A Organização Meteorológica Mundial publicou dados estimando que, todos os anos, 8 milhões de pessoas morrem prematuramente devido à poluição atmosférica causada por partículas finas. Segundo esses dados, a concentração de partículas finas é elevada na África Central e nas zonas agrícolas do Paquistão, Índia, China e Sudeste Asiático.
Os setores agrícolas da África e da Ásia estão sofrendo grandes danos. Isso ocorre porque as partículas finas depositadas nas folhas das plantações impedem a fotossíntese. Segundo experimentos, o rendimento das colheitas diminuiu em até 15% devido às partículas finas.
Especialistas consideram que as altas temperaturas e as secas persistentes em várias regiões do mundo, provocadas pelas mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global, têm causado incêndios florestais cada vez mais numerosos e de maior escala — um dos principais fatores da poluição atmosférica. Além disso, também apontam como causa a emissão de grandes quantidades de poeiras, fumaça e gases tóxicos provenientes de fábricas, empresas, automóveis, aviões e outras fontes.
Nos últimos tempos, a poluição atmosférica tem se agravado em várias regiões do mundo, despertando preocupações.
Recentemente, devido à persistente poluição do ar em Teerã, capital do Irã, foram adotadas medidas para fechar espaços públicos. Com isso, as aulas em todas as instituições educacionais passaram a ocorrer por videoconferência, e todos os funcionários de órgãos administrativos e escritórios — excetuando-se unidades encarregadas de operações de resgate, operações militares e instituições de aplicação da lei — passaram a trabalhar remotamente. Os bancos funcionam apenas por meio de agências limitadas, e pedreiras de cascalho e fábricas de cimento foram fechadas.
No Irã, durante a estação fria, especialmente quando há pouco vento e quase nenhuma chuva, a qualidade do ar nas grandes cidades densamente povoadas tende a se deteriorar. Nas últimas semanas, os moradores das principais cidades do país têm vivido sob forte poluição atmosférica. Como resultado, o número de pacientes está aumentando. Somente entre 22 de novembro e 1º de dezembro, mais de 210 mil pessoas necessitaram de atendimento de emergência devido a problemas cardíacos e dificuldade respiratória. Especialistas alertaram que, se o alto nível de poluição persistir, o número de idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas hospitalizadas com doenças cardiovasculares e respiratórias continuará aumentando.
No mesmo período do ano passado, também em Teerã, muitas pessoas adoeceram em consequência da grave poluição atmosférica. Em poucos dias, 33% dos casos de emergência relatados estavam relacionados a doenças cardiovasculares e respiratórias. Nesse período, o índice de qualidade do ar caiu para um nível crítico.
Na mesma época, na capital da Mongólia, Ulan Bator, doenças semelhantes, juntamente com gripe sazonal, se espalharam devido à grave poluição do ar. Apenas em uma semana, mais de 20 mil pessoas em todo o país foram afetadas por essas doenças. O centro de saúde do país exigiu que os moradores cumprissem rigorosamente as medidas de prevenção, como o uso de máscaras.
O Paquistão também está sofrendo grandes prejuízos devido à poluição atmosférica. Em Lahore, sua segunda maior cidade, a concentração de partículas finas chega a dezenas de vezes o limite permitido estabelecido pela Organização Mundial da Saúde.
Em Nova Délhi, capital da Índia, a poluição do ar atingiu um nível crítico. Uma névoa tóxica encobriu o céu da cidade. O número de pessoas sofrendo com doenças respiratórias como bronquite e ataques agudos de asma, além de sintomas como lacrimejamento, coriza e sensação de ardor, aumentou drasticamente. O número de pacientes com doenças oculares também cresceu em 60%. Médicos alertam que o nível perigoso de poluição atmosférica é prejudicial não apenas aos pulmões, mas também aos olhos. Pacientes com doenças de pele também estão aumentando. Os hospitais estão lotados.
Para combater a poluição do ar, o governo municipal está adotando diversas medidas, como borrifar água em árvores e ruas. Pulverizadores de água para remover poluentes atmosféricos foram instalados em postes de iluminação.
Nas grandes cidades da Índia, estima-se que 7,2% das causas de morte estejam relacionadas à poluição atmosférica. No ano passado, somente na região da capital, o número de mortes relacionadas à poluição do ar chegou a 12 mil, representando 11,5% das causas de morte.
Recentemente, em Hanói, capital do Vietnã, está sendo promovida a construção da Linha 2 do metrô urbano, parte da qual será subterrânea. O principal objetivo é solucionar os problemas de congestionamento e poluição atmosférica, agravados pelo rápido aumento do número de motocicletas e automóveis.
Além disso, muitos outros países também estão sofrendo enormes prejuízos devido à poluição do ar.
A poluição atmosférica exerce efeitos extremamente nocivos sobre a saúde e a vida humanas. Quando uma pessoa inala ar contaminado, as partículas finas prejudiciais ao organismo penetram nos pulmões e no sistema cardiovascular, causando derrame, doenças cardíacas e vários tipos de doenças respiratórias.
A poluição atmosférica não conhece fronteiras, e o ar contaminado ameaça a sobrevivência de toda a humanidade.

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