eles também frustraram os alaridos anticomunistas e de “marchar para o norte” pelos EUA e outras forças hostis.

Esse sucesso contribuiu para elevar a autoridade e o prestígio do Partido do Trabalho da Coreia e fortalecer sua unidade com as massas populares, acelerando a construção socialista em velocidade exponencial e promovendo assim o trabalho de lançar as bases para alcançar a industrialização socialista do país.

Isso deu origem a um grande ascenso na construção socialista e ao Movimento Chollima. O movimento, que começou tendo como impulso a reunião plenária acima mencionada, foi um brilhante fruto da sábia orientação do Partido do Trabalho da Coreia e uma personificação de seu método tradicional de trabalhar entre as massas e do espírito revolucionário de autoconfiança e fortaleza.

O movimento envolveu milhões de trabalhadores na eliminação de todas as coisas ultrapassadas e na realização de inovações contínuas em todos os domínios econômicos, culturais, ideológicos e morais, aumentando enormemente a velocidade da construção socialista.

“Um por todos e todos por um!” — este slogan simbolizava o Movimento das Brigadas de Trabalho Chollima, que varreu todo o país. Nas chamas desse movimento de ajuda e cooperação mútua — os avançados ajudando os atrasados e estes últimos se esforçando para alcançar os primeiros — a reorganização cooperativa da economia rural e a transformação socialista do comércio e da indústria privados foram realizadas com êxito.

O povo coreano construiu até mesmo equipamentos como caminhão, trator, bulldozer, escavadeira e torno de oito metros, que naqueles dias eram chamados de conjuntos da indústria.

O país, que fora famoso como a Coreia heroica nos anos 1950 por derrotar os imperialistas estadunidenses, conquistou nos anos 1960 a reputação de ser a Coreia Chollima.

O método de direção das massas do Partido do Trabalho da Coreia provou sua validade na prática, com o povo executando o Plano Quinquenal em dois anos e meio no espírito de montar o cavalo lendário Chollima.

O valor total da produção industrial em 1960 aumentou 3,5 vezes e a produção de grãos 1,3 vez em comparação a 1956, e a indústria respondeu por 71% do valor total da produção do país, com o resultado de que o país se transformou em um Estado socialista industrial-agrícola, com relações de produção socialistas e sólidas bases de uma economia nacional autossustentada.

O Partido do Trabalho da Coreia garantiu a realização da Conferência Nacional de Mobilização Geral da Juventude, na qual conclamou os jovens a desempenharem o papel de vanguarda e brigada de choque para provocar um grande ascenso na construção socialista, e da Segunda Reunião Nacional das Vanguardas do Movimento das Brigadas de Trabalho Chollima, realizada para impulsionar o Movimento das Brigadas de Trabalho Chollima.

Posteriormente, as chamas do ascenso revolucionário se espalharam por todo o país.

O Partido do Trabalho da Coreia levou adiante os esforços para cumprir as tarefas da industrialização socialista acompanhando o novo ascenso revolucionário.

Na Reunião Ampliada da 20ª Sessão Plenária de seu Quarto Comitê Central, realizada em dezembro de 1969, o Partido do Trabalho da Coreia discutiu as tarefas da etapa final dos esforços para implementar o Plano de Sete Anos e fez um apelo ao povo para cumprir o Plano de Sete Anos em homenagem ao seu Quinto Congresso.

Fieis ao apelo, todos os membros do Partido e outros trabalhadores realizaram uma inovação miraculosa após outra em todos os setores da economia nacional; no curso disso, uma nova velocidade Chollima, o espírito de Chongsanri e o método de Chongsanri foram criados e difundidos.

O Plano de Sete Anos foi cumprido com mérito nas chamas do novo ascenso revolucionário. Nesse período, embora esforços adicionais fossem direcionados à construção das defesas do país, a produção industrial aumentou em média 12,8% ao ano, e o valor total da produção industrial cresceu 11,6 vezes em 1970 em comparação a 1956, com um aumento de 13,3 vezes na produção de meios de produção e de 9,3 vezes em bens de consumo. Isso significou que, no valor total da produção industrial e agrícola, a participação da produção industrial, que era de 34% em 1956, alcançou 74% em 1969.

A indústria pesada alcançou rápido progresso, equipando-se com os ramos-chave necessários, cujo núcleo era a poderosa indústria de construção de máquinas. No setor da indústria leve, muitas fábricas modernas foram construídas para atender à demanda interna de bens de consumo. Como a reconstrução técnica abrangente foi promovida com base na indústria pesada, todos os setores da economia nacional foram definitivamente equipados com tecnologia moderna. A mecanização da produção industrial foi impulsionada a todo vapor, com algumas linhas sendo automatizadas.

No setor da economia rural, a irrigação e a eletrificação foram realizadas, e avanços foram feitos na mecanização e na quimização.

Como a industrialização socialista foi alcançada em apenas 14 anos, a República Popular Democrática da Coreia tornou-se um Estado socialista industrial, com indústria moderna autossustentada e economia rural desenvolvida, e foram estabelecidas sólidas bases materiais e tecnológicas para o socialismo.

9. Implementando a Política de Promover Simultaneamente a Construção Econômica e o Reforço da Defesa

Ao longo de dezenas de anos desde sua fundação, o Partido do Trabalho da Coreia, com base em suas repetidas e científicas análises da situação na região da Ásia-Pacífico, construiu capacidades de defesa autossustentadas, coroadas pelo desenvolvimento bem-sucedido do poderoso dissuasor nuclear, frustrando assim, a cada passo, as tramas dos inimigos para a guerra e mantendo a paz e a segurança na Península Coreana e no resto do mundo.

No curso disso, o país aumentou notavelmente sua força militar.

Como a Península Coreana, um dos pontos mais quentes do mundo, tem sido exposta, século após século, a constantes ameaças de uma guerra nuclear que poderia eclodir a qualquer momento devido aos incessantes movimentos das forças hostis para iniciar outra guerra, tem sido um dos problemas mais urgentes na preservação da paz e segurança globais prevenir a guerra e defender a paz na península.

Para lidar com essa rigorosa situação, o Partido do Trabalho da Coreia levou adiante um esforço sistemático para elevar as capacidades de defesa autossustentadas do país tanto em qualidade quanto em quantidade.

A indústria de defesa do país está prontamente fabricando equipamentos militares de ponta ao estilo coreano, pondo fim à história de agressão e ameaça nuclear dos imperialistas estadunidenses.

Como mencionado acima, os imperialistas estadunidenses iniciaram uma guerra contra a nova Coreia em 25 de junho de 1950, lançando enormes forças agressoras na frente coreana.

Em uma tentativa de compensar suas repetidas derrotas na luta contra o povo coreano, que resistiu de forma destemida unido firmemente em torno do Partido do Trabalho da Coreia, chegaram ao extremo de tentar usar armas nucleares na Coreia.

Seu complô, porém, não pôde se concretizar, pois foi fortemente denunciado por muitos países amantes da paz em todo o mundo. Ao longo das décadas desde a guerra, eles, tomando como fato consumado o uso de armas nucleares contra a República Popular Democrática da Coreia, submeteram o país a constante ameaça e chantagem nuclear.

A partir da preciosa lição extraída da guerra, o Partido do Trabalho da Coreia fez esforços contínuos para aumentar as capacidades de defesa do país, a fim de proteger a pátria e o povo contra os incessantes planos dos imperialistas estadunidenses para uma nova guerra.

O primeiro marco decisivo nesse empreendimento ocorreu com a Quinta Reunião Plenária do Quarto Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, realizada na primeira metade dos anos 1960.

Naqueles dias, o país foi lançado em uma situação ainda mais tensa devido aos movimentos dos imperialistas estadunidenses para outra guerra.

De acordo com sua nova estratégia de enfrentamento de guerra nuclear, “guerra local” e “guerra especial”, os Estados Unidos aceleraram os preparativos para a guerra e se mostraram cada vez mais escancarados em tentar engolir países pequenos um por um.

Um exemplo típico é a Crise dos Mísseis de Cuba, provocada pelos imperialistas estadunidenses em outubro de 1962.

Eles também implantaram grande quantidade de armamentos de última geração na República da Coreia, em uma tentativa de iniciar outra guerra contra a República Popular Democrática da Coreia.

Somente em 1962, o número de seus atos hostis chegou a 1.487, sendo o mais típico o avião espião U-2 que violou o espaço aéreo da RPDC.

A situação prevalecente exigia que o Partido do Trabalho da Coreia adotasse uma medida decisiva para aumentar as capacidades de defesa do país enquanto impulsionava sua construção econômica.

A histórica Quinta Reunião Plenária do Quarto Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia ocorreu de 10 a 14 de dezembro de 1962.

Na reunião plenária, Kim Il Sung apresentou uma nova política estratégica de promover simultaneamente a construção econômica e o reforço da defesa para enfrentar a situação prevalecente, e então adotou uma série de medidas importantes para esse fim.

A exigência básica da nova política era elevar a proporção do reforço da defesa a pelo menos igual à da construção econômica e impulsionar simultaneamente ambas em ritmo alto e constante, fortalecendo assim tanto as capacidades defensivas quanto as bases econômicas enquanto se melhorava o padrão de vida do povo.

A reunião plenária adotou uma decisão pertinente, enfatizando a necessidade de que os membros do Partido e todos os outros trabalhadores mantivessem uma postura alerta e preparada e construíssem capacidades de defesa ainda maiores, enquanto avançavam com a construção socialista o mais rapidamente possível, tudo sob a bandeira de “Com um fuzil numa mão e uma foice ou martelo na outra!”

No passado, a nação coreana havia sido submetida à ocupação estrangeira devido à sua inferioridade militar.

Ao extrair uma amarga lição do trágico passado da nação, o Partido do Trabalho da Coreia começou a impulsionar o desenvolvimento das capacidades de defesa autossustentadas do país após o encerramento da reunião plenária.

A ênfase principal foi colocada no fortalecimento do Exército Popular da Coreia, o componente central das capacidades de defesa.

Kim Il Sung apresentou o slogan militante “Um contra cem” quando inspecionou um posto do exército no Monte Taedok em fevereiro de 1963.

O slogan serve como política revolucionária de construção do exército ao impulsionar a campanha de transformar o exército em um corpo de quadros e modernizá-lo, além de treinar todos os soldados como combatentes robustos bem preparados tanto em consciência política e ideológica quanto em habilidades militares e técnicas.

A prioridade, nesse sentido, foi dada ao armamento do pessoal militar com qualidades políticas e ideológicas sólidas.

Maiores energias foram direcionadas ao desenvolvimento de equipamentos militares modernos.

De acordo com uma medida adotada pelo Partido do Trabalho da Coreia, um centro de pesquisa científica de defesa foi estabelecido em junho de 1964, o que proporcionou uma garantia científica e técnica para impulsionar o projeto de modernização do armamento; em 1967 foram organizadas comissões de pesquisa para armar o Exército Popular da Coreia com armas modernas, e medidas revolucionárias semelhantes foram adotadas para assegurar o rápido desenvolvimento da indústria de defesa autossustentada.

Armar todo o povo e fortificar todo o país constituía uma parte importante da política do Partido do Trabalho da Coreia.

Para esse fim, a Guarda Vermelha Operário-Camponesa, fundada em janeiro de 1959, foi fortalecida com a incorporação de soldados desmobilizados e outros jovens e adultos robustos, estabeleceu-se um sistema de comando bem regulamentado e intensificou-se o treinamento necessário, tudo isso provando ser eficaz para consolidá-la como uma forte organização paramilitar.

É bem conhecido no mundo que os imperialistas estadunidenses perpetraram crimes hediondos de todos os tipos durante a guerra da Coreia, deixando cicatrizes permanentes na mente do povo coreano. Na época, muitas pessoas pediam rifles, dizendo que se vingariam dos imperialistas estadunidenses. Foi assim que a organização paramilitar veio a existir.

Todo o povo se mobilizou no esforço de implementar a política do PTC de promover simultaneamente a construção econômica e o fortalecimento da defesa. Os trabalhadores da indústria de defesa e todo o restante da população deram uma contribuição ativa para o aumento das capacidades defensivas do país, plenamente conscientes de que deveriam defender suas próprias aldeias e locais de trabalho com seus próprios esforços. Todos os esforços foram direcionados para transformar todo o país em uma fortaleza, reforçando as defesas aéreas e marítimas e construindo muitas fábricas subterrâneas.

Na tentativa de consolidar a retaguarda, muita energia foi canalizada para o desenvolvimento da indústria de munições, para o acúmulo de reservas materiais suficientes e para os preparativos necessários a fim de manter todas as fábricas em operação mesmo em tempo de guerra. Além disso, todos os setores da economia nacional foram organizados de modo a servir ao esforço de guerra caso um conflito viesse a estourar.

Como resultado, o povo pôde avançar confiantemente na construção socialista, desafiando as provocações militares cada vez maiores das forças hostis.

O Incidente do Pueblo oferece um vislumbre da hostilidade dos EUA contra a RPDC.

Em 23 de janeiro de 1968, o navio espião armado estadunidense "Pueblo" invadiu as águas territoriais da RPDC e cometeu atos de espionagem a 7,6 milhas náuticas da Ilha Ryo, perto de Wonsan. Durante uma patrulha de rotina, navios da Marinha da RPDC capturaram o navio espião de mil toneladas e seus mais de 80 tripulantes.

O "Pueblo" havia sido enviado diretamente pela CIA; possuía vários tipos de equipamentos de reconhecimento modernos e de alta precisão para captar ondas de rádio e localizar posições de bases militares.

O mapa encontrado com a tripulação indicava as posições das bases militares da RPDC, e o diário de bordo detalhava que, sob ordens das altas autoridades, o navio havia deixado o Porto de Sasebo, no Japão, em dezembro de 1967, e invadido as águas territoriais da RPDC para realizar espionagem em várias ocasiões.

Ao capturar o navio espião, a RPDC estava exercendo seu direito soberano. Tratou-se de uma medida autodefensiva adotada pelo Exército Popular da Coreia para defender a dignidade e a segurança do país.

Ao ser informado da captura às 02:00, o então presidente dos EUA, Johnson, alegou que o navio estava em águas internacionais e jamais havia cometido atos de espionagem, clamando por retaliação.

Nos dias 24 e 25 de janeiro, o Conselho de Segurança Nacional se reuniu e decidiu adotar medidas militares em retaliação pela captura.

Assim, um grupo de ataque composto pelo porta-aviões nuclear "Enterprise", que seguia rumo ao Vietnã, e quatro destróieres foi enviado para as águas da RPDC. Um esquadrão aéreo foi enviado à RC, e ordens de mobilização de emergência foram emitidas às forças dos EUA estacionadas no Japão e na RC. Adicionalmente, os Estados Unidos despacharam os porta-aviões "Yorktown" e "Ranger" e o navio espião "Banner". Ameaçaram bombardear Wonsan e recuperar o "Pueblo", levando a situação à beira da guerra.

Três dias após a captura do "Pueblo", um embaixador estrangeiro em Pyongyang comunicou oficialmente ao governo da RPDC o conselho de seu governo de que seria bom liberar o navio e sua tripulação em águas internacionais para evitar graves consequências.

O impasse entre a RPDC e os Estados Unidos tornou-se foco de atenção internacional.

A RPDC resistirá?

Qual será a escolha dos Estados Unidos, potência nuclear?

Quando a situação chegou a esse ponto, Kim Il Sung perguntou a Kim Jong Il como ele trataria o Pueblo caso fosse o Comandante Supremo.

Kim Jong Il respondeu com voz firme: não liberarei a tripulação do Pueblo a menos que os estadunidenses apresentem uma carta de rendição; e, como o navio é nosso espólio, não o devolverei mesmo que apresentem tal carta; exibirei o navio espião estadunidense capturado por nosso Exército Popular em uma exposição para mostrar às gerações futuras que este é o navio que tomamos dos estadunidenses.

Em 8 de fevereiro, Kim Il Sung fez um discurso em uma reunião, no qual afirmou que o povo coreano e o Exército Popular da Coreia não queriam guerra, mas jamais a temiam, e que responderiam à “retaliação” dos imperialistas estadunidenses com retaliação, e devolveriam guerra total por “guerra total”.

O povo coreano e o EPC foram colocados em alerta máximo.

O EPC tomou medidas imediatas para suspender os preparativos de apresentações artísticas e competições esportivas planejadas. Pouco depois, porém, eles foram retomados, pois a intenção de Kim Jong Il era criar uma atmosfera ainda mais alegre em todo o país por meio de atividades artísticas e esportivas, mesmo que as forças inimigas estivessem fazendo um alvoroço frenético de guerra.

Todos os eventos cerimoniais planejados pelo EPC ocorreram conforme o cronograma, delegações civis foram enviadas às unidades do exército, e uma reunião nacional de agricultura foi realizada na data prevista.

Comentando a postura serena da RPDC diante do perigo iminente, uma publicação estrangeira afirmou:

Pode Washington pôr Pyongyang de joelhos? Esta foi a pergunta feita a 100 pessoas com diferentes visões políticas. Todos responderam de forma semelhante: Pyongyang já é a vencedora.

Em 23 de dezembro de 1968, os Estados Unidos enviaram um pedido oficial de desculpas ao governo da RPDC, admitindo que o Pueblo havia invadido suas águas territoriais e cometido atos de espionagem. Ao lê-lo, o presidente Johnson lamentou que aquela fosse a primeira carta de desculpas da história dos EUA. Sobre o resultado do impasse entre RPDC e EUA, outro livro estrangeiro afirmou:

Quem pediu desculpas e quem venceu? Foram os Estados Unidos que cederam. Mesmo quando o Pueblo e sua tripulação estavam detidos na RPDC, a 7ª Frota dos EUA deixou a Península Coreana. Os marinheiros ficaram detidos por quase um ano e foram libertados em 23 de dezembro daquele mesmo ano, somente após o governo dos EUA emitir um pedido de desculpas pela invasão das águas territoriais da RPDC. Consequentemente, a tentativa de reeleição do presidente Johnson fracassou. O documentário sobre a Crise dos Mísseis de Cuba, orquestrada pela administração Kennedy, faz sucesso nos Estados Unidos e no mundo. A confrontação militar sobre o Incidente do Pueblo e a subsequente submissão estadunidense têm um significado histórico ainda mais profundo.

