O ambiente de segurança internacional está ficando cada vez mais ameaçado devido aos imperialistas que estão ansiosos por manter a sua hegemonia. As forças reacionárias imperialistas, lideradas pelos EUA, continuam expandindo a OTAN, uma relíquia da era da Guerra Fria, enquanto intensificam uma guerra por procuração com a Rússia, usando a Ucrânia como sacrifício. Na região da Ásia-Pacífico, os EUA estão formando um cerco ativando pequenas entidades de confronto, pressionando a China estrategicamente e tornando mais tensa a situação regional. A situação em Gaza continua piorando devido ao apoio armamentista e à proteção dos EUA e dos países ocidentais a Israel. O risco de uma grande escalada de conflito formada no Oriente Médio está aumentando.
As leis e acordos internacionais destinados a prevenir o início da guerra estão perdendo sua eficácia. Além disso, o Conselho de Segurança da ONU, que supostamente discute questões de paz e segurança mundial, está em “falência funcional” e não consegue manter o ritmo. A situação internacional em escalada também está causando sérios danos ao desenvolvimento econômico mundial.
Os imperialistas estão desafiando arrogantemente a aspiração pacífica da humanidade, o avanço da época e o desenvolvimento da civilização.
Contudo, o que pode ser claramente afirmado é que o comportamento imprudente e agressivo dos imperialistas não é de forma alguma uma manifestação de força e prosperidade, mas apenas uma luta desesperada para escapar da armadilha cada vez maior da decadência e ruína.
O imperialismo, que se afunda cada vez mais no abismo da ruína a cada dia que passa, treme de ansiedade ao prever o fim da "era dos dinossauros" na qual veio existindo. Aproxima-se do fim a história cheia de crimes do imperialismo, que sobreviveu durante séculos cometendo genocídio, exploração colonial e pilhagem contra outros povos.
Os EUA, chefe do imperialismo mundial, estão perdendo sua posição de país hegemônico.
A opinião sobre a perda da posição hegemônica dos EUA não é expressa apenas por alguns meios de comunicação e especialistas estadunidenses. Tanto na política como no campo acadêmico já foram apresentados resultados que os fazem tremer, usando seus próprios métodos de análise para analisar o fluxo da situação política mundial e a queda dos EUA como um país hegemônico.
Em dezembro de 2012, o Conselho Nacional de Inteligência dos EUA anunciou um relatório chamado “Tendências Globais 2030”. O Conselho Nacional de Inteligência dos EUA é uma agência consultiva que compila dados de várias agências de inteligência para prever mudanças políticas de médio e longo prazo ao longo de décadas e elaborar e propor ao presidente estratégias externas e planos de implementação para lidar com essas mudanças.
Em "Tendências Globais 2030" há a seguinte passagem:
"Recorda-nos momentos de viragem históricos como 1815, 1919, 1945 e 1989, quando as perspectivas eram incertas e havia sinais de que o mundo poderia mudar."
O significado contido nesta curta frase é muito sincero.
O ano de 1815 foi quando a guerra liderada pela França sob o governo de Napoleão terminou e a Grã-Bretanha deu o primeiro passo como uma potência mundial. O ano seguinte ao fim da Primeira Guerra Mundial, 1919, foi quando a Grã-Bretanha perdeu sua posição como uma potência dominante. O ano de 1945 marcou o fim da Segunda Guerra Mundial, e logo após o mundo entrou na era da Guerra Fria, formando um sistema bipolar entre a União Soviética e os Estados Unidos. O ano de 1989 foi quando o Muro de Berlim caiu e a Guerra Fria terminou.
Em outras palavras, podemos dizer que os anos de 1815, 1919, 1945 e 1989 foram decisivos para o destino das principais nações como França, Reino Unido, EUA e URSS.
Então, quando será o ponto de viragem depois de 1989, quando a Guerra Fria terminou, e cuja ascensão e queda serão determinadas? O ponto de viragem é o número mencionado pelo Conselho Nacional de Inteligência dos EUA no título do relatório, ou seja, 2030, e o país que sofrerá a “queda” não é outro senão os EUA. O relatório prevê que até 2030, a Ásia ultrapassará a América do Norte e a Europa em produto interno bruto, população, despesas militares, desenvolvimento tecnológico e investimento, e os países emergentes e em desenvolvimento ocuparão uma posição importante na economia mundial.
