O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia publicou uma declaração intitulada "Responderemos de forma firme a qualquer forma de ameaça nuclear que os Estados Unidos nos imponham".
O texto completo segue:
Recentemente, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos reconheceu oficialmente que, em março passado, a administração estadunidense revisou as "Diretrizes de Emprego de Armas Nucleares", afirmando que a revisão das diretrizes não tem como alvo um país específico.
Apesar disso, expressou uma certa "preocupação" com a modernização das capacidades nucleares de nosso país, bem como da Rússia, China e outros Estados soberanos.
Isto não é nada mais do que uma manobra infantil para justificar sua perigosa estratégia de uso de armas nucleares com o objetivo de intimidar outros países e manter a hegemonia geopolítica, tentando evitar a condenação da comunidade internacional.
O Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia expressa grave preocupação e condena veementemente o comportamento dos Estados Unidos, que, manipulando continuamente a "ameaça nuclear" de outros, estão obcecados em garantir uma supremacia nuclear unilateral, indo na contramão dos desejos da comunidade internacional por paz, estabilidade e redução das tensões.
O ajuste da postura nuclear dos Estados Unidos, que possui o maior estoque de armas nucleares do mundo, tem um impacto negativo grave sobre o equilíbrio nuclear global, o ambiente de segurança e o regime de desarmamento nuclear.
Em junho passado, um funcionário do Conselho de Segurança Nacional dos EUA afirmou que as "Diretrizes de Emprego de Armas Nucleares" da administração estadunidense destacam a necessidade de conter, ao mesmo tempo, nosso país e outros Estados soberanos e independentes, deixando claro quem são os alvos das diretrizes.
De fato, a atual administração estadunidense, que apresentou uma "política de não uso de armas nucleares em primeiro lugar" como promessa eleitoral, não apenas negou isso no "Relatório de Revisão da Postura Nuclear" divulgado após assumir o poder, mas também está investindo uma quantia astronômica em modernização de armas nucleares a cada ano.
Particularmente, os EUA, que transformaram a aliança com países seguidores na região da Ásia-Pacífico, incluindo República da Coreia Japão, em uma estrutura militar baseada em armas nucleares, estão manipulando e operando grupos com o propósito de usar armas nucleares contra Estados soberanos, em desacordo com a Carta das Nações Unidas e outros princípios legais internacionais universais.
Todas as circunstâncias demonstram que os EUA, que gostam de alardear sobre uma "ameaça nuclear" que nem sequer existe, são os principais responsáveis por desencadear uma corrida armamentista nuclear e aumentar a possibilidade de um conflito nuclear global, provando ser o mais irresponsável e beligerante dos países.
Se os EUA não tivessem desenvolvido ou usado armas nucleares, o conceito de "ameaça nuclear" não teria surgido na Terra.
A ameaça nuclear à comunidade internacional veio dos EUA no século XX e continua vindo no século XXI, e o ponto de origem e a direção dessa ameaça não mudarão no futuro.
Os esforços dos Estados soberanos para fortalecer suas capacidades de defesa em resposta à crescente ameaça nuclear dos Estados Unidos não podem, em nenhuma circunstância, servir como pretexto para o aumento agressivo de suas capacidades nucleares ou para ajustes provocativos em sua postura nuclear.
Não importa o quanto os Estados Unidos exagerem sobre a "meaça nuclear" de outros países, continuaremos avançando na construção de um arsenal nuclear suficiente e confiável para proteger de forma firme a soberania e os interesses de segurança do nosso país, de acordo com o cronograma estabelecido. Isso é considerado o exercício mais essencial e legítimo do direito de defesa própria para garantir a paz e a segurança regional e a autodefesa.
A República Popular Democrática da Coreia continuará fortalecendo suas capacidades estratégicas de todas as formas para controlar e eliminar todos os desafios à segurança que possam advir da perigosa revisão da postura nuclear dos Estados Unidos, e responderá de maneira firme a qualquer forma de ameaça nuclear.
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