sábado, 27 de dezembro de 2025

Crimes com armas de fogo criam uma constante sensação de insegurança

Mesmo neste momento em que mais um ano se aproxima do fim, na sociedade capitalista os disparos ensurdecedores e os gritos de desespero ecoam incessantemente.

Há pouco tempo, do lado de fora de um salão de festas na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, disparos de arma de fogo soaram em sequência. Seis adolescentes de cerca de 10 anos caíram ao chão, e o local transformou-se num caos em instantes.

Também em Sydney, na Austrália, ocorreu uma tragédia em que pelo menos 16 pessoas morreram e 40 ficaram feridas ao serem atingidas por balas disparadas por criminosos armados.

No mundo capitalista, os tiroteios já não são algo novo, mas, à medida que sua brutalidade se intensifica dia após dia, a instabilidade social e o medo aumentam.

O lugar onde, nem mesmo no dia da chegada do Ano-Novo, irrompem aclamações festivas, mas sim se desenrolam cenas arrepiantes de carnificina, é justamente a sociedade capitalista.

No dia 1º de janeiro deste ano, ocorreu um tiroteio de grandes proporções do lado de fora de uma casa de entretenimento em Nova Iorque, deixando 11 feridos.

No mesmo dia, em Montenegro, um homem, após discutir com colegas em um restaurante, disparou sua arma e tirou a vida de cerca de dez pessoas, incluindo duas crianças.

Entre os mortos, dizia-se, estava até mesmo a irmã do criminoso.

Os crimes com armas de fogo que começaram já no início do Ano-Novo prosseguiram por todo o ano, sem que o sangue tivesse tempo de secar, desde grandes cidades movimentadas até vilarejos montanhosos isolados.

Ao longo do ano, sucederam-se crimes com armas de fogo, como o tiroteio em grande escala que tirou a vida de mais de dez pessoas em plena luz do dia em Örebro, na Suécia, e o incidente em um restaurante da cidade de Palermo, na ilha italiana da Sicília, onde jovens, após uma briga generalizada, sacaram armas e abriram fogo, matando duas pessoas e ferindo várias outras, lançando a população no terror.

Tão disseminados estão os crimes cometidos com armas de fogo que uma publicação de um país ocidental chegou a estampar um apelo dizendo: “Não pedimos liberdade nem igualdade. Apenas deixem-nos viver sem o medo de sermos mortos por uma bala que pode voar de qualquer lugar, a qualquer momento.”

Há várias causas para a ocorrência de crimes com armas de fogo que produzem massacres sangrentos.

Antes de tudo, está o aprofundamento da desigualdade entre ricos e pobres. Diante da feroz competição pela sobrevivência provocada por políticas antipopulares e da realidade desigual do enriquecimento dos ricos e empobrecimento dos pobres, as pessoas descarregam seu ressentimento e sua ira, expressando seus sentimentos por meio de crimes extremos como os tiroteios.

Um antigo dirigente da segurança interna dos Estados Unidos afirmou que o número de pessoas que acreditam que apenas a violência é o meio de expressar suas convicções vem aumentando, acrescentando que, na sociedade estadunidense, cresce o número dos que desconfiam do governo, das empresas e de outras instituições; eles se consideram vítimas de condutas injustas, e a ideia de que é legítimo usar a violência para manifestar posições ideológicas ou insatisfações está profundamente enraizada na sociedade.

A frequência crescente de homicídios por armas de fogo também se deve à inexistência ou à fragilidade das medidas de controle.

Nos Estados Unidos, pela Segunda Emenda da Constituição, promulgada em 1791, é concedido a qualquer pessoa o direito de possuir armas. Por isso, portar armas de fogo tornou-se algo comum para todos, o que faz com que circulem armas em número muito superior ao da população.

A enorme quantidade de armas de fogo em posse de indivíduos é utilizada em atos criminosos sob o pretexto da chamada autodefesa.

Na sociedade capitalista, onde o individualismo impera, muitas pessoas tomam a arma que têm nas mãos como o meio para resolver todos os problemas.

Independentemente de seus motivos e objetivos, todos os crimes com armas de fogo são, sem exceção, produtos inevitáveis do sistema capitalista reacionário e antipopular, que mergulha as pessoas no individualismo extremo e no ódio ao ser humano.

A lógica de sobrevivência da lei da selva, resumida na máxima “para eu viver, você deve morrer”, a chamada democracia ocidental que justifica como “liberdade” o uso desenfreado de armas, e um clima social decadente que glorifica o ódio humano e a depravação moral transformaram a sociedade capitalista em um viveiro de crimes com armas de fogo.

Ainda neste momento, os disparos criminosos ecoam de forma ensandecida, denunciando a podridão da sociedade capitalista.

Kim Su Jin

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