Em 2024, as emissões globais de gases de efeito estufa atingiram o nível mais alto da história.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente divulgou dados apontando que, no ano passado, as emissões globais de gases de efeito estufa chegaram a 57,7 bilhões de toneladas. Isso representa 2,3% a mais do que no ano anterior, constituindo um recorde histórico.
Como se vê, as emissões globais de gases de efeito estufa aumentam a cada ano, acelerando o aquecimento global e causando uma grave destruição do ambiente ecológico. Muitos países estão tentando reduzir suas emissões, mas a crise climática torna-se mais grave dia após dia.
Em meio ao crescente temor internacional sobre a crise climática, especialistas em questões ambientais divulgaram recentemente resultados de pesquisa surpreendentes.
Segundo esses resultados, desde dezembro de 2015 — quando o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas foi adotado — até hoje, os danos causados pelas emissões de gases de efeito estufa das cinco maiores empresas petrolíferas do mundo ultrapassam 5 trilhões de dólares. Ficou comprovado que, nos últimos dez anos, as emissões globais de gases de efeito estufa provocaram enormes prejuízos.
Até agora, o Ocidente tem evitado cumprir as obrigações que deveria assumir em relação às mudanças climáticas.
Segundo o Acordo de Paris, os países desenvolvidos, responsáveis pelo atual estado da mudança climática, deveriam fornecer aos países em desenvolvimento 100 bilhões de dólares anuais em apoio financeiro.
No entanto, o Ocidente jamais cumpriu adequadamente essa obrigação. Como mais uma vez ficou revelado, o principal responsável pela maior parte dos gases de efeito estufa que pairam na atmosfera e pelos maiores danos causados é justamente o Ocidente.
A atitude desprezível do Ocidente, que insiste em ignorar suas obrigações relacionadas ao problema climático, tornou-se um grande obstáculo para os esforços globais destinados a minimizar os danos do aquecimento global.
Na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada recentemente, muitos países dirigiram duras críticas aos países ocidentais.
O presidente do Chile declarou que o mundo não conseguiu responder adequadamente ao desafio histórico da crise climática, afirmando: “Os países que durante muito tempo desfrutaram dos benefícios do desenvolvimento e poluíram o planeta impunemente devem hoje assumir uma responsabilidade maior do que outros.”
O presidente da Colômbia condenou severamente o Ocidente, dizendo que a principal razão para o fracasso dos esforços internacionais de enfrentamento da crise climática é a ganância das empresas ocidentais, acrescentando: “A ganância delas está ameaçando a vida.”
Além disso, muitos países, incluindo o Brasil, expressaram repulsa diante do comportamento egoísta e descarado do Ocidente, enfatizando a necessidade de enfrentar ativamente a crise climática.
Antes da conferência, uma organização ambiental internacional publicou em sua página um texto afirmando que as empresas ocidentais, grandes responsáveis pela poluição ambiental, devem arcar com os custos relacionados à redução das emissões de gases de efeito estufa. Com base na análise de dados representativos entre os fenômenos meteorológicos mais extremos dos últimos dez anos, a organização propôs o chamado “Projeto de Lei dos Poluidores Climáticos”. Ela afirmou que apresentaria o projeto na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, destacando que “é justamente agora que as empresas ocidentais devem pagar o preço”, mensagem que deveria ser transmitida aos políticos. Essa é a voz unânime da comunidade internacional.
Os países ocidentais jamais poderão escapar da responsabilidade de terem destruído severamente o ambiente ecológico e causado danos imensos, por mais artimanhas que empreguem.

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