sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Jon Hui

Jon Hui teve uma infância marcada por perdas e experiências dolorosas que moldaram seu caráter destemido. Aos dez anos, perdeu a mãe e, em um gesto de revolta, destruiu com uma pedra a caixa de agulhas de acupuntura de seu avô, responsabilizando-a por não ter salvado a vida materna. Pouco depois, testemunhou o martírio de seu irmão guerrilheiro, brutalmente assassinado pelos japoneses junto a dois camaradas. Diante da cena, em vez de se calar diante das ameaças do inimigo, Jon Hui gritou com firmeza “Viva a revolução!”, mesmo sendo espancada quase até a morte. Desde então, decidiu ingressar na guerrilha, movida pela lembrança do sacrifício de seu irmão e pela determinação de lutar com a mesma coragem.

Ainda muito jovem, foi nomeada sargento-mor da recém-criada Companhia Infantil, composta por meninos e meninas vindos de Maanshan e do Oeste de Jiandao. Apesar de ter a mesma idade dos membros, destacava-se por sua maturidade e firmeza, servindo de exemplo de disciplina e audácia. Demonstrava grande zelo pelos pequenos combatentes, preocupando-se com a fome e a saudade que os afligiam, mas era sempre lembrada de que sua tarefa também era treiná-los como futuros revolucionários. A dedicação de Jon Hui, entre a ternura e a dureza, marcou profundamente a memória de muitos que, anos depois, ainda recordavam suas posições firmes e sua presença como um símbolo de espírito inabalável dentro da vida guerrilheira.

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