Isso é a manifestação de uma intenção criminosa de ocupar permanentemente a Faixa de Gaza.
A “linha amarela” é uma linha que marca algumas áreas da Faixa de Gaza atualmente ocupadas pelas forças israelenses. Mesmo após a entrada em vigor do acordo de cessar-fogo em outubro, Israel continua ocupando quase metade do território da Faixa de Gaza e cometendo abertamente atos que violam o acordo.
Israel considera como suas as áreas dentro da “linha amarela”, destrói as moradias dos palestinos que ali vivem, empurra arbitrariamente a “linha amarela” para o interior da Faixa de Gaza e massacra indiscriminadamente os moradores que a ultrapassam. Apenas no último dia 7, em Rafah, na Faixa de Gaza, uma menina palestina foi brutalmente assassinada sob o pretexto de ter cruzado a “linha amarela”; desde o acordo de cessar-fogo de outubro, o número de palestinos mortos pelas forças israelenses chega a cerca de 370.
Autoridades israelenses decidiram recentemente construir uma nova cidade chamada “Green Rafah” no sul da Faixa de Gaza e revelaram abertamente a intenção de ocupar completamente a área ao mobilizar grandes unidades de engenharia. Além disso, com declarações arrogantes de que abririam os corredores fronteiriços apenas em um sentido, permitindo que os palestinos deixem Gaza, mas impedindo seu retorno, expuseram a intenção sinistra de expulsar à força os habitantes da Faixa de Gaza.
Israel não revela sua face de usurpador territorial apenas na Faixa de Gaza, mas também no Líbano.
Como é sabido, em novembro do ano passado, Israel firmou um acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, organização das forças patrióticas libanesas. No entanto, antes mesmo de a tinta do acordo secar, Israel abriu fogo com ataques militares contra o Líbano. Alegando responder a supostas violações do cessar-fogo por “indivíduos suspeitos” ou neutralizar ameaças decorrentes de “atividades terroristas”, entregou-se a massacres bárbaros.
No pouco mais de um ano desde a conclusão do cessar-fogo, as operações militares realizadas pelas forças israelenses chegam a cerca de 1.200, resultando no assassinato brutal de centenas de pessoas.
Somente no início de novembro, Israel iniciou novos bombardeios contra o sul do Líbano, ceifando dezenas de vidas, e, em meados do mês, assassinou um alto dirigente do Hezbollah.
Israel também viola a cláusula do acordo que determina a retirada completa das áreas ocupadas após a entrada em vigor do cessar-fogo, mantendo-se entrincheirado em cinco localidades e proclamando que passará a administrá-las. Isso demonstra claramente a intenção de usar essas áreas ocupadas como trampolim para realizar ambições de expansão territorial em direção ao Líbano.
As aventuras militares que ocorrem quase diariamente por trás da fachada do cessar-fogo são a expressão de ambições de usurpação territorial e mostram que Israel não tem a mínima vontade de restaurar a estabilidade e a paz na região, aumentando as preocupações da comunidade internacional quanto à fragilidade do cessar-fogo.
Cessar-fogo e massacre jamais podem coexistir.
Enquanto forem toleradas as atitudes de Israel, enlouquecido pela agressão e pela usurpação territorial, jamais será possível esperar paz no Oriente Médio.

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