O relatório “Tendências Globais 2040”, publicado pelo Conselho Nacional de Inteligência dos EUA em abril de 2021, também descreve o declínio dos EUA e as mudanças nas relações internacionais como processos inevitáveis.
Após o fim da Guerra Fria, os EUA, extremamente ansiosos pelo colapso da política de poder e da estratégia de “globalização” que tinham levado ao extremo, criaram e agarraram-se à implementação de estratégias de confronto para livrar-se do fantasma da “ruína” que decidiria o seu destino.
As estratégias de reequilíbrio da Ásia-Pacífico e do Indo-Pacífico ocasionalmente apresentadas pelos governos dos EUA, embora diferem em termos de escopo, método de domínio e intensidade da ameaça com que os EUA pretendem subjugar e controlar por meio da força, são as mesmas em sua intenção maléfica de suprimir as forças da região da Ásia-Pacífico e mantê-las sob seu controle.
Com intenções maliciosas, os EUA estão aumentando drasticamente seus gastos militares e frequentemente empregam forças estratégicas na região da Ásia-Pacífico e em suas proximidades, ameaçando nosso país, a China e a Rússia, e levando a situação a um extremo. Os EUA estão tentando reverter a situação desfavorável, reunindo todos os países ocidentais e todas as forças seguidoras, mas já está se tornando difícil reverter as relações de poder já inclinadas.
Quanto mais a pressão dos EUA e suas forças seguidoras aumenta, mais forte se torna o poder das potências que os desafiam.
Primeiramente, seus planos de impor uma derrota estratégica à Rússia e isolar e suprimir a China, concentrando todas suas forças, estão sendo frustrados. A Rússia, que consolidou sua vantagem no conflito com a Ucrânia, está demonstrando sua posição de potência, enfrentando firmemente todas as ameaças e pressões crescentes de sanções das forças ocidentais, incluindo os EUA. Mesmo com o cerco dos EUA, o poder econômico e militar segue crescendo visivelmente.
Em particular, nosso país, que emergiu como uma potência nuclear no Oriente, está mudando fundamentalmente o equilíbrio de poder na região da Ásia Oriental, que é o centro da estratégia global dos EUA, e está fortalecendo sua posição estratégica. Isso está causando uma séria rachadura no sistema de domínio imperialista e acelerando sua queda.
O declínio da posição hegemônica dos EUA reflete-se também no crescente sentimento anti-EUA em várias regiões, incluindo o Oriente Médio e a África, e na crescente exigência da retirada das tropas estadunidenses.
As tropas dos EUA que ocupavam o Afeganistão foram expulsas há alguns anos. A questão da retirada das tropas dos EUA também está sendo levantada no Iraque, um dos principais produtos de petróleo do Oriente Médio.
Atualmente, o mundo árabe e muçulmano está fervendo de raiva e ódio contra os EUA, que criaram a terrível crise de Gaza através do seu apoio militar incondicional a Israel. O comportamento dos EUA, que rejeitaram repetidamente as resoluções pelo cessar-fogo na Faixa de Gaza no Conselho de Segurança da ONU e mais tarde não tiveram outra escolha senão abster-se devido às críticas de muitos países, provocou um maior isolamento internacional.
Recentemente, os EUA foram forçados a desmantelar a base militar estadunidense no Níger. Na África, cresce a antipatia contra os EUA e a França, que mobilizaram as suas forças armadas para regiões-chave sob o pretexto de “guerra antiterrorista”, mas em vez disso interferem nos assuntos internos e espalham a pobreza, o caos e as atividades terroristas.