Mais tarde, Kim Jong Il mandou rebocar o Pueblo para o local no rio Taedong onde o navio agressor estadunidense General Sherman havia afundado em 1866, e tomou medidas para construir um museu na área para expor a história de agressão dos EUA contra o país. Hoje, o Pueblo está ancorado na margem do rio Pothong, onde fica o Museu Comemorativo à Vitória na Guerra de Libertação da Pátria.

Depois de visitar o Pueblo, um estrangeiro disse: os ianques costumam se gabar de que a Estátua da Liberdade e sua força militar — a maior do mundo — são símbolos dos Estados Unidos da América. Isso é uma visão errônea. O símbolo dos EUA é este Pueblo, ancorado no rio Taedong.

Um contra-almirante aposentado da Marinha dos EUA descreveu o Incidente do Pueblo como uma das três humilhações da história da Marinha dos EUA.

Em 1969, um ano após a captura do Pueblo, o grande avião espião estadunidense EC-121 invadiu o espaço aéreo da RPDC e foi abatido por aviões da Força Aérea do EPC.

A mídia internacional fervilhou com comentários sobre este incidente: isto é um tapa na cara dos Estados Unidos. Como pode a pequena Coreia agir com tamanha ousadia? Será ela tão forte a ponto de enfrentar o gigantesco império do mal?

Esses episódios mostram que o PTC estava certo ao adotar a política de promover simultaneamente a construção econômica e o fortalecimento da defesa com base em uma análise científica da situação vigente. Implementando essa política à risca ao longo da década de 1960, o povo coreano pôde preservar sua reputação internacional como uma nação heroica.

10. Para uma Nova Virada no Trabalho do Partido

Para a RPDC, a década de 1960 foi um período de rápidas transformações.

No plano externo, o PTC encontrava-se na vanguarda da luta pela independência global e pela unidade e coesão do movimento comunista internacional; no plano interno, travava uma intensa luta para alcançar as ambiciosas metas do Primeiro Plano Septenal estabelecido em seu Quarto Congresso.

Sob a bandeira da reconstrução técnica abrangente, o povo coreano alcançava uma taxa anual de crescimento econômico de 19,1%.

Foi nessa época que os imperialistas se tornaram ainda mais descarados em suas manobras para desencadear uma nova guerra, e o revisionismo surgiu no movimento comunista internacional, contaminando o espírito do povo.

Em 19 de junho de 1964, o grande Dirigente camarada Kim Jong Il começou a trabalhar no Comitê Central do PTC.

Recordando aquele dia, ele disse que se sentia extremamente orgulhoso, embora seus passos fossem pesados, e que tinha um elevado senso de missão, ainda que seu coração estivesse cheio de sentimentos mistos.

A seguir, o relato de um funcionário que trabalhou com Kim Jong Il na década de 1960, descrevendo a impressão de seu primeiro encontro com ele:

Quando ele nos pediu que o ensinássemos muito, aceitamos suas palavras humildes como elas eram. Isso não é exagero. Afinal, já estávamos envolvidos no trabalho do Partido por dez anos ou mais. Só mais tarde pensamos no que realmente teríamos de ensiná-lo. Mas, naquele momento, sentimos orgulho, felicidade e glória.

Poucos dias depois de Kim Jong Il iniciar suas atividades no Comitê Central do PTC, uma multidão se reuniu no pátio da sede do Comitê Central. Naquele dia, a bandeira do PTC tremulava no telhado do edifício — foi Kim Jong Il quem a hasteou. Assim, silenciosamente, sua vontade começou a penetrar nos corações das pessoas.

Ele disse que aquela era a bandeira da revolução sob a qual o povo coreano havia superado provações e dificuldades, e continuou:

Nosso é o partido do grande Líder camarada Kim Il Sung, fundado e dirigido por ele. É uma organização política que materializa sua ideia e sua direção. Tem sido o seu partido desde o primeiro dia de sua fundação. Os funcionários que trabalham no Comitê Central do Partido devem compreender claramente as raízes do nosso Partido. Quando falamos sobre nosso Partido, não podemos pensá-lo separado de seu nome. Nosso Partido deve desenvolver-se inalteravelmente como o glorioso partido do camarada Kim Il Sung — hoje e no futuro. Fortalecer e desenvolver nosso Partido como o eterno partido de Kim Il Sung — esta é a minha tarefa para toda a vida.

Após uma pausa, Kim Jong Il prosseguiu:

A história da bandeira do nosso Partido começou quando o grande Líder camarada Kim Il Sung formou a União para Derrotar o Imperialismo e ergueu a bandeira vermelha da revolução. Desde então, nosso Partido começou a lançar raízes. A história de nosso Partido é a mais gloriosa e brilhante história, coberta com a bandeira vermelha. A bandeira do nosso Partido reflete a história das grandes atividades revolucionárias de Kim Il Sung. Agora é o momento de manter essa bandeira vermelha erguida. Devemos levantá-la ainda mais e lutar com maior firmeza para realizar a causa do grande Líder, seja quais forem as dificuldades e provações no caminho da revolução. Kim Il Sung recordou com profunda emoção os jovens comunistas Kim Hyok e Cha Kwang Su em seus primeiros anos de atividades revolucionárias, e disse que eu deveria trabalhar no Comitê Central do Partido. Ontem, ao receber essa tarefa, fiquei comovido, mas senti ainda mais o peso da responsabilidade pelo Partido e pela revolução. Fiz a firme determinação de honrá-lo e trabalhar no Partido conforme sua intenção. O Comitê Central do Partido é o Estado-Maior Supremo de nossa revolução, e somos revolucionários profissionais trabalhando no Estado-Maior Supremo. Nenhuma honra ou orgulho é maior do que trabalhar aqui, como soldados revolucionários de Kim Il Sung, fundador e grande Líder de nosso Partido, ao lado dele.

As instruções que formularam a linha principal do trabalho do Partido, do ponto de vista da teoria que coloca o líder no centro, ficaram gravadas na história do PTC.

A 15ª Reunião Plenária do Quarto Comitê Central do PTC, realizada em maio de 1967, foi um marco histórico na luta do PTC para fortalecer a unidade e coesão das suas fileiras com base na ideia revolucionária do líder.

Kim Jong Il desempenhou papel decisivo na realização bem-sucedida dessa reunião e em provocar uma virada decisiva no trabalho do Partido após ela.

Antes disso, uma reunião com funcionários do Comitê Central foi realizada em meados de abril de 1967, na qual foram revelados os crimes cometidos pelos revisionistas antipartidistas no trabalho organizacional e ideológico do PTC e em diversos outros campos da revolução e da construção. Nessa reunião, Kim Jong Il concluiu que um sistema ideológico monolítico deveria ser firmemente estabelecido dentro do PTC, esclarecendo que esse sistema era, em nome e essência, o sistema ideológico monolítico do PTC — o sistema ideológico de Kim Il Sung.

Desde então, o PTC passou a utilizar oficialmente o termo “monolítico”. Esta foi uma formulação clássica da base organizacional e ideológica invariável de sua unidade e coesão.

A histórica 15ª Reunião Plenária, realizada de 4 a 8 de maio de 1967, discutiu a questão de estabelecer minuciosamente o sistema ideológico monolítico do PTC e conduziu uma luta ideológica para expor e esmagar os crimes dos revisionistas antipartidistas contra o PTC e a revolução.

Por vontade unânime dos participantes, a reunião tomou a medida resoluta de expulsar os revisionistas antipartidistas das fileiras do Partido.

A reunião definiu o estabelecimento do sistema ideológico monolítico do PTC como a orientação geral de seu trabalho ideológico, decidindo travar uma luta em toda a organização para eliminar as sequelas ideológicas dos revisionistas e armar firmemente todos os membros do Partido e outros trabalhadores com a ideologia monolítica do PTC — a ideia revolucionária de Kim Il Sung.

Esse trabalho foi realizado em estreita ligação com as atividades práticas de fortalecer a vida partidista de seus membros e cumprir as tarefas revolucionárias. Graças aos feitos ideológicos e teóricos de Kim Jong Il e à sua direção sábia, o PTC desenvolveu-se, na década de 1970, como um partido do povo, tendo o Kimilsungismo como seu programa máximo.

Em sua conclusão histórica intitulada “Sobre Algumas Tarefas Imediatas no Trabalho Ideológico do Partido para Modelar Toda a Sociedade segundo o Kimilsungismo”, apresentada na Terceira Conferência de Trabalhadores Ideológicos do PTC em 19 de fevereiro de 1974, ele formulou e proclamou a ideia revolucionária de Kim Il Sung como Kimilsungismo.

A Ideia Juche, essência do Kimilsungismo, é uma ideia original descoberta pela primeira vez na história do pensamento humano, esclarecendo os novos princípios filosóficos centrados no homem, os princípios socio-históricos do Juche e os princípios diretivos da revolução e da construção. A teoria revolucionária orientada pelo Juche, que responde às questões colocadas pela prática revolucionária da nova era, trata de forma abrangente da teoria da libertação nacional, da emancipação de classe e da emancipação humana, com base na Ideia Juche. O Kimilsungismo também levantou e resolveu o problema do método de direção de uma nova maneira, sistematizando-o como um de seus componentes independentes.

A formulação do Kimilsungismo como um sistema integral da ideia, teoria e método de Juche forneceu ao PTC uma ideologia-guia para levar adiante a causa da independência das massas.

Para formular a ideia revolucionária de Kim Il Sung como Kimilsungismo, Kim Jong Il trabalhou dia e noite revisando os cem anos de história da ideologia da classe trabalhadora. Nesses dias, ele leu tantos clássicos que depois disse que, se os livros que leu naquele período fossem empilhados, chegariam à altura do pedestal da Torre da Ideia Juche. Em meados da década de 1970, quando todas as condições subjetivas e objetivas para imbuir toda a sociedade de Kimilsungismo estavam maduras, ele proclamou a modelação de toda a sociedade segundo o Kimilsungismo como o programa máximo do PTC.

O PTC avançou rapidamente na revolução e na construção durante a década de 1970.

Destacaram-se os êxitos econômicos alcançados nesse período.

Somente na segunda metade de 1974, milhares de novas tecnologias e invenções, avaliadas em centenas de milhões de won, foram introduzidas; foram produzidas 45 000 toneladas de aço, 410 000 toneladas de sucata de ferro, 4 000 toneladas de sucata de cobre e grandes reservas de outras matérias-primas e combustíveis; e milhares de máquinas foram fabricadas.

Em 1975, um grande alto-forno foi construído na Siderúrgica Kim Chaek, iniciando suas operações no Dia de Ano-Novo; mais de 1 100 empresas industriais, incluindo a Fábrica Têxtil de Pyongyang e a Mina de Carvão de Pongchon, cumpriram suas cotas do Plano Econômico Nacional de Seis Anos mais de dois anos antes do prazo; e todas as unidades de todos os setores da economia superaram seus planos anuais.

Grandes bases metalúrgicas, químicas, de construção de máquinas e de materiais de construção surgiram. A indústria orientada pelo Juche começou a demonstrar sua força ao produzir, com seus próprios esforços e tecnologia, grandes equipamentos como: motor de 2 500 hp de velocidade média, motor de 3 000 hp de alta velocidade, locomotiva diesel de 2 500 hp, navio mercante de 14 000 toneladas, torno de 20 metros, soprador de alta pressão de 120 000 m³ e transformador de 200 000 kW. A produção industrial aumentou 1,7 vez e as exportações dobraram — com o carvão produzindo 1,7 vez mais, o minério de ferro 1,6 vez mais, o zinco e o chumbo 1,5 vez mais e o cobre 2,6 vezes mais.

O setor agrícola registrou grande aumento em relação ao ano anterior, quando já havia obtido uma colheita abundante.

A economia, por sua natureza, não opera de acordo com desejos subjetivos. Seus inúmeros elos restringem-se e impulsionam-se mutuamente, desencadeando reações em cadeia. Crescimento e estagnação são regulados por leis objetivas.

Os políticos e economistas burgueses negavam o papel dirigente dos seres humanos na atividade econômica, alegando que desenvolvimento e estagnação eram inevitáveis, controlados por fatores indefiníveis.

O povo coreano criou um milagre no verdadeiro sentido da palavra.

As estatísticas do crescimento econômico da RPDC — que o mundo chamou com uma palavra: “milagre” — foram registradas na seção Extremo Oriente do Anuário das Nações Unidas.

Graças às façanhas que Kim Jong Il realizou desde que começou a trabalhar no Comitê Central, o PTC pôde desenvolver-se como um partido revolucionário, no qual o sistema ideológico e de direção do líder foi firmemente estabelecido, e como um partido de disciplina de aço e forte eficiência combativa.

11. Construindo um Verdadeiro Partido-Mãe

Outra mudança que ocorreu no trabalho do Partido do Trabalho da Coreia desde que Kim Jong Il começou a trabalhar no Comitê Central foi que o trabalho do Partido se transformou definitivamente em trabalho com o povo, tanto no nome quanto na prática.

O primeiro pedido que fez aos seus colegas do mesmo departamento foi que, caso alguém viesse ao seu escritório durante sua ausência, anotassem o local de trabalho, o endereço e o nome do visitante, e o informassem quando ele retornasse.

Nada parecia ser mais importante para ele do que encontrar-se com as pessoas.

Alguns funcionários pensaram que o jovem fazia tal pedido porque se sentia entediado de dividir uma sala estreita com seus superiores.

Porém, mais tarde, perceberam que muitas pessoas vinham procurá-lo, mas poucas vinham procurá-los. Sentindo que isso, algo que nunca haviam pensado cuidadosamente, não era um problema pequeno, ficaram envergonhados e arrependidos. Compreenderam que o primeiro pedido de Kim Jong Il era incomum.

Ele só ficava tranquilo depois de encontrar os visitantes em seus locais de trabalho ou de telefonar para eles quando o tempo não permitia que os encontrasse pessoalmente.

Esse foi um processo de descoberta da verdade sobre o trabalho do Partido: os funcionários do Partido devem sempre escutar as opiniões do povo, conversar com ele e ler seus pensamentos.

Em 29 de junho de 1970, ele disse a um funcionário do Departamento de Informação e Publicidade do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia:

Alcançar uma harmonia integral com as massas populares — esse é o modo de existência do nosso Partido. Engels disse que o modo de existência da proteína é a vida. Eu digo que a harmonia integral com as massas é o modo de existência de um partido da classe trabalhadora.

Ele enfatizou que, se os funcionários do Partido tentassem realizar o trabalho partidista sem conhecer o povo, isso não seria melhor do que um cego tentando enfiar linha em uma agulha, e que eles deveriam sentir a maior satisfação quando os membros de base do Partido viessem por conta própria expressar suas opiniões, entendendo que haviam falhado se esses membros não os procurassem.

Os feitos de Kim Jong Il, que pela primeira vez na história fez a grande descoberta de que o modo de existência de um partido da classe trabalhadora é alcançar uma harmonia integral com as massas, e que definiu isso como o sangue vital do Partido do Trabalho da Coreia, começaram a se acumular em um pequeno escritório no edifício do Comitê Central em 1964, mobiliado com uma mesa simples, uma cadeira simples e um armário.

Para o Partido do Trabalho da Coreia, que mantém o princípio do povo em primeiro lugar como sua natureza inerente, o que nunca pode ser tolerado é a violação da dignidade e dos interesses do povo, e o que nunca pode ser abandonado é o empenho abnegado e devotado pelo seu bem-estar.

Kim Jong Il disse há muito tempo que o melhor professor do Partido do Trabalho da Coreia são as massas populares, e que qualquer demanda que elas não aceitem é, sem exceção, um desejo subjetivo e uma expressão de burocratismo.

O seguinte ocorreu quando o Congresso Nacional da Indústria foi realizado na presença de Kim Il Sung em Pyongyang, em março de 1974.

Após o congresso, Kim Il Sung expressou satisfação pelo seu êxito e tirou uma foto com os participantes.

No entanto, Kim Jong Il criticou seriamente alguns funcionários do Comitê Central que haviam sido destacados para assegurar o sucesso do congresso, porque não se comportaram adequadamente durante a sessão de fotos.

Os participantes foram divididos em três grupos, e os funcionários ficaram todos na fileira da frente do primeiro grupo, conforme o plano elaborado por aqueles que prepararam o congresso, julgando isso natural; os participantes acharam que permitir isso era seu dever.

Pode-se pensar que os funcionários do Comitê Central, que trabalhavam junto de Kim Il Sung e Kim Jong Il, deviam ter muitas oportunidades de posar para fotos com ambos. Mas na década de 1970, assim como hoje, poucos tinham tais honras.

São precisamente os funcionários do Partido que trabalham sinceramente nos postos confiados pelo Partido do Trabalho da Coreia, mas que recebem muito menos ordens e medalhas do que outras pessoas.

Kim Jong Il frequentemente dizia:

"Funcionário do Partido”, como implica, é um grande elogio. Os funcionários do Partido devem sempre estar à frente nas tarefas mais exigentes para o povo, mas quando algo bom surge, devem ceder aos outros.

Naquele momento, porém, os funcionários destacados para o congresso esqueceram esse pedido, pois estavam eufóricos por terem a oportunidade de tirar uma foto mais próxima de Kim Il Sung.

Após a sessão de fotos, Kim Jong Il convocou esses funcionários para uma reunião de emergência. Todos estavam animados, pensando que haviam assegurado o êxito do congresso e tirado uma foto com Kim Il Sung.

Recordando a reunião, um funcionário disse:

“Todos nós estávamos tão empolgados que nem conseguimos nos sentar. O General Kim Jong Il levantou-se. Para ser sincero, esperávamos que ele nos elogiasse pelo trabalho duro no congresso realizado na presença do grande Líder camarada Kim Il Sung. Mas ficamos surpresos ao ouvir o que ele disse: Por causa do comportamento inadequado de vocês durante a sessão de fotos de hoje, a sessão tornou-se uma sessão para os altos funcionários do Comitê Central e do Conselho Administrativo, e não para os participantes do congresso. Só então percebemos nosso erro. Ficamos ruborizados por não termos nos comportado adequadamente diante dos outros.”

