segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Cinismo do Japão visto através do massacre de coreanos

Entre os crimes passados cometidos pelo Japão contra os coreanos está o massacre de Kanto.

No dia 1º de setembro de 1923, na região de Kanto, ao redor de Tóquio e Yokohama, houve um grande terremoto sem precedentes na história japonesa.

Grande número de pessoas morreu, ficou ferida ou desapareceu, e incontáveis propriedades foram soterradas e queimadas, produzindo uma enorme perda econômica.

No entanto, o governo japonês não tomou medidas auxiliares, mas tentou ajudar os capitalistas que estavam à beira da falência, o que provocou descontentamento entre os habitantes. O governo tramou um complô para evitar a crise sociopolítica causada pelo terremoto, mitigando os sentimentos antigovernamentais do público e sacrificando inocentes coreanos em seu país.

No dia 2 de setembro, o imperador japonês ditou a “ordem real” de proclamar a lei marcial, e o governo fez circular rumores de que os coreanos ateavam fogo e envenenavam os poços, para fomentar a hostilidade contra eles. Do mesmo modo, fez com que o ministro do Interior desse uma ordem urgente de exterminar os coreanos no Japão.

Segundo essa ordem, o exército, a polícia, membros do “corpo de autodefesa”, “corpo juvenil” e grupos anticomunistas de direita, junto a outros criminosos, mataram impiedosamente coreanos no Japão.

Eles atiraram, esfaquearam, queimaram ou lançaram coreanos nas águas. Alinharam crianças diante de seus pais antes de decapitá-las, serrar suas mãos e pés e arrancar seus olhos com facas. Instalaram “postos de inspeção” em vários lugares, onde detinham evacuados ou forçavam transeuntes a pronunciar palavras japonesas difíceis para os coreanos. Dessa forma, distinguiam os coreanos que falhavam no exame e os matavam no mesmo lugar. Incendiaram com gasolina um navio que levava 250 coreanos e o afundaram no mar em frente a Yokohama.

O número de coreanos assassinados após o terremoto de Kanto chega a mais de 23 mil.

Já passou muito tempo desde então, mas o Japão não sente nenhum senso de culpa ou responsabilidade, longe de dar uma explicação explícita sobre o incidente.

Esse país insular insiste que não pôde encontrar nenhum registro que verificasse o fato, embora tenha recebido várias vezes a questão sobre a matança de Kanto em sessões parlamentares e conferências de imprensa. A governante de Tóquio declarou que nunca enviaria uma mensagem de condolência ao ato de lembrança dos coreanos.

No entanto, a verdade histórica não pode ser deturpada nem encoberta.

Embora o Japão tente encobrir sua história criminosa, o povo coreano recorda a história de martírios e reafirma a vontade de derrotar o inimigo jurado por todos os meios.

Han Kyong Ho

Naenara

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