Kim Yong Guk destacou-se como um dos principais escritores e editores do movimento revolucionário coreano nos anos de luta armada antijaponesa. Antes de juntar-se ao Exército Revolucionário Popular da Coreia, atuou na União Camponesa Vermelha, ao lado de Pak Tal e Ri Je Sun, que facilitaram sua entrada nas fileiras guerrilheiras. Era considerado um dos mais instruídos do grupo, apesar de sua educação formal ter se limitado ao ensino básico, o que já o colocava entre os apelidados “universitários”. Com grande paixão pela literatura, aproveitava cada momento livre para compor poemas, histórias e até canções. Assumiu a função de editor-chefe do jornal "Sogwang", lançado em 1937 como órgão oficial do ERPC, onde publicou tanto textos próprios quanto colaborações de outros camaradas. Entre suas contribuições mais lembradas estão uma canção popular adaptada para o ritmo do "Arirang" e uma série de contos que ocuparam várias edições do jornal.
Sua dedicação literária era acompanhada de um firme compromisso com a causa revolucionária. Participava da produção de materiais políticos e educacionais para instrução dos combatentes, lado a lado com outros intelectuais como Choe Kyong Hwa. Apesar de jovem e talentoso, sua vida foi interrompida tragicamente no outono de 1938, quando, em companhia de Kim Ju Hyon, foi atingido por um franco-atirador inimigo durante uma expedição para coletar mel destinado a camaradas feridos e debilitados. Sua morte precoce deixou um vazio doloroso nas fileiras revolucionárias, lembrado com pesar por seus companheiros, que o reconheciam não apenas como escritor e editor, mas também como um combatente devotado cuja contribuição intelectual e humana marcou profundamente o movimento.
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