Nesse dia, Kim Jong Il enfatizou:

Os inovadores do trabalho tiveram uma rara oportunidade de vir a Pyongyang e posar para uma foto com o Presidente, mas os funcionários foram ao local em grupo e ficaram na primeira fila. Isso expressa falta de espírito de servir o Partido, a classe trabalhadora e o povo. Mostra que os funcionários estão se tornando aristocráticos e abusando da autoridade do Partido. O Líder disse que nosso Partido deve ser um partido revolucionário da classe trabalhadora, não um partido de quadros ou aristocratas. Mas hoje vocês agiram contrariamente a essa intenção. O gosto dos funcionários por ostentação é expressão de que se tornaram funcionários de um partido de nobres e expressão do princípio do Partido em primeiro lugar.

Um partido de nobres, o princípio do Partido em primeiro lugar — cada palavra era um alerta que fez os funcionários estremecerem.

Suas palavras de que o Partido do Trabalho da Coreia não é um partido de quadros, mas um partido do povo, e que deve seguir não o princípio do Partido em primeiro lugar, mas o princípio do povo em primeiro lugar, eram um quadro que ele desenhava diante deles sobre como o Partido deveria se desenvolver ao longo da implementação da causa de modelar-se sobre o Kimilsungismo.

Ele disse algo semelhante no discurso de encerramento intitulado “Avancemos Dinamicamente na Modelagem de Toda a Sociedade segundo o Kimilsungismo, Melhorando e Intensificando Fundamentalmente o Trabalho do Partido”, que fez na Quarta Conferência dos Funcionários Organizacionais do Partido do Trabalho da Coreia em 2 de agosto de 1974.

Ele afirmou:

Que os quadros estejam se tornando burocráticos é um problema contra o qual um partido governante deve ser mais vigilante. O quadro não é um burocrata, mas deve ser um verdadeiro servidor do povo. Ares de superioridade, abuso de autoridade, gritos e pressão sobre subordinados e outras pessoas sem ouvir suas opiniões, e inclinação a receber tratamento especial — esses são modos de pensar e agir dos burocratas da sociedade exploradora, sem relação com os comunistas. Isso é fundamentalmente diferente do modo de trabalho e vida dos guerrilheiros antijaponeses. Os oficiais da guerrilha antijaponesa comiam à mesma mesa e viviam a mesma vida que os soldados, cedendo méritos e benefícios a eles, e estando na vanguarda das tarefas difíceis, como batalhas. Nosso Partido herdou esse nobre estilo revolucionário de trabalho e de vida, criado pessoalmente pelo grande Líder camarada Kim Il Sung. Como podem os funcionários desse Partido recorrer a condutas vergonhosas como ostentação, abuso de autoridade e busca de privilégios? As organizações do Partido não devem tolerar, mas superar completamente a tendência burocrática que impede a implementação da política do Partido e separa o Partido das massas, garantindo assim que o estilo de trabalho e vida dos guerrilheiros antijaponeses prevaleça em todo o Partido.

O seguinte ocorreu no início de dezembro de 1982.

Segundo uma medida tomada por Kim Jong Il, realizou-se uma reunião ampliada de emergência do Bureau Político do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia.

O ponto da agenda era as condições de proteção do trabalho na Mina 8 de Agosto, numa região montanhosa na província de Jagang. Havia ali um pátio de secagem de minério de grafite, que levantava tempestades de pó, deixando os rostos dos mineiros negros; até seus familiares mal conseguiam reconhecer quem era quem.

É inevitável que os rostos dos trabalhadores envolvidos na produção de grafite se sujem — esse era o pensamento unânime dos altos funcionários do Comitê do Partido da província de Jagang, dos funcionários dos órgãos centrais que tinham estado lá e dos trabalhadores do local.

Entretanto, Kim Jong Il não tratou a questão dessa forma.

Não era um simples problema relacionado às condições de trabalho. Era um problema relacionado à perspectiva sobre o povo.

Na reunião ampliada de emergência, os membros do Bureau Político analisaram e criticaram o erro cometido pelo secretário-chefe do Comitê do Partido da província de Jagang.

Depois da reunião, o secretário-chefe disse a Kim Jong Il que havia cometido um erro grave.

Kim Jong Il respondeu severamente:

Você disse que está envergonhado por sua negligência, mas deve se desculpar com os trabalhadores, não comigo. Não apenas você, secretário-chefe da província, e o primeiro-ministro, mas também eu devemos pedir desculpas de joelhos por permitir que trabalhassem nessas condições.

No dia seguinte, como continuação da reunião ampliada de emergência, realizou-se uma reunião no salão cultural da Mina 8 de Agosto, com a participação dos altos funcionários do Comitê Central, do Conselho Administrativo e do comitê partidista provincial, assim como dos trabalhadores da mina.

O secretário-chefe, batendo no peito, fez desculpas sinceras.

Mesmo após o término das desculpas, um silêncio solene tomou conta do salão. De repente, os participantes, como se combinados, levantaram-se e gritaram: “Viva o estimado líder!” e “Viva o Partido do Trabalho da Coreia!”

O salão transformou-se em um mar de lágrimas de gratidão; não apenas os trabalhadores, mas também os altos funcionários choraram. Assim o povo aclamou o Partido do Trabalho da Coreia do fundo do coração.

Uma reunião em que um funcionário do Partido pede desculpas diante do povo e o povo o julga — isso só pode ocorrer sob o Partido do Trabalho da Coreia, que administra a política do povo em primeiro lugar.

Após a reunião, Kim Jong Il chamou o secretário-chefe da província para discutir com ele medidas de renovação do pátio problemático de secagem.

Se a mina suspendesse a produção, isso poderia impactar negativamente a produção de eletrodos, resultando na queda da produção de aço e em grandes oscilações no trabalho econômico nacional.

Enfatizando que as desculpas feitas pelo Partido do Trabalho da Coreia à classe trabalhadora não eram palavras vazias, Kim Jong Il disse:

Não haverá problema se a produção de grafite for suspensa por algum tempo. Se o grafite não for produzido, a produção de aço poderá ser afetada; contudo, não podemos mais permitir que os mineiros trabalhem nessas condições. As desculpas feitas aos trabalhadores não devem ser vazias. Mesmo que surja um problema legal devido à não execução do plano econômico nacional por causa do grafite, você e eu devemos ser responsáveis perante a lei. Se necessário, eu assumirei a responsabilidade. Devemos estar dispostos não apenas a enfrentar julgamentos, mas até mesmo a estar na beira da lâmina de uma faca, se for pelo povo, incluindo os trabalhadores.

Essa foi uma demonstração da natureza do Partido do Trabalho da Coreia, que mantém o povo em primeiro lugar.

Mais tarde, devido aos efeitos nocivos à saúde dos trabalhadores, a Fábrica de Eletrodos de Nampho, a única produtora de eletrodos do país, foi demolida, assim como o forno de indução da antiga Siderúrgica de Songjin havia sido derrubado logo após a libertação do país.

Foi uma história lendária nascida nos dias em que o grande aforismo — que o modo de cálculo do Partido do Trabalho da Coreia é que o valor econômico não deve vir em primeiro lugar quando se trata do bem do povo — circulava amplamente na República Popular Democrática da Coreia.

Como o Partido do Trabalho da Coreia permanece totalmente comprometido com o bem-estar do povo, o povo coreano o chama de partido-mãe e confia inteiramente a ele seu destino e futuro.

12. No Redemoinho da História

A bandeira vermelha, a bandeira do Partido do Trabalho da Coreia, tremulando no edifício-sede de seu Comitê Central apesar da ofensiva antissocialista, está associada à história do Partido do Trabalho da Coreia, que defendeu o sistema socialista orientado pela Ideia Juche do país no redemoinho da história.

Na década de 1990, os reacionários imperialistas, liderados pelos imperialistas estadunidenses, clamavam sobre o “fim do socialismo”, alegando que o socialismo era um “ideal não científico que apareceu incidentalmente na arena da história” e uma “sociedade sem futuro”. Para piorar as coisas, os renegados do socialismo defenderam seus crimes, alegando que o próprio ideal do socialismo estava equivocado e que havia sido errado realizar a revolução socialista. Essa afirmação era pura sofística, mas era inegável que, à medida que o progresso na construção socialista avançava, as limitações das ideias e teorias revolucionárias precedentes da classe trabalhadora, especialmente aquelas sobre a construção do socialismo, tornaram-se mais evidentes.

Isso causou confusão ideológica entre aqueles que não haviam compreendido corretamente a verdade da situação, enfraqueceu sua convicção no socialismo e exerceu séria influência sobre a realização da causa socialista.

O Partido do Trabalho da Coreia concentrou-se nas atividades ideológicas e teóricas voltadas para esclarecer o caráter científico do socialismo e incutir no povo a convicção na vitória do socialismo.

De importância fundamental a esse respeito foram três obras de Kim Jong Il – A Lição Histórica na Construção do Socialismo e a Linha Geral de Nosso Partido, uma palestra para altos funcionários do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia em 3 de janeiro de 1992; A Difamação do Socialismo Não Será Tolerada, uma palestra em 1º de março de 1993; e O Socialismo É uma Ciência, uma obra publicada em 1994.

Nessas obras, ele especificou as razões do colapso do socialismo em alguns países e as lições extraídas disso. Apresentou princípios a serem mantidos ao revelar a natureza absurda da sofística dos inimigos que difamavam o socialismo e ao destruí-la para realizar a causa do socialismo, e deu uma explicação científica da inevitabilidade da vitória do socialismo.

Tudo isso foi a luz orientadora para o movimento comunista internacional, que estava em declínio, e a Declaração de Pyongyang "Defendamos e Avancemos a Causa do Socialismo" foi adotada em 20 de abril de 1992, assinada pelos representantes de numerosos partidos comunistas e operários. Isso refletia a firme determinação dos signatários de defender e avançar a causa do socialismo. O número de partidos que assinaram a declaração foi de 70; em seis meses aumentou para mais de 140, e mais de 170 um ano depois, e hoje já alcança algumas centenas.

Em 30 de agosto de 1997, cinco anos após a publicação da declaração, a VOA entrevistou um pesquisador sênior da Universidade Harvard.

A seguir, um trecho da conversa.

Pergunta: A Declaração de Pyongyang adotada em Pyongyang em 1992 é chamada de Manifesto Comunista do século XXI. Não seria exagero dizer que Pyongyang é uma fortaleza socialista e o coração do socialismo no mundo. Como devem ser avaliados a posição, o papel e a influência da Declaração de Pyongyang no movimento comunista internacional?

Resposta: Apesar do fim da Guerra Fria e da confrontação ideológica e apesar do fato de que o comunismo já não existe, a República Popular Democrática da Coreia existe como uma poderosa fortaleza do socialismo e do comunismo. Esta é uma realidade inegável. Kim Jong Il, o mais completo seguidor de Kim Il Sung com ideais comunistas, está no país, e suas forças políticas existem como um grupo capaz de exercer grande influência no mundo. Os comunistas, o povo e o exército de seu país estão firmemente convencidos de que não podem abandonar sua pátria socialista, mesmo que todos caiam. Além disso, os membros do Partido do Trabalho da Coreia e o exército ainda estão reunidos em torno de seu líder, e os jovens com forte espírito empreendedor estão unidos a eles.

Em meados da década de 1990, a situação tornou-se ainda mais grave, pois as forças reacionárias imperialistas, incluindo os Estados Unidos, aproveitando-se do colapso do sistema socialista mundial, dirigiram a ponta de lança de seu ataque contra a República Popular Democrática da Coreia, que mantinha invariavelmente em alto a bandeira da independência, a bandeira do socialismo.

Em suma, a estrutura de longa data de confrontação entre socialismo e imperialismo transformou-se naquela entre a República Popular Democrática da Coreia e o imperialismo.

Essa grave situação alterou o ambiente externo da República Popular Democrática da Coreia em extremo.

Em particular, após Kim Il Sung, fundador do Partido do Trabalho da Coreia e pai fundador da Coreia socialista, falecer em 8 de julho de 1994, os imperialistas estadunidenses intensificaram seus movimentos militares de agressão contra a República Popular Democrática da Coreia de maneira sem precedentes e, ao mesmo tempo, lançaram-se furiosamente para sufocar o país, exercendo pressão em todas as áreas da política, economia, ideologia, cultura e diplomacia. Eles combinaram os exercícios de guerra Ulji e Focus Lens, que haviam sido realizados com o propósito de invadir a República Popular Democrática da Coreia, em 1994, expandindo-os para o maior exercício Ulji Focus Lens. Também realizaram todos os anos os exercícios militares conjuntos Foal Eagle, aumentando sua escala. Afirmaram abertamente que, se fracassassem as negociações para a solução da questão nuclear da República Popular Democrática da Coreia, realizariam uma “ameaça de uso de força militar”.

Isso criou uma situação extremamente tensa no país.

Enquanto isso, as dificuldades econômicas vividas pelo povo coreano chegaram ao extremo. Com o colapso do socialismo em vários países e o desaparecimento do mercado socialista mundial, o país teve de resolver os problemas de materiais estratégicos essenciais e de algumas matérias-primas e equipamentos necessários à construção socialista por meio do mercado capitalista.

Aproveitando-se disso, os imperialistas recorreram a vários tipos de sanções comerciais contra a República Popular Democrática da Coreia, chegando até a espalhar o boato da “crise de maio”, que afirmava que o país não sobreviveria além de maio de 1996. Mobilizaram todos os meios internacionais de controle, incluindo o então Comitê de Coordenação para os Controles Multilaterais de Exportações, colocando o país na lista tarifária dos Estados menos favorecidos e inimigos, aplicando uma política tarifária discriminatória contra ele. Seu objetivo era impedir a entrada e saída de todos os materiais e cortar completamente as rotas de transações financeiras internacionais, estrangulando economicamente o país.

Isso dificultou a importação da tecnologia, dos fundos e dos materiais necessários, bem como as relações econômicas com outros países.

Isso teve um impacto negativo sobre toda a construção econômica do país. Os vínculos de produção entre muitos setores econômicos principais foram interrompidos, e um grande número de fábricas e empresas teve de parar ou ajustar a produção por causa da falta de matérias-primas essenciais e outros materiais.

Além disso, graves desastres naturais, incluindo frio intenso e seca, especialmente chuvas fortes e tsunamis, atingiram o país de 1994 a 1997. O resultado foi que diques e reservatórios romperam, dezenas de milhares de hectares de terras agrícolas foram inundados, muitas minas de carvão e minério, cidades e aldeias rurais foram inundadas, navios foram destruídos, fazendas marítimas e de sal foram destruídas, e ferrovias e pontes foram levadas pelas águas. Isso foi seguido por escassez de alimentos, combustível e eletricidade.

Isso obrigou o país a realizar a Marcha Árdua, uma prova dura e severa para o Partido do Trabalho da Coreia e o povo coreano. O mundo observava como o Partido do Trabalho da Coreia superaria as dificuldades.

No Dia de Ano-Novo de 1995, Kim Jong Il inspecionou uma subunidade do Exército Popular da Coreia.

Ele havia refletido repetidas vezes sobre essa questão decisiva para o destino do país, da nação e da causa revolucionária do Juche, e nesse processo tomou a firme determinação de priorizar os assuntos militares sobre todos os outros, com base no princípio de atribuir importância às armas e aos assuntos militares, e também de colocar o Exército Popular da Coreia, que ele liderava havia muito tempo, como o núcleo e a força principal da revolução, consolidando a força motriz da revolução e, apoiando-se nele, avançar na causa do socialismo.

Sua inspeção da subunidade do Exército Popular da Coreia foi um acontecimento histórico que demonstrou que era a tarefa primordial do Partido do Trabalho da Coreia defender o socialismo e, para isso, manter uma abordagem de linha dura na confrontação com os imperialistas estadunidenses e fortalecer as capacidades militares do país.

Naquele dia ele disse aos funcionários:

Não devemos fazer concessões na confrontação com o inimigo. Se fizermos uma concessão ao inimigo, teremos de fazer uma segunda. E assim, teremos de fazer uma terceira. Devemos estar determinados a travar uma luta de vida ou morte contra os agressores imperialistas estadunidenses a qualquer momento, e, se quisermos emergir vitoriosos nessa luta, precisamos fortalecer as armas.

Após uma pausa, ele continuou:

Dou grande importância ao Exército Popular tanto quanto ao Partido. É a fé e a vontade inabaláveis de nosso Partido dirigir esforços primários ao fortalecimento do Exército Popular, defender o socialismo ao nosso estilo e realizar a causa revolucionária do Juche, iniciada pelo grande Líder camarada Kim Il Sung, com base na força das armas. Sobre a força das armas do Exército Popular repousam a paz, a vida independente e criativa e feliz de nosso povo e a vitória do socialismo.

A partir de então, ele abriu o caminho inexplorado do Songun, e quando o clima de aprender com o espírito revolucionário dos soldados se espalhou amplamente pelo Partido do Trabalho da Coreia e pela sociedade e o poder do Exército Popular da Coreia foi ainda mais fortalecido, ele esclareceu que a liderança do Partido do Trabalho da Coreia era baseada no Songun e sua política era a política Songun.

Desde então, a política Songun do Partido do Trabalho da Coreia, que não podia ser encontrada em nenhum dicionário de termos políticos, começou.

Kim Jong Il, empunhando a bandeira do Songun, liderou o Partido do Trabalho da Coreia na defesa do socialismo centrado no povo ao estilo coreano.

O seguinte aconteceu quando ele inspecionava unidades do Exército Popular da Coreia na linha de frente.

Quando disse que visitaria uma unidade no Monte Osong, a poucos passos de um posto inimigo, sua comitiva tentou dissuadi-lo de subir. Elevando-se a mais de 1 000 metros acima do nível do mar, a montanha tem penhascos íngremes e vales profundos. Pior ainda, a estrada que levava ao cume precisava de reparos, pois algumas partes haviam sido levadas pelas chuvas fortes.

