De tempos em tempos, bombas e balas caem, forçando as pessoas a perderem suas vidas ou a abandonarem suas terras natais. Entre as maiores vítimas estão justamente as crianças.
No Sudão, devido à guerra civil em curso, inúmeras crianças estão murchando de forma irreparável antes mesmo de poderem florescer.
Segundo estatísticas, desde o início da guerra civil em 2023, o número de crianças mortas ou gravemente feridas chegou a 2.776 em apenas um ano. Além disso, o número de crianças necessitando de ajuda humanitária aumentou para 15 milhões.
Um alto funcionário do Fundo das Nações Unidas para a Infância revelou que atualmente uma em cada seis crianças no mundo vive em áreas de conflito e que a maioria perdeu suas moradias, lamentando que “esta é uma situação sem precedentes na história do UNICEF e a pior era para as crianças”.
O cenário doloroso das crianças em zonas de conflito, obrigadas a viver sob medo e ansiedade constantes, sem saber quando poderão morrer, em uma idade em que deveriam brincar e aprender, fere os olhos da humanidade.
No leste da República Democrática do Congo, o sistema de saúde está à beira do colapso devido aos conflitos armados, deixando as crianças sem receber sequer vacinas.
Na Etiópia, mais de 7,2 milhões de crianças em idade escolar não conseguem frequentar a escola devido a conflitos e à instabilidade social.
A gravidade da situação não se limita a isso.
Crianças estão sendo usadas como escudos humanos por forças antigovernamentais. A maioria delas acaba morta ou mutilada.
Em algumas zonas de conflito, chegam a ser raptadas e transformadas em escravas.
A situação na Faixa de Gaza é ainda mais grave.
Ali, os assassinatos bárbaros cometidos pelo exército israelense, somados à piora constante da crise humanitária, fazem com que o número de mortos aumente drasticamente.
Segundo os dados divulgados pelas autoridades de saúde locais no dia 17, desde o início da situação em Gaza, o número de palestinos mortos já ultrapassou 65.000. Entre eles, as crianças chegam a cerca de 16.000. Mesmo as que sobreviveram por um triz não se encontram em condições muito melhores.
Recentemente, um porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância afirmou que 26.000 crianças na Faixa de Gaza sofrem de desnutrição, sendo que somente na cidade de Gaza esse número ultrapassa 10.000.
Neste exato momento, inúmeras crianças em Gaza estão sendo atormentadas pela fome e por diversas doenças contagiosas, tremendo de medo diante da ameaça iminente da morte.
Direito à educação é algo de que não podem nem sonhar.
Devido aos violentos ataques do exército israelense, muitas escolas já foram completamente destruídas. As poucas que restaram estão sendo usadas como abrigos para refugiados. As autoridades educacionais de Gaza anunciaram que os bombardeios indiscriminados de Israel destruíram numerosas escolas e instalações de ensino, das quais 85% estão inutilizáveis. O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários expressou preocupação ao revelar que atualmente mais de 700.000 crianças em Gaza estão privadas de educação.
As guerras por procuração dos imperialistas, a ingerência nos assuntos internos, as manobras de divisão sectária, bem como o apoio e a proteção militar a forças extremistas, resultam em conflitos armados que arrancam das crianças a vida preciosa, a existência feliz, a esperança mais valiosa e o calor de um lar.
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