Em janeiro de 1993, foi assinado um protocolo sobre a partilha do poder.
Entretanto, quando a atual liderança governamental rejeitou as exigências da Frente Patriótica relativas a cargos ministeriais no governo, as negociações de paz fracassaram.
Em 8 de fevereiro, as forças antigovernamentais acusaram o exército governamental de ter massacrado numerosos membros da etnia tutsi e iniciaram operações ofensivas nas regiões de Bumba e Ruhengeri.
As forças antigovernamentais cercaram a cidade de Ruhengeri, bloquearam a rodovia que liga essa cidade à capital Kigali e ocuparam a região de Byumba, situada a cerca de 30 quilômetros da capital.
Com o agravamento da situação, o governo francês, que mantinha um contingente destacado em Ruanda, enviou reforços de várias centenas de soldados franceses ao país.
Em 15 de fevereiro, o governo anunciou a suspensão unilateral de todas as ações de combate por uma semana e apelou à outra parte para retomar as negociações de paz.
Em 7 de março, em Dar es Salaam, as duas partes concordaram em pôr fim a todas as hostilidades militares e em retomar, no dia 15, em Arusha, as negociações de paz que se encontravam em impasse.
A partir de 16 de março, realizaram-se em Arusha negociações de paz para pôr fim a quase três anos de guerra civil, culminando, em 4 de agosto, com a assinatura de um tratado de paz.
O tratado de paz estabeleceu o fim das hostilidades e a criação de uma força armada integrada, de dimensão reduzida, composta por 60% de tropas governamentais e 40% de tropas da Frente Patriótica.
Determinou-se também que o governo provisório representaria todas as forças políticas, prepararia eleições no prazo de 22 meses e reconheceria o direito de retorno dos refugiados tutsis, pertencentes a uma minoria étnica.
Ficou igualmente decidido o destacamento de uma força de manutenção da paz das Nações Unidas em Ruanda para supervisionar o cessar-fogo.
Com a assinatura do tratado de paz, em 15 de agosto foi suspenso, na capital Kigali, o toque de recolher que vinha sendo aplicado há muito tempo. Avançaram os trabalhos para a implementação das disposições do tratado, incluindo a criação da força armada integrada e a repatriação dos refugiados.
Em 28 de dezembro, conforme previsto no tratado, um batalhão da Frente Patriótica entrou em Kigali. Em 4 de dezembro, a França decidiu retirar suas tropas de Ruanda.
Em setembro, em Entebbe, Uganda, os presidentes de Ruanda e de Uganda assinaram um acordo de paz que pôs fim a oito anos de relações hostis.
As relações entre os dois países deterioraram-se gravemente desde outubro de 1990, quando eclodiu a guerra civil em Ruanda e o governo ruandês acusou Uganda de apoiar as forças antigovernamentais.

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