Kim Jong Il agradeceu aos funcionários pela preocupação com sua segurança, mas insistiu, dizendo:

Os soldados do Exército Popular estão no alto, então preciso ir lá vê-los. Como Comandante Supremo, devo experimentar os desafios da estrada difícil até a linha de frente em um clima tão ruim se quiser saber como meus soldados estão vivendo.

Seu carro começou a se mover, e a estrada para o posto de comando avançado no alto tinha 152 curvas acentuadas.

O carro avançava lentamente pela estrada traiçoeira montanha acima. Moitas eram arrancadas pelo vento tempestuoso, e a estrada estava lamacenta e cheia de pedras.

Em certo ponto da montanha, um dos pneus do carro furou, e ele foi substituído imediatamente por um pneu reserva.

Depois de algumas curvas, o carro começou a derrapar montanha abaixo. O motorista virou o volante para salvar a situação crítica.

Imperturbável diante do perigo, Kim Jong Il olhou para trás e percebeu que não havia carros seguindo.

No meio da montanha, outro pneu furou. O motorista, encharcado de suor, desceu e substituiu o pneu velho. Agora restava apenas um pneu reserva.

O carro voltou a se mover e, depois de um tempo, deslizou novamente.

Nesse momento crítico, Kim Jong Il desceu. Ele empurrou o veículo montanha acima, juntando-se aos funcionários.

Por fim chegaram ao posto de comando avançado, onde Kim Jong Il encontrou o comandante da unidade local. Saudado pelo Comandante Supremo em trajes molhados e enlameados, o último mal conseguiu falar, com os olhos cheios de lágrimas.

Depois de um bom tempo, o oficial disse: "O senhor, Comandante Supremo, veio até aqui passando por toda essa estrada difícil!”

Essa história ilustra como Kim Jong Il defendeu seu país sob a bandeira do Songun.

O Partido do Trabalho da Coreia desenvolveu o sistema político do Estado no sentido da liderança baseada no Songun, conforme exigido pela política Songun.

Consequentemente, foi feita uma emenda à Constituição para estabelecer um novo mecanismo estatal com a Comissão de Defesa Nacional como seu eixo, e em setembro de 1998, a Primeira Sessão da Décima Assembleia Popular Suprema a adotou e elegeu Kim Jong Il Presidente da Comissão de Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia.

Em 8 de outubro de 1997, um ano antes, o Partido do Trabalho da Coreia o havia eleito seu secretário-geral.

A política Songun do Partido do Trabalho da Coreia foi estabelecida de forma abrangente como um modo político poderoso no curso de superação das graves dificuldades causadas pelos movimentos dos imperialistas.

Conforme exigido pela situação prevalecente, o Partido do Trabalho da Coreia impulsionou energicamente os esforços para aumentar as capacidades de defesa do país, considerando isso um pré-requisito para a construção de um poderoso país socialista.

Enquanto colocava continuamente grandes esforços no fortalecimento do Exército Popular da Coreia de maneira abrangente, o Partido seguiu de forma firme a política de desenvolver a indústria de defesa, considerando-a uma tarefa essencial para o fortalecimento das capacidades de defesa do país.

Em sua palestra de agosto de 2003 para altos funcionários do Partido, do Estado e de órgãos econômicos, intitulada "Cumpramos Cabalmente a Linha de Construção Econômica do Partido na Era do Songun", Kim Jong Il apresentou a linha de construção econômica na era do Songun – desenvolver a indústria de defesa de forma prioritária enquanto desenvolvia simultaneamente a indústria leve e a agricultura.

O Partido do Trabalho da Coreia mobilizou todos os seus membros e demais pessoas em todo o país para o esforço de implementar plenamente a linha de desenvolvimento prioritário da indústria de defesa.

Dirigiu a devida atenção para produzir munições a todo vapor e aumentar radicalmente a qualidade dos materiais de guerra.

De acordo com a linha acima, os assuntos estatais e econômicos foram todos orientados para o desenvolvimento preferencial da indústria de defesa, de modo a fornecer à indústria, em caráter prioritário, a mão de obra, os equipamentos, as matérias-primas e outros materiais, bem como a energia elétrica necessários.

A fim de se firmar em bases de TI atualizadas e ainda mais sólidas, a indústria de munições foi estimulada a seguir seu próprio caminho, de acordo com suas próprias condições, e a modernizar as linhas de produção.

Em sintonia com a tendência internacional, a ciência e a tecnologia de defesa do país desenvolveram-se rapidamente, à medida que os cientistas e técnicos da defesa se uniram à campanha de massas pela inovação técnica. Isso resultou no desenvolvimento bem-sucedido de equipamentos de combate baseados em tecnologia de ponta.

Foram feitos esforços especiais para o desenvolvimento da tecnologia nuclear a fim de lidar com a persistente política dos imperialistas estadunidenses de isolar e sufocar a RPDC.

De acordo com o plano estratégico do PTC, os cientistas e técnicos do país realizaram dois testes nucleares subterrâneos bem-sucedidos, primeiro em outubro de 2006 e depois em maio de 2009, com seus próprios esforços e tecnologia, produzindo assim o dissuasor nuclear baseado completamente na sabedoria e nos recursos técnicos da nação. Isso representou um golpe sério às forças hostis que persistiam em ameaçar a RPDC com um possível ataque nuclear preventivo, enquanto perseguiram o esquema de isolá-la e sufocá-la.

Agora o país possui uma indústria de defesa independente, capaz de satisfazer totalmente qualquer demanda por materiais necessários à guerra moderna, por mais enorme que seja, com seus próprios recursos. É uma indústria atualizada, com vantagem competitiva global, completamente independente na fabricação de meios sofisticados de ataque e defesa com capacidades de golpe imensuráveis, particularmente armas nucleares, que são um conjunto da mais moderna ciência e tecnologia militar, bem como seus potentes meios de lançamento.

Estas são as conquistas obtidas pelo povo coreano apertando os cintos.

Nenhum obstáculo pôde deter seu avanço, pois todos estavam plenamente convencidos de que poderiam viver sem doces, mas não sem armas.

A RPDC avançou pelo caminho de desenvolvimento que escolheu para si, sustentando firmemente a bandeira vermelha do socialismo ao longo de muitos anos, mesmo diante de constantes desafios e ameaças militares das forças hostis. Isto é atribuível à força militar preparada pelo PTC por meio de sua ideia de defesa autossuficiente e liderança excepcional, à determinação do povo coreano de continuar vivendo como mestres de seu próprio destino, sem cair novamente vítima da política imperialista de escravização, e à poderosa indústria de defesa que construíram superando todo tipo de dificuldades.

É um fato comprovado pelo século XX que a grande árvore — o socialismo ao estilo coreano, centrado nas massas — jamais vacilará diante de qualquer tempestade.

13. Com o Princípio do Povo em Primeiro Lugar como Ideal Político do Partido

O PTC colocou o povo como mestre da política e faz esforços altruístas e dedicados em prol dele.

A ideologia orientadora do PTC é o Kimilsungismo-Kimjongilismo, cuja essência é o princípio do povo em primeiro lugar.

O princípio do povo em primeiro lugar é a herança e o desenvolvimento adicional do ideal e do modo político que o PTC manteve consistentemente desde que inscreveu um martelo, uma foice e um pincel em sua bandeira vermelha.

Antes de tudo, o PTC resolveu todos os problemas que surgem na administração da política dando consideração primária às demandas e interesses do povo e confiando em sua força.

O slogan do PTC “Tudo para o povo e tudo confiando nele!” reflete a firme determinação e vontade do estimado camarada Kim Jong Un de imbuir todo o PTC de calorosa afeição e confiança no povo e de respeitar o povo e dedicar tudo a ele, enquanto mantém Kim Il Sung e Kim Jong Il em alta estima.

Kim Jong Un enfatiza o estabelecimento, em todo o PTC, de um clima de confiança no povo e de apoio nele, definindo isso como requisito básico para aplicar o ideal e o modo político do povo em primeiro lugar.

Confiar no povo e apoiar-se nele é uma exigência intrínseca do próprio PTC e um fator essencial em sua liderança revolucionária na administração da política para o povo e na realização de sua independência.

A história do PTC é a história sempre vitoriosa em que ele obteve vitórias confiando e apoiando-se no povo.

Kim Jong Un assegurou que os funcionários adquirissem o estilo revolucionário e popular de trabalho, sempre imergindo nas massas, sustentando como sempre os slogans do PTC “Que todo o Partido vá para entre as massas!” e “Que todo o Partido se concentre no trabalho com o povo!” — demonstrando confiança e afeição pelo povo, compartilhando alegrias e tristezas com ele, ensinando e aprendendo com ele e cumprindo as tarefas revolucionárias dando pleno reinado ao entusiasmo revolucionário e ao zelo criador do povo.

O cerne da ideia do povo em primeiro lugar do PTC é o espírito de fazer esforços altruístas e dedicados pelo bem do povo.

Kim Jong Un tem dado grande atenção à criação, em todo o PTC, de um clima revolucionário de esforços altruístas e dedicados pelo bem do povo.

O seguinte ocorreu em 18 de dezembro de 2011, um dia após o falecimento de Kim Jong Il.

Os funcionários responsáveis foram informados de que, na noite do dia 16, chegara a um porto um carregamento de peixes, cuja entrega havia sido providenciada por Kim Jong Il.

Como o período de luto começara, Kim Jong Un tinha uma agenda apertada. Assim, os funcionários hesitaram em relatar esse fato a ele.

O carregamento de peixes estava associado ao cuidado benevolente de Kim Jong Il para com os cidadãos de Pyongyang. Anteriormente, ele mandara fornecer peixes aos cidadãos. No dia 16, um dia antes de sua morte, Kim Jong Il assinou um documento para fornecer novamente peixes aos cidadãos de Pyongyang por ocasião do Ano-Novo. Este foi o último documento que ele assinou em vida.

Ao ser informado da entrega dos peixes, Kim Jong Un disse que os peixes deveriam ser fornecidos aos cidadãos de Pyongyang o mais rápido possível, pois haviam sido trazidos de acordo com a medida benevolente de Kim Jong Il.

Ele tomou medidas específicas para transportar os peixes para a capital por um trem especial.

Foi assim que os cidadãos de Pyongyang receberam os peixes enquanto toda a nação lamentava a morte de seu grande líder. Todos derramaram lágrimas de gratidão pela medida benevolente adotada por Kim Jong Un.

Aqui está outra história comovente.

Após o falecimento de Kim Jong Il, a tristeza do povo se aprofundou. Nevou intensamente dia após dia e, apesar do frio cortante, um número crescente de pessoas foi aos locais de luto ao ar livre e guardou vigília diante de seus retratos durante toda a noite.

Kim Jong Un tomou todas as medidas necessárias para evitar que essas pessoas sofressem congelamento e garantiu que os funcionários fizessem o máximo possível pelo bem dos cidadãos de Pyongyang durante o período de luto.

A seguir está a carta que ele enviou aos funcionários responsáveis.

“O Comitê do Partido de Pyongyang tem um papel muito importante a desempenhar para superar esta dor que estamos sentindo hoje. Como funcionários do comitê, vocês devem estar plenamente cientes de que são verdadeiros servidores dos cidadãos da capital, servidores fiéis do povo. Com o ponto de vista adequado sobre eles, vocês devem ser eficazes em proporcionar toda conveniência para o conforto dos cidadãos.

Espero que consolem o povo com afeto maternal e cuidem bem dele.

25 de dezembro de 2011, Kim Jong Un

Naqueles dias Kim Jong Un encorajou o povo a superar sua dor dilacerante.

No fim de agosto de 2015, uma súbita enxurrada atingiu a cidade de Rason. Muitas casas foram destruídas, ferrovias arrasadas, linhas de comunicação cortadas e o abastecimento de água potável suspenso. As ruas ficaram cobertas de lama e as pessoas evacuadas. Diante desse dano catastrófico, os moradores locais não sabiam o que fazer.

Informado desse desastre devastador, Kim Jong Un deu imediatamente aos funcionários da cidade afetada instruções sobre adoção das medidas necessárias para reparar os danos das enchentes o mais rápido possível, reconstruindo casas, estradas e ferrovias e restaurando as linhas de energia e comunicação.

Logo depois, em uma reunião ampliada da Comissão Militar Central do PTC, ele emitiu uma ordem em nome do Comandante Supremo atribuindo todo o projeto de restauração ao Exército Popular da Coreia para concluí-lo antes de 10 de outubro, o aniversário de fundação do PTC.

As unidades do EPC foram imediatamente enviadas para as áreas afetadas e toda a nação prestou ajuda ativa.

Em setembro daquele ano, Kim Jong Un deu orientação no local sobre o projeto de restauração.

Ali foi informado de que alguns moradores haviam destruído suas próprias casas, que precisavam de pequenos reparos, pois ouviram que medidas seriam tomadas para construir casas melhores para as vítimas das enchentes. Seu comportamento egoísta irritara outros moradores e os funcionários estavam prestes a tratar disso como um problema.

Kim Jong Un disse aos funcionários:

Vocês não devem fazer disso um problema. Eles não teriam feito isso se não confiassem no Partido. A confiança do povo no Partido é o que mais valorizamos. Para nós, a confiança do povo é a mais preciosa de todas.

Suas palavras tocaram profundamente os corações das pessoas locais, especialmente daqueles que se sentiam culpados pelo que haviam feito por ganância.

No mês seguinte, Kim Jong Un visitou as novas casas, dizendo:

Outra vila maravilhosa surgiu em pouco mais de 30 dias. Agora estou aliviado ao ver estas belas casas para as pessoas da área atingida pelas enchentes, que lamentavam a perda de seus lares queridos. Estamos muito felizes agora, e acredito que as vítimas das enchentes ficarão mais satisfeitas ao ver seus novos lares.

A seguir está um trecho do Discurso de Ano-Novo de Kim Jong Un para 2017, no qual reafirmou seu compromisso de fazer esforços altruístas e dedicados pelo bem do povo e que destacou a nobre missão do PTC:

“Enquanto estou aqui proclamando o início de outro ano, sinto uma onda de ansiedade sobre o que devo fazer para reverenciar ainda mais nosso povo, o melhor povo do mundo, que me apoiou calorosamente com uma só mente, a partir de sua firme confiança em mim.

Meu desejo ardia o tempo todo, mas passei o ano passado sentindo ansiedade e remorso por minha falta de capacidade. Estou reforçando minha determinação de buscar mais tarefas para o bem do povo este ano e fazer esforços redobrados e dedicados para esse fim.

Todo o nosso povo costumava cantar a canção 'Somos os Mais Felizes do Mundo', sentindo otimismo sobre o futuro com confiança nos grandes camaradas Kim Il Sung e Kim Jong Il. Trabalharei com devoção para garantir que a era passada não permaneça como apenas um momento da história, mas seja recriada na era atual. Nesta primeira manhã do ano novo, juro tornar-me um verdadeiro servidor, leal ao nosso povo e que o apoie fielmente com consciência pura.

Promoverei também o esforço para estabelecer em todo o Partido um clima revolucionário de esforços altruístas e dedicados pelo bem do povo.”

O espírito de fazer esforços altruístas e dedicados pelo bem do povo permeia o PTC, cujo objetivo fundamental é servir ao povo.

Nos últimos anos, dezenas de milhares de novas casas foram construídas em toda a RPDC; todos os anos 10 000 moradias modernas surgiram na capital; novas casas foram construídas em áreas rurais; a construção de novas cidades em regiões montanhosas e intermediárias está em andamento. Estas novas casas têm sido distribuídas gratuitamente aos trabalhadores.

Para outros povos mundo afora, esse fato é algo misterioso.

Como a RPDC pode implementar projetos de construção tão ambiciosos diante da constante confrontação com as forças hostis? Mais surpreendente ainda, esses projetos não têm impacto negativo em seu crescimento econômico. Recentemente, sua economia nacional tem crescido em uma trajetória ascendente constante.

O Oitavo Congresso do PTC, realizado em janeiro de 2021, adotou a política de construir 50 000 moradias em Pyongyang até 2025 — à razão de 10 000 por ano, a partir de 2021.

No mundo inteiro, 2021 foi um ano de estagnação econômica, com a pandemia de COVID-19 assolando. Na RPDC também havia medidas de emergência para impedir a propagação do vírus.

Era quase inimaginável realizar uma construção tão grandiosa em tais circunstâncias difíceis.

Depois que o congresso adotou a decisão sobre a construção habitacional, alguns funcionários apresentaram um plano para reduzir o número de moradias, devido à escassez de recursos econômicos.

Na Segunda Reunião Plenária do Oitavo Comitê Central do PTC, o ponto de vista e a atitude desses funcionários foram criticados, e discutiu-se um plano para levar adiante a construção incondicionalmente.

Para o PTC e o governo da RPDC, isso não era simplesmente construção habitacional. Era sua tarefa mais importante e há muito desejada de proporcionar aos cidadãos de Pyongyang condições de vida mais estáveis e cultas, uma tarefa diretamente ligada ao seu cotidiano.

O PTC e o Governo já haviam levantado o número de famílias que precisavam de novas casas e realizado pesquisas aprofundadas para determinar as medidas para resolver o problema. Redefiniram o plano de desenvolvimento arquitetônico e a política de construção com base no princípio de aplicar mais completamente o princípio do povo em primeiro lugar e garantiram que uma parte significativa do orçamento estatal de construção fosse destinada à construção de moradias.

Em 23 de março de 2021, uma cerimônia de início da construção de 10 000 moradias foi realizada nas áreas de Songsin e Songhwa, em Pyongyang. Desde então, uma nova avenida com o mesmo número de moradias tem surgido todos os anos na capital.

A Avenida Songhwa e a Zona Residencial com Terraço às margens do rio Pothong foram inaugurados em abril de 2022; a Avenida Hwasong, em abril de 2023; as avenidas Rimhung e Jonwi, em abril e maio de 2024, respectivamente; e os 10 000 moradias da terceira etapa da construção habitacional da área de Hwasong, em abril de 2025.

