segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Ri Ju Ik

Ri Ju Ik destacou-se como um dos patriotas formados nas zonas semiguerrilheiras organizadas na região de Changbai, no início da década de 1930. Participou ativamente da União Camponesa Vermelha dos Coreanos na Manchúria, que iniciou suas atividades com campanhas de esclarecimento contra o obscurantismo, o jogo de azar, o casamento precoce e o analfabetismo. Gradualmente, a luta se ampliou, passando de reivindicações econômicas, como disputas de arrendamento e resistência ao trabalho forçado, para ações políticas contra o imperialismo japonês, como a recusa em construir estradas militares e a sabotagem de instalações militares. Nessa época, Ri Ju Ik atuava como subchefe do condado e aproveitou sua posição para fortalecer a luta revolucionária.

Em 1936, estabeleceu contato com trabalhadores políticos do Exército Revolucionário Popular da Coreia, como Kwon Yong Byok e Kim Jong Phil, que se infiltraram na região disfarçados de traficantes de ópio. Posteriormente, sob a influência de Kim Ju Hyon, Ri Ju Ik tornou-se membro especial da Associação para a Restauração da Pátria (ARF). Instalou-se em Ouledong, onde abriu uma farmácia e exerceu a medicina, ao mesmo tempo em que continuava em sua função administrativa. Assim, combinando inteligência e cautela, contribuiu de modo decisivo para a sustentação das redes revolucionárias na região.

Sua lealdade e espírito de sacrifício manifestaram-se quando foi preso pelas autoridades japonesas. Ri Je Sun, seu camarada, assumiu todas as “culpas” no tribunal, permitindo que Ri Ju Ik fosse libertado após alguns dias de tortura. Mesmo em tais circunstâncias, manteve absoluto silêncio sobre as atividades revolucionárias, preservando os segredos da organização e a segurança de seus companheiros. Graças a esse esforço coletivo de proteção mútua, muitos militantes conseguiram escapar da pena de morte ou de condenações severas, mantendo vivas as estruturas clandestinas da resistência.

Apesar da repressão, Ri Ju Ik sobreviveu ao período de prisão e conseguiu testemunhar a libertação de seu país. Sua trajetória reflete a importância das zonas semiguerrilheiras como base de apoio estratégico ao Exército Revolucionário Popular da Coreia e como espaço de formação de quadros leais à luta pela independência. Atuando tanto no campo administrativo quanto no trabalho de massas, ele simbolizou a capacidade da revolução de se enraizar até mesmo nas engrenagens do aparato inimigo, transformando cargos oficiais em instrumentos da causa nacional.

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