domingo, 30 de março de 2025

A brutal repressão da luta de libertação dos povos coloniais

A existência cancerígena para a paz – denunciando os crimes da OTAN (3)

Após a Segunda Guerra Mundial, em várias regiões do mundo, irrompeu com grande força a luta de libertação nacional, anticolonial e anti-imperialista.

Os países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, que durante longo tempo exploraram colônias na Ásia e na África para extrair altos lucros, recorreram até à OTAN em uma tentativa desesperada de manter esses territórios sob seu domínio.

Na história de luta da República Democrática do Congo (RDC) pela libertação nacional, também ficaram marcados os crimes cometidos pela OTAN.

A RDC foi reduzida a colônia da Bélgica no início do século XX, e, na década de 1950, seu povo se levantou para conquistar a independência nacional.

Em janeiro de 1959, na capital da RDC, ocorreu uma revolta popular exigindo a independência nacional, que rapidamente se espalhou por todo o país.

A Bélgica, membro da OTAN, reprimiu brutalmente a revolta com uso da força e perpetrando massacres, mas não conseguiu conter as sucessivas insurreições e levantes. Diante disso, o governo belga foi obrigado a aceitar a exigência de independência da RDC, que declarou sua independência em 30 de junho de 1960. No entanto, a Bélgica tentou a todo custo manter seu domínio colonial, deixando suas tropas no país.

Quando militares da RDC se revoltaram e a rebelião se alastrou, a Bélgica, com o apoio dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França, iniciou uma intervenção militar aberta e mobilizou tropas adicionais vindas de seu território. A OTAN enviou ao Congo forças belgas que estavam estacionadas na Alemanha Ocidental.

Na época, Patrice Lumumba, reconhecido como herói nacional e combatente anti-imperialista por liderar a luta anticolonial na RDC, foi preso pelas forças reacionárias apoiadas pelos Estados Unidos e posteriormente brutalmente assassinado.

E não foi só isso.

A OTAN também interviu militarmente na Guerra de Libertação Nacional da Argélia entre 1954 e 1962.

Em agosto de 1954, foi fundada a Frente de Libertação Nacional na Argélia, e em novembro daquele ano ocorreu uma insurreição armada em todo o país contra os imperialistas franceses. Para reprimir a revolta armada do povo argelino em prol da libertação nacional, a França enviou um exército de agressão de 400 mil soldados.

Os Estados Unidos e os países membros da OTAN prestaram um grande apoio militar, incentivando a França a reprimir e massacrar os argelinos e a destruir suas aldeias.

A França incluiu a Argélia como uma "zona protegida" da OTAN. Os Estados Unidos e a OTAN utilizaram suas bases militares implantadas nos países vizinhos da Argélia para lançar ataques militares contra o país.

Segundo registros, os EUA forneceram mais de 4,2 bilhões de dólares durante a Guerra de Libertação Nacional da Argélia e supriram mais de 70% das armas utilizadas pelo exército invasor francês. Além disso, a OTAN enviou cerca de 35 mil soldados para reprimir brutalmente a luta do povo argelino.

A OTAN também deixou suas marcas criminosas em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.

Nesses países, onde ocorriam levantes esporádicos contra o domínio colonial de Portugal, a luta de libertação nacional entrou em uma fase de ascensão a partir do início da década de 1960. Com o fortalecimento das forças políticas, a luta de libertação nacional se transformou em uma resistência armada organizada.

Diante disso, a OTAN forneceu tropas, armas e grandes somas de dinheiro a Portugal, um de seus países membros.

Em 1971, o presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Agostinho Neto, revelou em uma entrevista coletiva que os colonialistas portugueses, armados com armas letais fornecidas pelos países membros da OTAN, haviam enviado um grande exército invasor, usando napalm e gás tóxico para massacrar indiscriminadamente idosos, mulheres e crianças.

A OTAN também apoiou e protegeu ativamente, com meios militares, as manobras dos colonialistas da Europa Ocidental na Ásia, que visavam a dominação colonial e a anexação territorial.

A Indonésia, que havia sido colônia do Japão e do Reino Unido na primeira metade do século XX e posteriormente caiu sob o domínio colonial dos Países Baixos, declarou a fundação da República em agosto de 1950. Em seguida, iniciou uma luta para libertar a parte ocidental da ilha da Nova Guiné do domínio colonial holandês, intensificando essa luta a partir de 1957.

A OTAN também forneceu diversos tipos de armamentos aos Países Baixos.

Em 1957 e 1958, a organização discutiu abertamente, em várias reuniões, a questão da interferência nos assuntos internos da Indonésia.

Dessa forma, a OTAN não hesitou em incitar massacres em larga escala para manter as colônias de seus países membros a todo custo. Além disso, utilizou a força da aliança para intervir militarmente e interferir nos assuntos internos de países independentes, revelando abertamente sua ambição de dominação mundial.

Ri Kyong Su

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