Enquanto isso, o PTC tem realizado a construção de casas rurais em grande escala para transformar o campo.

A Quarta Reunião Plenária do Oitavo Comitê Central do PTC, realizada em dezembro de 2021, anunciou um novo prelúdio para a revitalização rural.

Nessa reunião, Kim Jong Un fez um discursos histórico, intitulado "Abramos uma Nova Grande Era de Desenvolvimento Rural Socialista ao Nosso Estilo", no qual definiu como a tarefa mais importante na construção socialista rural transformar radicalmente a aparência e o ambiente do campo.

A política do PTC sobre construção rural é desenvolver todas as aldeias rurais do país em vilas socialistas ricas e cultas num futuro próximo.

Quando a economia nacional ainda enfrentava dificuldades e o país estava diante de enormes tarefas em sua construção socialista, foram adotadas medidas importantes para alcançar uma rápida revitalização rural. Isso foi uma manifestação do caráter revolucionário da política de construção rural do PTC e do Governo.

Essa política foi acolhida por toda a população, pois refletia seu desejo unânime.

Todos os anos uma aldeia após outra tem sido transformada e os trabalhadores agrícolas mudam-se para novas casas que preservam as características regionais e são excelentes em termos de modernidade e refinamento cultural.

Além disso, a partir de 2019, fazendas de estufas foram construídas em Jungphyong, Ryonpho e Kangdong, nas quais o cultivo de culturas foi colocado em bases intensivas, ótimas e inteligentes.

Como elo crucial em toda a cadeia do desenvolvimento regional, tais projetos de construção rural para o progresso e a prosperidade social inauguraram uma era de desenvolvimento geral da RPDC.

Como parte de uma medida para aplicar o princípio do povo em primeiro lugar a todo o seu trabalho, o PTC também assegurou que todas as suas organizações e funcionários compreendessem plenamente o sentimento público e trabalhassem eficazmente com o povo para fortalecer os laços de parentesco com amplas camadas das massas.

Em particular, ao organizar um trabalho ou tratar de um assunto vital para o povo, o PTC tem aderido ao princípio de examinar se ele é favorável ou não à unidade monolítica e de abordá-lo com prudência, com base no princípio de fortalecer essa unidade.

Por exemplo, ao preparar as celebrações do 66º aniversário da União das Crianças da Coreia, o PTC garantiu que a maioria dos participantes fosse formada por filhos de operários, camponeses, militares e intelectuais comuns, e que os filhos daqueles que cometeram delitos contra o país não fossem discriminados na escolha como delegados, caso fossem exemplares nos estudos e na vida organizativa da UCC.

O PTC tem realizado uma luta intensiva para corrigir todo tipo de atitudes e estilos de trabalho inadequados, como ignorar as dificuldades enfrentadas pelo povo em sua vida cotidiana, trabalhar de forma efêmera ou negligente e agir por conveniência na tentativa de melhorar o padrão de vida do povo, de modo que, uma vez que os funcionários comecem algo, levem adiante até que contribua de fato para melhorar o padrão de vida e traga benefícios substanciais ao povo.

Enquanto isso, as políticas centradas no povo do PTC e do Estado têm sido implementadas adequadamente para trazer mais benefícios ao povo. O PTC deu profunda atenção à modernização de creches, orfanatos, lares de idosos e sanatórios em todo o país, a fim de cuidar bem de órfãos, idosos sem ninguém que os apoie e pessoas com deficiência.

Ao enfatizar o estabelecimento, em todo o Partido, de um clima de resolver todos os problemas confiando no povo, o PTC tem garantido que a força mental do povo seja mobilizada ao máximo na implementação de suas políticas.

Para isso, assegurou que todos os funcionários abandonem o método de trabalho de gabinete e mergulhem profundamente entre as massas, sempre compartilhando alegrias e tristezas com elas e consultando-as para encontrar maneiras racionais de implementar suas linhas e políticas.

Nesse processo, o clima de esforços altruístas e dedicados pelo bem do povo prevaleceu em todo o PTC.

14. Transformando os Sonhos do Povo em Realidade

O PTC permanece comprometido em realizar os sonhos e ideais de longa data do povo.

O primeiro elemento nesse sentido é a grande força do país.

As manobras das forças hostis ao país continuaram de um século ao outro e, entrando na década de 2010, chegaram a uma fase mais perigosa.

Incomodados com o lançamento de satélite da RPDC em dezembro de 2012, os Estados Unidos e seus seguidores aprovaram à força uma “resolução de sanções” numa reunião do Conselho de Segurança da ONU, ilegalizando o direito legítimo da RPDC de lançar um satélite e internacionalizando as sanções contra ela.

Os Estados Unidos mobilizaram seus três principais meios de ataque nuclear na Península Coreana, levando a situação ao extremo. Entre janeiro de 2012 e dezembro de 2015, realizaram dezenas de exercícios militares de grande escala de vários tipos, incluindo o exercício de tiro marítimo direcionado a cinco ilhas e águas territoriais da RPDC no Mar Oeste da Coreia, e os jogos de guerra conjuntos Key Resolve e Foul Eagle.

Para lidar com as manobras frenéticas do inimigo, o PTC tomou o caminho de defender o destino do país e da nação, impulsionando os esforços para fortalecer as capacidades de defesa nacional com o dissuasor nuclear autodefensivo como coluna vertebral.

Uma reunião plenária do Comitê Central do PTC foi realizada em 31 de março de 2013.

Nessa reunião, Kim Jong Un apresentou uma nova linha estratégica de levar simultaneamente adiante a construção econômica e o fortalecimento das forças nucleares do país.

Essa linha não foi apresentada apenas para fins militares; é a linha de concentrar esforços na construção econômica e melhorar o padrão de vida do povo apoiando-se no poderoso dissuasor nuclear, para que o povo possa usufruir plenamente de todos os benefícios do socialismo em um futuro próximo e para que o país possa elevar radicalmente a eficácia do dissuasor e das capacidades de defesa sem aumentar os gastos militares.

Para o país que enfrenta o maior Estado nuclear do mundo e recebe sua constante ameaça nuclear, é importante ampliar e aperfeiçoar suas forças nucleares, e a paz, a prosperidade e a vida feliz do povo são garantidas com base na força de poderosas forças nucleares — essa é a visão do PTC.

Na reunião mencionada acima, Kim Jong Un disse:

A questão mais importante na implementação da linha do Partido de levar simultaneamente adiante a construção econômica e o fortalecimento das forças nucleares do país é concentrar todos os recursos em efetuar uma virada radical na construção de uma potência econômica.

Essa reunião foi um marco histórico em que a nova linha foi adotada não como uma contramedida temporária para lidar com a situação rapidamente mutável, mas como uma linha estratégica a ser mantida permanentemente, tendo em vista os interesses supremos da revolução coreana.

A reunião abriu uma nova era para o fortalecimento das capacidades de defesa nacional.

Em fevereiro de 2013, o país realizou seu terceiro teste nuclear subterrâneo em alto nível em um local de teste nuclear subterrâneo em sua região norte, como parte de suas contramedidas substanciais para defender sua segurança e soberania.

Este teste nuclear foi uma contramedida prática adotada pelo país para defender sua segurança e soberania, a fim de lidar com o ato hostil dos Estados Unidos de violar seu direito legítimo de lançar um satélite artificial para fins pacíficos.

Para esse teste, ao contrário dos anteriores, foi usada uma bomba A altamente explosiva, pequena e leve, que se mostrou segura e perfeita e não teve impacto negativo no ambiente ecológico circundante.

As características operacionais, o poder explosivo e outros índices da bomba A satisfizeram os valores de projeto, o que ilustrou o excelente desempenho do dissuasor nuclear diversificado do país.

O sucesso nesse teste mostrou a posição da RPDC de não fazer concessões ou compromissos em seus esforços para salvaguardar sua soberania.

Em outras palavras, demonstrou a determinação inabalável do povo coreano de que jamais cederia às sanções, ao bloqueio e às ameaças militares das forças hostis e, ao invés disso, adotaria contramedidas poderosas para defender sua dignidade nacional, soberania e segurança.

Organizações e personalidades estrangeiras emitiram declarações em apoio ao êxito da RPDC no teste nuclear.

Em sua declaração, o grupo de solidariedade da Rússia com a RPDC afirmou que o dissuasor nuclear era o único meio de impedir que os Estados Unidos impusessem sua vontade à RPDC, exatamente como estavam fazendo com outros países.

O diretor-geral Vishwanath, do Instituto Internacional da Ideia Juche, disse que a RPDC lançou o teste nuclear para lidar com a política hostil dos Estados Unidos, enfatizando que, como o povo coreano considerava sua soberania nacional como sua própria vida, os Estados Unidos teriam de engolir mais um “remédio amargo” caso não abandonassem essa política.

Em uma conferência sobre desarmamento realizada em Genebra em 27 de fevereiro de 2013, o representante da RPDC declarou:

Não tínhamos plano de lançar o terceiro teste nuclear, nem sentíamos necessidade de fazê-lo. Estávamos concentrados em melhorar o padrão de vida do povo, mas os Estados Unidos puseram todos os obstáculos em nosso caminho. Com as manobras hostis dos EUA atingindo um estágio grave, fomos compelidos a tomar uma decisão crucial, pois não podíamos trabalhar para desenvolver a economia e melhorar o padrão de vida em um ambiente pacífico. A decisão foi realizar o terceiro teste nuclear subterrâneo. Os Estados Unidos são totalmente responsáveis pela situação imprevisivelmente volátil na Península Coreana.

Na Sétima Sessão da 12ª Assembleia Popular Suprema, realizada em abril de 2013, ficou consagrado em lei que a RPDC é um Estado possuidor de armas nucleares. Isso foi uma proclamação para o mundo inteiro de que a construção das forças nucleares do país já não era uma moeda de troca em negociações com as forças inimigas ou um ponto de discussão na arena da ONU, mas uma tarefa imediata do digno Partido do Trabalho da Coreia e uma lei sagrada do país.

Com base nisso, o Partido do Trabalho da Coreia aprovou um plano para o primeiro teste da bomba de hidrogênio, uma arma termonuclear de superintensidade, em 3 de janeiro de 2016. No dia 6, três dias depois, o teste foi realizado com sucesso, assegurando a posição do país como um Estado responsável possuidor de bomba de hidrogênio.

Em setembro do mesmo ano, foi realizado um teste explosivo de uma ogiva nuclear recém-desenvolvida para avaliar sua potência, seguido da declaração de que o país era capaz de produzir, à sua própria vontade e conforme suas necessidades, vários tipos de ogivas nucleares de grande capacidade de ataque.

Os Estados Unidos e o Ocidente, acostumados a falar mal do país, comentaram que estavam bastante surpreendidos com a potência de suas ogivas nucleares padronizadas, miniaturizadas e leves, bem como com o dinâmico fortalecimento de sua capacidade nuclear.

O Partido do Trabalho da Coreia liderou uma campanha ininterrupta para atingir um objetivo mais elevado na fabricação de armas nucleares, golpeando o inimigo com terror. Como resultado, a indústria de defesa do país tornou-se capaz de produzir todos os componentes da bomba de hidrogênio domesticamente e estabeleceu a orientação Juche em todas as linhas de produção nuclear, desde a produção de materiais de grau militar até o processamento de precisão e a montagem das peças.

Em 3 de setembro de 2017, o Presidium do Bureau Político do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia adotou uma resolução sobre a realização de um teste de bomba de hidrogênio a ser montada em um míssil balístico intercontinental como parte do esforço para alcançar o objetivo final de aperfeiçoar as forças nucleares nacionais, e os cientistas nucleares tiveram êxito no primeiro teste.

Os cientistas de defesa realizaram com sucesso um teste de ejeção subaquática de um míssil balístico lançado de submarino (SLBM) em maio de 2015, seu teste de voo em abril do ano seguinte e seu teste de lançamento subaquático em agosto do mesmo ano. Em outubro de 2019, tiveram êxito no lançamento de teste do novo tipo de SLBM Pukkuksong-3.

Agora o país possuía SLBM, privilégio de apenas alguns países no mundo.

Com base no êxito do teste de lançamento subaquático de SLBM em agosto de 2016, o Partido do Trabalho da Coreia apresentou a tarefa de desenvolver o sistema de armas em um míssil balístico terrestre com alcance ampliado.

Os cientistas e técnicos de defesa realizaram com sucesso o teste de lançamento do míssil balístico estratégico terrestre de alcance intermediário Pukkuksong-2 em fevereiro de 2017 e, em maio do mesmo ano, o teste de lançamento desse míssil, que estava prestes a ser implantado. Isso significava que haviam cumprido as tarefas confiadas a eles pelo Partido do Trabalho da Coreia em questão de alguns meses.

Não satisfeitos com isso, o Partido do Trabalho da Coreia garantiu que uma série de outros testes fosse conduzida para realizar a causa histórica de aperfeiçoar as forças nucleares nacionais.

Em 18 de março de 2017, no Campo de Lançamento de Satélites de Sohae, foi realizado com sucesso o teste do motor de grande empuxo do tipo Juche, demonstrando que a indústria de defesa do país havia se desenvolvido de uma indústria baseada em cópia para uma movida pela inovação.

Em 4 de julho, o míssil balístico intercontinental Hwasongpho-14 foi lançado com sucesso, seguido da conclusão do sistema do míssil balístico intercontinental Hwasongpho-15 em 28 de novembro. Isso significou que o país possuía outro novo tipo de míssil balístico intercontinental capaz de atingir o território continental dos EUA carregando uma ogiva nuclear superpesada, alcançando assim a causa histórica de aperfeiçoar as forças nucleares nacionais.

O lançamento bem-sucedido, em 31 de outubro de 2024, da versão final do novo tipo de míssil balístico intercontinental Hwasongpho-19 estabeleceu um marco no fortalecimento das forças estratégicas do país.

O sistema de armas da série Hwasongpho é, em nome e realidade, um sistema de armas ao estilo coreano desenvolvido com base em esforços e tecnologia autóctones e em conformidade com as condições reais do país.

Na verdade, a construção das forças nucleares significou percorrer um caminho enfrentando todos os desafios — ações das grandes potências para manter sua supremacia nuclear, como ações concertadas entre si, pressão política e diplomática, bloqueio econômico perverso, invasão, etc. Entretanto, o Partido do Trabalho da Coreia, com um nobre senso de responsabilidade pelo destino do país e do povo, conquistou a grande vitória de realizar a causa histórica de aperfeiçoar as forças nucleares nacionais e pôr fim à agressão e à ameaça nuclear dos imperialistas.

Enquanto isso, o Partido do Trabalho da Coreia concentrou seu trabalho e suas atividades em melhorar o padrão de vida do povo, para que pudesse levar uma vida mais feliz.

A marca de um país poderoso, conforme definido pelo Partido do Trabalho da Coreia, é o riso feliz do povo.

Ao considerar que felicidade significa ausência de preocupações, o Partido considera o riso feliz do povo, que leva uma vida culta em um país sem ameaça de guerra e onde tudo prospera, como a manifestação de um país poderoso.

Isso ocorreu quando Kim Jong Un visitou a Fábrica Fiação Kim Jong Suk de Pyongyang em outubro de 2013.

Durante a visita, ele disse:

Agora, o problema que a fábrica enfrenta é o dormitório e as casas para suas funcionários. Colocar a produção em bases normais é importante, mas o principal é resolver o problema das condições de vida das funcionárias.

Percorrendo o local, ele enfatizou:

Não há margem para hesitação nesse assunto. Eu assegurarei que um dormitório maravilhoso e casas sejam construídos para a fábrica.

Antes de concluir sua visita, ele se dirigiu ao local do dormitório, dizendo que somente indo ao local poderia organizar o projeto de construção com uma imagem correta do dormitório, e que não poderia partir sem ver o local.

Enquanto examinava o local, disse que era adequado para um dormitório, acrescentando:

O Exército Popular deve enviar seu forte contingente de construção e iniciar o projeto o mais rápido possível. O projeto deve ser concluído de uma só vez, pois pode haver outros projetos que teremos de realizar no próximo ano.

Mais tarde, um dormitório para trabalhadoras com excelentes instalações de serviço foi construído na fábrica.

Em abril de 2014, Kim Jong Un visitou o dormitório concluído e pediu aos funcionários que o acompanhavam para examiná-lo com ele, pois havia sido maravilhosamente construído pelos soldados-construtores.

Ao olhar as paredes interiores, disse que estavam bem acabadas com cores quentes para atender ao gosto das jovens. Ao ver um espelho na parede do corredor de um quarto, disse que as jovens o apreciariam, pois poderiam se vestir diante dele antes de sair, especialmente antes de encontros com rapazes.

Ele continuou:

Isso deveria ser chamado de hotel das trabalhadoras, ou melhor, palácio das trabalhadoras, em vez de dormitório das trabalhadoras. Não parecerá inferior nem mesmo aos olhos de visitantes estrangeiros. Se virem este dormitório, os estrangeiros dirão que o nosso é um mundo para a classe trabalhadora.

Em janeiro de 2014, logo após fornecer orientação no terreno na Academia Estatal de Ciências, Kim Jong Un foi ao Lago Yonphung.

À beira do lago, ele disse que havia trazido o presidente da academia consigo porque queria mostrar-lhe o local para um acampamento de férias para cientistas. Em seguida, perguntou ao presidente se ele gostava do local.

Ele continuou explicando que, no verão anterior, havia percorrido o lago de barco duas vezes para escolher o local do acampamento de férias e examinado os arredores antes de encontrar este local.

Comparando as ilustrações em suas mãos com o local do projeto, ele disse, muito satisfeito:

É um local excelente para o acampamento de férias. No verão, a paisagem era realmente maravilhosa, com seu ar fresco e densas florestas. Hoje descobri que não é menos bela nem mesmo no inverno. Se os cientistas forem fornecidos com condições amplas para bom descanso, alcançarão maiores êxitos em seu trabalho. Por isso, o Partido decidiu construir um acampamento de férias de altíssimo nível para os cientistas à beira do lago, que possui uma paisagem esplêndida e está associado às façanhas de liderança dos grandes camaradas Kim Il Sung e Kim Jong Il. Devemos fornecer tudo o que for necessário aos cientistas no mais alto nível possível. Devemos construir o acampamento de férias para que seja único no mundo. Tudo o que fizermos deve ser feito de modo que possa ser único no mundo. Em poucos meses esta área será transformada além do reconhecimento.

