Isto mostra que as manobras dos EUA destinadas a manter a hegemonia no Pacífico Sul estão se tornando mais agudas.
A China desenvolve constantemente as relações de intercâmbio e cooperação com os países insulares do Pacífico. Na sequência do estabelecimento de relações diplomáticas com as Ilhas Salomão, em setembro de 2019, foram restabelecidas relações diplomáticas com Quiribati e Nauru, e a cooperação com vários países insulares está sendo reforçada.
Recentemente, o Ministério das Relações Exteriores da China declarou a sua posição de cooperar estreitamente com países como Tonga, Samoa, Vanuatu, Ilhas Salomão, Fiji, Estados Federados da Micronésia e Papua Nova Guiné, com base nos princípios do respeito mútuo e da igualdade.
O país mais preocupado com esta situação no Pacífico Sul são os Estados Unidos.
O Pacífico Sul é uma rota de transporte marítimo que liga a Ásia e o continente americano. Esta área marítima está geograficamente próxima do Havaí e de Guam, onde estão localizadas as bases militares dos EUA. Além disso, os Estados Unidos, que introduziram a Estratégia do Indo-Pacífico, atribuem grande importância ao Pacífico Sul na sua implementação. Desde então, os Estados Unidos têm exercido pressão sobre os países situados nesta região, a fim de os controlar e impedir que estabeleçam relações de cooperação com a China.
Em todas as oportunidades, os Estados Unidos acusaram a China de desestabilizar a região do Indo-Pacífico ao aplicar a “teoria econômica predatória”, dizendo que a China está endividando os países do Pacífico através de empréstimos financeiros. Quando as Ilhas Salomão estabeleceram relações diplomáticas com a China, advertiram que deveriam tomar uma atitude cautelosa em relação à promessa de fornecimento de fundos e, quando Nauru anunciou a sua intenção de restaurar relações diplomáticas com a China, fizeram ameaças e caluniaram a China dizendo que esta não cumpriria com sua promessa. Há alguns anos, até autoridades dos EUA participaram diretamente numa conferência sobre os países insulares do Pacífico e enfatizaram que não deveriam estar em dívida com a China e que os EUA continuarão envolvidos na região.
Os Estados Unidos, ao apresentarem o "engajamento mais amplo e profundo" como uma prioridade em sua política externa em relação aos países insulares do Pacífico, estão intensificando os esforços para restabelecer relações diplomáticas com as Ilhas Salomão e Tonga, entre outros, ao mesmo tempo em que prometem um "apoio econômico" de longo prazo, visando atrair fortemente os países da região. Ao mesmo tempo, estão instando seus seguidores da região do Pacífico a tomar parte no órgão de cooperação econômica e de segurança denominado “Parceiros do Pacífico Azul” e buscando aumentar seu controle sobre os países regionais através disso. Além disso, estão tentando garantir a autoridade para estacionar forças militares nos principais portos e aeroportos destes países, através da celebração de acordos militares. A tentativa de fazer com que Papua Nova Guiné não assine um acordo de segurança com a China é um movimento representativo.
Um meio de comunicação russo disse que os políticos da Papua Nova Guiné estão preocupados com a possibilidade de serem apanhados no vórtice do conflito sino-estadunidense e que o objetivo de Washington é impedir que os países da região assinem uma aliança militar com a China. Avaliou também que os EUA estão tentando formar blocos com os países insulares do Pacífico.
É esperado que o confronto entre a China e os Estados Unidos na região do Pacífico Sul se torne mais intenso no futuro.
Un Jong Chol
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