quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Uma intervenção persistente e desprezível nos assuntos internos que vista derrubar o governo


A interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos da Venezuela está se tornando mais flagrante.

Como é sabido, no dia 28 de julho ocorreu a eleição presidencial na Venezuela. Antes mesmo da eleição, os EUA, que haviam pressionado para que medidas fossem tomadas para permitir a participação de candidatos da oposição, manifestaram desconforto quando Maduro foi reeleito presidente. Em um comunicado, os EUA insistiram na vitória do candidato da oposição e negaram a reeleição de Maduro, intervindo de maneira ostensiva nos assuntos internos do país.

Em 2018, pouco antes da eleição presidencial, os Estados Unidos também tentaram rotular o presidente Maduro como responsável por "corrupção" e pressionaram o governo venezuelano, chamando-o de "regime opressor". Além disso, os EUA exigiram que Maduro permitisse uma "eleição livre e democrática" ou se retirasse do cargo, e fizeram esforços, tanto abertamente quanto de maneira encoberta, para derrubar o governo de Maduro.

Quando as ambições criminosas deles falharam e Maduro foi reeleito presidente, os EUA incitaram as forças antigovernamentais a promover um golpe de Estado. Além disso, ameaçaram com a possibilidade de intervenção militar, agravando ainda mais a situação.

Quando a tentativa de derrubar o governo pelos opositores falhou, os EUA voltaram a se apegar às antigas táticas de sanções.

Só neste ano, os Estados Unidos impuseram sanções a 39 navios operados pela empresa estatal de petróleo da Venezuela e, em seguida, prorrogaram as sanções ao setor de petróleo e gás da Venezuela, que expiravam em 18 de abril. Além disso, não hesitaram em realizar o ato imoral de forçar a venda de uma empresa vinculada à estatal venezuelana nos EUA.

Foi reportado que os EUA impuseram mais de 900 sanções ilegais e unilaterais contra a Venezuela. A vice-presidente venezuelana afirmou que as medidas unilaterais e coercitivas dos EUA são parte de um sistema de sanções e extorsão, e alegou que as sanções estão causando enormes danos à indústria petrolífera da Venezuela.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela revelou que o objetivo das sanções impostas pelos EUA é forçar a mudança de governo de maneira coercitiva. Ele denunciou que as potências hegemônicas utilizam as sanções como uma arma política e econômica contra aqueles que não compartilham de seus objetivos expansionistas.

Os Estados Unidos estão obstinadamente empenhados em intervir nos assuntos internos da Venezuela com o objetivo de derrubar o atual governo, que não se submete a eles. A intenção é enfraquecer o espírito dos países da América Latina que buscam a independência e transformar a região novamente em um "espaço tranquilo" sob seu controle.

Na verdade, as ações dos EUA  para derrubar o governo venezuelano começaram já durante o período do governo de Chávez.

No final da década de 1990, Chávez, que assumiu o poder, tomou medidas para nacionalizar grandes empresas controladas por monopólios ocidentais, incluindo os dos EYA. Com o fim do saque dos recursos naturais do país, como o petróleo, por parte dos EUA e outros países ocidentais a preços irrisórios, os EUA, furiosos, empenharam-se de maneira desesperada em suas tentativas para removê-lo do poder.

Quando Chávez faleceu inesperadamente e o presidente Maduro, que herdou suas políticas, continuou seguindo firmemente o caminho anti-EUA, os Estados Unidos mobilizaram todos os meios possíveis para tentar subjugar o país. A recusa em reconhecer os resultados da eleição presidencial é parte dessa persistente e obstinada campanha anti-Venezuela dos EUA.

Certa vez, o professor Salas, da Universidade Central da Venezuela e especialista em questões internacionais, revelou que o objetivo final dos Estados Unidos, ao continuar a difamar a Venezuela e inverter a realidade para tentar derrubar o governo de Maduro, é tomar controle do petróleo e dos recursos minerais da Venezuela, desestabilizar a aliança de governos de esquerda na América Latina e dominar completamente a região, restaurando assim a doutrina Monroe na América Latina. Ele continuou, afirmando que, como o partido de esquerda da Venezuela tem uma ampla base popular e está no poder há muito tempo, o primeiro passo planejado pelos EUA é rotular o governo de Maduro como "ilegal", preparando o terreno para ações de intervenção subsequentes.

Coerção, abuso de poder e intervenção nos assuntos internos são vícios crônicos dos Estados Unidos e uma forma de agressão.

À medida que os EUA continuam se comportando como se fossem um "juiz internacional" não autorizado e persistem em suas intervenções e ações de dominação em outros países, eles enfrentarão uma resistência ainda maior por parte dos povos progressistas do mundo que buscam a independência.

Kim Su Jin

Rodong Sinmun

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