A sociedade capitalista é uma sociedade em que tudo está totalmente subordinado ao aumento dos lucros da classe capitalista. O poder estatal é um instrumento para a realização dos interesses dos capitalistas; a economia serve à exploração e ao saque da classe trabalhadora pela classe capitalista; e o modo de vida social é inteiramente dominado pelo individualismo, pela supremacia do dinheiro e pela lei do mais forte — essa é a verdadeira natureza do capitalismo.
Os capitalistas, visando extrair mais lucro, não poupam meios nem métodos; e, em busca de ganhos imediatos, não se importam minimamente com as consequências futuras ou os efeitos globais de suas ações. Eles saqueiam, exploram e destroem tudo.
A cruel e impiedosa exploração e pilhagem da classe capitalista para garantir seus lucros têm devastado brutalmente o ambiente de sobrevivência da humanidade e aprofundado ao extremo a corrupção moral e espiritual do ser humano.
As crises atuais — ambiental, moral e espiritual, e de guerra — são todas produtos trágicos da ganância ilimitada da classe capitalista pelo lucro.
Destruição criminosa — este é o termo que sintetiza e simboliza toda a história do capitalismo.
A crise ambiental, que hoje ameaça seriamente a sobrevivência da humanidade, demonstra de forma evidente o quão criminosas foram as ações cometidas em nome do chamado “alto crescimento” capitalista.
Os fenômenos climáticos anormais que assolam o mundo e os desastres colossais deles decorrentes surgem como um problema urgente a ser resolvido. A crise climática gera crises alimentares e hídricas, provoca ondas de refugiados e cria inúmeros outros problemas, que se estendem inclusive às relações entre os Estados.
Embora existam diversas opiniões sobre as causas da crescente crise ambiental, uma conclusão comum entre os analistas é que sua raiz está nas atividades humanas de desenvolvimento desordenadas e indiscriminadas. A conduta criminosa dos capitalistas, que destroem a natureza impiedosamente em busca de lucro, é a principal causa da destruição ambiental.
A natureza é o alicerce da sobrevivência e do desenvolvimento humanos, um patrimônio precioso. Especialistas afirmam que, para promover o desenvolvimento sustentável da humanidade, é necessário combinar o uso e a preservação dos recursos. No entanto, para os capitalistas, a natureza não passa de um capital a ser explorado para garantir o lucro.
Desde o momento em que o capitalismo revelou sua natureza criminosa ao mundo, ele registrou em sua história uma trajetória de destruição implacável do meio ambiente. Com os abusos da classe capitalista, o período de acumulação primitiva do capital começou com uma vasta destruição. O capitalismo alcançou seu chamado “alto crescimento” por meio do saque e do consumo massivo de recursos, e, quanto maior se tornava a taxa de lucro, mais devastada ficava a natureza.
Os grandes conglomerados que, geração após geração, registraram as marcas do “alto crescimento” capitalista compartilham todos um mesmo passado criminoso: a destruição desenfreada do meio ambiente ecológico.
Uma publicação ocidental expôs assim os bastidores do processo de “alto crescimento” do capitalismo:
“Em pouco mais de dois séculos, a civilização humana alcançou resultados impressionantes. A principal causa disso foi o extraordinário progresso tecnológico e o desenvolvimento ilimitado dos recursos naturais. Nas últimas décadas, esse processo de crescimento destruiu gravemente os habitats de inúmeros seres vivos e contaminou seriamente mares e rios. Além disso, a biodiversidade diminuiu drasticamente, o que agrava ainda mais a grave situação de destruição dos ecossistemas.”
A situação atual da América Latina, que até a segunda metade do século XX ocupava o primeiro lugar entre todos os continentes do mundo em taxa de cobertura vegetal e em reservas médias de água doce per capita, graças à abundância de recursos naturais e a um excelente meio ambiente ecológico, demonstra claramente o quanto a ganância pelo lucro destrói de forma devastadora o ambiente natural.
Segundo estatísticas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a taxa de cobertura vegetal da América Latina atingia 63% em 1990, com uma área de 1,2 bilhão de hectares, onde se podiam ver florestas e pastagens verdes por toda parte.
Entretanto, o ecossistema atual mudou completamente. De acordo com o relatório da ONU intitulado “Desafios e oportunidades para o desenvolvimento sustentável na América Latina e no Caribe”, desde a década de 1990, a área florestal dos países latino-americanos diminuiu drasticamente, a desertificação do solo se agravou, os recursos de água doce diminuíram rapidamente e a diversidade biológica está sob grave ameaça — o que demonstra a deterioração contínua das condições ambientais.
Devido à ampla expansão das terras agrícolas, somente entre 1991 e 1995, milhões de hectares de florestas foram perdidos anualmente e inúmeras espécies de seres vivos foram extintas. A região, que anteriormente detinha mais de 15% dos recursos mundiais de água doce, sofre agora com o esgotamento de suas reservas devido à exploração indiscriminada das águas subterrâneas; além disso, a poluição causada por grandes quantidades de resíduos industriais tem degradado continuamente a qualidade da água de muitos rios importantes.
