Há pouco tempo o Japão lançou mais um submarino de ataque de cerca de 3.000 t — o sexto navio da série de novos submarinos que entrou em serviço em 2022.
Antes disso, o Ministério da Defesa japonês anunciou publicamente que iniciou a produção em massa do míssil Tipo 12 terra–mar, modificado para aumentar o alcance e poder ser lançado também a partir do mar, bem como de mísseis lançados por submarinos. A versão de lançamento terrestre do míssil Tipo 12 terra–mar e o armamento planador de alta velocidade já entraram em produção em massa.
Todos representam meios de ataque preventivo direcionados a outros países e regiões além dos limites do arquipélago, e as unidades de mísseis destinadas a operá-los estão sendo reforçadas, com os locais de posicionamento já decididos.
Não é só isso que o Japão está acelerando a introdução. No início do ano obteve dos EUA a autorização para a venda de mísseis ar-ar de alcance médio e mísseis de cruzeiro ar-superfície de longo alcance no valor de vários bilhões de dólares. O plano de aquisição de centenas de mísseis de cruzeiro Tomahawk também está sendo adiantado para este ano fiscal. A "Forças de Autodefesa" Marítimas já iniciaram os treinos de operação, e os destróieres Aegis que as equiparão foram enviados aos Estados Unidos para modificações e treinamento das tripulações.
A mídia estrangeira analisa e avalia que essas medidas e essa intensa movimentação não visam, como afirmam, o fortalecimento da capacidade defensiva, mas sim ataques de profundidade contra países vizinhos.
Não se pode deixar de ver como uma ação extremamente perigosa o fato de o Japão, país criminoso de guerra, ter transformado em política declarada o ataque preventivo ao território de outros países e estar acelerando o desenvolvimento e a introdução dos meios para tanto.
O Japão, que vinha até agora pregando a "defesa exclusiva" e fazendo papel de “país pacífico”, está se empenhando abertamente em construir capacidades inteiramente opostas, voltadas ao ataque preventivo, o que não é uma "escolha inevitável" para enfrentar a situação regional. Trata-se de um objetivo que vem sendo perseguido obstinadamente depois de minar gradualmente as barreiras que proibiam o rearmamento e de entrar no caminho da transformação em potência militar, sendo o item central na preparação para uma nova guerra de agressão.
A declaração do governo japonês de que não se pensa que “o sentido da constituição seja que deva-se sentar e aguardar a autodestruição” surgiu quando não fazia nem dois anos desde a criação das "Forças de Autodefesa". Isso demonstra claramente que os elementos revanchistas do Japão desde o início colocaram entre as metas da reconstrução militar a obtenção de capacidade de ataque preventivo.
Os sucessivos governos japoneses, baseando-se nisso, têm distorcido a opinião pública com a absurda interpretação de que possuir capacidade de ataque a bases inimigas se enquadra no âmbito da “autodefesa”, e têm conspirado de maneira aberta e oculta para concretizá-la. Mesmo quando inseriram nas estratégias de segurança e defesa nacional a formulação enganosa de “capacidade de contra-ataque” para mascarar a capacidade de ataque preventivo, recorreram como base à declaração governamental feita há mais de 60 anos.
Exagerar a “ameaça” e usá-la como pretexto para a militarização é um hábito pérfido e recorrente das autoridades japonesas. O verdadeiro responsável por complicar e agravar gradualmente a situação regional, distorcendo as medidas defensivas de outros países como “ameaça”, é o próprio Japão.
O raio de operação das forças terrestres, marítimas e aéreas das chamadas “Forças de Autodefesa” já ultrapassa em muito os limites do arquipélago.
Nesse contexto, o fato de o Japão estar acelerando o desenvolvimento, a produção e a introdução em massa de meios de ataque preventivo mostra claramente que o país já retirou completamente a máscara de "país pacifista" e está revelando sem disfarces a face de um Estado de guerra.
As ações temerárias do Japão não podem deixar de aumentar a vigilância da comunidade internacional e acabarão apenas por colocar o arquipélago como alvo comum da severa punição dos países vizinhos.

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