Sen Katayama nasceu em 26 de dezembro de 1859 e, após 1884, passou a maior parte da vida no exterior, sobretudo nos Estados Unidos e depois na União Soviética. Em 1896 voltou ao Japão e, entre 1897 e 1901, editou o jornal "Mundo do Trabalho", órgão da Federação dos Sindicatos e do Sindicato dos Trabalhadores do Ferro. Em 1901, participou da fundação do Partido Social-Democrata, o primeiro partido socialista japonês, dissolvido pelo governo apenas um dia após sua criação.
No ano de 1903 retornou aos EUA para investigar oportunidades de cultivo de arroz. Esteve presente no Congresso Socialista Internacional em Amsterdã, onde ganhou notoriedade ao apertar a mão do delegado russo G. V. Plekhanov, gesto simbólico de amizade entre russos e japoneses em meio à Guerra Russo-Japonesa. No ano seguinte participou da convenção do Partido Socialista dos EUA em Chicago e, posteriormente, se estabeleceu no Texas, onde tentou dedicar-se ao cultivo de arroz. A empreitada fracassou e, após a dissolução da empresa criada para o projeto, retornou ao Japão em 1907, reassumindo atividades no movimento socialista e no jornalismo.
Em 1912, Katayama foi preso por sua participação na greve dos bondes de Tóquio. Após ser libertado, mudou-se para a Califórnia, onde seguiu envolvido com o movimento operário. A vitória da Revolução Bolchevique de 1917 exerceu forte influência sobre ele, levando-o a se tornar um comunista ativo e, mais tarde, dirigente da Internacional Comunista. Atuou não apenas nos Estados Unidos, mas também no México, e foi em Moscou que consolidou sua posição como líder do movimento comunista japonês no cenário internacional.
Na década de 1920, já como figura reconhecida na Internacional Comunista, Katayama manteve contatos com revolucionários coreanos e outros ativistas do Oriente, sendo visto como elo entre os movimentos socialistas da Ásia e a Internacional Comunista. Estabelecido definitivamente na União Soviética, permaneceu ativo até sua morte, em 5 de novembro de 1933. Suas cinzas foram depositadas nas muralhas do Kremlin, na Praça Vermelha, um símbolo do prestígio que conquistou.
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