terça-feira, 2 de dezembro de 2025

A Ucrânia mergulha no caos com o surgimento de escândalos de corrupção

Na Ucrânia, um escândalo de grande escala envolvendo corrupção foi revelado, provocando forte comoção social. Os protagonistas do caso são pessoas próximas ao governante Zelenski. Entre eles estão Yermak, que até alguns dias atrás ocupava o posto de chefe da administração presidencial, o empresário Mindich — considerado o “bolso de dinheiro” de Zelenski — e o ministro da Justiça, entre outros.

Segundo os dados, Yermak aproveitou suas funções para desviar centenas de milhões de dólares provenientes da ajuda ocidental. Mindich, valendo-se de sua ligação com Zelenski, estendeu seus tentáculos não apenas ao setor energético, mas também ao meio militar, desviando enormes somas de dinheiro junto com diversas figuras. Quatro ministros em exercício ou anteriores estiveram envolvidos, entre eles o ministro da Justiça. Outro próximo de Zelenski, o ex-vice-primeiro-ministro Chernyshov, já havia sido condenado por outro caso de corrupção.

Com a revelação do enorme escândalo de corrupção, o regime ucraniano entrou em crise. A Verkhovna Rada (Parlamento) decidiu destituir os ministros envolvidos, e a sessão foi transmitida ao vivo. Com isso, surgiu divisão dentro do partido governista e o governo mergulhou no caos.

As atividades da Verkhovna Rada foram interrompidas. Os deputados estão atuando cada um por conta própria. Quando se reúnem e discutem, parece um autêntico tumulto. Suas concepções sobre enriquecimento ilícito diferem, assim como suas alegações e interpretações sobre o caso. As opiniões sobre como lidar com as consequências também são variadas. Alguns parlamentares defendem a realização de negociações para criar um novo governo de coalizão, composto por diversos partidos, e a necessidade de renomear os ministros, enquanto outros negam tal proposta. Alguns deputados exigiram energicamente a destituição de Yermak, chefe da administração presidencial, devido a sua ligação direta com o escândalo. Seguindo essa tendência, em 28 de novembro, Yermak foi expulso de seu cargo.

Zelenski, procurando ignorar tudo isso, rotulou a situação ocorrida na Verkhovna Rada como “desordem” e “jogo político”, recitando algo sobre sua suposta “ordem”.

Analistas afirmam que Zelenski está tentando desviar o foco que recai sobre ele.

Como o caso irá se desdobrar ainda é algo a se ver, mas o problema é que práticas corruptas de autoridades na Ucrânia não surgiram de repente. O enriquecimento ilícito de funcionários já estava disseminado no país há muito tempo.

Em 2023, também foi revelado que o Ministério da Defesa desviou enormes quantias do orçamento destinado ao fornecimento de alimentos para o exército e à compra de uniformes militares. Quando a agência Unian e outros meios de comunicação noticiaram isso, Reznikov, então ministro da Defesa, insistiu que tudo não passava de uma guerra informacional contra ele e o ministério, fingindo ser totalmente íntegro. No entanto, pouco tempo depois ficou provado que era verdade, e uma ação judicial foi movida. Como resultado, vários membros do Ministério da Defesa foram demitidos por enriquecimento ilícito, e o próprio ministro da Defesa não teve outra escolha senão renunciar ao cargo.

Não é apenas o Ministério da Defesa. Nos outros ministérios e nos oblasts, todos aqueles que podiam exercer qualquer parcela de poder também apropriaram-se de recursos financeiros de forma ilícita. Nem mesmo os órgãos judiciais e de procuradoria foram exceção no enriquecimento ilícito. Em maio de 2023, veio à tona que vários membros da Suprema Corte haviam recebido inúmeros subornos em troca de prometer decisões favoráveis a criminosos.

Diante desses fatos, o escândalo de corrupção agora revelado não é nada surpreendente. Pelo contrário, o enriquecimento ilícito está se tornando ainda mais generalizado.

Até mesmo políticos ocidentais, que têm se empenhado com afinco em apoiar a Ucrânia por razões políticas, ficaram boquiabertos.

Há pouco tempo, o vice-primeiro-ministro da Itália, ao comentar o escândalo de corrupção que abalou o governo ucraniano, afirmou que mais apoio a Kiev apenas estimularia ainda mais as práticas corruptas.

Outros políticos ocidentais também expressam dúvidas, dizendo que, considerando a corrupção endêmica na Ucrânia, não há sequer motivo para enviar mais dinheiro a Kiev.

E não é por acaso. Apesar de os países ocidentais terem fornecido à Ucrânia quantias astronômicas de armas e fundos, isso acabou sendo como despejar água em jarro sem fundo.

O Ocidente proclama que deve impedir que seus recursos destinados à Ucrânia sejam desviados e que é preciso conter o enriquecimento ilícito, mas isso é algo que jamais será possível.

A Ucrânia, servindo de tropa de choque do Ocidente, tornou-se o país mais pobre da Europa. Até o destino político do governante Zelenski está por um fio.

Num cenário em que ninguém sabe como ou quando o país poderá desabar, é natural que figuras políticas e empresariais ucranianas sigam a lógica de acumular dinheiro a qualquer custo para garantir seus próprios interesses. Diante dessa situação, é evidente que o enriquecimento ilícito continuará e o caos se aprofundará.

A situação do Ocidente — que, obcecado por encher o bolso de Zelenski e sua camarilha, os põe como tropa de choque da política anti-Rússia e chega a raspar não só o dinheiro de seus contribuintes, mas até fundos de terceiros para entregá-los à Ucrânia — deve ser considerada verdadeiramente lamentável.

Ri Hak Nam

Nenhum comentário:

Postar um comentário