Declaração em que, em 26 de julho de 1945, os países aliados, incluindo os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, exigiram a rendição incondicional do Japão e redigiram os princípios básicos relativos à solução pacífica do Japão.
Foi proclamada em Potsdam, na Alemanha. A União Soviética notificou o Japão, em 8 de agosto de 1945, de que participaria da Declaração de Potsdam com o objetivo de encerrar rapidamente a guerra, reduzir os danos causados por ela e antecipar a paz mundial.
A declaração refletia a necessidade de liquidar as forças agressoras do Japão, o desmantelamento de todas as forças armadas, a punição dos criminosos de guerra, a preservação no Japão apenas das indústrias necessárias às necessidades pacíficas e ao pagamento de indenizações, o fortalecimento dos elementos democráticos e o respeito aos direitos humanos fundamentais.
A declaração também limitava o âmbito de aplicação da soberania japonesa a Honshu, Hokkaido, Kyushu, Shikoku e a algumas outras ilhas, além de conter a exigência de ocupar o Japão. Isso foi algo imposto pelos Estados Unidos com o objetivo de ocupar o Japão de forma unilateral.
A Declaração de Potsdam regulamentou as questões relativas ao futuro do Japão derrotado e ao seu estatuto jurídico.
Na “Notificação de Aceitação da Declaração de Potsdam”, enviada pelo Japão ao lado aliado em 14 de agosto de 1945, indicava-se que o imperador japonês aceitava os artigos da Declaração de Potsdam e que, para cumprir suas disposições, cessaria as ações de combate e entregaria as armas; no documento de rendição assinado pelo Japão em setembro de 1945, também se estipulava que o Japão proclamava a rendição incondicional, que cumpriria fielmente os artigos da Declaração de Potsdam e que o governo japonês executaria todas as medidas adotadas pelos aliados.
A Declaração de Potsdam tornou-se um documento juridicamente vinculante que delimitava a posição do Japão derrotado. Contudo, os Estados Unidos, que ocuparam o Japão, seguiram um caminho que, contrariando as exigências da Declaração de Potsdam, reviveu o militarismo japonês e o utilizou como “tropa de choque” da agressão à Ásia.

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