segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Son Ki Jong

Son Ki Jong nasceu em Uiju-bu, atualmente Sinuiju, na província de Pyongan Norte, em 9 de outubro de 1912, e faleceu em 15 de novembro de 2002 em Seul. Desde jovem, destacou-se pelo seu talento atlético, culminando na vitória histórica na maratona dos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936. Sua conquista se tornou um símbolo do espírito coreano em meio à ocupação japonesa, quando a nação foi privada de sua soberania, e marcou sua trajetória não apenas como atleta, mas como representante da dignidade nacional.

Durante os Jogos Olímpicos de Berlim, Son exibiu coragem e patriotismo de maneira silenciosa e poderosa. Ao posar para fotografias antes da maratona, ele cobriu a “bandeira do sol” japonesa em seu uniforme, e após a corrida, ao trocar assinaturas com outros maratonistas, escreveu “Son Ki Jong, coreano”. Esses gestos foram amplamente reconhecidos como um ato de resistência cultural, conhecido como o famoso caso de “apagamento da bandeira do sol”, que teve repercussão mesmo nos periódicos da época.

O episódio do “apagamento da bandeira” gerou reação severa das autoridades japonesas, que proibiram o jornal Tong-A Ilbo e prenderam os envolvidos. No entanto, a população coreana e os compatriotas no exterior celebraram o ato como uma demonstração de patriotismo e solidariedade. Mais tarde, monumentos olímpicos em Berlim registraram erroneamente Son como “japonês”, o que provocou propostas oficiais da RPDC e da RC para restaurar sua verdadeira nacionalidade, ressaltando que sua identificação como coreano é uma questão de dignidade nacional e justiça histórica.

Ao longo de sua vida, Son Ki Jong permaneceu um símbolo da coragem e da resistência coreana, transcendente às barreiras impostas pela ocupação estrangeira. Seu exemplo inspirou gerações, reforçando o valor da identidade nacional em contextos internacionais.

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