Com o avanço da luta armada contra o imperialismo japonês, Ri Tong Gwang assumiu papéis centrais no trabalho político e organizacional em diferentes frentes da Manchúria. Atuou como secretário do comitê distrital especial do sul da Manchúria e como chefe do departamento de assuntos organizacionais do comitê provincial do sudeste da região. Em Panshi, reorganizou grupos armados em meio ao colapso das estruturas partidistas após o incidente de 18 de setembro de 1931, formando, junto a Ri Hong Gwang, as Guardas Vermelhas Armadas, conhecidas como “tropa de cães caçadores”, que depois se transformaram nos Voluntários Operários-Camponeses de Panshi. A partir de 1932, ambos lideraram esforços para estabelecer zonas guerrilheiras antijaponesas no sul da Manchúria.
Embora fosse menos conhecido como comandante militar direto, Ri Tong Gwang destacou-se pela habilidade extraordinária em despertar a consciência política das massas e consolidar as bases organizacionais da luta. Trabalhando como representante da Associação para a Restauração da Pátria no sul da Manchúria, participou de articulações para unir diferentes correntes do movimento revolucionário, inclusive mantendo contato com o Exército da Independência e com representantes do movimento de resistência coreana em Xangai. Seu trabalho em meio às comunidades locais visava aproximar as guerrilhas, predominantemente coreanas, da população majoritariamente chinesa, reforçando a solidariedade internacionalista que sustentava a resistência armada.
A vida de Ri Tong Gwang terminou de forma trágica, mas exemplar, em julho de 1937, no condado de Xinbin, província de Fengtian. Conhecido tanto por sua firmeza quanto por sua ousadia, chegou a circular disfarçado entre tropas inimigas, lendo calmamente os cartazes que exigiam sua captura sob ameaça de execução a quem o protegesse. Sua morte, ao lado de camaradas como Ri Tal Gyong e Kim Thaek Hwan, representou o sacrifício de uma geração de comunistas coreanos que nutriram com seu sangue a história da luta armada. Seu legado permanece como símbolo de indomável coragem e dedicação à pátria, lembrado entre os pioneiros que forjaram, em condições adversas, a chama da revolução.
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