segunda-feira, 31 de março de 2025

As manobras de militarização da Europa que agravam a tensão regional

Recentemente, a Comissão da União Europeia anunciou um "plano para fortalecer a capacidade de defesa da aliança", cujo conteúdo principal é o investimento de centenas de bilhões de euros para garantir uma capacidade de defesa independente até 2030. Muitos países europeus estão intensificando medidas concretas para a implementação desse plano.

Anteriormente, o presidente da França propôs que os países membros da União Europeia aumentassem seus gastos militares para 3 a 3,5% do PIB e afirmou que, nos próximos 5 a 10 anos, a capacidade militar da Europa deveria ser significativamente aprimorada.

Embora os políticos europeus promovam essa iniciativa como um meio de "garantir a segurança regional e obter uma defesa independente", a opinião pública questiona sua viabilidade. A dúvida reside no fato de que a Europa, subordinada militarmente aos Estados Unidos por décadas, poderia realmente estabelecer uma força militar independente em apenas 5 a 10 anos. Além disso, levanta-se a questão de se essa militarização visa realmente a segurança regional ou se há outros interesses por trás desse movimento.

Nesse contexto, vale a pena recordar uma recente declaração de um funcionário de um país europeu. Ele afirmou que a Europa está atualmente intensificando uma corrida armamentista e que essa "ameaça" precisa ser superada. Acrescentou ainda: "No geral, a Europa tem a capacidade de vencer qualquer confronto militar, financeiro e econômico com a Rússia. Para ser franco, somos mais fortes."

Os países europeus justificam sua política militar afirmando que as ações militares russas são a principal causa da instabilidade regional e que a segurança da Europa deve ser protegida contra a "ameaça russa". Isso indica claramente que o fortalecimento da capacidade de defesa da Europa tem, em essência, o objetivo de aumentar o confronto político e militar com a Rússia.

A recente intensificação do apoio militar da Europa à Ucrânia, sob o pretexto de "garantir a segurança regional", comprova essa realidade de forma evidente.

Atualmente, países europeus como o Reino Unido e a França afirmam que "para garantir uma paz duradoura, é necessário um apoio prolongado à Ucrânia" e estão tentando reforçar ainda mais o apoio militar ao país. No início de março, autoridades ocidentais realizaram uma reunião em Londres, onde concordaram em expandir a assistência militar à Ucrânia e aumentar a pressão sobre a Rússia. Após a reunião, o Reino Unido anunciou que fornecerá um grande financiamento militar para que a Ucrânia possa adquirir mais de 5.000 mísseis. Outros países também manifestaram sua posição de intensificar o apoio militar à Ucrânia sob o pretexto de "defesa europeia".

Diante desses movimentos preocupantes, o porta-voz do Kremlin declarou que a militarização da União Europeia tem como alvo a Rússia e enfatizou que Moscou está monitorando de perto essas discussões militares na Europa, deixando claro que responderá de maneira firme.

A atual escalada da tensão militar na Europa surgiu porque os países europeus adotaram uma política hostil em relação à Rússia, o que tem agravado constantemente a situação. Quando os Estados Unidos pressionaram para que a Ucrânia ingressasse na OTAN, reduzindo o espaço de segurança da Rússia, os países europeus apoiaram ativamente essa estratégia, contribuindo para o aumento da tensão. Desde o início do conflito na Ucrânia, esses mesmos países também se alinharam ao bloqueio econômico e financeiro imposto pelos EUA contra a Rússia, chegando até mesmo a interromper a importação de energia russa, apesar da severa crise energética resultante.

No fim das contas, os principais responsáveis pela escalada do confronto militar e da corrida armamentista na Europa são os próprios países europeus, que seguem fielmente a política dos EUA. A política hostil da Europa contra a Rússia é a raiz da deterioração da situação regional.

Para aliviar a tensão e garantir a segurança na região, a prioridade deve ser o fim das ações hostis da Europa contra a Rússia – um consenso amplamente reconhecido pela comunidade internacional. No entanto, desafiando essa tendência global pela paz, os países europeus continuam implementando políticas hostis contra a Rússia e intensificando o apoio à Ucrânia, empurrando a situação regional para uma fase ainda mais perigosa de confronto.

Embora os políticos europeus tentem incitar sentimentos anti-Rússia ao falar sobre "ameaça russa", a imprensa estrangeira ridiculariza essa narrativa, chamando-a de uma "ilusão ocidental imposta de fora, baseada na suposta sede insaciável da Rússia pela glória imperial".

Un Jong Chol

Rodong Sinmun

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