O estado de poluição atmosférica nas grandes cidades, causado pela emissão maciça de gases de escape dos automóveis e de resíduos industriais, causa espanto e indignação.
No início deste século, nos Estados Unidos, os grandes conglomerados empresariais, em busca de lucros rápidos, desencadearam uma corrida desenfreada que devastou picos de montanhas e abriu buracos de perfuração por todos os lugares. As montanhas cobertas por florestas virgens transformaram-se em terras áridas, e o solo ficou como um favo de mel vazio.
Um especialista ocidental comentou que “os magnatas estadunidenses não se importam minimamente com a destruição ambiental causada pela exploração dos recursos; todos os dias, eles arrancam da terra tudo o que é valioso”, concluindo que “a ganância — esta é a chave que explica tudo.”
A crise mais grave do mundo capitalista na atualidade é a ruína moral e espiritual do ser humano. Nos países capitalistas em geral, o crime e os males sociais tornam-se problemas cada vez mais sérios, e as pessoas estão se tornando aleijadas espiritualmente. Em todos os cantos da sociedade, proliferam seres deformados espiritualmente, que perderam completamente o caráter humano e buscam apenas prazeres animalescos.
Em uma sociedade desumana onde a imoralidade e a falta de ética predominam, é comum até mesmo entre familiares, amigos e vizinhos que uns se voltem contra os outros. A corrupção espiritual e moral da sociedade capitalista atingiu o seu ponto extremo.
A destruição espiritual e moral do ser humano, que se aprofunda de forma extrema na sociedade capitalista, é uma consequência catastrófica gerada pelo individualismo e pela adoração ao dinheiro.
O individualismo extremo e a ganância infinita pelo dinheiro transformam as pessoas em seres extremamente egoístas, que vivem apenas para seus próprios interesses, em bestas que não hesitam em fazer qualquer coisa pela sua fortuna pessoal.
Na sociedade capitalista, é impossível imaginar a formação de relações de cooperação entre as pessoas. A mentalidade de que basta satisfazer os próprios interesses sacrificando os outros transforma as relações humanas em relações de desconfiança, discórdia, ódio e hostilidade. Nesse tipo de ambiente social, o que cresce e prolifera são nada menos que deformidades espirituais.
No Japão, que frequentemente alardeia o “alto crescimento” e a “prosperidade material”, os crimes cometidos entre jovens de 10 e 20 anos despertam grande preocupação social.
Certa vez, em Tóquio, um homem na faixa dos 20 anos atacou pedestres, matando e ferindo pessoas. Sobre a motivação do crime, o assassino declarou: “Queria matar alguém, qualquer pessoa, sem motivo”, deixando todos chocados. Antes mesmo que o impacto se dissipasse, em outra região, um jovem matou uma pessoa desconhecida. Após ser capturado, ele afirmou friamente: “Queria apenas matar alguém para poder ir para a prisão.”
A imprensa japonesa explicou que os assassinos compartilhavam um mesmo estado psicológico — o desejo de matar sem motivo — e os descreveu como “pessoas que falharam em tudo na sociedade e não conseguem fazer nada”.
Em suma, são jovens que, tendo abandonado completamente a esperança no futuro, rejeitam qualquer vínculo humano, vivem isolados, guardam ressentimento por tudo e se deixam dominar por uma mentalidade criminosa.
Esses aleijados espirituais não existem apenas no Japão. Em qualquer país ocidental que se autodenomine “nação civilizada e avançada”, pessoas desse tipo — verdadeiros detritos humanos — surgem diariamente.
Por fora, o mundo parece reluzente, mas por dentro está completamente apodrecido; uma sociedade onde a corrupção espiritual e moral se acelera e bestas com aparência humana dominam a cena — este é o verdadeiro rosto do capitalismo que proclama “prosperidade", "progresso” e “eternidade”.
É uma sociedade criminosa que pisa impiedosamente tanto na natureza quanto no ser humano em nome do lucro imediato, uma sociedade anti-humana que causa efeitos prejudiciais à sobrevivência e ao desenvolvimento da humanidade. Hoje, em diversas partes do mundo ocidental, ecoam fortemente as vozes de indignação e protesto contra essa realidade.
Em um país da Europa Ocidental, uma instituição de pesquisa chegou a realizar uma pesquisa de opinião pública com o objetivo de compreender a visão dos cidadãos sobre o capitalismo.
Segundo essa pesquisa, 88% dos habitantes do país responderam ser contrários ao capitalismo. Eles afirmaram que o capitalismo não contribui nem para o estabelecimento da justiça social nem para a proteção ambiental, e defenderam que é necessário reconhecer que as conexões sociais, a saúde e a preservação do meio ambiente são mais importantes do que o crescimento do capital.
O resultado da pesquisa, mostrando que 88% dos cidadãos de um país que se autodenomina “a locomotiva da economia europeia” manifestaram aversão ao capitalismo, surpreendeu o mundo ocidental.
Abaixo o capitalismo!
Isto é a maldição da humanidade contra a repugnante sociedade capitalista, que, ao longo dos séculos, tem perpetuado um legado de crimes.
Un Jong Chol

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