Foi assim que o Acampamento de Férias dos Cientistas de Yonphung foi construído.

Para citar outro exemplo, Kim Jong Un prestou grande atenção ao planejamento de uma área de esqui no Resort de Águas Termais de Yangdok.

Considerando as condições climáticas regionais e as características topográficas, era bastante desafiador planejar uma área de esqui de inverno ao lado da área de águas termais em Yangdok.

Antes do início do projeto, Kim Jong Un disse aos funcionários: Em Yangdok, há muita neve, então é favorável para planejar uma área de esqui ali. Analisei os registros meteorológicos locais que foram mantidos por muitos anos e descobri que Yangdok possui três dias de neve a mais do que a área do Passo Masik e também uma temperatura mais baixa. Isso significa que é um local mais adequado para esqui.

Foi assim que uma área de esqui foi planejada em Yangdok, uma região montanhosa coberta por pinheiros.

Em um dia de março de 2021, Kim Jong Un visitou a área ribeirinha perto do Portão Pothong e disse:

Devemos formar um distrito moderno de casas com terraço ao longo da margem do rio Pothong e presentear as casas aos trabalhadores, incluindo inovadores do trabalho e beneméritos de diferentes setores que trabalham com devoção para o Partido e o Estado.

Após algum tempo, ele prosseguiu:

A antiga casa do grande Líder camarada Kim Il Sung fica neste lugar. Nesta área vamos construir não um edifício público, mas casas para o povo, e esta é a política do nosso Partido. Se o líder soubesse que sua casa teria sido removida e modernas casas construídas em seu lugar para o povo, teria ficado satisfeito. Acho que ele deve ter deixado este local excelente especialmente para nos ajudar.

Em abril de 2022, o Distrito de Casas com Terraço à Beira do Rio Pothong foi inaugurado.

No dia da inauguração, Kim Jong Un disse:

Portanto, a única casa removida neste lugar foi a do Líder. Se ele tivesse sabido que sua casa havia sido retirada e, em seu lugar, um berço feliz havia sido construído para beneméritos e outros patriotas, teria ficado satisfeito. Ele ficaria realmente feliz, sentindo como se tivesse abraçado o povo que tanto amou ao longo de sua vida.

Outro exemplo é a Área Turística Costeira de Wonsan-Kalma, em Myongsasimni, na península de Kalma, um local pitoresco no Mar Leste da Coreia, que foi desenvolvida em um popular balneário litorâneo.

Hoje, os sonhos e ideais do povo coreano estão sendo realizados pelo Partido do Trabalho da Coreia sob a liderança de Kim Jong Un.

15. Amor pelo futuro

As crianças são as donas do futuro. Educar as crianças com uma consciência ideológica sã, conhecimentos profundos e boa saúde física é uma questão decisiva para o futuro do país.

A Sexta Sessão da 14ª Assembleia Popular Suprema da República Popular Democrática da Coreia, realizada no início de fevereiro de 2022, adotou a Lei sobre o Cuidado Infantil.

Na Terceira Reunião Plenária do Oitavo Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, realizada em junho de 2021, Kim Jong Un propôs, como sexto ponto da agenda, a tarefa de aperfeiçoar a política de cuidado infantil do Partido. Ele disse: Não há trabalho revolucionário mais importante do que educar as crianças, futuro do país, para que sejam fortes e saudáveis, e é a política mais importante e o desejo supremo do Partido e do Estado proporcionar condições mais aprimoradas para educá-las, mesmo investindo uma soma enorme de recursos. Se as crianças nascidas e criadas nesta terra comerem bem e crescerem saudáveis em um bom ambiente desde a infância, daqui a 20 ou 30 anos tanto mais vitalidade e vigor transbordará em nossa sociedade e o poder nacional da República Popular Democrática da Coreia crescerá ainda mais.

A República Popular Democrática da Coreia havia estabelecido, no final dos anos 1940, um sistema de cuidado e educação infantil sob proteção pública, investindo grandes somas de recursos estatais para construir creches e jardins de infância em diferentes partes do país e fazê-los funcionar.

Em 1976 o governo consagrou esse sistema na Lei sobre a Criação e Educação das Crianças.

Após a adoção dessa lei, o número de creches e jardins de infância aumentou, e a nutrição das crianças foi ainda mais aprimorada.

Posteriormente, essa lei foi revisada e complementada várias vezes.

No entanto, as dificuldades econômicas causadas pelas persistentes e brigantes sanções das forças hostis e pela prolongada pandemia criaram uma série de dificuldades no trabalho de educação infantil.

Na reunião plenária do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, Kim Jong Un afirmou que fornecer a todas as crianças do país alimentos nutritivos, incluindo laticínios, às custas do Estado deveria ser formulado como uma política do Partido, e indicou tarefas detalhadas e métodos para sua implementação.

Era mais fácil falar do que fazer, pois o país tinha bases fracas na produção de laticínios e deveria alimentar as crianças com esses produtos durante o ano inteiro.

Kim Jong Un enfatizou: Quanto pior for a situação, maior deve ser o afeto que devemos dedicar às nossas crianças, e devemos avançar dinamicamente rumo ao futuro do comunismo com a força desse afeto. Este deve ser o caminho de avanço e desenvolvimento da nossa revolução. Os dias na creche e no jardim de infância são os mais importantes no crescimento e desenvolvimento da criança. Deve ser política do Partido fornecer a todas as crianças do país alimentos nutritivos, incluindo laticínios, às custas do Estado.

Apresentando tarefas e métodos detalhados para esse fim, ele disse que todos os funcionários deveriam dedicar atenção especial ao fornecimento de alimentos suficientes às crianças nas creches e jardins de infância com afeto paternal e demonstrar sua lealdade ao Partido do Trabalho da Coreia, à revolução, ao país e ao povo, contribuindo de forma tangível para implementar a política de cuidado infantil do Partido.

A reunião deliberou sua proposta e adotou a decisão correspondente com aprovação unânime.

Após o término da reunião, medidas práticas foram adotadas para implementar a política de cuidado infantil.

Foi assim que a decisão da reunião plenária foi consagrada na lei.

Como uma lei subsidiária da Lei sobre a Criação e Educação das Crianças, a Lei sobre o Cuidado Infantil, composta por 61 artigos em quatro capítulos, estipula questões relativas à produção e ao fornecimento de alimentos nutritivos para as crianças e à criação de condições para educá-las, como utilizar materiais de qualidade garantida para produzir leite em pó, fabricar leite em pó conforme os padrões nacionais mediante a modernização das linhas e equipamentos de produção e o desenvolvimento de suas técnicas de processamento.

Ela estipula até mesmo questões como fornecer às creches e jardins de infância equipamentos necessários, instrumentos musicais, brinquedos e outros recursos, e garantir eletricidade e combustível para aquecimento e preparo de alimentos.

Após a adoção da lei, todo o país conduziu de forma mais vigorosa o trabalho de fornecimento regular de alimentos nutritivos, incluindo laticínios, às crianças e de criação de excelentes condições de cuidado infantil; províncias, cidades e condados avançaram com o trabalho de construção de grandes fazendas de vacas leiteiras e cabras equipadas com edifícios de processamento de leite e ração, além de ampliar ou renovar as existentes, aumentando assim o número de vacas e cabras leiteiras e elevando a produção de laticínios em comparação com o mesmo período do ano anterior; essas unidades e bases de fornecimento foram equipadas com condições necessárias, incluindo veículos, equipamentos de congelamento e armazenamento e recipientes de transporte, para que as crianças pudessem ser sempre abastecidas com laticínios frescos.

Esse trabalho continuou mesmo durante o período do mais alto nível de emergência antiepidêmica em 2022.

Naquele ano a taxa de incidência de doenças, incluindo doenças respiratórias, entre as crianças diminuiu radicalmente, e suas alturas e pesos aumentaram, para a alegria dos pais e de outras pessoas.

Esse fato oferece uma visão de quanto o Partido do Trabalho da Coreia tem se dedicado ao cuidado das novas gerações desde sua fundação.

Ao longo dos últimos 80 anos, o Partido, considerando a educação como o mais importante dos assuntos de Estado e uma tarefa prioritária para garantir o futuro do país e da nação, tem melhorado as condições, o ambiente, o conteúdo e os métodos de educação a fim de formar as novas gerações como talentos desenvolvidos de forma abrangente.

Kim Jong Un estabeleceu o objetivo de transformar a República Popular Democrática da Coreia em um país da educação e uma potência de talentos, e esclareceu as tarefas e métodos para promover uma virada revolucionária na educação.

Quando ele concebeu um plano para promover uma virada revolucionária na educação, o trabalho educacional do país não correspondia ao padrão exigido.

Sem tomar medidas rápidas para aperfeiçoar o trabalho educacional, seria impossível para o país avançar e alcançar os padrões globais, especialmente em ciência e tecnologia.

A única maneira de fazer isso era estabelecer a educação como o mais importante dos assuntos de Estado e desenvolvê-la como preocupação de todo o Partido do Trabalho da Coreia, de todo o país e de todo o povo.

"Façamos do nosso país um país da educação e uma potência de talentos, promovendo uma melhoria radical na educação no novo século!" — este foi o slogan apresentado por Kim Jong Un em sua conversa com altos funcionários do Comitê Central do Partido em 30 de agosto de 2014. Ele refletia seu plano de promover uma virada revolucionária na educação.

Em muitos outros trabalhos e no Sétimo Congresso do Partido do Trabalho da Coreia, ele especificou o alvo da revolução educacional no novo século e objetivos claros para transformar a República Popular Democrática da Coreia em um país da educação e uma potência de talentos.

O alvo da revolução educacional no novo século é formar todos os estudantes como pilares confiáveis da construção de uma potência socialista e tornar todo o povo bem familiarizado com a ciência e tecnologia, a fim de transformar o país em uma potência educacional.

Kim Jong Un também esclareceu os princípios a serem mantidos para promover a revolução educacional no novo século e o elo principal de toda a sua cadeia.

Os princípios são manter a ideia e a política educacionais baseadas no Juche como diretriz definitiva e aplicá-las fielmente conforme as exigências dos tempos e da revolução em desenvolvimento, alcançar inovações ao estilo coreano no trabalho educacional e elevá-lo a um novo e mais alto nível.

O elo principal é melhorar decisivamente a educação secundária geral.

A educação secundária geral ajuda uma pessoa a adquirir qualificações e habilidades básicas. Em outras palavras, escolas primárias e secundárias ajudam os estudantes a desenvolver a capacidade de compreender a essência das coisas e fenômenos e os princípios científicos por conta própria, trabalhar de forma independente em qualquer setor e prosseguir seus estudos em níveis mais altos.

Melhorar a educação secundária geral é a chave para desenvolver a educação em faculdades e universidades e formar pessoal suficiente e competente.

O Partido do Trabalho da Coreia concentrou-se em fortalecer as fileiras de professores, estabelecer o sistema e os métodos educacionais orientados pelo Juche e proporcionar boas condições e ambiente para o desenvolvimento do trabalho educativo.

Kim Jong Un identificou as qualificações deficientes dos professores como a principal causa da educação geral permanecer em um nível baixo, e definiu o fortalecimento das fileiras de professores como a tarefa primordial para efetuar a revolução educacional.

Como parte de uma medida para esse fim, o Partido do Trabalho da Coreia dedicou grande atenção ao fortalecimento das instituições de formação de professores e ao aprimoramento da qualidade de seu ensino.

Em 16 de janeiro de 2018, ao visitar o renovado Instituto de Formação de Professores de Pyongyang, Kim Jong Un disse:

Preparar os estudantes como professores capazes de conduzir uma educação de nível superior é o objetivo que os institutos de formação de professores devem estabelecer e alcançar. O setor de formação de professores deve considerar isso como uma importante tarefa orientada por políticas e dirigir seus principais esforços a ela. Esses institutos devem matricular estudantes que possam se qualificar como professores. Os professores são diferentes de outros intelectuais que fazem uso do conhecimento que adquiriram durante seus dias de universidade para contribuir para a construção de uma potência socialista. Eles devem adquirir não apenas uma grande quantidade de conhecimento, mas também a capacidade de transmiti-lo a outros. As habilidades das pessoas variam entre si. Para tomar os esportistas como exemplo, há aqueles que foram brilhantes como jogadores, mas não conseguem desempenhar adequadamente seu papel após se tornarem treinadores. Da mesma forma, algumas pessoas, embora proficientes em teoria, não conseguem aplicar a teoria à prática de forma apropriada.

O slogan “Façamos um salto adiante pela força da ciência e garantamos o futuro pela força da educação!”, apresentado pelo Partido do Trabalho da Coreia, desempenha um papel importante em garantir que toda a sociedade preste mais atenção ao desenvolvimento da educação.

Foram lançadas iniciativas em vários campos da educação: esforços estão sendo dirigidos ao aperfeiçoamento do sistema educacional para formar talentos de um novo tipo exigido pelos tempos; a orientação sobre o trabalho educativo foi aprimorada e os conteúdos e métodos de ensino estão sendo inovados para cultivar um espírito nobre e a criatividade entre os estudantes; a pedagogia está sendo ainda mais desenvolvida para colocar toda a educação em uma nova base científica; e as condições e o ambiente educacionais estão sendo radicalmente melhorados.

No novo ano letivo de 2024, o setor de educação geral começou, em caráter experimental, o ensino por meio de disciplinas opcionais em dezenas de escolas, e abriu mais escolas e classes técnicas de nível médio superior.

Isso fez parte do trabalho para colocar o país no grupo de países avançados em educação, conforme definido pelas tarefas apresentadas na Nona Reunião Plenária do Oitavo Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia. As escolas promoveram seu trabalho concentrando-se em oferecer educação teórica e melhorar a capacidade de pensamento dos estudantes, e em treinar todos os estudantes para possuir conhecimento versátil e alta formação cultural, com base no princípio de intensificar a educação geral enquanto se dá pleno desenvolvimento às habilidades dos prodígios.

O setor de ensino superior preparou e lançou o trabalho de pioneirismo nas ciências transdisciplinares e de ponta, bem como de aprimoramento dos cursos de pós-graduação, a fim de elevar seu nível de educação para formar talentos de grau superior capazes de desenvolver e atualizar processos e tecnologias.

Mudanças substanciais também ocorreram no fortalecimento das bases materiais e tecnológicas do setor educacional.

Sucessos notáveis foram alcançados, um após o outro, na campanha nacional para renovar as condições e o ambiente educacionais.

Mais de 340 escolas, 780 escolas filiais e 150 jardins de infância foram reconstruídos ou renovados até o final de novembro de 2024. Além disso, foram estabelecidas 2 000 salas de aula multifuncionais a mais do que as planejadas, e foi criada uma rede de comunicação de dados em 180 escolas filiais.

Tudo isso foi fruto valioso do elevado zelo patriótico de todos os funcionários e trabalhadores do país para concretizar a intenção do Partido do Trabalho da Coreia de que todos devem sempre pensar e fazer esforços constantes para desenvolver a educação, e de que o clima de priorizar a educação e prestar apoio ativo ao setor deve ser estabelecido em todo o Partido do Trabalho da Coreia, no país e na sociedade.

Enquanto isso, tornou-se política do Partido do Trabalho da Coreia e do Estado fornecer uniformes, calçados, bolsas e outros artigos escolares às custas do Estado para todos os estudantes do país, segundo a qual os estudantes recebem esses itens todos os anos.

Em particular, em 1º de abril de 2015, os alunos do primeiro ano das escolas primárias de todo o país chamaram a atenção do povo. Os uniformes que usavam lembravam aos espectadores sua infância e fizeram com que sentissem mais intensamente as vantagens do sistema socialista em que vivem.

A Quarta Reunião Plenária do Oitavo Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, realizada em dezembro de 2021, estabeleceu como política consistente do Partido fornecer a todos os estudantes do país uniformes e outros artigos escolares às custas do Estado, apresentou a tarefa de fornecer a todos eles uniformes de boa qualidade e mochilas de novos estilos e tomou uma medida crucial para implementar isso.

Assim, no novo ano letivo de 2022, todos os novos estudantes do país foram fornecidos com novos uniformes, sapatos, mochilas e outros artigos escolares.

Com a operação do sistema nacional de produção de uniformes escolares, bolsas e calçados, foi estabelecida uma garantia institucional para implementar a política socialista de fornecê-los a todos os estudantes, quer vivam em cidades, áreas rurais, vilas montanhosas ou ilhas distantes. Esses itens eram anteriormente fornecidos pela rede comercial, mas a partir de 2024 as escolas passaram a fornecer a cada estudante um uniforme escolar com sua etiqueta de nome, mochila e calçados, todos embalados individualmente. Digno de nota é o fato de que cada escola possui uma sala de prova para que os alfaiates e fabricantes de uniformes possam corrigir erros no local.

Kim Jong Un certa vez disse:

Desde os tempos antigos se diz que os pais tomam para si todos os esforços para criar um filho. Contudo, nós temos milhões de crianças. Pode-se dizer que nosso Partido foi abençoado com crianças. Mesmo que criá-las exija todo tipo de esforço, considero isso felicidade, não um fardo.

Sob o carinho atencioso de Kim Jong Un, a Fábrica de Cadernos Mindulle foi construída como uma fábrica especializada na produção de cadernos para as crianças dos jardins de infância e escolas de todos os níveis do país.

Ele pessoalmente nomeou a fábrica como Fábrica de Cadernos Mindulle.

Em sua visita à fábrica em 18 de abril de 2016, ele disse:

A Fábrica de Cadernos Mindulle é a fábrica preciosa do nosso Partido, especializada na produção de cadernos a serem fornecidos às nossas crianças e estudantes.

Nesse dia, ele disse que o preço dos cadernos produzidos pela fábrica deveria ser definido como baixo, e deu instruções detalhadas sobre transportar os cadernos de trem para as áreas distantes de Pyongyang e por veículos para áreas próximas, como Nampho, e pintar o logotipo da fábrica nos trens e veículos.

