terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

ACNC condena em comentário o desmantelamento da lápide em memória das vítimas coreanas no Japão


Recentemente, as autoridades do departamento de Gunma, Japão, cometeram o ato fascista de desmantelar a lápide em memória das vítimas coreanas de detenção coercitiva.

Esta lápide foi construída em abril de 2004 no parque do departamento de Gunma segundo o desejo de recordar os crimes cometidos no passado pelo imperialismo japonês contra o povo coreano, refletir sinceramente e fomentar a paz na Ásia e a amizade entre Coreia e Japão.

Durante quase 20 anos desde então, havia sido um símbolo que faz aprender as lições da história.

Porém, as autoridades de Gunma se negaram a renovar o período de autorização da instalação da lápide e decidiram sua eliminação questionando como "perda de neutralidade política" e "violação do objetivo da instalação" a expressão sobre "detenção coercitiva" que foi proferida no ato de recordação efetuado em 2012 ante o monumento.

Anteriormente, não puderam colocar em prática essa decisão devido aos fortes protestos de Chongryon (Associação Geral de Coreanos Residentes no Japão) e dos cidadãos japoneses.

Este ano, eliminaram por fim o monumento aplicando apressadamente o método coercitivo de "execução por via administrativa".

Este fato constitui uma ação suja de negação dos crimes do passado dos imperialistas japoneses, que impuseram grandes dores e sofrimentos à Coreia e outros países e nações da Ásia, e faz apologia ao domínio colonial.

Ademais, significa um imperdoável ato antiético e imortal que fere outra vez as vítimas diretas de detenção coercitiva e seus descendentes.

Não se pode encobrir nunca o crime de detenção coercitiva e trabalho forçado que o Japão cometeu contra o povo coreano no século passado.

Para mobilizar à força os recursos humanos e materiais necessários à guerra de agressão, os imperialistas japoneses fabricaram e promulgaram em 1 abril de 1938 a "Lei de Mobilização Geral do Estado" em que anotaram este parágrafo: "Esta lei também se aplica em território exterior (nas colônias)".

Em seguida, inventaram e emendaram outras leis infames, em virtude das quais raptaram indiscriminadamente os coreanos independentemente de sexo ou idade e os mandaram aos campos de trabalho duro.

Somente no departamento de Gunma, milhares de coreanos foram levados contra sua vontade às fábricas da indústria bélica e às subterrâneas, aeroportos, centrais elétricas, minas e outros lugares e muitos deles perderam a vida nesta terra estrangeira enquanto trabalhavam como escravos e levavam uma vida miserável.

Recordar tais vítimas, indenizar pelos crimes e prevenir a repetição das desgraças do passado são o dever legal e obrigação moral que correspondem às autoridades da parte culpada.

Contudo, as autoridades do departamento de Gunma expuseram sua verdadeira natureza antiética, de negação da história e seu revanchismo com o desmantelamento do monumento.

O mais grave do caso é que o governador do departamento de Gunma, promotor do presente incidente, é um conhecido político de extrema-direita, cheio de hostilidade à RPDC, e está vinculado com as forças de retaguarda que tratam de eliminar todos os monumentos desse tipo erigidos em distintas partes do arquipélago japonês, inclusive a lápide em memória às vítimas coreanas durante o grande terremoto de Kanto, instalada em Tóquio.

Ocultar os fatos do passado significa a intenção de repeti-los.

Agora, Chongryon, os compatriotas residentes no Japão e os partidos políticos e organizações sociais do Japão condenam categoricamente esse ato injusto e lutam energicamente pela restauração da lápide.

As autoridades de Gunma devem restabelecê-la agora mesmo refletindo seriamente sobre as consequências do caso que provocou grande indignação dos japoneses e estrangeiros.

Jamais poderão eludir a responsabilidade de sua conduta fascista.

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