Os EUA ainda estão mobilizando sua superioridade relativa em finanças, domínio tecnológico e os ativos militares e econômicos de seus aliados para manter sua posição dominante, sem se importar com os meios. No entanto, quanto mais eles fazem isso, mais óbvio se torna que cairão em um pântano de isolamento internacional e uma séria crise política e econômica. À medida que o confronto entre os EUA e os países anti-imperialistas e independentes, cujas ideias, ideais, sistemas e valores são incompatíveis, se torna mais intenso, que tipo de conflitos perigosos surgirão e que resultados serão vistos em 2030 ou 2040 é algo que só o tempo dirá. No entanto, os acontecimentos e incidentes que se desenrolam em todo o mundo fazem-nos perceber claramente que a era em que os EUA atuavam como governantes do mundo está chegando ao fim.
As contradições e relações complexas entre as forças imperialistas, que estão dependentemente unidas em torno dos EUA, também estão se intensificando.
Os países europeus, que estavam intimamente ligados à Rússia por meio de relações econômicas mutuamente benéficas, estão se juntando à política anti-Rússia dos EUA e "exibindo" o "poder" de sua aliança, mas isso é apenas superficial. Os países seguidores estão insatisfeitos e inseguros com os EUA que não hesitam em sacrificar a política externa, a política de aliança que muda com a mudança do governo, e as relações de aliança com organizações militares como a OTAN e países individuais para seus próprios interesses, e tendem a se afastar.
Recentemente, na cerimônia de posse do Presidente da Rússia, muitos países ocidentais, incluindo os EUA, declararam que não participariam, enquanto alguns países expressaram sua intenção de participar ostensivamente. Os países europeus também estão mostrando diferenças de opinião sobre a questão do apoio militar à Ucrânia.
Os EUA estão persistentemente forçando os países europeus a aderirem à sua estratégia de pressão contra a China, mas muitos países não estão dispostos a acompanhá-los.
Segundo a imprensa estrangeira, a Bélgica expressou publicamente sua oposição várias vezes à "separação de relações" e "corte de cadeias" com a China, que estão sendo forçadas no Ocidente. A França, entre outros países europeus, está buscando desenvolver relações com a China em áreas como a economia.
A multipolarização do mundo em direção à independência está sendo promovida a um ritmo rápido.
As tentativas de integração regional, estabelecimento de organizações e movimentos de expansão que surgiram em diversas regiões e continentes do mundo tornaram-se mais ativas no século atual. Organizações regionais como a ASEAN, a União Africana, a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos e a Organização de Cooperação de Xangai estão reforçando a unidade e cooperação.
A ordem econômica mundial liderada pelos EUA está sendo reorganizada pelo BRICS, conhecido como uma organização de cooperação global.
O BRICS, que foi estabelecido por China, Rússia, Índia e Brasil, se expandiu para 10 países, colocando a ordem econômica mundial liderada pelos EUA em risco de colapso.
O jornal turco "Cumhuriyet" enfatiza que, enquanto o BRICS ganha força no cenário internacional, o G20 está perdendo seu valor. Afirma que “uma grande parte dos produtos que circulam no mercado mundial já está fora do domínio do Ocidente. O Ocidente está isolado. A desdolarização tornou-se a principal tendência. Essa tendência é impulsionada pelo BRICS, que tem se fortalecido ultimamente.”
Até mesmo entre os especialistas ocidentais prevalece a opinião de que o BRICS pode liderar a economia mundial no lugar do G7.
Foi reportado que a Sérvia está considerando a possibilidade de aderir ao BRICS. Se a adesão da Sérvia ao BRICS se tornar uma realidade, poderão ocorrer grandes mudanças na Europa. É difundido que a popularidade da União Europeia está em baixa entre os países europeus e há opiniões de que a adesão ao BRICS é a melhor opção.
O jornal russo Pravda comentou: “Assim que a operação militar especial da Rússia na Ucrânia estiver concluída, os países europeus se alinharão em frente ao 'portão' do BRICS".
As táticas astutas dos imperialistas, que vieram empreendendo uma política de invasão econômica unilateral e subjugação de outros países sob o pretexto de “ajuda” e “desenvolvimento”, já não funcionam.
O sistema de domínio do imperialismo já entrou firmemente no estágio de colapso total. A realidade mostra que ninguém pode impedir o fluxo do desenvolvimento histórico que aspira à independência e justiça.
Ri Kyong Su
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