Graças ao seu cuidado minucioso, uma nova era de desenvolvimento educacional foi aberta no país.

Em dezembro de 2024, a Sessão Ampliada da Décima Primeira Reunião Plenária do Oitavo Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia adotou, como seu quarto ponto da agenda, "Sobre a Implementação de uma Série de Medidas para Fortalecer as Bases Educacionais do País".

Enfatizando que o Partido do Trabalho da Coreia deve sempre colocar a educação acima de tudo, priorizá-la, aumentar ainda mais o interesse público por ela e continuar ampliando o apoio estatal e o investimento nela à medida que a escala de criação e transformação se expande e enormes tarefas revolucionárias são apresentadas, a reunião discutiu e decidiu que o Estado proporcionaria aos professores e estudantes as melhores condições de trabalho e estudo sob a responsabilidade estatal, estabeleceria uma meta ambiciosa de renovar todas as escolas do país na próxima década e levaria essa meta adiante de maneira persistente até concluí-la sem falhas, e adotou as medidas necessárias para esse fim.

Como o Partido do Trabalho da Coreia considera educar e cuidar das gerações mais jovens como seu primeiro e principal credo e como o assunto mais importante dos assuntos estatais, o povo coreano está dedicando tudo pelas gerações mais jovens, com os olhos voltados para o futuro eterno de seu país.

16. Assumindo a responsabilidade pelo destino do povo

Um ditado coreano diz que a inundação é mais destrutiva do que o fogo.

Na República Popular Democrática da Coreia, as pessoas costumam dizer que não têm medo de calamidades naturais, pois o Partido do Trabalho da Coreia cuida delas.

As calamidades naturais resultam na perda de casas e vidas e até no surgimento de doenças infecciosas, de modo que pessimismo e desespero predominam nas regiões afetadas. Surpreendentemente, este não foi o caso das áreas atingidas por enchentes recentes na RPDC. Os moradores das áreas inundadas estavam cheios de esperança e otimismo, convencidos de que o Partido do Trabalho da Coreia e o Governo cuidariam deles.

Para citar um exemplo, em 5 de agosto de 2020, ocorreu uma inundação em Taechong-ri, condado de Unpha, província de Hwanghae Norte, após um longo período de chuvas. Mais de 730 casas térreas e 600 hectares de campos de arroz foram submersos.

No dia 7, Kim Jong Un dirigiu pessoalmente seu carro pela estrada enlameada até Taechong-ri. Ele examinou as áreas afetadas e, no caminho de volta, o carro derrapou e caiu em um campo de arroz.

Ao serem informados do ocorrido, alguns agricultores correram ao local e ajudaram a colocar o carro de volta na estrada.

Com os olhos marejados, um deles disse a Kim Jong Un: O senhor não deveria ter vindo aqui. Se souberem que veio por esta estrada tão ruim, as outras pessoas do país não nos perdoarão.

Kim Jong Un disse aos moradores que estava muito triste por lhes causar trabalho, pois havia ido ali para ajudá-los.

Logo depois, o Partido do Trabalho da Coreia garantiu que os órgãos de orientação em nível de condado — órgãos do Partido e do poder popular, organizações de trabalhadores e órgãos de segurança pública — organizassem a acomodação dos desabrigados em casas de outras pessoas e em edifícios públicos, como os comitês do Partido e popular do condado, e que os funcionários desses órgãos tomassem as medidas necessárias para estabilizar a vida dos afetados.

Também foram enviadas aos moradores das áreas atingidas as reservas de alimentos do Presidente de Assuntos Estatais, e medidas rápidas foram tomadas para fornecer roupas de cama, artigos de uso diário e medicamentos.

Foram adotadas medidas para formar o Comando da campanha de reconstrução com funcionários dos departamentos relevantes do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia e do então Ministério das Forças Armadas Populares. Os funcionários desse Comando trabalharam no local, conhecendo em detalhe os danos causados pela enchente, calculando e relatando a quantidade de materiais e mão de obra necessários para a reconstrução. Por outro lado, especialistas das unidades centrais de design foram enviados a Taechong-ri com o objetivo de construir novas casas-modelo para as 800 famílias afetadas. Todas as medidas necessárias foram tomadas para concluir o projeto com êxito o mais rápido possível.

Em maio de 2022, ocorreu um incidente de emergência no mais alto nível do Estado: houve uma ruptura na frente de prevenção de doenças infecciosas que fora defendida por mais de dois anos.

Esta crise de saúde pública pode ser considerada o maior tumulto desde a fundação da RPDC.

Um dia, quando todos estavam tomados de inquietação e medo, Kim Jong Un percorreu farmácias em Pyongyang. Em uma delas, as vendedoras ficaram surpresas ao vê-lo no meio da noite. Como havia pouco tempo que haviam se recuperado da doença infecciosa, tentaram se afastar dele, seu dirigente, que estavam ansiosas para ver.

No entanto, Kim Jong Un aproximou-se e perguntou sobre o fornecimento e o armazenamento de medicamentos. Indagou em detalhe sobre os remédios cuja demanda estava crescendo e instruiu sua comitiva a tomar medidas rápidas para corrigir falhas no sistema de fornecimento e transporte de medicamentos.

Assim, menos de três meses após a adoção do sistema de emergência antiepidêmico de mais alto nível, todos os casos de febre recuperaram a saúde. Este foi um sucesso digno de nota na história da medicina mundial.

Para citar outro exemplo, no fim de julho de 2024, quando uma forte chuva atingiu as áreas fronteiriças do norte do país, o Partido do Trabalho da Coreia tomou medidas imediatas para a reconstrução.

A chuva recorde criou uma crise séria, na qual várias áreas insulares de Sinuiju e do condado de Uiju, na província de Phyongan Norte, ficaram isoladas em zonas vulneráveis a inundações. Imediatamente após o surgimento da crise, importantes funcionários do Partido, do Governo e do exército foram enviados aos locais, e helicópteros da Força Aérea do Exército Popular da Coreia, vários tipos de barcos salva-vidas da Marinha e uma formação de guardas marítimos da Guarda de Fronteira foram mobilizados para resgatar os moradores.

Dez helicópteros participaram das operações de resgate, salvando os moradores por meio de voos consecutivos.

Quando os helicópteros pousaram em um aeroporto próximo, os moradores ficaram surpresos ao ver Kim Jong Un ali. Eles não imaginavam que ele os aguardaria sob a forte chuva por tanto tempo.

Recordando aquele dia, uma moradora disse: Ao descer de um helicóptero, alguns estavam vestindo capas de chuva e outros cobriam o corpo com pedaços de lona para evitar se molhar. Ficamos surpresos ao ver nosso Marechal sob a chuva torrencial. Com lágrimas nos olhos, pude sentir o quanto ele estava preocupado conosco.

Enquanto todos os moradores resgatados se emocionavam com a profunda preocupação demonstrada por ele, Kim Jong Un os cumprimentou com calor e afeto. O número total de moradores resgatados ultrapassou 4 200.

Em 8 de agosto do mesmo ano, Kim Jong Un encontrou os moradores do condado de Uiju que ficaram desabrigados pela enchente. Visitou as tendas onde os desabrigados estavam temporariamente alojados e os consolou.

Ele lhes falou sobre a posição do Partido e do Governo quanto ao trabalho de restauração e fez um discurso de consolo, dizendo:

O maior obstáculo nas áreas atingidas pelas enchentes é a vida e a educação dos estudantes e das demais crianças. Portanto, vamos estabelecer um sistema de emergência segundo o qual, durante o trabalho de restauração, os estudantes e todas as outras crianças das famílias afetadas nas províncias de Phyongan Norte, Jagang e Ryanggang permanecerão em Pyongyang e receberão um ambiente seguro e confortável para cuidado e educação, inteiramente às custas do Estado.

Atualmente, muitos países e organizações internacionais estão expressando sua disposição de nos fornecer assistência humanitária. Mas aquilo que colocamos em primeiro lugar em todos os domínios e processos dos assuntos do Estado é a forma de resolver os problemas confiando firmemente no povo e inteiramente com nossos próprios esforços. Aquilo em que o Comitê Central do Partido e o Governo confiam na atual campanha de restauração é também o entusiasmo patriótico e o valor de nosso povo e o potencial de nosso Estado de A a Z.

Como sempre fizemos, valorizaremos nossa confiança em nossa própria força acima de tudo, resolveremos todos os problemas mobilizando a força e a sabedoria do povo e continuaremos ampliando e aumentando a força de nosso Estado dessa maneira para moldar nosso futuro com nossa própria força e esforços.

Como todos os esforços nacionais estão concentrados no projeto de restauração e todo o trabalho planejado está sendo impulsionado de forma tranquila sob a orientação unificada e poderosa de nosso governo, permaneceremos, em grande medida, coerentes com este princípio. Para cumprir as tarefas da época, as tarefas históricas que decidimos assumir e carregamos sobre nossos ombros para nosso querido povo e nosso futuro, o Partido e o Governo enfrentarão de bom grado quaisquer desafios e corresponderão à confiança do povo com seu serviço fiel e excelentes resultados.

Logo depois, mais de 13 000 vítimas de enchentes foram convidadas a Pyongyang como hóspedes especiais do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, para que permanecessem no Albergue 25 de Abril até que suas novas casas fossem concluídas.

Em 15 de agosto, elas chegaram ao Albergue 25 de Abril.

Kim Jong Un visitou os alojamentos para encontrar as pessoas de diferentes áreas atingidas.

Ele fez um discurso de boas-vindas, no qual expressou agradecimento às vítimas das enchentes de várias regiões por terem confiado e seguido as medidas tomadas pelo Partido e pelo Governo, bem como sua satisfação por encontrá-las em Pyongyang.

Concluiu seu discurso dizendo: Espero que os idosos, as mulheres e todos os demais das áreas atingidas pelas enchentes passem momentos felizes e tenham um tempo inesquecível e significativo durante sua estadia na capital de sua amada pátria.

Quando entrou no refeitório infantil, as crianças correram para seus braços sem hesitação. Ele desejou novamente que todas as vítimas das enchentes passassem dias agradáveis e com boa saúde, desfrutando plenamente dos benefícios sem qualquer preocupação durante sua estadia em Pyongyang.

No dia seguinte, 16 de agosto, ele visitou novamente o albergue para se inteirar de como estavam sendo feitas as preparações para a educação dos estudantes das áreas atingidas.

Logo depois, salas de aula temporárias foram instaladas no albergue; um grupo educacional itinerante foi organizado com professores de jardins de infância, escolas primárias e escolas secundárias de Pyongyang; e os preparativos para um novo ano letivo estavam bem encaminhados.

Kim Jong Un viu crianças da escola primária em uma aula exemplar organizada como parte dos preparativos para o novo ano letivo dos estudantes das áreas atingidas.

Ele se informou em detalhe sobre as instalações, os auxílios de ensino e o mobiliário, examinou cuidadosamente os materiais escolares e visitou as salas de aula temporárias para alunos do ensino secundário básico e superior no albergue.

Nesse mesmo dia, seus presentes, incluindo uniformes, mochilas, sapatos e outros artigos escolares, foram entregues aos estudantes e crianças do jardim de infância que estudariam na capital graças à medida especial do Partido e do Governo.

Desde sua chegada a Pyongyang, todas as vítimas das enchentes — crianças e demais estudantes, idosos e doentes, ex-soldados com deficiência e mães com bebês — receberam amplos benefícios do Estado, desfrutando da civilização socialista no Complexo de Águas Termais de Yangdok, no Acampamento Internacional das Crianças de Songdowon e em outros lugares.

O Partido do Trabalho da Coreia garantiu que as áreas atingidas fossem transformadas para além do reconhecimento.

Para resolver a vulnerabilidade crônica das áreas que se tornavam “reservatórios” sempre que chovia forte, Kim Jong Un garantiu que os setores de engenharia hidráulica e design tomassem medidas práticas após uma revisão conjunta e científica.

A reabilitação das áreas atingidas não é apenas remover os danos de um desastre natural, mas um importante processo de implementação do vasto programa para a revolução rural na nova era — esta é a posição mantida pelo Partido ao transformar as regiões em aldeias rurais cultas e imunes às enchentes.

Por isso, o povo coreano chama o Partido do Trabalho da Coreia de Partido-mãe e gosta de cantar a canção "Ó Partido, Minha Mãe".

17. Possível ou impossível?

O condado de Songchon, na província de Pyongan Sul, está situado em uma área intermediária, sem uma base industrial de grande escala de atenção nacional nem uma vasta planície.

Em 2024, porém, atraiu a atenção do povo de todo o país.

Foi em 28 de fevereiro que o condado registrou sua página na nova história do desenvolvimento regional.

Nesse dia realizou-se a cerimônia de inauguração das obras das fábricas da indústria regional no condado.

Nessa cerimônia, Kim Jong Un fez um discurso que começou: Como vão vocês, amados habitantes do condado de Songchon?

Essa calorosa saudação tocou os corações dos moradores presentes.

O discurso continuou:

Todo aquele que nasceu nesta terra deve levar uma vida abundante e civilizada sob a política socialista do Estado, viva na capital ou nas províncias, nas cidades ou aldeias montanhosas, e é o núcleo da nova política de desenvolvimento regional assegurar, sem falta, que assim seja.

Em 15 de janeiro de 2024 realizou-se, em Pyongyang, a 10ª Sessão da 14ª Assembleia Popular Suprema da República Popular Democrática da Coreia.

Kim Jong Un fez um importante discurso de política intitulado "Sobre as tarefas imediatas para a prosperidade e o desenvolvimento de nossa República e a promoção do bem-estar de nosso povo". Em seguida apresentou tarefas essenciais para o desenvolvimento abrangente da construção socialista e princípios a serem observados na sua implementação.

No discurso, apresentou a nova Política de Desenvolvimento Regional 20×10 — construir anualmente fábricas modernas da indústria regional em 20 cidades e condados e, assim, ao longo da próxima década, erguer tais fábricas em todas as regiões do país em consonância com as exigências da nova era, a fim de resolver as diferenças entre a capital e as províncias, o desequilíbrio entre regiões e melhorar o padrão de vida do povo.

Na 19ª Reunião Ampliada do Bureau Político do 8º Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia, realizada no dia 24, dez dias depois, foram discutidas e confirmadas as medidas necessárias para implementar a nova política de desenvolvimento regional.

Nessa reunião, Kim Jong Un apresentou planos racionais e viáveis e métodos orientados ao desenvolvimento, como tomar medidas partidistas e estatais para fornecer fundos, força de trabalho e materiais para a construção das fábricas da indústria regional, definir corretamente suas dimensões e capacidade produtiva, formar de maneira prospectiva os técnicos e operários qualificados para sua operação, criar bases de matérias-primas para elas, entre outros.

A reunião, realizada em meio às grandes expectativas e atenção de todos os militantes do Partido, demais pessoas e militares, foi um grande acontecimento político que ressaltou ainda mais o caráter revolucionário e popular do Partido do Trabalho da Coreia, que considera o princípio de colocar o povo em primeiro lugar como seu programa supremo e seu princípio fundamental de luta, e que abriu um amplo caminho para o desenvolvimento regional histórico a fim de realizar o anseio secular do povo.

Foi a primeira vez na história do desenvolvimento da RPDC que se proclamou uma política revolucionária como a Política de Desenvolvimento Regional 20×10 para o desenvolvimento abrangente, equilibrado e rápido da indústria regional.

É mais fácil falar do que fazer promover a nova política de desenvolvimento regional, além dos projetos de construção de dezenas de milhares de casas todos os anos no campo, conforme o programa da revolução rural na nova era.

O Partido do Trabalho da Coreia, embora houvesse projetos gigantescos a ser realizados e ainda persistissem condições difíceis, estabeleceu como a mais importante das tarefas — que não poderia ser adiada nem evitada — a missão que deve ser cumprida sem falta: reduzir a diferença entre cidade e campo e entre capital e regiões em todos os aspectos, acelerar a construção de uma sociedade rica e civilizada onde todas as regiões se desenvolvam simultaneamente, promover o bem-estar do povo das regiões, proteger seus direitos e interesses e melhorar o ambiente de vida regional e rural.

Preocupado em como proporcionar ao povo das regiões condições de vida suficientes e cultas, Kim Jong Un apresentou um plano para abrir uma nova era de desenvolvimento regional e estabeleceu a direção para formular a política correspondente. Confirmou a possibilidade de desenvolvimento da vida material e cultural em todas as cidades e condados e apresentou a política de renovação das fábricas da indústria regional.

Como o Partido do Trabalho da Coreia considera promover o bem-estar do povo como a mais importante de suas tarefas, a Política de Desenvolvimento Regional 20×10 tem grande significado.

Kim Jong Un disse em um discurso de política:

Devemos adotar grandes medidas substanciais para realizar nosso desejo secular, a fim de impulsionar o plano de longo alcance de nosso Partido para construir uma potência socialista. Devemos assumir essa pesada responsabilidade por nós mesmos e cumprir nossas próprias responsabilidades com confiança, e certamente corresponder às expectativas do povo, trazendo mudanças tão substanciais. Em comparação com as expectativas do povo, que tem apoiado absolutamente e defendido de todo o coração as políticas de nosso Partido e do governo da República, os sucessos alcançados até agora são demasiadamente pequenos, e não temos o direito de desperdiçar a devoção e os esforços do povo feitos apesar de dificuldades extremas. Quanto mais crescem nosso poder nacional e nossa confiança, mais devemos redobrar nossos esforços, sem esquecer um só momento o caminho árduo percorrido por nosso povo, e trazer sem falta a era rica e civilizada num futuro próximo, que prometemos ao povo.

Em 7 de fevereiro de 2024, o primeiro ano da Política de Desenvolvimento Regional 20×10, Kim Jong Un visitou as modernas fábricas da indústria regional do condado de Kimhwa, construídas em caráter experimental em 2021 com o objetivo de traçar a direção definitiva para a construção de fábricas semelhantes em outras regiões. Ele esteve ali para se inteirar novamente da modernização e operação das novas fábricas e de seus estilos arquitetônicos.

