Recentemente, o novo gabinete do Japão vem exibindo passos militares extremamente perigosos, que fazem empalidecer os governos anteriores, ampliando a vigilância e a preocupação dentro e fora do país.
Com o fortalecimento da capacidade de ataque preventivo, a flexibilização das restrições à exportação de armas e a reavaliação dos “três princípios não nucleares”, entre outras medidas, a classe dominante japonesa vem ajustando amplamente sua política militar e de segurança, ultrapassando linhas proibidas como país criminoso de guerra e revelando de forma descarada até mesmo sua ambição de possuir armas nucleares.
Há pouco tempo, uma figura de alto escalão do governo japonês proferiu, sem qualquer hesitação, declarações extremamente provocativas, afirmando que o Japão deveria possuir armas nucleares, alegando um “ambiente de segurança regional cada vez mais severo” e a “necessidade de reforçar uma capacidade de dissuasão independente”.
Isso não é, de modo algum, um deslize verbal nem uma afirmação fruto de bravata momentânea, mas sim a expressão direta da ambição de nuclearização que o Japão acalenta há muito tempo, constituindo um desafio frontal não apenas à Constituição japonesa, mas também às diversas normas do direito internacional que estipulam as obrigações assumidas como país derrotado na guerra.
O fato de tais declarações imprudentes terem partido da boca de um alto funcionário que aconselha o governo em matéria de segurança é uma prova de que a tentativa de possuir armas nucleares está profundamente difundida nos círculos políticos japoneses, expondo sem disfarces a natureza belicista e agressiva do Japão.
É de conhecimento geral que, durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão se lançou secretamente à pesquisa e ao desenvolvimento de armas nucleares e que, mesmo após a derrota, tem preparado de forma encoberta as bases para manter a capacidade de fabricar armas nucleares em qualquer momento, restando agora apenas a decisão política, o que se tornou um entendimento comum da comunidade internacional.
Como se sabe, o Japão tem explorado de maneira persistente as possibilidades e os caminhos para a posse de armas nucleares, levantando a chamada “teoria do compartilhamento nuclear”, segundo a qual armas nucleares dos Estados Unidos seriam estacionadas em seu território e operadas conjuntamente, a pretexto da situação na Ucrânia, além de tentar inserir-se na aliança nuclear anglo-saxônica conhecida como “AUKUS”.
Por outro lado, assim que surgiram notícias de que os Estados Unidos teriam aprovado a posse de submarinos nucleares pela República da Coreia, como se estivesse apenas aguardando esse momento, altos funcionários do governo, incluindo o secretário-chefe do gabinete e o ministro da Defesa, passaram a falar abertamente sobre a necessidade de possuir submarinos de propulsão nuclear, algo que até então era considerado um tabu.
Todos esses fatos demonstram de forma clara que as autoridades japonesas estão tramando um plano audacioso para abrir caminho à nuclearização, testando as reações internas e externas às suas ambições nucleares e criando uma opinião pública gradualmente mais tolerante a esse respeito.
O Japão é justamente um Estado perigoso que, uma vez rompido o dique, poderia concretizar a nuclearização a qualquer momento e reacender o estopim de guerras de agressão, e o verdadeiro objetivo de sua insistente alardeação sobre as chamadas “ameaças do entorno” reside em justificar a política de se tornar uma grande potência militar tendo a nuclearização como meta final.
A conduta descaradamente dupla do Japão, que, na frente, ostenta o rótulo de “único país do mundo vítima de bombas atômicas” e proclama um “mundo sem armas nucleares”, enquanto pelas costas tenta lançar-se à nuclearização, é a maior ameaça que a comunidade internacional deve condenar com vigilância e uma ação temerária que desperta sérias preocupações nos países da região.
Caso armas nucleares venham a cair nas mãos do Japão, país criminoso de guerra, uma terrível catástrofe nuclear se abaterá sobre as cabeças dos países asiáticos, levando a humanidade a enfrentar uma grande calamidade, como a própria história de agressões do Japão demonstra de forma inequívoca.
A humanidade progressista, amante da justiça e da paz, deve barrar resolutamente as perigosíssimas manobras militares do Japão, país criminoso de guerra, que nega seu passado criminoso, apoia-se nos Estados Unidos e corre desenfreadamente rumo à nuclearização.

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