Ri Yong (1888–1954), natural de Pukchong, na província Hamgyong Sul, nasceu em uma família marcada pelo patriotismo: seu pai, Ri Jun, foi o mártir do incidente de Haia. Formou-se na Escola Secundária Posong, em Seul, e depois concluiu seus estudos militares na academia de Zhejiang, na China, em 1918. Três anos mais tarde, assumiu o comando do Exército de Voluntários da Coreia e da escola militar ligada a ele, chegando a lutar ao lado do Exército Vermelho soviético contra os remanescentes do Exército Branco na região do Extremo Oriente.
Nos anos 1920 e 1930, Ri Yong engajou-se em diferentes movimentos patrióticos. Foi membro do Partido Comunista Coryo e participou de tentativas de reorganizar o Partido Comunista após sua dissolução. Também foi preso por sua ligação com a União Camponesa de Pukchong. Após sair da prisão, fundou uma associação antijaponesa e, inspirado pelas últimas palavras de seu pai, dedicou-se ao movimento de independência. Contudo, ao perceber as limitações dessa luta sem uma liderança sólida, aproximou-se dos círculos revolucionários atuantes no monte Paektu, convencido de que apenas sob uma direção competente as massas poderiam transformar sua força em vitória real.
Em 1937, Ri Yong fundou o círculo partidário de Pukchong, que reuniu sindicatos, associações antijaponesas e uniões camponesas na região da costa leste. Nessa época, estabeleceu contato com Kim Jong Suk, que lhe transmitiu o plano de mobilizar os camponeses ao sul do monte Huchi. Ri Yong comprometeu-se plenamente com essa orientação, declarando que o General Kim Il Sung era o verdadeiro líder capaz de salvar a Coreia. Essa escolha marcou sua passagem definitiva de um nacionalismo tradicional para a colaboração prática com o movimento comunista, unindo forças diversas em torno da resistência contra o Japão.
Após a libertação em 1945, Ri Yong continuou atuante na vida política da Coreia. Em 1946 foi eleito presidente do Novo Partido Progressista e, a partir de 1948, exerceu funções no governo da recém-proclamada República Popular Democrática da Coreia, incluindo os cargos de Ministro da Administração Urbana, Ministro da Justiça e Ministro sem Pasta. Até sua morte, em 1954, manteve-se fiel aos ideais de independência e à construção de um Estado novo, sendo lembrado como um patriota que, vindo de uma geração anterior, soube unir nacionalismo e comunismo em prol da causa maior da libertação nacional.
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