sábado, 20 de setembro de 2025

Zhu De

Zhu De nasceu em 1º de dezembro de 1886, em Sichuan, e faleceu em 6 de julho de 1976, em Pequim. Desde cedo, tornou-se uma figura central nos estágios iniciais do desenvolvimento do Partido Comunista da China. Em 1922, ingressou na seção alemã do Partido, fundada por Zhou Enlai, e pouco depois uniu-se ao Kuomintang sob a liderança de Sun Yat-sen. Entretanto, com a ascensão de Chiang Kai-shek, foi expulso do partido em 1927. Essa ruptura marcou a transição definitiva de Zhu para a luta revolucionária conduzida pelos comunistas.

Durante a Longa Marcha, Zhu De assumiu papel decisivo ao lado de Mao Zedong. Em maio de 1935, as tropas sob seu comando participaram da travessia do rio Dadu e da ocupação da antiga ponte Luding, em um combate feroz que garantiu a passagem de dezenas de milhares de soldados. O feito simbolizou a determinação do Exército Vermelho em resistir ao cerco das forças de Chiang Kai-shek e consolidou a reputação de Zhu como comandante experiente e firme. Seu nome passou a ser inseparável da epopeia da marcha e da sobrevivência da revolução.

Com a eclosão da guerra contra o Japão, a luta adquiriu novo rumo. Em 1937, após o Incidente de 7 de julho, Zhu De tornou-se comandante-chefe do 8º Exército de Rota, a principal força comunista incorporada ao Exército Revolucionário Nacional. Essa cooperação tensa, mas estratégica, entre comunistas e o Kuomintang marcou o início da Frente Unida contra os invasores japoneses. Para o povo, o próprio nome de Zhu passou a simbolizar a esperança da libertação.

No pós-guerra, Zhu De consolidou-se como marechal do Exército Popular de Libertação e veterano de todas as campanhas que levaram à vitória comunista. Entre 1959 e 1967, presidiu a Assembleia Popular Nacional, figurando como uma das vozes mais respeitadas da República Popular da China. No entanto, durante a Revolução Cultural caiu em desgraça, acusado por facções radicais. Apenas após a queda do Bando dos Quatro foi plenamente reabilitado. Sua trajetória, marcada por fidelidade à causa e pela liderança em momentos decisivos, fez dele uma das figuras mais duradouras e emblemáticas da revolução chinesa.

Parte das façanhas de Zhu De e dos demais revolucionários comunistas chineses são citadas nas memórias do grande Líder camarada Kim Il Sung, "No Transcurso do Século".

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