sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Os "esforços pelo cessar-fogo" são lágrimas de crocodilo?: comentário da ACNC


Em 20 de fevereiro, foi submetido à consideração do Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução que expressa a opinião pública mundial de deter tangentemente a matança de palestinos cometida por Israel, porém foi invalidado por fim pelo veto que os EUA exerceram sozinhos.

Assim foi revelado com toda clareza o comportamento hipócrita dos EUA que vêm orquestrando uma farsa de duas caras, após levar a região do Oriente Médio ao flagelo de guerra, fato que levantou uma onda de fortes críticas e condenações da sociedade internacional.

Desde o começo do ano, o secretário de Estado dos EUA realizou um giro pelos países do Oriente Médio fingindo estar interessado na paz com palavras como "há que deter o círculo vicioso de violência" e "os civis devem ser protegidos". E todo mundo ficou mais atordoado ao ouvir diretamente da boca de Biden o pedido por "trégua".

Além disso, a Casa Branca publicou recentemente que Biden teve um diálogo telefônico com o Primeiro-Ministro de Israel para exigi-lo que tome "medida imediata e detalhada" com o fim de ampliar a ajuda humanitária consequente e sustentável aos civis palestinos na Faixa de Gaza.

O objetivo de tal atuação dos EUA como "apóstolo da paz" reside em atenuar a indignação da sociedade internacional pela operação genocida de Israel contra os civis palestinos, porém, na prática, está em prevenir seu isolamento total na arena mundial devido à sua política de favoritismo a Israel.

Historicamente, os EUA ampararam e alentaram as manobras dos sionistas pela expansão territorial tomando Israel como brigada de choque na materialização de sua estratégia de dominar o Oriente Médio e vieram exacerbando o caos e a instabilidade da região usando-o como lacaio.

Depois da eclosão do choque armado na Faixa de Gaza em outubro de 2023, forneceram a Israel enorme quantidade de armas mortíferas de vários tipos alegando que "este deve estar suficientemente preparado para a defesa legítima", e entregou sem vacilação alguma até as informações delicadas sobre a Direção do Movimento de Resistência Islâmica da Palestina (Hamas) e de Gaza.

Os EUA estão por trás da tragédia sangrenta na Faixa de Gaza como Israel confessou: "todos nossos mísseis, munições, bombas teleguiadas de precisão, aviões e bombas foram fornecidos pelos EUA." e "Sem os EUA, não podemos fazer esta guerra".

Enquanto crescem as vozes em demanda do cessar-fogo e do fim da guerra na sociedade internacional, os EUA vêm apoiando político e militar os assassinatos de Israel, indo contra sua propaganda de "esforços pelo cessar-fogo".

Recentemente, aprovaram por meio do senado o projeto de lei de ajuda a Israel, avaliado em mais de 14 bilhões de dólares, e vetaram pela terceira vez o projeto de resolução sobre a aplicação da trégua na Faixa de Gaza, apresentado desta vez ao Conselho de Segurança da ONU.

No fim das contas, voltaram a silenciar as demandas da sociedade internacional de eliminar a crise humanitária e terminar a guerra expondo ao mundo inteiro sua natureza de perturbador da paz do Oriente Médio e assassino da pior espécie.

Todos os fatos mostram claramente que os "esforços pelo cessar-fogo", que anunciam com pompa, não passam de lágrimas de crocodilo.

A conduta dos Estados Unidos, que impedem a resolução pacífica do incidente e continuam instigando a carnificina, não pode ser disfarçada por nada.

Os EUA jamais poderão se livrar da responsabilidade por haver gerado o banho de sangue e o caos no Oriente Médio.

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