sexta-feira, 21 de março de 2025

Cessar-fogo quebrado, derramamento de sangue intensificado

Conforme noticiado, no dia 18, o exército israelense realizou um grande bombardeio na Faixa de Gaza.

Em apenas um dia, mais de 400 palestinos inocentes perderam a vida e cerca de 560 ficaram feridos. Residências, escolas e abrigos para refugiados foram brutalmente destruídos. Os hospitais estão lotados de pacientes, mas a falta de suprimentos médicos agrava ainda mais a situação. Muitos ainda estão soterrados sob os escombros, e o número de vítimas deve aumentar. Entre eles, há um grande número de mulheres e crianças. A Faixa de Gaza mais uma vez se transformou em um verdadeiro inferno.

O Hamas (Movimento de Resistência Islâmica da Palestina) emitiu imediatamente um comunicado denunciando que "Netanyahu e seu governo extremista decidiram destruir o acordo de trégua". Até mesmo a mídia ocidental reconhece que "o frágil cessar-fogo foi rompido após os ataques letais de Israel em toda a Faixa de Gaza".

Esse é mais um massacre sangrento causado por uma operação militar planejada pelas autoridades israelenses. Embora as autoridades israelenses tenham acusado o Hamas de violar unilateralmente o acordo de trégua e, com essa justificativa, tenham ordenado os ataques, na realidade, o verdadeiro responsável pela sua violação foi Israel.

O acordo, que entrou em vigor em 19 de janeiro e começou a ser implementado em sua primeira fase, previa a suspensão do confronto armado entre Hamas e Israel, a libertação mútua de reféns, a retirada das tropas israelenses da região e a garantia de uma paz duradoura.

Segundo o acordo, questões fundamentais, como a retirada das tropas israelenses, deveriam ser discutidas nas fases seguintes. No entanto, mesmo após a conclusão da primeira fase, Israel sequer demonstrou interesse em prosseguir com as negociações das próximas etapas.

Recentemente, o ministro das Relações Exteriores de Israel declarou que "não concordamos com o acordo da segunda fase" e que medidas foram tomadas para bloquear a entrada de suprimentos a fim de impedir que o Hamas os utilizasse para restaurar sua capacidade militar. Essa afirmação representa uma manifestação aberta da intenção agressiva de romper o acordo e erradicar a aspiração dos palestinos à criação de um Estado independente.

Desde o início da trégua, Israel se dedicou não à sua implementação, mas sim à sua violação. Após o acordo, um alto funcionário israelense declarou publicamente que "se tivermos que retomar a guerra, o faremos com força e novos métodos". Além disso, aumentou o número de tropas estacionadas ao longo da fronteira entre o Egito e Gaza, intensificando o bloqueio da região.

Mesmo depois da entrada em vigor do cessar-fogo, as forças israelenses continuaram realizando ataques indiscriminados contra a Faixa de Gaza. Dados divulgados indicam que, desde o início da trégua, 137 palestinos foram mortos, incluindo 52 apenas na cidade de Rafah. O cerco brutal imposto pelo exército israelense colocou em grave risco a sobrevivência dos refugiados.

Desde o início, a mídia já alertava para a fragilidade do acordo, pois ele se limitava à questão da libertação de reféns, deixando para discussões posteriores a retirada das tropas israelenses e a consolidação de um cessar-fogo permanente. As profundas desconfianças entre as partes tornavam inevitável a possibilidade de ruptura do acordo. O ataque em larga escala de Israel à Faixa de Gaza prova que essas preocupações não eram infundadas.

Por trás da escalada do massacre e da cumplicidade aberta com as agressões israelenses estão os Estados Unidos, o verdadeiro mentor da crise na Faixa de Gaza.

Os Estados Unidos, de maneira desavergonhada, atribuem a responsabilidade pela ruptura do acordo de trégua ao Hamas, ameaçando que "o caos se instaurará" e que "faremos com que provem o gosto do inferno". Além disso, estão novamente prestes a fornecer a Israel bilhões de dólares em bombas e outras armas letais.

Sob essa proteção do seu mestre, Israel declarou que "se o Hamas não libertar nossos reféns, as portas do inferno se abrirão diante deles, conforme prometido pelos Estados Unidos", dando assim início a um ataque militar em larga escala contra a Faixa de Gaza.

A realidade expõe, de maneira inquestionável, a verdadeira natureza criminosa dos Estados Unidos e de Israel: invasores que impõem aos palestinos um sofrimento atroz e destruidores da paz que mergulham incessantemente o Oriente Médio no caos da guerra.

Mídias e especialistas preveem que, devido às ações imprudentes dos Estados Unidos e de Israel, a situação catastrófica no Oriente Médio se agravará ainda mais.

Un Jong Chol

Rodong Sinmun

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