A investigadora do Instituto de Assuntos Japoneses do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia, Kim Sol Hwa, publicou um artigo intitulado "Um ato suicida de pular no fogo carregando lenha".
O texto assinala como segue:
Ultimamente, o Japão vem impulsionando a implantação para combate dos mísseis de longo alcance, fato que provoca a preocupação da sociedade internacional.
Em agosto do ano passado, este país obteve a permissão dos EUA sobre a venda de 50 mísseis ar-terra que serão instalados nos caças F-15.
Recentemente, firmou com os EUA um tratado sobre a compra de mísseis de cruzeiro de longo alcance Tomahawk.
O Japão tenta introduzir até 2025 os 400 mísseis de cruzeiro de longo alcance Tomahawk dos EUA e seus aparatos vinculados, gastando 169,4 bilhões de ienes.
Por volta de 2026, planeja comprar os mísseis de fabricação da Noruega para equipar nos caças táticos F-35A.
Em particular, faz ingentes esforços para ampliar a mais de mil quilômetros a distância do projétil teledirigido terra-mar do tipo 12 com quase 200 km de alcance pertencente às "forças terrestres de autodefesa", e para desenvolver o projétil de planagem rápida e o outro teleguiado hipersônico com 3 mil quilômetros de alcance, a fim de começar a partir do ano que vem a implantação dos mísseis nacionais de longo alcance.
Os fatos evidenciam que o Japão busca a todo custo contar com a "capacidade de contra-ataque" através da implantação do míssil de longo alcance após formaliza-la no final de 2022 mediante a emenda dos 3 documentos referentes à segurança, inclusive a "estratégia de segurança nacional", sob o pretexto da "ameaça proveniente dos países vizinhos".
O país insular vai desembolsar para a compra e desenvolvimento do míssil de longo alcance 734 bilhões de ienes, que correspondem a um décimo dos orçamentos de defesa para 2024, que foram determinados no tamanho máximo na história com 7.9496 trilhões de ienes.
Os valores mostram que o Japão está desesperado para contar com a capacidade de ataque preventivo.
O Japão fala com frequência sobre "ameaça proveniente dos países vizinhos" com o objetivo de acelerar a implantação do míssil de longo alcance em seu país e contar com a capacidade de ataque preventivo contra a profundidade dos países vizinhos.
Em vez de pedir desculpas e indenizar pelas enormes perdas que seu país causou contra nosso país e outros asiáticos, regulariza a portas abertas a visita ao santuário Yasukuni, onde repousa o fantasma do militarismo.
Seus movimentos destinados a contar com a capacidade de ataque preventivo desnudam sua invariável ambição de nova agressão.
O mais intolerável é que a tentativa militarista do Japão forma parte do roteiro para a estratégia hegemônica dos EUA de converter seus seguidores da região da Ásia-Pacífico nos executores de sua guerra contra RPDC, China e Rússia.
Sendo um país criminoso de guerra, o Japão já perdeu o direito à beligerância e à participação na guerra e é proibido de possuir um exército de ataque, em virtude da Constituição.
E os EUA desmantelam tais medidas restritivas para realizar sua estratégia hegemônica.
Sendo assim, esses países não têm qualificação alguma para criticar as medidas legítimas tomadas pela RPDC para o fortalecimento de sua capacidade de autodefesa nacional.
Agora o Japão se apresenta como a ameaça mais perigosa da região, tirando até a máscara de "Estado pacifista" e concentrando-se na implantação do míssil de longo alcance contra os países periféricos sob o amparo e ajuda dos EUA.
O Japão deve ter bem em mente que será o alvo comum dos países regionais imparciais se obstina-se em realizar o velho sonho da de "esfera de coprosperidade da grande Ásia Oriental", obedecendo cegamente os EUA, enlouquecidos pela anacrônica ambição hegemônica e expansionista.
É um ato suicida para o Japão a implantação dos mísseis de longo alcance.
Nenhum comentário:
Postar um comentário