Chen Xia/Global Times |
Recentemente, o jornal brasileiro "Folha de São Paulo" revelou que os EUA realizaram atividades de espionagem contra o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, por mais de 50 anos.
Foi revelado que 819 documentos confidenciais obtidos por um escritório de advocacia estadunidense de agências de inteligência, incluindo a Agência Central de Inteligência dos EUA e a Agência de Segurança Nacional dos EUA, registraram vigilância sobre toda a vida política do Presidente Lula.
Os EUA identificaram o Presidente Lula, um veterano do movimento operário brasileiro, como um obstáculo à sua estratégia de domínio na América Latina e se dedicaram a realizar atividades de espionagem suja para prejudicá-lo.
A presidente do Partido dos Trabalhadores do Brasil condenou, através das redes sociais, isso como uma clara violação da soberania nacional.
Os analistas de conjuntura comentaram que a ambição hegemônica dos EUA de transformar a América Latina em seu "quintal tranquilo" foi novamente confirmada.
Considerando o passado dos EUA, manchado por ações de espionagem sujas contra outros países, este incidente não é uma grande novidade.
Os EUA começaram a monitorar as comunicações globais após a Primeira Guerra Mundial com o "Plano Caixa Preta" e após a Segunda Guerra Mundial com a "Operação Shamrock".
Durante a Guerra Fria, os EUA estabeleceram uma base de coleta de informações em escala global com base no "Echelon".
No século XXI, os EUA reuniram seus aliados para criar o órgão de vigilância multinacional "Cinco Olhos" e, através de grupos de hackers, realizaram espionagem sobre centenas de alvos em dezenas de países e regiões ao redor do mundo.
Em 2013, documentos confidenciais revelados por Edward Snowden, um ex-agente da Agência de Segurança Nacional, indicaram que os EUA espionavam as chamadas telefônicas de líderes de 35 países, usava meios tecnológicos para rastrear e interceptar informações de telefones móveis em escala global, e coletavam diariamente até 5 bilhões de dados.
Os EUA realizam espionagem e coleta de informações em larga escala e de forma indiscriminada através de uma vasta rede de escuta e vigilância que abrange terra, subterrâneo, fundo do mar e espaço. Isso inclui líderes de outros países, funcionários governamentais, empresários e até mesmo indivíduos comuns, com os aliados também não sendo exceção, como evidenciado pelo caso do "Echelon", que gerou grandes repercussões internacionais.
O "Echelon" é um sistema de espionagem eletrônica criado pelos EUA e seus aliados ocidentais com o objetivo de realizar atividades de espionagem e manipulação contra países socialistas e progressistas no século passado.
Os EUA usaram o "Echelon" para extrair informações de países da Europa Ocidental, obtendo assim enormes benefícios.
No final dos anos 1990, quando países europeus estavam tentando fechar um contrato de bilhões de dólares para venda de aviões a um país do Oriente Médio, os EUA detectaram as informações através do "Echelon" e notificaram suas próprias empresas aéreas, resultando na substituição dos europeus e na conquista do contrato. Outro exemplo é quando, na mesma década, os EUA usaram o "Echelon" para frustrar um plano de uma empresa japonesa de fechar um contrato de 200 milhões de dólares com a Indonésia para uma rede de comunicação sem fio.
De acordo com as revelações da mídia, os EUA utilizaram o "Echelon" para realizar atividades de espionagem econômica contra seus aliados europeus, obtendo um lucro de impressionantes 50 bilhões de dólares.
No ano passado, foram vazados mais de 100 documentos de informações militares dos EUA na internet. Esses documentos revelaram que o governo dos EUA estava profundamente envolvido no conflito entre Rússia e Ucrânia e continha detalhes sobre a escuta contínua das conversas entre altos escalões da Ucrânia, da Coreia do Sul e de Israel.
A imprensa internacional relatou que o impacto deste incidente é comparável a casos anteriores, como a espionagem de líderes de dezenas de países, incluindo a chanceler Angela Merkel. Isso lembrou novamente a citação do ex-secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger: "Ser inimigo dos EUA é muito perigoso, mas ser seu aliado é fatal."
Os EUA, ao mobilizarem vastos recursos humanos e materiais, estabelecem uma rede de vigilância que não faz distinção entre inimigos e aliados. Isso é feito com o objetivo de dominar e controlar o mundo através de atividades de espionagem e manipulação.
Os fatos expõem claramente a natureza desprezível dos EUA, que, para concretizar suas ambições dominantes, sacrificam até mesmo os aliados próximos.
A arrogância, a falta de respeito e as intrigas implacáveis dos EUA estão provocando cada vez mais escândalos e sendo alvo de críticas ao redor do mundo.
Kim Su Jin
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