Na reunião dos chefes das agências espaciais dos países membros do BRICS, realizada no fim de novembro, o diretor-geral da empresa estatal espacial russa Roscosmos anunciou que 13 países, entre eles Azerbaijão, Bielorrússia, Bolívia, Venezuela, Djibuti, Egito, Paquistão, África do Sul e Etiópia, juntaram-se à Rússia e à China na construção da Estação Internacional de Pesquisa Lunar. Afirmando que a Rússia possui instituições científicas especializadas para pesquisas sobre Vênus, a Lua e Marte, ele declarou que as conquistas tecnológicas russas na exploração espacial podem servir de base para os planos do BRICS.
A Estação Internacional de Pesquisa Lunar, que está sendo construída pela Rússia e pela China, é uma base espacial dotada das instalações necessárias para realizar exploração, observação e experimentos na Lua.
Em abril de 2021, os dois países divulgaram uma declaração conjunta anunciando a cooperação na construção da referida estação. Na ocasião, Rússia e China afirmaram que cooperariam também com outros parceiros internacionais com base nos princípios de consulta conjunta, construção conjunta e usufruto conjunto, proclamando que, no futuro, a Estação Internacional de Pesquisa Lunar estaria aberta a todos os países, organizações internacionais e parceiros internacionais.
Na reunião, foi também informado que as espaçonaves da Índia, dos Emirados Árabes Unidos e da China chegaram a Marte, sendo mencionado que esses países também possuem experiência em exploração lunar.
Atualmente, a configuração do desenvolvimento espacial está se diversificando em ritmo acelerado.
Irã, Tailândia e Indonésia estão promovendo seus próprios programas espaciais, e a escala da indústria espacial africana já ultrapassa 20 bilhões de dólares.
Os países árabes estão fortalecendo de forma competitiva suas capacidades avançadas de desenvolvimento espacial.
O Egito demonstra ambição de desempenhar um papel de liderança no desenvolvimento espacial regional e continental ao construir uma cidade espacial no local onde se encontra a sede da Agência Espacial Africana.
A Agência Espacial dos Emirados Árabes Unidos anunciou, no dia 10, que lançou com sucesso o satélite “813”.
Esse satélite, cuja missão é a pesquisa ambiental e das mudanças climáticas, bem como a medição das transformações da superfície terrestre, recebeu esse nome em comemoração ao ano 813, quando a ciência floresceu na região árabe e diversas civilizações se fundiram. Ele é avaliado como o primeiro ativo espacial árabe a oferecer oportunidades para que especialistas e pesquisadores árabes participem ativamente do desenvolvimento espacial, resgatando o espírito daquela época.
Antes disso, no dia 7, o Centro Espacial Mohammed bin Rashid, dos Emirados Árabes Unidos, divulgou as primeiras imagens enviadas pelos satélites lançados no início deste ano, captadas por meio de tecnologias avançadas ópticas e de radar. Prevê-se que esses resultados sejam utilizados de forma eficaz na exploração de petróleo, na gestão de desastres naturais, no tráfego marítimo e no apoio à agricultura.
Os Emirados Árabes Unidos operam atualmente cerca de 200 empresas no setor espacial e, segundo informações, estabeleceram planos para enviar um robô espacial ao lado oculto da Lua em 2026.
A Arábia Saudita também está se lançando ativamente no desenvolvimento espacial, criando oficialmente uma agência espacial nacional como parte do plano de 2030 e formando astronautas.
Omã está investindo grandes esforços no desenvolvimento espacial, como o desenvolvimento do primeiro satélite de observação do Oriente Médio que utiliza inteligência artificial e a instalação de uma plataforma comercial de lançamento espacial.
Hoje, o desenvolvimento espacial tornou-se um objetivo estratégico de muitos países do mundo, e os movimentos para sua concretização estão se tornando cada vez mais ativos.

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