As novas fábricas operavam a todo vapor, e seus produtos de alta qualidade eram populares entre os moradores locais.

Kim Jong Un percorreu as fábricas de gêneros alimentícios e de artigos de uso diário, e depois a fábrica de papel, inteirando-se das condições específicas e apontando algumas deficiências.

Deu orientações sobre o design dos edifícios industriais, dizendo que os projetos arquitetônicos das fábricas de alimentos e outras não eram racionais do ponto de vista prático, conforme suas características e finalidades.

Também especificou questões que os setores relevantes deveriam reconsiderar e rever na implementação da política de desenvolvimento regional.

Enfatizou a necessidade de introduzir continuamente novidades com uma atitude inovadora e criadora e de demonstrar senso de responsabilidade ao superar deficiências na implementação da nova política de desenvolvimento regional, em vez de seguir mecanicamente e imitar a experiência adquirida na modernização das fábricas da indústria regional no condado de Kimhwa. Em seguida esclareceu tarefas importantes, incluindo esforços contínuos para melhorar a qualidade mediante a construção de salas de análise de produtos conforme as normas e o estabelecimento de um sistema adequado de inspeção de produtos, e apresentou princípios a serem mantidos na construção de fábricas da indústria regional e tarefas a serem enfrentadas na operação das novas fábricas no condado de Kimhwa.

Com base nesses preparativos e experiências, realizou-se em 28 de fevereiro de 2024 a cerimônia de inauguração das obras das fábricas da indústria regional no condado de Songchon, província de Pyongan Sul. Este foi um projeto fundamental no primeiro ano da nova política de desenvolvimento regional.

O Partido do Trabalho da Coreia estabeleceu esse projeto como uma tarefa obrigatória, antes mesmo de considerar sua viabilidade.

Embora as forças hostis estivessem intensificando suas manobras provocativas, o Partido decidiu mobilizar os militares, que estavam na linha de frente da defesa nacional, e levar adiante os projetos de implementação da nova política de desenvolvimento regional.

Todo o povo apoiou ativamente o Partido e o Governo na implementação da política, plenamente determinado a criar uma vida feliz e civilizada com seus próprios esforços.

Em agosto de 2024, Kim Jong Un visitou os canteiros de obras das fábricas da indústria regional, observando que instalações de saúde pública, bases de difusão científico-técnica e depósitos de grãos deveriam ser construídos paralelamente àquelas fábricas.

Em uma reunião consultiva para o desenvolvimento regional, realizada alguns dias depois, esclareceu os princípios a serem observados na construção de hospitais avançados, bases de difusão científico-técnica e depósitos de grãos nas cidades e condados. Além disso, em seu discurso por ocasião do 76º aniversário da fundação da RPDC, propôs transformar as bases de difusão científico-técnica em complexos multifuncionais de lazer.

Sob sua enérgica liderança, foram esclarecidos um plano científico e uma metodologia para a implementação bem-sucedida da grande causa de transformar todas as regiões do país em lugares ideais.

Em 15 de julho de 2024, foi realizada uma reunião consultiva para o desenvolvimento regional na área de Phungo-dong, na cidade de Sinpho, província de Hamgyong Sul. A reunião definiu tarefas práticas e métodos para a exploração eficaz e o uso dos recursos marinhos nas cidades e condados costeiros.

A nova política de desenvolvimento regional do Partido do Trabalho da Coreia produziu resultados orgulhosos.

Até fevereiro de 2025, novas fábricas da indústria regional foram inauguradas uma após a outra em 20 cidades e condados, e a Fazenda de Maricultura de Sinpho entrou em operação. Além disso, cerimônias de inauguração de novas fábricas em outras regiões foram realizadas, e a construção de instalações de saúde e complexos de lazer avança a todo vapor.

Atualmente, o Partido do Trabalho da Coreia impulsiona firmemente essa política nacional para o desenvolvimento simultâneo e equilibrado das regiões e para a melhoria do padrão de vida em todo o país.

18. Viva o grande povo coreano!

Os discursos de Kim Jong Un, especialmente os proferidos no desfile militar e na marcha pública dos cidadãos de Pyongyang realizados em outubro de 2015, em celebração ao 70º aniversário de fundação do PTC, e no desfile militar realizado em outubro de 2020, em celebração ao 75º aniversário de fundação do PTC, dão respostas às perguntas sobre qual é a força motriz do Partido, por que ele é forte e qual é a fonte de sua vitalidade.

No seu discurso proferido no desfile militar e na marcha pública dos cidadãos de Pyongyang, realizado em 10 de outubro de 2015, em celebração ao 70º aniversário de fundação do PTC, Kim Jong Un disse:

Camaradas,

Hoje, com grande orgulho e alegria de sermos vitoriosos, celebramos a festa de outubro, desfraldando bem alto a bandeira do Partido do Trabalho da Coreia.

Para o nosso país e povo, 10 de outubro é um significativo feriado revolucionário no qual celebram o aniversário de fundação da autêntica vanguarda da revolução, seu Estado-Maior combativo, que assumiu a responsabilidade por seu destino e os conduz.

Nos últimos 70 anos, o nosso Partido pôde impulsionar a revolução sem hesitar, independentemente das tormentas, alcançando apenas vitórias e glórias, porque este grande povo confiou inteiramente seu destino a ele e o seguiu em fiel apoio à sua causa.

A história do nosso Partido é o caminho percorrido por nosso grande povo; sua força é a força do povo, sua grandeza é a grandeza do povo, e sua vitória é a vitória que o povo conquistou.

Por ocasião do 70º aniversário de fundação do Partido, eu, em nome do Partido do Trabalho da Coreia, expresso cálidos agradecimentos e faço uma profunda reverência a todo o amado povo que infundiu em nosso Partido força e coragem inesgotáveis, permanecendo fiel a ele mesmo no período mais grave da revolução, compartilhando alegrias e dores ao superar as duras provações da história com inquebrantável vontade.

Camaradas,

A história do Partido do Trabalho da Coreia é a orgulhosa trajetória percorrida assumindo o destino do povo e conduzindo a revolução coreana à vitória sob a direção dos grandes líderes.

O grande Líder e do grande General o construíram como um invencível partido revolucionário, uma verdadeira organização de direção política que serve ao povo e avança em unidade com as massas; como tal, é o primeiro deste tipo na história. Tendo inscrito um martelo, uma foice e um pincel em sua bandeira vermelha, o nosso Partido jamais se separou do povo e sempre avançou a revolução acreditando nele como no céu.

A história não registra nenhuma revolução como a nossa, que enfrentou, a cada passo, graves provações e adversidades decisivas para seu êxito em uma situação tão árdua e complicada.

A nova Coreia era muito jovem, mas os imperialistas estadunidenses, obcecados pela supremacia mundial, lhe impuseram uma guerra devastadora; quando reconstruíamos o país entre escombros com grande esforço e cintos apertados, apresentaram uma nova ameaça de agressão; e quando buscávamos desenvolver a economia nacional, bloquearam nosso caminho impondo sanções e um bloqueio sem precedentes na história.

Apesar de todas as dificuldades, o nosso Partido avançou firmemente em cada adversidade, inaugurou uma nova era de mudanças históricas nesta terra e conquistou vitória após vitória.

No turbilhão da história, o nosso Partido confiou unicamente em nosso grande povo, e foi o povo seu único apoiador, conselheiro e assistente.

A história do movimento revolucionário mundial nos ensina a lição de que, independentemente de estar no poder ou ter longa trajetória, a autoridade dirigente e a eficiência combativa de um partido não surgem por si mesmas, nem pode ele conduzir automaticamente a revolução de modo eficaz.

A elevada autoridade que o nosso Partido desfruta hoje e as grandiosas façanhas que realizou são fruto das brilhantes ideias revolucionárias e da liderança excepcional do grande Líder e do grande General, que formularam a revolução como amor e confiança no povo e aplicaram plenamente esse conceito em sua construção e atividades.

Ter lançado raízes profundas no coração do povo e servi-lo com devoção — eis o segredo de o nosso Partido ter conduzido a causa da independência, do Songun e do socialismo sem interrupção diante das provações da história, mantendo firme o timão da revolução.

O Partido do Trabalho da Coreia é invencível por haver alcançado unidade absoluta com as massas populares.

Em todo o período da liderança da revolução, o nosso Partido chamou primeiro pelo povo, escutou suas opiniões, mesmo as mais simples, e extraiu coragem inesgotável de sua sinceridade sempre que buscava identificar o rumo a seguir ou enfrentava grave provação.

A força criadora das onipotentes massas foi a fonte dos grandes milagres realizados pelo nosso Partido ao construir um poderoso baluarte socialista, independente, autossuficiente e autodefensivo, nesta terra onde reinavam atraso e pobreza seculares, e ao inaugurar uma nova era de construção de um país poderoso sob o bloqueio pernicioso imposto pelos imperialistas. Assumir plena responsabilidade pela integridade política e pela vida material e cultural do povo e cuidar dele tem sido a tarefa suprema de nosso Partido, missão que não pode descurar nem por um momento.

Que o nosso Partido, mesmo nas piores circunstâncias decisivas para o destino do país, tenha preparado preciosas sementes e bens socialistas para a felicidade do povo através de esforços exaustivos e tenha sempre aplicado políticas populares é expressão da política de amor ao povo que somente o nosso Partido, que assumiu a responsabilidade por seu destino, pode administrar.

Como o nosso Partido sempre considerou as massas populares como a raiz de sua vida e a fonte de sua força inesgotável, dando prioridade suprema e absoluta aos seus interesses, o nosso povo o seguiu crendo nele como a luz orientadora genuína de seu destino e como sua mãe, e um grandioso jardim de unidade monolítica floresceu orgulhosamente nesta terra.

Camaradas,

O Partido do Trabalho da Coreia organiza e conduz todas as vitórias de nosso povo.

A glória infinita e a invencibilidade de nosso Partido se originam de ter como seus eternos líderes o grande Líder e o grande General, e de desfrutar do apoio e confiança absolutos de todo o povo coreano.

Para que o nosso Partido conduza a Coreia a um futuro brilhante, deve defender invariavelmente sua natureza revolucionária como partido do grande Kimilsungismo-Kimjongilismo, tanto em nome quanto na realidade, e exaltar seu brilho em todos os aspectos.

O grande Kimilsungismo-Kimjongilismo é, em essência, o princípio de priorizar o povo, e o modo de existência de nosso Partido é servir ao povo.

Fieis às elevadas intenções do grande Líder e do grande General, que administraram pela primeira vez na história a política de priorizar, respeitar e amar o povo, devotando toda a sua vida ao bem do povo, o nosso Partido continuará, no futuro, acrescentando glória à sagrada história do princípio de priorizar o povo.

Todo o Partido conduzirá sua construção e atividades apenas como os grandes líderes instruíram, fará esforços altruístas e abnegados para o bem do povo aplicando rigorosamente o princípio de priorizar o povo em todo o seu trabalho e, assim, elevará sua eficiência combativa em todos os aspectos.

A verdadeira fisionomia do Partido do Trabalho da Coreia se manifestará na aparência do país transformado sob sua liderança e no semblante do povo que sempre sorri felizmente.

Apelo a todos os militantes do Partido.

Façamos todos esforços altruístas e abnegados pelo bem do grande povo!

Viva o grande povo coreano, unido em torno do invencível Partido, o Partido do Trabalho da Coreia!

A seguir, um trecho do discurso que Kim Jong Un proferiu no desfile militar celebrado em comemoração ao 75º aniversário de fundação do PTC.

Nenhum outro país do mundo celebra o aniversário de fundação de um partido como uma festa alegre e grandiosa, um evento auspicioso para toda a população, como o nosso país faz.

Ao me colocar aqui nesta noite emocionante e jubilosa, repleta da grande alegria de todo o nosso povo, temo não saber como devo começar a dirigir-lhes a palavra.

Ponderei cuidadosamente sobre o que deveria dizer primeiro neste momento, em que revisitamos cada página da gloriosa história de 75 anos de nosso Partido. Mas tenho apenas uma palavra sincera e de coração para o nosso povo: obrigado.

Antes de tudo, agradeço por estarem saudáveis e livres de doenças.

Isto é algo que eu realmente queria dizer.

Agradeço pela boa saúde de todos, sem que nenhum deles tenha sido vítima do vírus maligno.

O fato de termos protegido todo o nosso povo da pandemia nociva que assola o mundo inteiro pode ser descrito como dever natural e êxito natural de nosso Partido. Contudo, emociono-me com esse êxito, e ao ver todos com boa saúde não encontro outra palavra senão obrigado.

Esta vitória, admirada por todo o mundo, é uma grande vitória alcançada pelo próprio povo.

Para o nosso Partido, nada é mais precioso do que a vida de cada um de nosso povo. Sua boa saúde é essencial para a própria existência de nosso Partido, nosso Estado e tudo o mais nesta terra.

É por isso que o nosso Partido, diante de todas as dificuldades nacionais, acredita e confia no povo, pois ele sempre responde como um só quando o Partido compartilha com ele o peso de uma situação.

O nosso povo sempre expressou gratidão ao nosso Partido. Mas é o nosso grande povo que realmente merece nossa reverência e gratidão.

Nos últimos 75 anos, o nosso povo apoiou o Partido com um só coração e defendeu nossa sagrada causa revolucionária derramando seu suor e até seu sangue, sem hesitação.

O segredo de como nosso Partido, ao seguir um caminho revolucionário particularmente árduo e repleto de provações, adornou essa estrada de sacrifício com vitórias e glória reside no fato de que nosso povo confiou e apoiou sinceramente o Partido e defendeu sua causa.

Por gozar de confiança maior do que qualquer outro líder do mundo poderia imaginar, pude enfrentar sem hesitação cada desafio; ao fazê-lo, estive consciente de meu dever e minha determinação de fazer esforços altruístas, abnegados, pelo bem do povo, lançando-me em batalhas decisivas que poderiam inclusive levar à guerra e agindo com firmeza diante de desastres de escala sem precedentes na história.

Considero como a mais alta honra ter, servir e lutar por um povo tão excelente.

Aqui, esta noite, juro solenemente mais uma vez que corresponderei sem falta à confiança do povo, mesmo que meu corpo seja dilacerado e esmagado em meio à defesa dessa grande confiança, e que permanecerei fiel a ela.

O que resta a fazer agora é assegurar que o nosso povo desfrute plenamente de uma vida suficiente e civilizada, não mais atormentada por dificuldades.

O nosso Partido implementará invariavelmente e ampliará constantemente as políticas e medidas vantajosas destinadas a melhorar o bem-estar do povo e oferecer-lhe maiores benefícios, e criará o quanto antes a sociedade próspera ideal com que o nosso povo sonha.

Camaradas,

Tornamo-nos fortes e estamos ficando ainda mais fortes em meio às provações.

O tempo está ao nosso lado.

Avancemos todos vigorosamente rumo ao futuro brilhante do socialismo, rumo a novas vitórias.

Por fim, mais uma vez expresso agradecimentos a todo o povo por estar com boa saúde, livre de qualquer enfermidade.

E também expresso sincero agradecimento por confiar invariavelmente em nosso Partido.

Viva o nosso grande povo!

Assim como nas últimas oito décadas, também no futuro o PTC acrescentará glória à sua história sustentando o princípio da unidade sólida e da independência, bem como o espírito de esforços altruístas e abnegados pelo bem do povo.

Conclusão

A longa jornada do Partido do Trabalho da Coreia é a história de devoção ao povo e a história de unidade monolítica, em que o grande Líder camarada Kim Il Sung, o grande Dirigente camarada Kim Jong Il e o estimado camarada Kim Jong Un abraçaram todo o povo sem discriminação, cuidando dele e unindo-o com amor, confiança e profundo afeto.

A bandeira vermelha do PTC, que tremula sem o menor sinal de descoloração, mostra vividamente como o Partido defendeu seus ideais e seu caráter revolucionário e guiou o país e o povo pelo caminho da vitória durante um longo período, apesar das múltiplas provações e dificuldades.

Acreditar no povo como no céu e moldar um futuro brilhante com a força da unidade de todo o povo – este é o princípio constante sustentado pelo PTC, que permanecerá inalterado aconteça o que acontecer.

Ao longo das últimas oito décadas, o PTC tem aderido a este princípio ao trabalhar pela prosperidade do país e pelo bem-estar do povo.

Herdar completamente e inovar de forma renovada constituem o conjunto da história de 80 anos do PTC e do seu futuro.

Em 21 de maio de 2024, Kim Jong Un fez um discurso intitulado “Formemos os quadros do Partido na nova era que são fiéis ao ideal e espírito originais”, por ocasião da cerimônia de inauguração da Escola Central de Formação de Quadros do Partido do Trabalho da Coreia, construída como convém ao mais alto instituto de formação de quadros partidários na nova era. Nesse discurso, ele apresentou o slogan “Abramos uma grande época áurea da construção do Partido na nova era, levando adiante seu ideal e espírito originais!” e afirmou que é uma garantia para a invencibilidade do partido revolucionário e a lei de seu governo valorizar a sagrada primeira página da história do Partido e levá-la invariavelmente adiante, à medida que novas páginas e feitos são acrescentados.

Um partido sempre sairá vitorioso quando fincar suas raízes nas profundezas do povo e conquistar seu apoio e confiança absolutos.

“Viva o Partido do Trabalho da Coreia, organizador e guia de todas as vitórias do povo coreano!” – este slogan reflete a confiança do povo coreano de que um futuro promissor o espera, pois está sendo guiado pelo Partido do Trabalho da Coreia.

80 Anos com o Ideal e o Espírito Originais

Escrito por Kim Kum Hui, Kim Kyong Hui

Editado por Yun Yong Il

Traduzido por Mun Myong Song, Tong Kyong Chol

Publicado pela Editora de Línguas Estrangeiras, RPDC

Publicado em outubro de 2025

1-250880385364

Email: [flph@star-co.net.kp](mailto:flph@star-co.net.kp)

[http://www.korean-books.com.kp](http://www.korean-books.com.kp)

Tradução para o português: Lenan Menezes da Cunha

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