Mas a realidade mostra claramente que o capitalismo está apodrecido e doente, sendo uma sociedade onde as massas trabalhadoras têm dificuldade em viver tranquilamente.
Crimes que causam espanto
Segundo estatísticas publicadas pela Agência Nacional de Polícia do Japão em fevereiro passado, o número de crimes ocorridos em 2024 foi de 737.679 casos, um aumento de 34.328 em relação ao ano anterior, sendo este o terceiro ano consecutivo de crescimento. O número de crimes graves, como homicídios e roubos, chegou a 14.614, ou seja, 2.242 a mais que no ano anterior.
No Japão, onde a humanidade se ressecou, os assassinatos brutais continuam ocorrendo em sequência também neste ano.
Vejamos apenas alguns casos recentes.
Na cidade de Osaka, uma mulher na casa dos 20 anos foi descoberta enterrando no parque o bebê que acabara de dar à luz, ainda com o cordão umbilical preso. Em Kiryu, prefeitura de Gunma, um estudante do ensino secundário esfaqueou até a morte seu próprio pai. Em uma residência de Nishinomiya, prefeitura de Hyogo, um filho degolou e matou sua própria mãe.
Há pouco tempo, em uma rua da cidade de Chiba, foi preso um criminoso que esfaqueou até a morte uma idosa. Surpreendentemente, o criminoso era apenas um aluno do terceiro ano do ensino secundário, que declarou com insolência sobre sua motivação para o assassinato: “Queria escapar do ambiente familiar complicado. Pensei em matar qualquer um.”
Atos criminosos em que se empunham armas brancas ou de fogo para matar alguém quando algo desagrada se tornaram prática cotidiana também em outros países capitalistas.
Em abril passado, em um estacionamento da cidade de Newcastle, na Austrália, após uma briga, um criminoso saltou de um automóvel e abriu fogo indiscriminado, matando uma pessoa.
Na cidade de Palermo, na ilha italiana da Sicília, jovens, após uma briga de gangues, sacaram armas de fogo e atiraram, matando 2 pessoas e ferindo gravemente outras 3.
Em Rochlitz, Alemanha, um criminoso esfaqueou uma mulher que saía de uma loja e também atacou com faca um jovem que tentava socorrê-la, causando-lhe ferimentos graves.
Também estão em voga atos de fraude.
No Japão, entre janeiro e junho deste ano, o número de casos de fraudes especiais registrados chegou a 13.213, um aumento de mais de 4.200 em comparação com o mesmo período do ano passado. Afirma-se que esse é o número mais alto desde 2004. Em particular, aumentaram bruscamente os golpes em que criminosos se fazem passar por policiais para extorquir dinheiro das pessoas.
Taxa de desemprego em constante crescimento
No mundo capitalista, onde a grave crise econômica provoca estagnação em todos os aspectos, a taxa de desemprego segue aumentando.
Na Alemanha, até agosto, o número de desempregados em todo o país aumentou em 153 mil em comparação com um ano atrás.
Na Nova Zelândia, até junho deste ano, o número de desempregados aumentou 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. O órgão de estatísticas do país afirmou que a taxa de desemprego vem aumentando continuamente desde junho de 2022.
Na Grécia, em janeiro, a taxa de desemprego entre jovens com menos de 24 anos chegou a 19,5%, mais de duas vezes a taxa média nacional.
No mesmo mês, também na Áustria aumentou o número de desempregados, alcançando cerca de 445 mil.
No Japão, empresas vêm falindo sucessivamente.
Em maio, o número de falências em todo o país foi de 857, em abril 826. No ano fiscal de 2024, encerrado no final de março, 10.144 empresas foram à falência, deixando inúmeras pessoas sem emprego. Foi a primeira vez em 11 anos que o número anual de falências ultrapassou 10 mil.
A causa da piora da crise de desemprego nos países capitalistas está relacionada ao fato de os capitalistas monopolistas transformarem os trabalhadores em vítimas de sua busca pelo lucro.
Em última análise, o que resta aos trabalhadores, reduzidos apenas a instrumentos de enriquecimento e sem qualquer garantia de direito à sobrevivência, é a miséria e a pobreza.
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Na sociedade capitalista, prevalece em toda a vida social a lógica da lei da selva, segundo a qual “basta que eu viva bem”.
Na sociedade capitalista, onde apenas o interesse próprio é considerado a “verdade” e todas as ações voltadas para realizá-lo são descritas como “justiça”, a proliferação do crime e a grave crise de desemprego devem ser consideradas produtos inevitáveis do sistema social antipopular.
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