A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foi designada para implementar a iniciativa e estabeleceu um escritório de coordenação na África. Em 2018, os EUA anunciaram a versão "África Forte 2.0", que visava a produção adicional de 10.000 MW de eletricidade limpa, trazendo grandes avanços na distribuição e transmissão de energia.
Historicamente, os EUA têm buscado controlar as economias e recursos dos países africanos sob o pretexto de "ajuda", mantendo-os politicamente e economicamente subordinados. Através de organizações como a USAID, os EUA tentaram disseminar seus valores e interesses, promovendo uma agenda de "desenvolvimento" que na prática muitas vezes se traduzia em interferência nos assuntos internos de outros países. Embora os EUA promovessem o apoio a setores como o desenvolvimento econômico, paz e segurança, democracia e direitos humanos na África, a "ajuda" geralmente envolvia condicionantes que impunham mudanças nas estruturas econômicas e legais dos países africanos, sempre de acordo com os interesses dos EUA.
Por exemplo, a Lei de Crescimento e Oportunidade da África, adotada em 2000 pelo Congresso dos EUA, foi apresentada como uma forma de prover "benefícios econômicos" para os países africanos. No entanto, para que esses países se qualificassem para os "benefícios", eles precisavam reformar totalmente suas economias e sistemas legais, alinhando-os aos padrões dos EUA. Além disso, os EUA frequentemente excluíam países africanos do escopo dessa "ajuda" sob alegações de que estavam violando os direitos humanos ou os princípios da democracia, usando essas justificativas como uma ferramenta para exercer controle político sobre a África.
O jornal zimbabuano "The Herald" denunciou que os Estados Unidos, nos últimos cinquenta anos, têm utilizado o dólar como uma ferramenta para intervir nos assuntos internos de outros países, criando instabilidade em diversas regiões, incluindo Ásia, África, América Latina e Europa Oriental. Em março do ano passado, o governo do Zimbábue expulsou vários membros da USAID, alegando que estavam envolvidos em conspirações para derrubar o governo. O pretexto para a presença desses agentes era avaliar a "situação da democracia e da governança", essencial para o planejamento de "ajuda", mas, na realidade, a missão deles era promover uma mudança de regime.
Nos países onde a "ajuda" dos EUA foi implementada, as tragédias relacionadas à desordem socioeconômica e aos conflitos étnicos se tornaram evidentes, demonstrando a natureza enganosa e reacionária dessa "ajuda". Em termos de eficácia, nenhum país africano que tenha recebido essa ajuda conseguiu se livrar da pobreza. O nível de "ajuda" foi tão baixo que mal poderia ser considerado como tal.
A "ajuda" dos EUA, na verdade, visava atender aos interesses egoístas dos Estados Unidos. Agora, até mesmo essa "ajuda" falsa está sendo retirada, como exemplificado pela retirada da proposta "África Forte". A lógica por trás dessa retirada, de acordo com a atual administração dos EUA, é eliminar tudo o que é considerado "desnecessário, tanto no país quanto no exterior".
Para os EUA, que operam com base na lei da selva, não há espaço para uma verdadeira ajuda ou cooperação.
Os países africanos, que sempre enfrentaram dificuldades econômicas e nutriram falsas esperanças em relação à "ajuda" dos Estados Unidos, estão agora experimentando um amargo desapontamento.
Muitos desses países estão buscando alternativas para o desenvolvimento autossustentável e, ao mesmo tempo, redirecionando sua atenção para o comércio e a cooperação em segurança com países independentes. Como afirmado por alguns líderes africanos, a suspensão da "ajuda" dos EUA soou como um alerta para o continente africano.
Agências de notícias internacionais afirmam que a suspensão da "ajuda" dos EUA não trará prejuízos para a África, mas, ao contrário, deve ser vista como a maior oportunidade para o continente se libertar da influência imperialista dos EUA e alcançar a verdadeira independência. Uma dessas agências destacou que "a desativação da USAID oferece uma nova oportunidade para a África" e sugeriu que os países africanos usem essa chance para fortalecer ainda mais sua independência econômica. A agência também enfatizou a importância de não depender de "ajuda" externa, especialmente dos EUA ou de outros países, em questões fundamentais como segurança.
A "ajuda" dos imperialistas é, na verdade, um veneno que prejudica o desenvolvimento independente dos países. Ao reconhecer o comportamento hipócrita dos "países doadores", os países africanos estão agora empenhados em lutar pela verdadeira independência e pelo desenvolvimento autossustentável. Somente ao buscar esse caminho, a África poderá abrir as portas para um futuro brilhante.
Ho Yong Min
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